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Parasitoides no controle biológico de Tefritídeos na amazônia brasileira.
Na Amazônia brasileira, as pesquisas sobre parasitoides de Tephritidae avançaram nos anos recentes. Estão assinaladas nove espécies de Braconidae (duas não formalmente descritas), sendo Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan as mais abundantes e amplamente distribuídas. Entre os Figitidae, ocorrem quatro espécies, com predomínio de Aganaspis pelleranoi (Brèthes). Algumas espécies vegetais apresentam potencial como "multiplicadoras de parasitoides", como Spondias mombin (Anacardiaceae) e Bellucia egensis (Melastomataceae), com índices de parasitismo de até 50% dos pupários. Bellucia grossularioides (Melastomataceae) apresenta parasitismo de até 20%, porém torna-se relevante em função de sua elevada abundância e ampla distribuição. Geissospermum argenteum (Apocynaceae) apresenta parasitismo inferior a 10%, o que é compensado pelo alto índice de infestação por tefritídeos não praga (mais de 1.000 pupários/kg de fruto). No caso de Bactrocera carambolae Drew & Hancock, espécie quarentenária restrita aos estados do Amapá e Roraima, nenhuma espécie de parasitoide nativo foi associada à praga até o momento. Por outro lado, a partir do ano 2000, algumas liberações do parasitoide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) foram realizadas no Amapá com vistas ao seu controle. Porém, nenhum exemplar do parasitoide foi recuperado nos levantamentos realizados nos últimos 10 anos (3.000 kg de frutos). Recentemente, o parasitoide de ovos Fopius arisanus (Sonan) foi importado do USDA/ARS, Hilo/Havaí, EUA, visando ao controle biológico da praga. O parasitoide encontra-se em fase de adaptação a B. carambolae, para estudos posteriores. É necessário realizar levantamentos de parasitoides em Estados pouco amostrados, para que seja possível ampliar o conhecimento sobre esses inimigos naturais. Adicionalmente, é imperioso intensificar os estudos com "plantas multiplicadoras de parasitoides", para fomentar o controle biológico conservativo de tefritídeos
New hosts of Bactrocera carambolae (Diptera: Tephritidae) in Brazil.
Seven plant species are reported for the first time as hosts of Bactrocera carambolae in Brazil. Eugenia stipitata and Pouteria macrophylla, native to the Amazon region, have already been reported as hosts of the carambola fruit fly. The largest number of specimens was obtained from fruits of Averrhoa carambola and Psidium guajava
Doryctobracon areolatus (Hymenoptera: Braconidae) associado a Anastrepha coronilli (Diptera: Tephritidae) em goiaba-de-antavermelha (Bellucia imperialis, Melastomataceae) no estado do Amapá, Brasil.
A goiaba-de-anta-vermelha (Bellucia imperialis Saldanha e Cogn.) é uma espécie frutífera típica de vegetação primária e secundária de terra firme, distribuída em toda a região Amazônica. No estado do Amapá seu fruto é hospedeiro de Anastrepha coronilli Carrejo & González. O presente trabalho teve por objetivo registrar a infestação de frutos de goiaba-de-anta-vermelha por A. coronilli e verificar o percentual de parasitismo. No período de julho a setembro de 2013, foram coletados frutos de B. imperialis (10 amostras, 14,05 kg) nos municípios de Ferreira Gomes, Mazagão, Laranjal do Jari e Oiapoque, estado do Amapá. Os frutos foram coletados diretamente da planta ou recém-caídos ao solo. Em laboratório, os frutos foram contados, pesados, dispostos em bandejas de plástico, sobre uma camada de areia esterilizada, coberta com tecido organza. O material foi examinado a cada três dias, sendo os pupários retirados e transferidos para frascos de plástico, contendo uma fina camada de vermiculita umedecida. Posteriormente, os fracos foram dispostos em câmaras climatizadas sob condições controladas de temperatura (26±0,5ºC), umidade relativa do ar (70±10%) e fotofase (12 horas), sendo observados diariamente para a obtenção de moscas-das-frutas e parasitoides. Os adultos emergidos foram conservados em etanol a 70% para posterior identificação. Foram obtidos 616 pupários, dos quais emergiram 160 adultos de Anastrepha coronilli (65? e 95?), caracterizando índices de infestação de 0,7 pupário/fruto e 43,8 pupários/kg de fruto. Foram obtidos 49 exemplares do parasitoide Doryctobracon areolatus (Szépligeti), representando um parasitismo de 7,9%. A espécie vegetal estudada parece exercer importante papel na manutenção da população de D. areolatus.Resumo 1836
Effect of diameter of the cotton squares in the development of boll weevil (1).
