34 research outputs found
ATIVIDADE DE EXTENSÃO VETERINÁRIA & CIÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
A pesquisa científica é fundamental para fomentar o desenvolvimento regional, através da produção de tecnologias ou de conhecimento a respeito de temas de importância local. Através dela é possível melhorar a qualidade de vida da população e complementar a formação acadêmica. É necessário estimular e instrumentalizar os acadêmicos a participarem de projetos de pesquisa em suas respectivas áreas de interesse. Visando a importância da pesquisa em sua formação profissional e como um pilar fundamental na construção do conhecimento. O projeto de extensão Veterinária & Ciência foi idealizado pelo curso de Medicina Veterinária do campus aproximado de Campos Novos, com o objetivo de fomentar a pesquisa na área veterinária, instrumentalizar os acadêmicos para elaboração de projetos, favorecer o contato com conteúdos científicos e vivências direcionadas para medicina veterinária, incentivar o pensamento crítico nos acadêmicos e incentivar o desenvolvimento das habilidades para pesquisa científica. Foram realizadas cinco oficinas ofertadas para diferentes fases do curso: Introdução à Pesquisa para os acadêmicos da primeira fase, Acesso à Base de Dados para os acadêmicos da segunda fase, Elaboração de Apresentação para os acadêmicos da terceira fase, Gerenciador de Referências para os acadêmicos da quarta fase e Elaboração de Resumos para os acadêmicos da quinta fase. Cinquenta e dois acadêmicos do curso de Medicina Veterinária participaram das oficinas, representando 38,51% do total de acadêmicos matriculados no curso. O projeto permanece ativo com renovação semestral
MONITORAMENTO DE SALMONELLA SPP. NO RIO DAS PEDRAS
Os rios recebem grande quantidade de dejetos e contaminantes por escoação superficial. Muitos deles podem conter agentes que causam patologias nos seres humanos e animais, como é o caso da bactéria Salmonella spp. O objetivo deste estudo foi verificar a presença de Salmonella spp no Rio das Pedras, localizado em Videira - Santa Catarina. Foram realizadas três coletas com intervalo de um mês em quatro pontos do rio, dois na área rural e dois na área urbana. As coletas foram realizadas com método de arraste, no qual uma tira de gaze de algodão estéril de 1 metro, dobrada em quatro partes e amarrada com barbante de algodão foi submersa no leito do rio e mantida por 24 horas, de forma que a água corrente entrasse em contato contínuo com o tecido e as partículas suspensas a ele se aderissem. O método de detecção utilizado foi o ISO 6579-1:2017. Na primeira coleta 50% das amostras apresentaram Salmonella spp, ambas da área rural, e na segunda e terceira coleta todas as amostras apresentaram ausência do patógeno. Os dados obtidos demonstraram que o patógeno está presente na água do Rio das Pedras, significando um risco à saúde pública de quem utiliza sua água sem o devido tratamento.
Palavras-chave: Salmonella. Análise da Água. Contaminação Fluvial
SALMONELLA ENTERICA NO LAGEADO FERREIRINHA, JOAÇABA - SC
O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação do Lajeado Linha Ferreirinha em Joaçaba, SC, por Salmonella enterica. As amostras de água foram coletadas em um ponto zona rural e um ponto na zona urbana no bairro Caetano Branco, na divisa entre os municípios de Joaçaba e Luzerna. As coletas foram realizadas com método de arraste por 24 horas e o método de detecção utilizado foi o ISO 6579- 1:2017. Foram realizadas 10 seções de coleta no segundo semestre de 2020. Os resultados demonstraram a incidência de 30% de Salmonella no ponto A e 70% no ponto B. A frequência de isolamento maior no ponto B é atribuída a contaminação aos efluentes urbanos, já que o final do percurso do riacho é densamente povoado. A presença de Salmonella no ponto A é atribuída à lixiviação devido a fertilização com dejetos animais e mesmo a existência de propriedades produtoras de animais acima do ponto de coleta. Conclui-se que a contaminação por efluentes urbanos neste local é a principal causa da presença do patógeno na água do Lajeado Ferreirinha.
