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Tratamento da síndrome de Tourette em pacientes pediátricos e novos ensaios clínicos randomizados: uma revisão integrativa
A síndrome de Tourette (ST) é definida como um distúrbio do neurodesenvolvimento em que estão presentes tiques motores simples e vocais ou fônicos, com prevalência de 1% das crianças em idade escolar, sendo mais presente em meninos e com uma proporção de 4:1 entre homens e mulheres. O presente estudo de revisão buscou avaliar novas evidências na abordagem terapêutica da ST na população pediátrica, documentadas por meio de estudos clínicos e randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos e testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos três anos; que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca de novas evidências no tratamento da ST em crianças. Ficou constatado que o Yi-Gan-san (YGS), enquanto fórmula da medicina tradicional chinesa, trouxe redução da intensidade dos tiques fônicos, sendo capaz de atuar em curto período de tempo em crianças e adolescentes com ST. Além disso, verificou-se que a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) promoveu melhora da gravidade dos tiques, sugerindo ser uma técnica terapêutica capaz de intervir de forma segura e fisiologicamente direcionada para o tratamento de tiques de crianças com ST. Por fim, os suplementos compostos de L-teanina e piridoxina promoveram redução da gravidade dos tiques e da ansiedade, sendo evidente o papel que a L-teanina e a vitamina B6 possuem no tratamento de transtornos de tiques como a ST
Novos ensaios clínicos em abordagem terapêutica para Otite Média Aguda na população pediátrica
A otite média aguda (OMA) é uma das principais doenças presentes na infância, caracterizada por uma infecção aguda secretiva na orelha média, com uma incidência que vem se elevando nas últimas décadas. O presente estudo de revisão buscou avaliar novas evidências na abordagem terapêutica da OMA na população pediátrica, documentadas por meio de estudos clínicos e randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos e testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos seis anos; que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca de novas evidências no manejo da OMA em crianças. Ficou constatado que, por mais que a colocação de tubo de ventilação tenha gerado maior tempo até o primeiro episódio de OMA, a otorreia foi observada em um número de dias em crianças, o que não trouxe achados significativos entre a colocação de tubo de ventilação ou do tratamento médico. Ademais, verificou-se que, em crianças pequenas com OMA, formulações contendo dosagens menores de clavulanato podem trazer menos efeitos colaterais sem reduzir sua eficácia clínica. Outro ponto observado é que a intervenção educacional direcionada ao clínico geral levou ao aumento no uso de analgésicos, em especial o ibuprofeno, em crianças com OMA, mas que não houve redução dos escores de dor de ouvido relatados pelos pais. Por fim, o estudo CEDAR mostrou que o uso reduzido de antibióticos pode ser feito em crianças com OMA combinando a prescrição de antibióticos tardia ou não com colírios anestésicos-analgésicos