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    IDENTIFICAÇÃO DE Helicobacter spp. EM MUCOSAS GÁSTRICA E DUODENAL DE CÃES (Canis familiaris) UTILIZANDO A TÉCNICA DE WARTHIN-STARRY

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    Bactérias do gênero Helicobacter spp. têm sido identificadas na mucosa gástrica de diferentes espécies de mamíferos, inclusive em caninos. Pacientes infectados têm gastrite histológica; no entanto, não são todos os portadores que apresentam sinais clínicos. O objetivo deste trabalho foi identificar as bactérias sugestivas de Helicobacter spp. pela impregnação pela prata e caracterizar as lesões histopatológicas observadas. Foram analisadas amostras de mucosas gástrica e entérica de 26 caninos. Para avaliação histopatológica, foi realizada avaliação qualitativa, na qual foram atribuídos escores de ausente (-) a acentuada (+++), considerando a densidade de bactérias espiraladas por campo (400x), presença de células inflamatórias e aglomerados linfoides. Dos 26 animais avaliados, 34,6% apresentaram positividade para helicobacteriose. A gastrite foi observada em 15,38% dos animais e a maior ocorrência de bactérias do gênero Helicobacter spp. foi observada em região de corpo/fundo gástrico (23%). Em nove amostras, seis de corpo/fundo gástrico e três de antro pilórico, foram observados aglomerados linfóides associados a Helicobacter spp. Por meio de Teste de Fisher, verificou-se associação positiva entre a presença de Helicobacter spp. e agregados linfoides (p<0,001). A infecção por Helicobacter spp. está associada com a presença de aglomerados linfóides em caninos. Palavras-chave: bactéria espiralada; cães; estômago; histoquímica; intestino

    DETECÇÃO DE DNA DE NEOSPORA CANINUM EM PARDELA-PRETA (PROCELLARIA AEQUINOCTIALIS) - RELATO DE CASO

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    A pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) é uma ave procellariiforme, possui distribuição circumpolar ao longo de todo o oceano austral e migra para o hemisfério sul durante o inverno. É considerada uma espécie globalmente vulnerável pela União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN, 2020), devido a mortalidade acidental da espécie na pesca com espinhel e a degradação do seu habitat natural causando rápido declínio populacional. Neospora caninum é um protozoário intracelular formador de cisto que infecta aves e mamíferos. Os canídeos domésticos e silvestres são os hospedeiros definitivos e eliminam os oocistos nas fezes.  As aves se infectam pela ingestão de alimentos e água contaminados com oocistos esporulados e por meio da ingestão de cistos em tecidos infectados (DONAHOE et al.,2015). O objetivo do presente estudo foi relatar a presença de DNA de Neospora caninum no coração de uma ave pardela-preta (P. aequinoctialis), fêmea e adulta.  Amostras de tecidos (musculatura peitoral, cérebro e coração) foram coletadas para a realização do diagnóstico molecular de N. caninum e acondicionadas e fixadas em formalina 10% tamponada para análise histopatológica. A extração de DNA foi realizada com kit comercial.  Para a amplificação de DNA N. caninum foi empregada a reação de cadeia da polimerase nested-PCR com os primers JS4, CT2c, JS4b e CT2b, que amplificam a região ITS1. Foi detectado DNA de N. caninum na amostra do coração. O produto da PCR foi submetido a purificação e sequenciamento.  Foi obtida sequência nucleotídica (MW023246) que apresentou identidade de 99% com isolados de N. caninum depositados no Genbank. Na análise histopatológica os tecidos não apresentavam alteração macroscópica e a análise microscópica revelou congestão no miocárdio. O presente relato demonstra que a pardela-preta (P. aequinoctialis) pode ser naturalmente infectada por N. caninum e até o momento é primeira descrição nesta espécie de ave. Existem poucos estudos sobre a ocorrência de N. caninum na fauna marinha e as possíveis fontes de infecção ainda não foram bem elucidadas. Estudos demonstraram que mamíferos marinhos (lontras, morsas e golfinhos) estão expostos ao protozoário indicando uma possível contaminação das águas marinhas por oocistos O achado nesse relato sugere que as aves marinhas podem ser potenciais hospedeiros intermediários de N. caninum, atuando como sentinela e indicador de contaminação do ambiente marinho, além da sua participação no ciclo silvestre do parasito

    Análise dos resíduos antrópicos na dieta de Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no litoral centro-norte de Santa Catarina