O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do diâmetro dos botões florais de algodoeiro na massa corporal de adultos do bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae). O experimento foi realizado em condições de campo e laboratório, em Jaboticabal (SP), Brasil. Foram realizadas seis amostragens, coletando-se ao acaso dez plantas nas cultivares Coodetec 405 e Fibermax 986, avaliando-se o número e o diâmetro de botões florais..
First report of Lonchaeidae (Diptera) infesting fruits of Byrsonima crassifolia in Brazil.
Murici, Byrsonima crassifolia (L.) Kunth (Malpighiaceae), is native to the Amazon region and several other regions of tropical America. The fruits are small globose drupes with fleshy yellow mesocarp (pulp) and characteristic flavor and aroma. They are consumed fresh as juice, jam, liquor and sweets (León 1968; Donadio et al. 2002; Lorenzi et al. 2006). In addition, fruits of this species have been widely used in the traditional medicine by its antimicrobial and antidepressant properties (Martínez-Vázquez et al. 1999; Herrera-Ruiz et al. 2011). The only record of fruit flies (Diptera) associated to fruits of B. crassifolia in Brazil was published by Pereira et al. (2008) from material collected in the state of Amapá during 2005 and 2006. In their work, a total number of 7,915 fruits (16.02 kg) was collected in 24 sampling points distributed in the municipalities of Macapá, Mazagão and Porto Grande. Three samples were infested by fruit flies of the family Tephritidae (one in Macapá, 0.01 puparia/fruit; two in Mazagão, 0.10 and 0.15 puparia/fruit). Anastrepha striata Schiner, 1868 (10 specimens), A. obliqua (Macquart, 1835) (8 specimens) and A. fraterculus (Wiedemann, 1830) (3 specimens) were recovered in those collections. In other samples of B. crassifolia collected in the Brazilian Amazon (states of Amapá and Rondônia), no fruit flies specimens were obtained (Deus et al. 2009; Pereira et al. 2010; Silva et al. 2011a). In Mexico, the presence of A. serpentina (Wiedemann, 1830) in B. crassifolia was recorded in the state of Chiapas (Aluja et al. 1987). However, the presence of Lonchaeidae (Diptera) species in B. crassifolia was not recorded in either study
Monitoramento para detecção de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) no Estado do Amapá.
bitstream/item/62612/1/AP-2012-Monitoramento-deteccao-Ceratitis-capitata.pd
Infestação de taperebá (Spondias mombin L.) por moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e seus parasitoides (Hymenoptera: Braconidae) no estado do Amapá.
O taperebá (Spondias mombin L., Anacardiaceae) é uma fruta típica das regiões Norte e Nordeste do Brasil. É muito apreciada para o consumo in natura ou na forma processada, como sucos, sorvetes e doces. Em geral, apresenta elevados índices de infestação por moscas-das-frutas e tem sido apontada como potencial repositório de parasitoides. Esse trabalho teve como objetivo identificar as espécies de Anastrepha e parasitoides associados que ocorrem em taperebá no estado do Amapá. No período de abril a novembro de 2009, foram coletadas 13 amostras (195 frutos) de taperebá: Ferreira Gomes (3 amostras, 45 frutos, 0,82 kg), Macapá (3 amostras, 45 frutos, 0,43 kg), Mazagão (2 amostras, 30 frutos, 0,41 kg), Porto Grande (3 amostras, 45 frutos, 0,38 kg) e Santana (2 amostras, 30 frutos, 0,21 kg). Cada amostra foi composta por 15 frutos, cada qual representando uma subamostra. Os frutos foram dispostos, individualmente, em potes de plástico transparente contendo uma camada de vermiculita e cobertos com tecido organza. Do total de frutos coletados, 73 apresentaram infestação por Anastrepha (37,4% dos frutos infestados). Foram obtidos 157 pupários, caracterizando índices de infestação variáveis, sendo o menor índice obtido nos frutos coletados em Macapá (11,6 pupários/kg) e o maior em Santana (219,0 pupários/kg). Houve registro de Anastrepha obliqua em 31 frutos (42,5% dos frutos infestados); Anastrepha antunesi (4 frutos; 5,5%); Anastrepha striata (2 frutos; 2,7%) e Anastrepha fraterculus (1 fruto; 1,4%). Em apenas um fruto, coletado em Porto Grande, foi observado compartilhamento de recurso entre A. antunesi e A. obliqua. Foram obtidos os parasitoides Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus (Gahan) (10 e 11 espécimes, respectivamente), caracterizando parasitismo de 13,4%. Em um mesmo fruto foi registrado a emergência de D. areolatus, O. bellus e A. obliqua. O taperebá parece exercer importante papel na manutenção das populações de parasitoides de Anastrepha.Resumo 1837
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