Palavras-chave: Ambientes aquáticos. Contaminação hídrica. Microbiologia da água
CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO EM LEITÕES
A fase do desmame no sistema intensivo de criação é considerada a mais traumática na vida dos suínos. Quando são desmamados até 28 dias de idade os leitões passam por um período de estresse, podendo afetar o hipocampo, interferindo no raciocínio, memória, inteligência, aprendizado, desenvolvimento e bem-estar desses animais. Situações semelhantes ocorrem com humanos que sofreram estresse pós-traumático. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura a respeito das consequências do estresse causado pelo desmame precoce em leitões, através da pesquisa de artigos publicados em periódicos científicos com textos completos em português, com os descritores: desmame, estresse pós-traumático e leitões. Há várias situações que certamente irão causar estresse em leitões recém-desmamados no sistema intensivo, a que mais afeta os leitões é a separação da mãe. Outro problema é a mudança brusca na alimentação, ao contrário da vida selvagem, na qual o desmame ocorre até 112 dias de idade e a mãe apresenta aos seus filhotes os alimentos sólidos. No sistema intensivo de criação, leitões desmamados precocemente tornam-se agressivos, podendo desenvolver medo paralisante e agressividade desenfreada. A troca do ambiente físico e o reagrupamento forçado podem instigar as brigas, as quais causam lesões e aumentam o estresse. Experiências traumáticas vivenciadas pelos leitões são mais decisivas no aprendizado do que a idade do desmame propriamente dita. O estresse pós-traumático pode causar danos cerebrais tanto em suínos quanto em humanos
PRESENÇA DE SALMONELLA SPP. EM AVES SILVESTRES: REVISÃO DE LITERATURA
As enterobactérias do gênero Salmonella são reconhecidas como importantes agentes zoonóticos em todo o mundo. As aves possuem um papel importante na disseminação deste patógeno uma vez que podem ser portadoras assintomáticas, excretando continuamente Salmonella pelas fezes. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a presença de Salmonella spp. em aves silvestres, através da busca de artigos completos publicados em periódicos científicos em português e inglês, utilizando os descritores: Salmonella, aves silvestres, wild birds. Os trabalhos publicados relatam que a salmonelose está causando a morte de aves silvestres na Inglaterra, Suécia e nos Estados Unidos. Um trablaho publicado no Brasil ao avaliar a presença de Salmonella em aves silvestres encontrou o patógeno com uma frequência de 10% das aves avaliadas. Outro estudo encontrou uma amostra positiva para Salmonella em Psittaciformes em fase de reabilitação para soltura. Em outro artigo, ao avaliar a presença de Salmonella em 12 espécimes de araras-azuis apreendidas no aeroporto, um espécime apresentou Salmonella Typhimurium. No Brasil estudos sobre a presença de Salmonella spp. em aves silvestres ainda são escassos, as pesquisas verificam a presença de Salmonella spp. em aves de criação, com a finalidade de avaliar a sanidade dos plantéis. Em aves silvestres os estudos geralmente são realizados em animais de cativeiro ou apreendidas do tráfico ilegal. Sendo assim, torna-se necessários novos estudos com aves silvestres para verificar a saúde destes animais e do ambiente onde encontram-se
EPIDEMIOLOGIA DOS SURTOS DE SALMONELOSE NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA
A salmonelose está entre as zoonoses mais importantes do mundo, apontada como agente causador de surtos em muitos países apresentando alta endemicidade, elevada morbidade e também é difícil adotar medidas de controle. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os surtos de salmonelose relatados no Brasil nos últimos 18 anos. Através de dados publicados pelo Ministério da Saúde. No Brasil, entre 1999 e 2004 o Ministério da Saúde, através da implantação do programa de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos (VE-DTA), registou 186.776 surtos por Salmonella spp. sendo os estados com maior número de notificações foram São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério da Saúde a Salmonella é o agente etiológico com maior frequência, presente em 38,2% dos surtos alimentares de 2000 a 2014. Entre os anos de 2007 e 2016 foram registrados 6.632 surtos com 469.482 pessoas expostas, destas 118.104 adoeceram, 17.186 foram hospitalizadas e 109 (0,09%) vieram a óbito. O Sudoeste registrou 43,8% dos surtos seguido do Sul com 24,8%. Em 38,9% dos surtos, a origem inicial da infecção ocorreu dentro das residências. 7,5% dos surtos Salmonella spp. foi o agente etiológico identificado, 70,3% dos surtos o agente etiológico não foi identificado. Esses dados evidenciam que na maioria dos casos não é realizada a identificação do agente etiológico. Além disso, outros tantos casos não são notificados no SINAN pelos sintomas das DTA’s serem similares a outras patologias
