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Aprender ciências realizando atividades experimentais: o que dizem os alunos e os professores
O ensino experimental das ciências afigura-se como um bom meio para promover a aquisição de conhecimento científico em simultâneo com o desenvolvimento de capacidades como a
resolução de problemas, o pensamento crítico ou a aplicação de conhecimento em situações
novas, em suma, para o desenvolvimento da literacia científica dos alunos (Pires et al, 2004;
Pires e Sousa, 2011; Rodrigues, 2011). A comunicação baseia-se num estudo que se foca no ensino experimental das ciências em contextos do 2"CEB, e desenvolveu-se considerando duas vertentes importantes do processo educativo: a formação dos professores e a aprendizagem dos alunos. Relativamente à primeira vertente, promoveu-se a formação de futuros professores de ciências, no sentido de utilizarem o ensino experimenta] na exploração de competências e conhecimentos científicos e de implementarem práticas pedagógicas com características sociológicas que potenciem o desenvolvimento dessas competências e conhecimentos. Recorreu-se a uma metodologia de investigação/ação, em que os processos de formação incluíram situações de aprendizagem formal e de intervenção e de reflexão sobre a prática, havendo produção de materiais didáticos que foram aplicados em contexto de sala de aula. Relativamente à segunda vertente, analisou-se a aprendizagem das crianças tornando como objeto de análise o nível de complexidade das competências investigativas mobilizadas pelo ensino experimental e o nível de abstração dos conhecimentos científicos apreendidos. Teoricamente, o estudo fundamenta-se nas ideias de Benestein e de Vygotsky, interligando o interaccionismo simbólico e o construtivismo social. A comunicação centra-se na aprendizagem de alunos do 2°CEB e pretende-se discutir, com base nos resultados dessa aprendizagem, em que medida a realização de atividades experimentais no ensino das ciências pode promover um elevado nível de alfabetismo científico. Pretende-se também discutir em que medida disposições socio-afetivas, dos alunos e dos professores, relativamente às atividades experimentais no ensino das ciências, ajudam a explicar a sua influência positiva no desempenho dos professores e no desenvolvimento científico dos alunos.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Práticas pedagógicas inovadoras em educação científica: estudo no 1.º ciclo do ensino básico
Esta investigação foi desenvolvida no âmbito de um projecto que tinha como finalidade a procura de
modalidades de prática pedagógica mais favoráveis ao desenvolvimento científico e sócio-afectivo dos alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico e de modalidades de formação de professores mais adequadas para implementar essa(s)
prática(s). Enquanto parte desse projecto, a investigação centra-se na prática pedagógica escolar do 1º ciclo,
nomeadamente, ao nível do contexto instrucional específico das ciências.
Os principais objectivos consistiam em identificar modelo(s) de prática pedagógica mais favorável(eis) ao
desenvolvimento científico e sócio-afectivo dos alunos do 1º ciclo e analisar a influência da prática pedagógica
escolar na orientação específica de codificação (aquisição de regras de reconhecimento e de realização para
contextos instrucionais específicos de ciências), no aproveitamento e no posicionamento dos alunos na escola.
Utilizámos como suporte conceptual a teoria de Bernstein e alguns conceitos da teoria de Vygotsky e
fundamentámo-nos em estudos já realizados pelo Grupo ESSA (Estudos Sociológicos da Sala de Aula) ao nível do
2º Ciclo do E. B. e do Jardim de Infância (Morais et al, 1992, 1993, 2000).
A investigação diz respeito a uma amostra de 91 alunos do 1º ciclo (respectivos professores, pais e mães)
que frequentaram no ano lectivo de 1996/97 o 3º ano de escolaridade e no ano lectivo de 1997/98 o 4º ano de
escolaridade em escolas de duas cidades do interior do país. Os alunos, com idades compreendidas entre os 9 e os
10 anos e pertencentes a diferentes níveis sócio-económicos e culturais familiares, estavam distribuídos por 4
turmas (2 turmas em cada cidade) cada uma das quais ensinada por uma professora.
