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    Detecção e prevalência de rotavírus e astrovírus em manifestações clínicas do trato gastrintestinal

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    -A gastrenterite é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como um grave problema de saúde pública, que acomete principalmente crianças nos primeiros anos de vida. A doença é responsável por taxas acentuadas de morbidade em todo o mundo, e esse quadro se agrava nos países em desenvolvimento, onde a taxa de mortalidade também é elevada. Os vírus são importantes agentes etiológicos da doença diarréica aguda, dentre os quais encontramos os rotavírus (RTV) e os astrovírus (AstrV). Ambos são transmitidos pela via fecal-oral e causam sintomas como diarréia, vômito, dor abdominal e febre. Os RTV são responsáveis por 20 a 50% dos casos graves requerem hospitalização de crianças, enquanto os AstrV estão envolvidos em cerca de 2 a 8% dos casos, acometendo crianças e adultos. O objetivo deste trabalho foi verificar a associação de RTV e AstrV em casos de doença diarréica infantil aguda, bem como caracterizar as amostras de RTV circulantes em Juiz de Fora. Para tal foram coletados 183 espécimes fecais, provenientes em sua maioria de crianças de 0-5 anos, atendidas nas redes pública e privada de atendimento, entre janeiro de 2007 e setembro de 2008. Suspensões fecais a 10% em tampão Tris-HCl-Ca-, pH 7,2, clarificadas, foram submetidas à técnica de extração do RNA viral. A triagem das amostras positivas para RTV, bem como a caracterização dos perfis eletroforéticos foi realizada, utilizando-se a técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA). A presença de AstrV foi pesquisada em 110 amostras negativas para RTV, através da reação em cadeia da polimerase, precedida de transcrição reversa (RT-PCR). Das 183 amostras analisadas foram detectadas 13,7% (25/183) de positivas para RTV, sendo 2,1% (2/96) em 2007 e 26,4% (23/87) em 2008. Em relação aos AstrV foi verificada uma prevalência de 2,7% (3/110) no período estudado, sendo 2,5% (2/89) em 2007 e 4,8% (1/21) em 2008. A maioria das amostras positivas para RTV e AstrV(60,7% = 17/28) foram detectadas em crianças com até 36 meses de idade. A análise eletroforética das amostras positivas para RTV, mostrou a presença de perfis curtos e longos, compatíveis com RTV do grupo A. Em comparação com anos anteriores foi observada uma baixa prevalência de RTV em 2007, o que pode ser uma conseqüência da incorporação da vacina Rotarix no Calendário Nacional de Vacinação, em março de 2006. A pesquisa de AstrV é pioneira em Juiz de Fora, e embora a prevalência tenha sido baixa, provavelmente refletindo o pequeno número de amostras analisadas, encontra-se dentro da faixa preconizada na literatura. A investigação da etiologia das gastrenterites virais e da prevalência dos vírus entéricos associados à doença é fundamental para a obtenção de dados epidemiológicos que contribuam para o desenvolvimento de estratégias de prevenção, bem como para estudos de impacto após vacinação da população infantil

    Investigação epidemiológica de patógenos virais associados a manifestações no trato gastrintestinal, em crianças , na Zona da Mata Mineira

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    -A gastrenterite viral é uma doença comum, que ocorre tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, sendo que nestes últimos, a doença se mantém como uma das principais causas de mortalidade infantil. Embora os rotavírus sejam os principais agentes envolvidos, merecem destaque também, os adenovírus e os astrovírus. Este trabalho teve como objetivos detectar a presença de rotavírus, adenovírus e astrovírus em casos de gastrenterite infantil; caracterizar as amostras de rotavírus detectadas; avaliar a prevalência e a sazonalidade dessas infecções. Espécimes fecais foram obtidos de crianças de 0 a 5 anos, com quadro de gastrenterite, atendidas em unidades de saúde das redes pública e privada, localizadas em Juiz de Fora, no período de 2005 a 2006. Suspensões fecais a 10% em tampão Tris-HCl-Ca, pH 7,2, clarificadas, foram testadas através de um ensaio imunoenzimático, para a detecção de rotavírus e adenovírus (EIERA). Todas as suspensões, com exceção daquelas positivas para adenovírus, foram submetidas à técnica de extração do RNA viral com tampão isotiocianato de guanidina, associado à sílica. A caracterização eletroforética do RNA das amostras positivas para rotavírus foi realizada através da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA), enquanto a detecção dos astrovírus foi realizada através da técnica de reação em cadeia da polimerase, precedida de transcrição reversa (RT-PCR). A presença de rotavírus foi pesquisada em 338 espécimes fecais, tendo sido encontradas 61 amostras positivas (18,04%), a maioria delas entre julho e agosto, meses mais frios e secos do ano. A análise eletroforética destas, mostrou a circulação de amostras com perfis característicos de rotavírus do grupo A, todas de perfil longo, em 2005 e, em 2006, perfis longos e curtos, com predominância dos últimos. Os adenovírus foram pesquisados em 316 espécimes, tendo sido detectadas 17 amostras positivas (5,38%) e embora as infecções tenham sido registradas em diferentes meses do ano, em 2006, verificou-se uma maior ocorrência em maio. A maioria das amostras positivas para rotavírus e adenovírus foi encontrada em crianças com até 24 meses de idade. A pesquisa para detecção de astrovírus foi realizada em 90 amostras fecais, tendo sido encontrada uma positiva (1,11%), detectada no mês de setembro de 2005. O presente estudo reforça a importância do envolvimento destes vírus em casos brandos e severos de doença diarréica infantil. Dada a relevância das gastrenterites virais em todo o mundo, a realização de levantamentos epidemiológicos contínuos é importante, pois contribuem para a obtenção de dados, necessários para o desenvolvimento e acompanhamento de medidas de prevenção
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