18 research outputs found
Incidência de Choques em Portadores de Desfibriladores CardÃacos Implantáveis: Fatores de Risco
Introduçao: O cardiodesfibrilador implantável (CDI) é indicado na prevençao primária e secundária da morte súbita cardÃaca. No portador de CDI, a complicaçao mais comum é o choque inapropriado. Objetivo: avaliar retrospectivamente a incidência de choques apropriados e inapropriados e seus fatores de riscos (objetivo primário) e o grau de aceitaçao do dispositivo pelos pacientes (objetivo secundário). CasuÃstica e método: foram estudados 54 pacientes portadores de CDI implantados no perÃodo outubro de 1999 a abril de 2006. Pacientes que receberam choques apropriados e inapropriados foram analisados, isolada e conjuntamente, em relaçao aos seguintes fatores: fraçao de ejeçao do ventrÃculo esquerdo (FE), sexo, uso de amiodarona, tipo de CDI, tipo de prevençao e cardiopatia envolvida. Para a análise estatÃstica, utilizou-se o teste exato de Fisher. Resultados e discussao: as patologias mais incidentes foram as cardiopatias isquêmica (33,3%), arritmogênica hereditária (22,2%) e chagásica. A incidência de choques apropriados foi de 38,9% e de choques inapropriados, de 13%. A prevençao secundária foi responsável por 85,2% dos implantes, doze (22,2%) dos quais foram de CDI unicamerais. Vinte e dois pacientes (40,7%) apresentavam FE normal e 70% faziam uso de amiodarona. O tempo médio de seguimento foi de 21,1 meses.Vinte e nove por cento dos pacientes eram mulheres. Nesta casuÃstica, quando comparada a incidência de choques apropriados e inapropriados, isoladamente ou em conjunto, com FE, sexo e tipo de prevençao, nao houve diferença com significância estatÃstica. Isoladamente, os portadores de cardiopatia arritmogênica hereditária apresentaram tendência a maior incidência de choques apropriados isoladamente (p=0,11) e choques apropriados e inapropriados em conjunto (p=0,142). Foi possÃvel constatar que a incidência de choques inapropriados foi maior entre os pacientes que nao utilizavam amiodarona (50,0%) do que entre aqueles que a usavam (5,3%) com p significativo (p=0,003). Em relaçao ao tipo de CDI, observou-se que nos portadores de CDI unicamerais, a incidência de choques inapropriados (33,3%) foi superior a dos portadores de CDI bicamerais (7,5% com p=0,041). Na populaçao estudada, os achados sugerem que a nao utilizaçao da amiodarona e o CDI unicameral sao fatores que aumentam a incidência de choques inapropriados. Observou-se tendência de maior número de choques entre os portadores de cardiopatia arritmogênica hereditária. Constatouse, por fim, que a maior incidência de choques piorava a aceitaçao do dispositivo pelos pacientes
Incidência de Choques em Portadores de Desfibriladores CardÃacos Implantáveis: Fatores de Risco
Introduçao: O cardiodesfibrilador implantável (CDI) é indicado na prevençao primária e secundária da morte súbita cardÃaca. No portador de CDI, a complicaçao mais comum é o choque inapropriado. Objetivo: avaliar retrospectivamente a incidência de choques apropriados e inapropriados e seus fatores de riscos (objetivo primário) e o grau de aceitaçao do dispositivo pelos pacientes (objetivo secundário). CasuÃstica e método: foram estudados 54 pacientes portadores de CDI implantados no perÃodo outubro de 1999 a abril de 2006. Pacientes que receberam choques apropriados e inapropriados foram analisados, isolada e conjuntamente, em relaçao aos seguintes fatores: fraçao de ejeçao do ventrÃculo esquerdo (FE), sexo, uso de amiodarona, tipo de CDI, tipo de prevençao e cardiopatia envolvida. Para a análise estatÃstica, utilizou-se o teste exato de Fisher. Resultados e discussao: as patologias mais incidentes foram as cardiopatias isquêmica (33,3%), arritmogênica hereditária (22,2%) e chagásica. A incidência de choques apropriados foi de 38,9% e de choques inapropriados, de 13%. A prevençao secundária foi responsável por 85,2% dos implantes, doze (22,2%) dos quais foram de CDI unicamerais. Vinte e dois pacientes (40,7%) apresentavam FE normal e 70% faziam uso de amiodarona. O tempo médio de seguimento foi de 21,1 meses.Vinte e nove por cento dos pacientes eram mulheres. Nesta casuÃstica, quando comparada a incidência de choques apropriados e inapropriados, isoladamente ou em conjunto, com FE, sexo e tipo de prevençao, nao houve diferença com significância estatÃstica. Isoladamente, os portadores de cardiopatia arritmogênica hereditária apresentaram tendência a maior incidência de choques apropriados isoladamente (p=0,11) e choques apropriados e inapropriados em conjunto (p=0,142). Foi possÃvel constatar que a incidência de choques inapropriados foi maior entre os pacientes que nao utilizavam amiodarona (50,0%) do que entre aqueles que a usavam (5,3%) com p significativo (p=0,003). Em relaçao ao tipo de CDI, observou-se que nos portadores de CDI unicamerais, a incidência de choques inapropriados (33,3%) foi superior a dos portadores de CDI bicamerais (7,5% com p=0,041). Na populaçao estudada, os achados sugerem que a nao utilizaçao da amiodarona e o CDI unicameral sao fatores que aumentam a incidência de choques inapropriados. Observou-se tendência de maior número de choques entre os portadores de cardiopatia arritmogênica hereditária. Constatouse, por fim, que a maior incidência de choques piorava a aceitaçao do dispositivo pelos pacientes