Definimos um modelo de prática pedagógica com características que os estudos referidos sugeriam ser
mais favoráveis ao sucesso dos alunos de diferentes níveis sócio-económicos e culturais familiares e, numa
perspectiva de investigação-acção, trabalhámos com as professoras no sentido da implementação dessa prática. O
trabalho subdivide-se em duas partes, uma relativa ao enquadramento teórico que fundamenta a pesquisa, e em que
se procurou interligar as duas teorias que constituíram o suporte teórico da investigação e outra relativa ao estudo
empírico com o qual se procurou testar as hipóteses formuladas e explicar os resultados em termos da teoria
subjacente ao estudo.
Observámos as aulas das professoras e caracterizámos a sua prática pedagógica em duas unidades
experimentais de conteúdos de ciências - Mudanças de estado (1ª unidade) e Realizar experiências com ar (2ª
unidade) - no que diz respeito ao que (competência científica das professoras ao nível dos conteúdos e das
capacidades investigativas) e ao como (forma de transmissão) da prática, e estudámos a influência das
características da prática pedagógica nas variáveis referidas (aproveitamento, orientação específica de codificação e
posicionamento dos alunos na escola). Para além das variáveis relacionadas com o contexto escolar, demos também
importância a variáveis do contexto familiar, nomeadamente, o nível sócio-económico e cultural familiar.
Utilizámos diversos instrumentos de recolha de dados, devidamente pilotados, aplicados aos alunos, pais e
professores (entrevistas, questionários, fichas de avaliação, registos audio e vídeo). Desenvolvemos dois estudos,
um essencialmente quantitativo, em que, com base numa análise estatística, relacionámos as características da
prática pedagógica realizada pelas professoras com o aproveitamento nas competências cognitivas simples e
complexas, com a orientação específica de codificação e com o posicionamento dos alunos de diferentes níveis
sócio-económicos e culturais familiares. Analisámos ainda a influência no nível sócio-económico e cultural
familiar na relação entre a prática pedagógica e as variáveis em estudo. Num outro estudo, fundamentalmente
qualitativo, relacionámos a prática pedagógica com o desenvolvimento de disposições sócio-afectivas necessárias à
aprendizagem e estudámos os dados de seis alunos para, numa perspectiva global, relacionar as disposições sócio-
-afectivas, o aproveitamento, a orientação específica de codificação e o posicionamento dos alunos de diferentes
níveis sócio-económicos e culturais familiares.
Os resultados sugerem que o aproveitamento, a orientação específica de codificação e o posicionamento
dos alunos de diferentes níveis sócio-económicos e culturais familiares estão relacionados com as características da
prática pedagógica realizada pelos professores. No que diz respeito ao que da prática, concluímos que esta perece
ser a característica que mais influência tem no aproveitamento dos alunos ao nível das competências cognitivas
complexas. No que diz respeito ao como da prática, são características facilitadoras do sucesso de todos os alunos,
ao nível do contexto instrucional, um enquadramento muito forte nos critérios de avaliação, um enquadramento
forte na selecção e na sequência e um enquadramento muito fraco na ritmagem, bem como uma classificação fraca
nas relações intradisciplinares. Ao nível do contexto regulador, um enquadramento muito fraco nas regras
hierárquicas aluno/aluno, bem como uma classificação fraca na relação entre espaços professora/aluno.