PROTOCOLOS PARA DETECÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS PATOGÊNICAS EM AMOSTRAS DE FEZES
A família Enterobacteriaceae (filo Proteobacteria, classe Gammaproteobacteria e ordem Enterobacteriales) compreende as bactérias Gram-negativas e agrega 42 gêneros, amplamente distribuídos no ambiente e, como o próprio nome sugere, compõe a microbiota intestinal dos animais. Essa família inclui diversos gêneros de micro-organismos patogênicos para o homem e para os animais, destacando-se os gêneros Salmonella, Shigella e Yersinia. O isolamento de espécies patogênicas a partir de material fecal envolve uma série de dificuldades, como o baixo título no qual são eliminadas nas fezes de indivíduos saudáveis; baixa competitividade diante da microbiota intestinal; necessidades especiais relacionadas à fisiologia e metabolismo; e o tamanho da população quando comparada às outras espécies que compõem a microbiota fecal. O objetivo com este trabalho foi avaliar quatro protocolos para isolamento de enterobactérias patogênicas em fezes de animais saudáveis. O primeiro consistiu no isolamento direto a partir das fezes (protocolo A). Estas foram diluídas em 10 mL de Água Peptonada Tamponada (APT) e, posteriormente, semeadas em Ágar MacConckey (MC). O segundo protocolo consistiu na diluição das fezes em APT e transferência de 100 uL para Caldo Muller Kaufmann Tetrationato (MKtt), que foi, então, incubado a 36 °C/24 horas e após o isolamento em ágar MC (protocolo B). O terceiro protocolo consistiu no pré-enriquecimento das fezes em APT e enriquecimento seletivo em MKtt e isolamento em ágar MC (protocolo C). O quarto protocolo foi similar ao terceiro, entretanto o enriquecimento seletivo foi em meio semissólido Rappaport Vassiliadis (MSRV) incubado a 42 °C/24 horas (protocolo D). Foi realizada uma adaptação nas recomendações do uso do meio MSRV e repicadas todas as culturas que demonstraram desenvolvimento microbiano independente da formação de zona de migração. Como material biológico, foram utilizadas seis amostras de fezes de morcegos. As amostras 1 e 2 não apresentaram desenvolvimento de culturas de enterobactérias em nenhum dos protocolos utilizados. As amostras 3 e 4 não apresentaram resposta nos protocolos A e B. As amostras 5 e 6 apresentaram desenvolvimento de enterobactérias nos quatro protocolos utilizados, sendo os protocolos B, C e D os que permitiram os isolamentos de enterobactérias patogênicas (Salmonella – protocolo B; Shigella – protocolos C e D; Yersinia – protocolo D). Essa avaliação preliminar indica que as etapas de enriquecimento seletivo são indispensáveis para o isolamento de enterobactérias patogênicas em material fecal de indivíduos sem sinais de infecção. O estudo está em continuidade a fim de aumentar o número de amostras.Palavras-chave: Coprocultura. Morcegos. Salmonella. Shigella. Yersinia
PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS DE CULTURAS DE SALMONELLA SPP. ISOLADAS DO RIO CAPINZAL
O gênero Salmonella compreende enterobactérias do trato intestinal de animais e humanos. Assim as fezes são o principal meio de veiculação do patógeno para o ambiente. Os efluentes agroindustriais e urbanos não tratados contaminam os corpos hídricos com bactérias fecais. O uso indiscriminado de antimicrobianos no homem e nos animais desencadeia o processo de seleção de cepas de Salmonella spp. resistentes. O objetivo do trabalho foi testar o perfil de resistência a antibióticos de cepas de Salmonella spp. isoladas de amostras de água e sedimento do Rio Capinzal, município de Capinzal, Santa Catarina. Isolou-se 18 culturas obtidas a partir de 40 amostras de água e sedimento. O método utilizado para o antibiograma foi o de disco difusão segundo Kirby & Bauer empregando Ágar Muller Hinton. Testou-se 12 tipos antibióticos de cinco classes de antibióticos. Das 18 culturas testadas uma (5,55%) se mostrou multirresistente (Cefalosporinas e Carbapenêmicos) e uma (5,55%) cultura resistente a Ampicilina. Das culturas testadas 11 (61,11%) mostraram-se intermediárias entre o perfil de resistência e sensibilidade a pelo menos um dos antibióticos testados. Estes resultados mostram que cepas resistentes de Salmonella spp. estão presentes nos ambientes aquáticos, possibilitando sua veiculação entre diversos níveis tróficos, principalmente o homem e os animais