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    Hemopericárdio como complicação mecânica da síndrome coronariana aguda: um relato de caso

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    O derrame pericárdico é uma condição frequente em pacientes diagnosticados com síndrome coronariana aguda. Contudo, é importante ressaltar que esta complicação não prediz necessariamente desfechos desfavoráveis da doença, especialmente considerando as atuais estratégias de reperfusão precoce. Embora as complicações mecânicas sejam infrequentes, sua ocorrência representa cenários clínicos críticos que demandam intervenção imediata. O hemopericárdio, frequentemente vinculado à ruptura da parede ventricular e à formação de pseudoaneurismas, configura-se como uma complicação grave com potencial para tamponamento cardíaco. O presente relato trata do caso de um paciente masculino de 77 anos, previamente funcional, que deu entrada em serviço de pronto-socorro do HSPE – Hospital do Servidor Público Estadual com quadro clínico sugestivo de síndrome coronariana aguda. Houve evolução para choque obstrutivo relacionado a tamponamento cardíaco, complicação relacionada ao diagnóstico primário. Enfatizamos a importância crucial da detecção precoce dessas complicações para uma intervenção terapêutica eficaz. O relato de caso explora a gravidade das complicações mecânicas, enfocando a relação entre o infarto agudo do miocárdio com supra do segmento ST (IAMCSST) e o desenvolvimento de hemopericárdio

    Ultrassonografia point-of-care no departamento de emergência: diagnóstico de complicação mecânica após infarto agudo do miocárdio

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    Introdução: As complicações mecânicas (CM) após infarto agudo do miocárdio (IAM) são raras, quando realizada terapia de reperfusão, e potencialmente letais. Incluem ruptura da parede livre do ventrículo esquerdo (VE), pseudoaneurisma, comunicação interventricular (CIV) e insuficiência mitral aguda. Incidência é estimada em cerca de 3 em 1.000 pacientes com IAM. Ultrassonografia point-of-care (POCUS) possibilita rápida avaliação não invasiva no departamento de emergência, podendo ser útil na detecção das CM. Caso clínico: Paciente do sexo feminino, 80 anos, com antecedente de hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia. Procura o pronto-socorro por dor precordial opressiva de forte intensidade, com irradiação para ombros e mandíbula, relação com esforços. Início dos episódios de dor há 4 dias, mais intensa na noite anterior. À admissão na Sala de Emergência, ainda com precordialgia intensa, sudorese, taquipneia (24 irpm), taquicardia (104 bpm), sopro holossistólico panfocal 5+/6 mais audível no foco mitral, normotensa e com pulmões limpos. Eletrocardiograma em ritmo sinusal, bloqueio divisional anterossuperior esquerdo, supradesnivelamento do segmento ST de 1 mm em DIII e discreto infradesnivelamento do segmento ST na parede lateral alta. Troponina positiva. POCUS evidenciou alteração segmentar e CIV. Paciente evoluiu com hipotensão, necessitando de droga vasoativa. Ecocardiograma evidenciou acinesia da parede ínfero-lateral e inferior do VE, função global do VE preservada, CIV muscular com formação de pseudoaneurisma da região basal da parede inferior. Foi indicada cirurgia cardíaca e paciente foi transferida para unidade de terapia intensiva. Discussão: As CM são menos frequentes após as terapias de reperfusão e devem ser suspeitadas em pacientes com um novo sopro, insuficiência cardíaca aguda ou choque cardiogênico. Fatores de risco para seu surgimento são sexo feminino, idade avançada e reperfusão tardia. No caso relatado, evidenciou-se a associação de pseudoaneurisma e CIV como complicação do IAM. O diagnóstico da CM, evidenciado inicialmente por POCUS, foi confirmado pelo ecocardiograma. Conclusão: Apesar do avanço das técnicas, complicação mecânica do infarto ainda tem alta mortalidade, o que reforça a necessidade do seu reconhecimento precoce, sendo o tempo definidor de prognóstico. POCUS pode ser uma ferramenta de triagem de grande utilidade nesses casos, com impacto no tempo para o diagnóstico

    Neoplasia neuroendócrina atípica com achados laboratoriais excepcionais - um relato de caso

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    A síndrome carcinoide (SC) é uma manifestação paraneoplásica resultante da secreção de substâncias humorais, que ocorre em 30 a 40% de pacientes com tumores neuroendócrinos bem diferenciados. Histologicamente, existe a proliferação de células enterocromafins, principalmente as derivadas do intestino médio, liberando substâncias como a serotonina, gerando manifestações como rubor de curta duração, diarreia, broncoespasmo, fibrose cardíaca e sibilância. Os tumores com células derivadas do intestino anterior e posterior produzem pouca serotonina, causando sintomas atípicos como edema facial, lacrimejamento, salivação e rubor fixo prolongado. Para diagnóstico, o ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA) urinário é o marcador típico, geralmente ausente na SC atípica. A doença tem progressão inevitável e o tratamento é sintomático, principalmente com análogos de somatostatina, inibidores da tirosina-hidroxilase e interferons. Este trabalho visa a descrever, através de um relato de caso, a apresentação de tumor neuroendócrino pulmonar em paciente com manifestações clínicas da SC atípica e com marcadores laboratoriais da SC típica

    Relato de caso: suspeita clínica e diagnóstico de síndrome nefrótica em paciente adulto em pronto-socorro

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    A Síndrome Nefrótica é caracterizada pela presença de proteinúria maciça (maior que 3.5g/1,73m² em 24 horas), hipoalbuminemia (<3g/dL) e edema periférico, podendo ser acompanhada também por hiperlipidemia e hipercoagulabilidade. Pode ser decorrente de condições primárias ou associada a doenças sistêmicas. Em pacientes adultos, cerca de 30% apresentam doenças sistêmicas concomitantes; o restante está relacionado a alterações primárias dos rins. A evolução dessa síndrome depende de qual glomerulopatia está envolvida, o que determina a possibilidade de resposta ao tratamento e o risco de evolução para doença renal crônica (DRC).

    Non-compacted myocardium in an adult with acute neurological deficit in the Emergency Department: a case report

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    Non-Compacted Myocardium (NCM) is an uncommon cardiac condition with a genetic predisposition, often characterized by trabeculae and distinct myocardial layers. This case report discusses a 59-year-old hypertensive, diabetic male with acute neurological symptoms. Diagnosed with an ischemic stroke, subsequent investigations revealed features indicative of NCM. Confirmatory Cardiac Magnetic Resonance Imaging (CMR) and echocardiography were pivotal for diagnosis. The patient received specialized outpatient follow-up, emphasizing the importance of early diagnosis and tailored treatment. This report contributes to the understanding of NCM's diverse clinical presentations and underscores the significance of a multidisciplinary approach for effective patient care

    Osteitis condensans Ilii as differential diagnosis of sacroiliitis: learning in order not to fail / Osteíte Condensante do Íleo como diagnóstico diferencial de sacroileíte: aprendendo para não errar

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    Osteitis Condensans Ilii (OCI) is a rare benign condition of unknown etiology. The prevalence in overall population ranges from 0.9 to 2.5%, and it is more frequent in multiparous women before the fourth decade of life1. It can be asymptomatic and discovered by accidental radiologic diagnosis or it may present as inflammatory low back pain 1,2. The symptomatic form is an important mimicking factor of sacroiliitis, and it should always be considered as differential diagnosis1. Given the rareness of the disease and the importance of differential diagnosis, we report an OCI case that mimics sacroiliitis
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