Concluímos também que estas características da prática pedagógica são facilitadoras do
desenvolvimento de disposições sócio-afectivas nos alunos que, por sua vez, estão relacionadas com a aquisição de
regras de reconhecimento e de realização (a orientação específica de codificação), com o aproveitamento dos
alunos, nomeadamente nas competências cognitivas complexas e com o posicionamento dos alunos na escola
Didática das Ciências: coletânea de textos e atividades para o ensino básico
A regra fundamental na Aprendizagem por Descoberta é que o aluno construa o seu conhecimento, sendo um sujeito ativo no processo de aprendizagem, ao contrário do defendido pelo behaviorismo1, ou mesmo do proposto por Ausubel. Este autor que admite que a aprendizagem possa ocorrer por receção, interiorizando o aluno aquilo que o professor lhe transmite em versão final, não necessitando de ser interveniente ativo no processo. Segundo Bruner, (1961; 1966) a aprendizagem é um processo ativo, em que o aluno seleciona e recolhe informação, toma decisões, relaciona dados, formula hipóteses, etc., ou seja, constrói novos conceitos/conhecimentos. Assim, a aprendizagem será um processo interno, baseado na estrutura cognitiva22, que fornece conhecimentos, relações e significados, bem como opções e formas de organização para a experiência, permitindo ir mais além do que a informação adquirida, ou seja, construindo conhecimento. Bruner defende que os alunos ao aprenderem por descoberta vão construindo significados e informações e vão-nas reorganizando e transformando à medida que as integram na estrutura cognitiva, obtendo daí, não só novos impulsos cognitivos, mas também mais e melhores capacidades para, ao partir daquilo que já sabem, interpretarem/darem sentido aos novos dados.info:eu-repo/semantics/draf
Contextos familiares e aproveitamento na aula de ciências: estudo de características específicas dos processos de socialização primária
Este trabalho insere-se na linha de investigação desenvolvida pelo projecto ESSA (Estudos Sociológicos da Sala de Aula). Um dos objectivos fundamentais desta linha de investigação é compreender a influência das componentes sociológicas da família e da escola no aproveitamento diferencial dos alunos provenientes de grupos sócio-culturais distintos, principalmente no que diz respeito a competências de elevado nível de abstracção, procurando, à medida que determina as causas e soluções desse aproveitamento diferencial, encontrar práticas pedagógicas que melhorem o aproveitamento das crianças de grupos sócio-culturais mais desfavorecidos. Enquanto parte da referida linha de investigação, este estudo centra-se na análise do contexto de socialização familiar, nomeadamente a nível das condições do espaço pedagógico familiar, do grau de embebimento do discurso pedagógico oficial no discurso pedagógico familiar, do tipo de orientação de codificação dos pais e da prática pedagógica que os alunos aprendem a valorizar na família, e tenta compreender a relação entre os factores sociológicos desse contexto de socialização e o (in)sucesso dos alunos, medido em função do seu aproveitamento cognitivo nas competências de elevado nível de abstracção em ciências da Natureza.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Aprendizagem científica e contextos de socialização familiar: um estudo com crianças dos estratos sociais mais baixos
O estudo foi desenvolvido no âmbito da teoria de Bernstein e fundamenta-se em trabalhos anteriores (Morais et al, 1993) que têm mostrado a influência da socialização da criança na família na resposta dos alunos à escola. Esses trabalhos evidenciaram que no interior da classe trabalhadora, há padrões diferentes de socialização familiar que originam um aproveitamento escolar diferencial e sugeriram a necessidade de outros estudos. Neste estudo, pretendia-se, por um lado, estudar a influência de factores sociológicos dos contextos pedagógicos familiares dos alunos da classe trabalhadora no seu aproveitamento em ciências, e por outro lado comparar em função desses factores e do aproveitamento em ciências, na escola, os alunos da classe trabalhadora urbana e rural. A amostra era constituída por 85 alunos e respectivos pais, do 6° ano de escolaridade de uma escola preparatória de uma cidade de província do norte de Portugal. Esta amostra era constituída por duas sub-amostras, uma urbana e outra rural.
