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    Desigualdade no acesso a medicamentos para doenças crônicas em mulheres brasileiras

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    O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de acesso a medicamentos para tratamento de doenças crônicas e a existência de desigualdades socioeconômicas no acesso. Os dados são da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde e da Mulher e da Criança de 2006, com uma amostra de 15.575 mulheres (15 a 49 anos). Dessas, 7.717 tiveram diagnóstico de doença crônica com necessidade de obtenção de medicamento e foram consideradas elegíveis para o estudo. O desfecho foi construído com base no diagnóstico de doença crônica e na necessidade de obtenção de medicamento para o tratamento. A análise ajustada foi conduzida usando-se a regressão de Poisson. Os grupos que apresentaram maior prevalência de acesso foram os domiciliados na zona rural, com uma ou duas doenças crônicas e com nível socioeconômico mais elevado. A prevalência de acesso encontrada foi alta, no entanto, as análises demonstram que existe desigualdade socioeconômica no acesso a medicamentos a favor dos mais ricos, identificando como grupo mais vulnerável aquele dos indivíduos mais pobres e com maior número de doenças crônicas

    Representações sociais de saúde bucal entre mães no meio rural de Itaúna (MG), 2002 A social representation study of oral health among mothers in rural areas, Itaúna (MG), 2002

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    Análise das representações sociais sobre o processo saúde-doença bucal entre 29 mães de escolares residentes no meio rural de Itaúna, em 2002. As entrevistas semi-estruturadas foram transcritas e a análise de conteúdo foi desenvolvida. A análise mostra que as representações sociais sobre saúde-doença estão vinculadas à alimentação e utilização de serviços médicos. Em relação ao processo saúde-doença bucal, identifica-se um discurso associado às normas odontológicas de higiene e dieta. A cárie dentária é vista como uma experiência inevitável, mas a perda dentária, não. Apesar de as condições materiais de vida no meio rural dificultarem a adoção de práticas consideradas favoráveis à saúde bucal, essas mulheres são cobradas em relação ao trabalho de cuidar dos filhos. Essa vivência contraditória causa sentimentos negativos (culpa) e, como conseqüência, queda na qualidade de vida nessa população. Na realidade de vida das entrevistadas, verifica-se que, apesar de as mesmas apresentarem informações sobre o cuidado bucal e desejarem "cuidar dos filhos direito", uma complexa rede de fatores sociais, econômicos, culturais etc., não favorece a promoção de saúde. O planejamento das ações de saúde bucal coletiva deveria levar em consideração não somente dados epidemiológicos quantitativos, mas também as representações sociais sobre saúde bucal.<br>The study evaluated social representation on oral health-illness process between 29 scholarship's mothers in rural areas from Itaúna, in 2002. Semi-structured interviews were transcripted and content analysis was developed. The results have showed that social representation of health-illness was associated with food intake and medical service utilization. Discourse on oral health-illness process was related to dental hygiene and diet rules. Dental caries were an inevitable experience, but tooth loss was not. Despite material conditions of life in rural area have not enabled favorable oral health practices, these mothers were considered responsible for their children oral health care. This contradicted life has caused negative feelings (as guilty) and, consequently, bad quality of life. Respondents have had information about oral home care and they desired to "take care of children well". However, a complex net of social, economic and cultural factors has not favored health promotion. Planning public oral health actions should take in account not only quantitative epidemiological data but social representation of oral health
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