Ocorrência de Eventos Tromboembólicos após Choque em Portadores de Cardiodesfibriladores Implantáveis
Eventos tromboembólicos sao complicaçoes possÃveis durante o implante ou o seguimento de portadores de desfibriladores cardÃacos implantáveis (CDI). Este estudo descreve quatro casos de eventos tromboembólicos nao fatais de uma série de 125 pacientes submetidos ao implante de CDIs, no perÃodo de outubro de 1999 a dezembro de 2007. Em dois casos, o evento foi causado por acidente vascular cerebral, em um, por ataque isquêmico transitório e, em outro, por embolia pulmonar. Sao discutidas as possÃveis causas dos eventos tromboembólicos, a necessidade do teste de desfibrilacao intraoperatório e do uso de anticoagulacao nos portadores de CDI
Ocorrência de Eventos Tromboembólicos após Choque em Portadores de Cardiodesfibriladores Implantáveis
Eventos tromboembólicos sao complicaçoes possÃveis durante o implante ou o seguimento de portadores de desfibriladores cardÃacos implantáveis (CDI). Este estudo descreve quatro casos de eventos tromboembólicos nao fatais de uma série de 125 pacientes submetidos ao implante de CDIs, no perÃodo de outubro de 1999 a dezembro de 2007. Em dois casos, o evento foi causado por acidente vascular cerebral, em um, por ataque isquêmico transitório e, em outro, por embolia pulmonar. Sao discutidas as possÃveis causas dos eventos tromboembólicos, a necessidade do teste de desfibrilacao intraoperatório e do uso de anticoagulacao nos portadores de CDI
SÃndrome do QT Longo Adquirida em Paciente com Feocromocitoma
A associaçao entre feocromocitoma e sÃndrome do QT longo adquirida é fenômeno raro na literatura. Foram encontrados somente quatro relatos de caso, sendo este o primeiro na literatura brasileira. Este trabalho descreve o caso de um paciente com história de sÃncopes convulsivas, hipertensao arterial e diabetes, com diagnóstico de feocromocitoma e sÃndrome do QT longo, com crises documentadas de taquicardia ventricular nos episódios convulsivos. A elevada incidência de morte súbita nesses pacientes pode sugerir episódios de taquicardia ventricular polimórfica do tipo Torsades de Pointes como etiologia, tendo o QT longo como substrato. Essa associaçao rara e subdiagnosticada deve ser lembrada nos diagnósticos diferenciais
SÃndrome do QT Longo Adquirida em Paciente com Feocromocitoma
A associaçao entre feocromocitoma e sÃndrome do QT longo adquirida é fenômeno raro na literatura. Foram encontrados somente quatro relatos de caso, sendo este o primeiro na literatura brasileira. Este trabalho descreve o caso de um paciente com história de sÃncopes convulsivas, hipertensao arterial e diabetes, com diagnóstico de feocromocitoma e sÃndrome do QT longo, com crises documentadas de taquicardia ventricular nos episódios convulsivos. A elevada incidência de morte súbita nesses pacientes pode sugerir episódios de taquicardia ventricular polimórfica do tipo Torsades de Pointes como etiologia, tendo o QT longo como substrato. Essa associaçao rara e subdiagnosticada deve ser lembrada nos diagnósticos diferenciais
Correção de comunicação interatrial com cirurgia minimamente invasiva em pacientes pediátricos Minimally invasive surgical correction of interatrial communication in pediatric patients
Visando um melhor resultado estético pode-se optar por técnicas minimamente invasivas na correção cirúrgica das cardiopatias congênitas. Entre os acessos utilizados realizamos a esternotomia parcial em 20 pacientes pediátricos para correção de comunicação interatrial (CIA). Após análise deste grupo de pacientes concluÃmos tratar-se de técnica cirúrgica segura, de fácil execução e com ótimo resultado estético. Não ocorreram complicações especÃficas relacionadas ao acesso cirúrgico.<br>A better cosmetic effect may result from minimally invasive techniques available for the surgical correction of congenital cardiopathies. Amongst the possible accesses for the correction of an interatrial communication, we selected a partial sternotomy which we performed in 20 pediatric patients. When analyzed, this group of patients demonstrated that this approach is a safe and easy one, and that the cosmetic result is very satisfactory. No complications specifically related to the surgical access were observed