Os resultados obtidos permitem concluir que existe uma relação significativa entre os factores sociológicos do contexto pedagógico familiar dos alunos e o seu sucesso escolar. Os factores mais relevantes parecem ser o nível profissional e académico dos pais, a sua participação em agências de oposição ou reprodução cultural e as características do espaço pedagógico familiar. Os resultados mostraram também que há diferenças fundamentais no interior da classe trabalhadora que podem explicar o aproveitamento
diferencial dos alunos deste estrato social. Desta forma, o estudo dá um contributo para a compreensão da relação entre a família e a escola.Agradecemos à Fundacao Calouste Gulbenkian que financiou o
projecto de que este estudo faz parte. Agradecemos ainda a nossa
colega Isabel Neves as sugestões que advieram da leitura do
artigo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Perspectiva CTSA (ciência, tecnologia, sociedade e ambiente) no ensino das ciências - Concepções e práticas de professores de ciências
Numa sociedade marcadamente influenciada pelo desenvolvimento científico e tecnológico, com fortes repercussões na sociedade/ambiente, a Educação Científica torna-se uma necessidade para todos, exigindo cidadãos críticos e capazes de tomar decisões e resolver problemas de forma fundamentados e esclarecida. É neste contexto que a abordagem integrada da ciência, nas suas relações e interações com a tecnologia, a sociedade e o ambiente é considerada uma das linhas mais inovadoras e orientadoras do ensino.
Na comunicação iremos evidenciar resultados do questionamento aos professores de Ciências do distrito de Bragança, que permitiram concluir que a maioria considera importante, e dizem ter um conhecimento razoável da perspectiva CTSA de Ensino das Ciências, embora não saibam justificar porquê, nem reconheçam muitos dos objectivos pretendidos com esta abordagem da ciência. Ou seja, os professores parecem ter alguma noção sobre a importância CTSA no Ensino das Ciências, mas depois verifica-se desconhecimento das suas vantagens na aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos, bem como da forma de a implementar na sala de aula.
Ainda segundo os professores inquiridos, apesar das vantagens reconhecidas, existem alguns constrangimentos à implementação desta perspetiva de ensino, destacando-se a falta de tempo para planificar e implementar novas modalidades de ensino, bem como a ausência de recursos didácticos adequados e uma deficiente formação dos professores
A perspectiva CTSA nos manuais escolares de ciências da natureza do 2º CEB
Perante o rápido avanço da ciência e da tecnologia e o impacto que estas têm na sociedade e no ambiente, preocupa-nos o Como promover uma Educação Científica que vise a participação informada e responsável de todos na tomada de decisões, nomeadamente quando essas decisões se relacionam com os avanços científicos e tecnológicos que podem colocar em risco as pessoas e o meio ambiente. Pensamos que a abordagem CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), uma das linhas mais inovadoras e actuais do ensino das ciências, pode auxiliar nessa promoção. Consideramos que esta perspectiva de ensino pode dotar os alunos de capacidades para lidar com o meio em que estão inseridos, tornando-os capazes de integrar a aprendizagem científica com as questões problemáticas actuais, ou seja, desenvolvendo-lhes a literacia científica. Para responder a estas exigências e promover um ensino das ciências numa perspectiva CTSA, torna-se necessário que os recursos curriculares, em particular os manuais escolares, contemplem não só actividades de ensino/aprendizagem que chamem a atenção para as relações entre a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente, mas também um discurso/informação onde essas relações sejam evidenciadas. A comunicação que se apresenta baseia-se num estudo que se foca na análise de manuais escolares de Ciências da Natureza e que teve como principal objectivo averiguar se os manuais escolares do 5ºano de escolaridade, editados em 2010, exploram os conteúdos científicos interligando-os com a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente, tal como sugerem as Orientações Curriculares para o Ensino Básico, e apresentam actividades que apelam para o estabelecimento dessas relações. Para isso recorreu-se a uma metodologia de investigação de natureza qualitativa, em que foi utilizada como técnica de recolha de dados a análise documental, tendo-se construído para o efeito um instrumento de análise de manuais escolares de Ciências da Natureza. Ao concluir-se que a perspectiva CTSA, nos manuais escolares, ainda que presente, não é muito significativa, o estudo mostra as potencialidades e limitações dos manuais escolares na promoção da Educação Científica dos alunos do 5º ano de escolaridade
Recursos de ensino/aprendizagem para a implementação da perspetiva CTSA no 2.º CEB
O ensino das ciências numa perspetiva CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente) tem vindo a tornar-se num dos campos de investigação pedagógica e didática mais relevantes dos últimos tempos, que tem proporcionado uma reflexão profunda e sistemática acerca dos métodos de ensino/aprendizagem, evidenciando claras mudanças no papel dos alunos e dos professores. Por um lado, o aluno, como cidadão em formação, deve reconhecer a utilidade do conhecimento científico e tecnológico, bem como as suas interações e implicações sociais e ambientais. Por outro lado, o professor, enquanto orientador dessa formação, deverá assumir uma posição capaz de definir estratégias pedagógicas e didáticas que promovam nos alunos a participação ativa na construção e na procura de informação, bem como o empenho na resolução de problemas sociais e ambientais, potenciando uma maior responsabilidade na tomada de decisões. Assim, consideramos a perspetiva CTSA uma proposta inovadora para o ensino das ciências, na medida em que dá ênfase à formação de cidadãos científica e tecnologicamente preparados para intervir na sociedade de forma crítica e esclarecida, e que pode ser uma alternativa aliciante, para alunos e professores, em relação a abordagens mais tradicionais de ensino.