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    Das sete espécies de tartarugas marinhas, cinco ocorrem no Brasil, sendo Chelonia mydas a mais frequente na região sul. Assim como outros animais marinhos, C. mydas tem um histórico de interação com resíduos de origem antrópica. Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar a incidência de resíduos sólidos no trato gastrointestinal de espécimes coletados sistematicamente pelo Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral centro-norte de Santa Catarina, entre Março de 2016 e Março de 2019. Foram realizadas necropsias em 3174 animais, e em 49 indivíduos o trato gastrointestinal pôde ser recolhido triados. Foram encontrados resíduos antrópicos, separados e classificados de acordo com a sua composição, rigidez e cor. Foi avaliado o possível efeito dos resíduos antrópicos na saúde das tartarugas, utilizando o escore corporal. Também foram analisadas a ocorrência de exemplares entre as estações do ano, ingestão de resíduos por sexo e classe etária. Dos 49 indivíduos com análise detalhada, 85,7% possuíam algum tipo de resíduo, sendo encontrados um total de 475 fragmentos de 10 itens, onde os fios de poliamida foram os mais frequentes (n=275 fragmentos; 57,9%), seguido de plástico (n=170; 35,8%). A maioria dos itens ingeridos (96,2%) foi representado por materiais maleáveis, apenas 3,8% composto por material rígido. Os fragmentos transparentes foram os mais frequentes (28%), seguido das cores azul (24,4%), branco (18,7%) e verde (12,4%). Foram identificadas 37 fêmeas, nove machos e três de sexo indeterminado, onde 45 indivíduos foram considerados juvenis e quatro adultos. As tartarugas adultas ingeriram somente itens do tipo maleável, principalmente nas cores transparente (29,4%) e verde (32,4%). Já os juvenis apresentaram mais itens maleáveis transparente (27,9%), azul (25,2%) e branco (20,0%), além de itens do tipo rígido

    Intoxicação experimental pelos frutos de uva-Japão, Hovenia dulcis (Rhamnaceae), em bovinos

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    Hovenia dulcis Thunberg (uva-Jap&#227;o) &#233; uma &#225;rvore caducifolia nativa da China e de alguns lugares do Jap&#227;o. Nos &#250;ltimos anos essa planta foi utilizada como forma de sombreamento para avi&#225;rios no Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina e passou a disseminar-se por toda a regi&#227;o. Os bovinos comem avidamente seus frutos maduros quando caem ao ch&#227;o. Suspeitas de intoxica&#231;&#227;o ocorreram no outono e in&#237;cio de inverno e coincidiam com a matura&#231;&#227;o dos frutos. A doen&#231;a foi reproduzida em 2004 por outros autores atrav&#233;s da administra&#231;&#227;o dos frutos a bovinos, em dose &#250;nica de 24,5g/kg. Nos anos subsequentes n&#227;o ocorreram reclama&#231;&#245;es sobre a intoxica&#231;&#227;o pelos frutos dessa planta, embora, muitos criadores afirmavam que os bovinos, na temporada de matura&#231;&#227;o, continuavam a ingerir os frutos. Experimentalmente, nove bovinos que receberam frutos da planta em doses &#250;nicas entre 30 e 50g/kg, apenas dois bovinos adoeceram gravemente e um morreu. O quadro cl&#237;nico e as les&#245;es foram semelhantes &#224; intoxica&#231;&#227;o reproduzida em 2004; por&#233;m, a dose necess&#225;ria para reproduzirmos a doen&#231;a foi 100% superior &#224; dose t&#243;xica preconizada como letal em 2004

    Intoxicação espontânea e experimental por frutos de Eugenia uvalha Cambess. (Myrtaceae) em ovinos

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    Descrevem-se os dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões de uma enfermidade de ovinos caracterizada por apatia, sialorréia, ranger de dentes, andar em círculos, cegueira, incoordenação motora, opistótono e convulsões, geralmente seguidos de morte. A doença ocorreu nos meses de fevereiro e março de 2009 a 2013, nas regiões Oeste e Planalto do Estado de Santa Catarina e está associada à queda dos frutos da "uvaieira" (Eugenia uvalha Cambess). Nas propriedades onde ocorreram os surtos havia grande quantidade de frutos caídos ao chão e os ovinos os consumiam avidamente. Os que sobreviveram permaneceram com convulsões intermitentes. Não foram observadas alterações macroscópicas ou histológicas. No entanto, foram encontrados frutos inteiros ou fragmentados, misturados ao conteúdo dos pré-estômagos e intestinos. A doença foi reproduzida a partir do fornecimento de frutos maduros de uvaia à três ovinos, nas doses diárias de 45,45g/kg, 68,18g/kg e 82,35g/kg por até seis dias. A principal forma de diagnóstico de intoxicação por "uvaia" é a observação do quadro clínico e epidemiológico, associado à presença de frutos e sementes no trato gastrointestinal

