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    Efeito antidepressivo da agmatina em modelos animais de depressĂŁo

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de CiĂȘncias BiolĂłgicas. Programa de PĂłs-Graduação em NeurociĂȘncias.A agmatina, amina formada pela descarboxilação enzimĂĄtica da L-arginina, tem sido proposta como um novo neurotransmissor/neuromodulador no sistema nervoso central (SNC). O presente estudo investigou o efeito antidepressivo da agmatina no teste do nado forçado (TNF) e no teste da suspensĂŁo da cauda (TSC) em camundongos e o seu mecanismo de ação. A agmatina administrada pela via i.p. (TNF e TSC) ou pela via i.c.v. (TNF) reduziu o tempo de imobilidade dos animais, sem alterar a atividade locomotora no campo aberto. A agmatina aumentou o efeito antidepressivo da imipramina, mas nĂŁo o do MK-801. O efeito antidepressivo da agmatina no TNF foi bloqueado pelo prĂ©-tratamento dos animais com GMP, ĂĄcido ascĂłrbico, L-arginina, SNAP, ioimbina, naloxona e naltrindol mas nĂŁo foi afetado pelo prĂ©-tratamento com prazosim, sulpirida ou com DIPPA. O prĂ©-tratamento dos animais com PCPA, metisergida, cetancerina ou com ciproheptadina tambĂ©m preveniu o efeito antidepressivo da agmatina no TNF. AlĂ©m disso, doses sub-ativas de pindolol potencializaram o efeito antidepressivo da agmatina. Em conjunto os resultados sugerem que o efeito antidepressivo da agmatina envolve uma interação com os sistemas glutamatĂ©rgico (receptores NMDA), adrenĂ©rgico (a2-adrenoceptores), serotonĂ©rgico (receptores 5-HT1A prĂ©-sinĂĄpticos e 5-HT2A) e opiĂłide (receptores d-opiĂłides), bem como com a via L-arginina-Ăłxido nĂ­trico

    Estudo do mecanismo de ação e do efeito neuroprotetor de compostos antidepressivos (duloxetina, escitalopram)

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de CiĂȘncias BiolĂłgicas. Programa de PĂłs-graduação em BioquĂ­micaOs transtornos de humor sĂŁo doenças comuns, severas, crĂŽnicas e muitas vezes, ameaçadoras de vida. A depressĂŁo Ă© uma doença heterogenia com manifestaçÔes fisiolĂłgicas, comportamentais e psicolĂłgicas. Os sistemas de neurotransmissores que tĂȘm recebido maior atenção nos estudos da neurobiologia da depressĂŁo sĂŁo os sistemas monoaminĂ©rgicos, outros sistemas neuronais e processos bioquĂ­micos, como o estresse oxidativo, a neurogĂȘnese e a morte celular, podem estar envolvidos na patogĂȘnese da depressĂŁo. O escitalopram Ă© um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) e a duloxetina Ă© um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), ambos usados no tratamento da depressĂŁo. Este estudo investigou o efeito antidepressivo do escitalopram e da duloxetina no teste do nado forçado (TNF) e no teste da suspensĂŁo da cauda (TSC) em camundongos e o seu mecanismo de ação. O escitalopram nas doses de 0,1-10 mg/kg, i.p. e a duloxetina nas doses de 1-30 mg/kg, i.p., causaram uma redução no tempo de imobilidade no TNF e no TSC, sem alterar a atividade locomotora no campo aberto. A administração oral de escitalopram (0,3-10 mg/kg) e de duloxetina (1-30 mg/kg) tambĂ©m reduziu o tempo de imobilidade no TNF. Foi avaliado o envolvimento do sistema glutamatĂ©rgico, via L-arginina-Ăłxido nĂ­trico e as vias de sinalização celular no efeito antidepressivo do escitalopram e da duloxetina no TNF. A ação antidepressiva do escitalopram (3 mg/kg, p.o.) e da duloxetina (10 mg/kg, p.o.) foi prevenida pelo prĂ©-tratamento com NMDA, L-arginina, SNAP, sildenafil, H-89, GF109203X, LY294002, U0126, mas nĂŁo com KN-62. O efeito antidepressivo da duloxetina foi tambĂ©m prevenido pelo prĂ©-tratamento com SNAP. AlĂ©m disso, quando administrado em doses sub-ativas, o escitalopram (0,1 mg/kg, p.o.) e a duloxetina (0,3 mg/kg, p.o.) produziram um efeito sinĂ©rgico com 7-nitroindazol, azul de metileno e ODQ, sendo que o MK-801 produziu um efeito sinĂ©rgico com a duloxetina. O escitalopram (1 ”M) e da duloxetina (10 ”M) foram neuroprotetores contra a morte celular induzida pelo GLU (10 mM) em fatias hipocampais e este efeito foi bloqueado pelo LY294002 e SNAP. O escitalopram e a duloxetina diminuĂ­ram a liberação de GLU. Em conjunto os resultados sugerem que o efeito antidepressivo do escitalopram e da duloxetina Ă© dependente do bloqueio dos receptores NMDA e da inibição da sĂ­ntese de NO e GMPc. Nossos resultados sugerem que o efeito antidepressivo do escitalopram e da duloxetina Ă© dependente da modulação das vias de sinalização como a PKA, PKC, PI3K e MAPK/ERK. O escitalopram e da duloxetina foram neuroprotetores contra a morte celular induzida pelo GLU por um mecanismo que envolve as vias NO e PI3K/AKT prevenindo a liberação de GLU. Estes antidepressivos podem ter um importante potencial neuroprotetor na depressĂŁo e nas doenças degenerativas do SNC
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