Apesar dos currículos fazerem referência a esta perspetiva de ensino das ciências há ainda algum desconhecimento, por parte dos professores, dos seus fundamentos e objectivos, bem como das suas potencialidades. Nota-se, também, escassez de materiais didáticos que permitam implementá-la, proporcionando a construção do conhecimento científico e o desenvolvimento de competências variadas, nomeadamente as que capacitam a sua utilização na resolução de novas situações/problemas, e que deem simultaneamente condições aos alunos para que se apercebam das influências da Ciência e da Tecnologia no quotidiano/Sociedade e no Ambiente. Esses materiais didácticos, que devem servir de instrumentos mediadores entre os alunos e o conhecimento científico e tecnológico, têm que ter em conta importantes fatores, entre os quais a sua adequação aos conteúdos, ao contexto e a faixa etária a quem se destinam, para além de serem de fácil aplicação e de acessível manuseamento.
O trabalho que apresentamos baseia-se num estudo que teve como principal objetivo construir recursos didáticos diversificados, enquadrados em diferentes estratégias de ensino/aprendizagem, e que proporcionam uma fácil abordagem CTSA nas aulas de Ciências da Natureza do 2.ºCEB, tal como as orientações curriculares preconizam. Acrescente-se que todos os recursos de ensino/aprendizagem produzidos estão acompanhados de orientações para o professor e foram validados com implementação em sala de aula, da qual resultou o seu aperfeiçoamento e uma melhor adequação aos alunos para quem se destinam
(Re)Thinking educators and teachers' formation: dilemmas and challenges
A formação de educadores e professores é tema de interesse que resulta, entre outros, da sua importância para a qualidade da educação e do ensino e, consequentemente, para a aprendizagem e o sucesso educativo das crianças e jovens. Promover formação de qualidade, inicial e contínua, é um desafio para as instituições de formação, pois implica preparar profissionais para as escolas do século XXI, inseridas em ambientes
multiculturais, científicos e tecnológicos altamente evoluídos. Implica profissionais críticos e criativos, com
conhecimento pedagógico e de conteúdo para o desempenho da prática docente e com capacidade de investigar e de refletir sobre a prática. Apresento as ideias organizadas em torno dos vetores que norteiam a minha ação/reflexão como formadora destes profissionais: i) acesso à formação; ii) formação inicial; iii) apoio aos recém profissionalizados e formação contínua.The formation of educators and teachers is a subject of interest which results, among others, from its
importance for the quality of education and teaching and, consequently, for the learning and success of
children and young’s. Promoting quality formation, initial and life-long education, is a challenge for formation
institutions, as it involves preparing professionals for 21st century schools, inserted in highly multicultural,
scientific and technological environments. Implies critical and creative professionals, with pedagogical and
content knowledge for the performance of teaching practice and with the ability to investigate and reflect on
practice. I present the ideas organized around the vectors that guide my action-reflection as professor of these
professionals: i) access to the formation; ii) initial formation; iii) support for newly professionals and life-long
teacher education.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Arte na escola : um espaço de inclusão
Mestrado em Criação Artística ContemporâneaO presente trabalho de investigação insere-se no Mestrado em Criação
Artística Contemporânea, ministrado pela Universidade de Aveiro, tendo como
objectivo a aplicação da criação artística contemporânea ao contexto da
educação artística em projectos, ao nível do 3.º ciclo do ensino básico.
