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O projeto de liberalização na Índia e o futuro dos sindicatos
A classe dominante da Índia, desde o período de liberalização iniciado em 1991, tentou fragmen-tar e enfraquecer o movimento sindical do país. O principal instrumento para esse enfraqueci-mento é a agenda da “reforma do mercado de trabalho”, impulsionada pelo Fundo Monetário Internacional. No entanto, a classe trabalhadora indiana lutou contra o processo estrutural de integração à cadeia de valor global, um processo que pressionou o movimento sindical, mesmo com as leis sindicais em vigor. Com base em uma pesquisa que realizamos entre trabalhadores da confecção de roupas na região de Délhi, descrevemos a natureza da luta de classes enfrentada pelos trabalhadores indianos e apresentamos ao leitor o caráter da resistência oferecida pelos trabalhadores e pelos sindicatos.India’s ruling class, since the liberalisation period that began in 1991, has attempted to fragment and weaken India’s trade union movement. The main instrument for this weakening is to be the imf-drive ‘labour market reform’ agenda. However, the Indian working class has struggled against the structural process of being integrated into the global value chain, a process that has put pressure on the trade union movement even as trade union laws remain in place. Drawing upon a survey we have conducted amongst garment workers in the Delhi region, we describe the nature of the class struggle faced by Indian workers, and we introduce the reader to the character of the resistance offered by the workers and the unions
O Lenin internacionalista: autodeterminação e anticolonialismo
Uma leitura atenta dos ensaios de Lenin sobre a autodeterminação escritos a partir de 1915 nos permite perceber um tema central de anticolonialismo na sua obra. Não surpreende, portanto, que Lenin pressionava a Internacional Comunista a aprimorar seu trabalho anticolonial e anti-imperialista. Somente ao entender esse aspecto do trabalho de Lenin é possível apreender por que tantos movimentos para a libertação nacional se voltaram para o marxismo-leninismo, compreendendo – graças ao trabalho de Lenin – que não haveria emancipação somente por trocar de bandeira; o que se precisava era a revolução social, uma transformação mais profunda de relações de propriedade
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