Endocardite infecciosa valvar submetida a tratamento cirúrgico: análise de 64 casos Infective valve endocarditis treated by surgery: analysis of 64 cases
OBJETIVO: Identificar aspectos clÃnico-laboratoriais da endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, no Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, no perÃodo de 1988 a 2003. MÉTODO: Estudo observacional, retrospectivo, da fase hospitalar, de 64 pacientes portadores de endocardite infecciosa, submetidos à substituição valvar aórtica e/ou mitral, vegectomia e plastia da tricúspide e excisão da valva pulmonar, como parte do tratamento. Analisados o sexo, a idade, o tempo decorrido entre a internação e a cirurgia e entre a internação e a alta hospitalar, a valva acometida, o resultado da hemocultura, o procedimento cirúrgico efetuado e a mortalidade. RESULTADOS: A endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, preponderou na terceira década, 81,2% dos pacientes eram masculinos. O tempo decorrido entre a internamento e a cirurgia foi menor nos pacientes que faleceram. A valva aórtica, de modo isolado ou associado, foi acometida em 65% dos casos. Hemoculturas foram positivas em 42%; em 52,4% delas, isolou-se Estafilolococo aureus. Necessitaram de substituição valvar 93,7% dos pacientes. Houve mortalidade de 14,1%, não influenciada pela idade nem pelo resultado da hemocultura. CONCLUSÃO: Endocardite infecciosa valvar, submetida ao tratamento cirúrgico, foi mais freqüente em homens e na terceira década. Acometeu preferencialmente a valva aórtica. Estafilolococo aureus foi o patógeno mais comum. Na quase totalidade dos casos, procedeu-se substituição valvar e a mortalidade hospitalar foi de 14,1%.<br>OBJECTIVE: To identify some aspects of the infective valve endocarditis treated by heart surgery, as well as antibiotic therapy, in a public hospital, in the city of Fortaleza, Ceará state, Brazil, from1988 to 2003. METHOD: A retrospective and observational study of 64 patients with Infective Valve Endocarditis who required aortic and/or mitral valve replacement, tricuspid vegectomy and repair or pulmonary valve valvulectomy, as well as antibiotic therapy, during their in-hospital stay. They were analyzed in respect to gender, age, time elapsed from hospital admission to the surgery, time elapsed from hospital admission to hospital discharge, valve lesion, blood culture result, surgical treatment and mortality. RESULTS: Infective valve endocarditis treated with heart surgery was more frequent in the third decade of life. Most of patients (81.2%) were males. The patients who died spent a shorter time from hospital admission to the surgery than the patients who survived. The aortic valve was affected in 65% of cases. Positivity blood culture were seen in 42% and Staphylococcus aureus was isolated in 52.4% of these cases. Valve replacement was necessary in 93.7% of cases. The in-hospital mortality rate was 14.1% which was not influenced by the age of the patient or the blood culture result. CONCLUSION: Infective valve endocarditis treated by heart surgery was more frequent in men and in the third decade of life. It mostly affected the aortic valve. Staphylococcus aureus was the more common pathogen found. Almost all the patients needed replacement of the infected valve and the in-hospital mortality rate was 14.1%
Echocardiographic Predictors of Worse Outcome After Cardiac Resynchronization Therapy
AbstractBackground:Cardiac resynchronization therapy (CRT) is the recommended treatment by leading global guidelines. However, 30%-40% of selected patients are non-responders.Objective:To develop an echocardiographic model to predict cardiac death or transplantation (Tx) 1 year after CRT.Method:Observational, prospective study, with the inclusion of 116 patients, aged 64.89 ± 11.18 years, 69.8% male, 68,1% in NYHA FC III and 31,9% in FC IV, 71.55% with left bundle-branch block, and median ejection fraction (EF) of 29%. Evaluations were made in the pre‑implantation period and 6-12 months after that, and correlated with cardiac mortality/Tx at the end of follow-up. Cox and logistic regression analyses were performed with ROC and Kaplan-Meier curves. The model was internally validated by bootstrapping.Results:There were 29 (25%) deaths/Tx during follow-up of 34.09 ± 17.9 months. Cardiac mortality/Tx was 16.3%. In the multivariate Cox model, EF < 30%, grade III/IV diastolic dysfunction and grade III mitral regurgitation at 6‑12 months were independently related to increased cardiac mortality or Tx, with hazard ratios of 3.1, 4.63 and 7.11, respectively. The area under the ROC curve was 0.78.Conclusion:EF lower than 30%, severe diastolic dysfunction and severe mitral regurgitation indicate poor prognosis 1 year after CRT. The combination of two of those variables indicate the need for other treatment options