O território do artístico é o território do humano, é o homem que faz arte,
enquanto artista, público ou fruidor. Quais os novos predicados que as obras
e/ou “projecto estético-artístico” contemporâneos podem acrescentar ao
“mundo da arte”? E como podem esses conteúdos ser abordados em contexto
educativo?
Este estudo apresenta, ao nível da sua estrutura de desenvolvimento, quatro
partes principais: (I) Arte e emoção; (II) Arte, criação e imaginação; (III)
Metodologia aplicada; (IV) Estudo desenvolvido. Esta organização pretende
estabelecer um fio condutor no sentido da argumentação a favor da proposição
apresentada, transportando-nos da arte como manifestação do conhecimento
colectivo através do produto individual, até a instrumentalização possível
desse conhecimento em contexto educativo.
Na primeira parte (“Arte e emoção”) são apresentadas algumas abordagens
teóricas, modernas e pós-modernas, em áreas como a arte, a estética, a
psicologia e a neorobiologia, para estabelecer um enquadramento teórico para
o conceito de “atitude estética”.
Na segunda parte (“Arte, criação e expressão”) abordam-se alguns modelos e
metodologias do domínio da arte terapia, com especial incidência nos
mediadores artísticos e nos temas. Pretende-se desta forma demonstrar
algumas das possibilidades de aplicação pedagógica destes modelos e
metodologias.
Na terceira parte (“Metodologia aplicada”) argumenta-se a favor de uma
perspectiva transdisciplinar na “educação artística”, que traga para primeiro
plano a “atitude estética” e o seu potencial ao nível do desenvolvimento de
competências criativas e sociais.
Na quarta parte (“Estudo desenvolvido”) apresenta-se o projecto “Viagens” que
esteve na origem da acção pedagógica que pretendeu verificar, na prática, os
princípios delineados neste trabalho.
Finalmente apresentam-se as conclusões deste estudo e traçam-se caminhos
para novas investigações.
ABSTRACT: This current study was developed was designed to investigate contemporary
artistic creation within the context of artistic education in the 3rd cycle of basic
education.
The territory of the artistic is the territory of humankind; only humans do art,
either as artists, fruitioners or audiences. What are the new predicates that
contemporary works and/or ‘aesthetic and artistic projects’ can bring to ‘the
world of art’? How can those contents be approached within the educational
context?
As far as its unfolding structure is concerned, this study is divided in four main
parts: (I) Art and emotion; (II) Art, creation and expression; (III) Applied
methodology; (IV) Developed study. This framing is intended to construct a
logical line of argumentation in favour of the research proposition, departing
from the concept of art as a manifestation of the colective knowledge through
individual production, towards the potential use of that same knowledge within
the educational context.
The first part (“Art and emotion”) presents a number of modern and postmodern
theoretical approaches in subject areas such as art, aesthetics, psychology and
neurobiology, in order to frame the concept of ‘aesthetic attitude’.
The second part (‘Art, creation and expression´) focuses on selected models
and methodologies in the field of art therapy, with a special emphasis on the
artistic mediators and the themes. This elaboration is expected to demonstrate
some possible pedagogical applications of these models and methodologies.
The third part (‘Applied methodology’) displays arguments in favour of a
transdisciplinary perspective in the domain of ‘artistic education’, which can
bring to the forefront the ‘aesthetic attitude’ and its potential as far as the
development of creative and social competences is concerned.
The fourth part (‘Developed study’) introduces the project ‘Viagens’ which was
the source of the pedagogical field work that aimed at verifying the premisses
outlined in this work.
In the last section, the main conclusions of this study are drawn and paths for
future research are proposed
- …