    Experimental poisoning in broiler chickens by Senecio vernonioides, Senecio conyzaefolius and Senecio paulensis

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    ABSTRACT: Plants of the genus Senecio sp. are known to produce hepatic lesions in different animal species, including man. To evaluate the toxicity of three species of Senecio found in regions where cattle are bred in the state of Santa Catarina, experiments were conducted on broiler chickens (Gallus domesticus). Green leaves of S. conyzaefolius, S. vernonioides and S. paulensis were collected and dried in the shade. After drying, the leaves were ground, mixed into the feed and fed to the chickens divided into 3 groups. Group 1 and Group 2 received single doses of 5g/kg and 20g/kg, respectively. Group 3 was given daily doses of 1g/kg for 20 days (values corresponding to green plant) and Group 4 (control) received free feed of the plant. For each group, five chickens were submitted to necropsy at 30 days and five to 60 days after planting, and five chickens that consumed S. vernonioides and S. conyzaefolius at the dose of 1g/kg for 20 days were necropsied at 90 days after the beginning of the experiment. Macroscopic lesions were observed in chickens that consumed S. vernonioides at a dose of 1 g/kg for 20 days in birds necropsied at 30, 60 and 90 days and were characterized mainly by liver of firm consistency, diminished in size with yellowish coloration and evident lobular pattern, ascites and hydropericardium. In microscopy the main lesions observed were megalocytosis, hepatocyte swelling, fibrosis and biliary hyperplasia and were more intense at the dosage of 1 g/kg for 20 days for S. vernonioides and less severe in the chickens that ingested S. conyzaefolius. The chickens that received S. paulensis showed no macroscopic and microscopic lesions

    IDENTIFICATION OF Helicobacter spp. ON GASTRIC AND DUODENAL MUCOSA OF DOGS (Canis familiaris) BY WARTHIN-STARRY TECHNIQUE

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    <p></p><p>Abstract Bacteria of the genus Helicobacter spp. have been identified on the gastric mucosa of different species of mammals, including canines. Infected patients have histological gastritis; however, not all the animals that carry the bacteria show clinical signs. The objective of this work was to identify the bacteria suggestive of Helicobacter spp. by impregnation by silver and to characterize the histopathological lesions observed. Qualitative evaluation was performed for histological analysis, in which scores from absent (-) to severe (+++) were attributed, considering the density of spiral bacteria per field (400x), presence of inflammatory cells, and number of lymphoid aggregates. Of the 26 animals evaluated, 34.6% presented positivity for helicobacteriosis. Gastritis was observed in 15.38% of the animals and a higher occurrence of bacteria of the genus Helicobacter spp. was observed in the gastric body/fundus region (23%). In nine samples, six from gastric body/fundus and three from antrum pylorus, lymphoid clusters associated with Helicobacter spp. were observed. Fisher's Test revealed a positive association between the presence of Helicobacter spp. and lymphoid aggregates (p<0.001). Infection by Helicobacter spp. is associated with the presence of lymphoid aggregates in canines.</p><p></p

    Cerebellar impulsivity–compulsivity assessment scale

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    Abstract Objective The cerebellum has been identified as the key brain region that modulates reward processing in animal models. Consistently, we recently found that people with cerebellar ataxia have impulsive and compulsive behaviors (ICBs), the main symptoms related to abnormal reward processing. Due to the lack of a validated scale to quantitatively measure ICBs in cerebellar disorders, we aim to develop and validate a new scale, Cerebellar Impulsivity–Compulsivity Assessment (CIA). Methods We recruited 62 cerebellar ataxia cases, categorized into those with ICBs and those without. We developed a preliminary version of CIA, containing 17 questions. We studied the internal consistency, test–retest reliability, and inter‐rater reliability to formulate the final version of CIA, which constitutes only 10 questions. The receiver operating characteristic curve (ROC) was generated to assess the sensitivity and specificity of CIA. Results Cerebellar ataxia cases with ICBs have threefold higher total preliminary CIA scores than those without ICBs (12.06 ± 5.96 vs. 4.68 ± 3.50, p = 0.038). Cronbach's alpha revealed good internal consistency across all items (α > 0.70). By performing the test–retest reliability and inter‐rater reliability on the preliminary version of CIA, we excluded seven questions (r < 0.70) and generated the final version of CIA. Based on the ROC, a score of 8.0 in CIA was chosen as the cut‐off for ICBs in individuals with cerebellar ataxia with 81% sensitivity and 81% specificity. Interpretation CIA is a novel tool to assess ICBs in cerebellar ataxia and broaden our understanding of the cerebellum‐related cognitive and behavioral symptoms
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