31 research outputs found

    Capital and World Labor: The Rise and Fall of Slavery in the Nineteenth Century

    Get PDF
    Objective/context: The boom-and-bust of New World slavery in the nineteenth century has always been a major topic of scholarship. In this essay, I suggest that the literature devoted to this theme, the so-called “capitalism and slavery debate,” has made capital invisible as a category of analysis due to its over-reliance on classical and neoclassical economics. As a result, slavery itself has been poorly historicized. My purpose is to put forth an alternative framework to restore the historicity of capital and slavery. Methodology: The article explores critical value theory to conceptualize capital and capitalism in historically meaningful terms. It argues that value creation is never confined to one country. It requires a historically transnational social formation that turns concrete labor into abstract labor and use-values into commodities through the multi-scale operatives of world money and world markets. The history of slavery should be narrated within this broader globalizing setting. Originality: The article’s claim is that the global value relations of industrial capital redetermined spatial relations between town and country, capital and labor, and production and consumption, engendering overlapping layers of a world geography of accumulation that both stimulated and challenged slavery. Conclusions: While most scholars present the relation between slavery and capitalism as constant for the period 1780-1880, I conclude that New World slavery went through two moments of boom-and-bust (c.1780-c.1820 and c.1830-1880), which were formed through, respectively, the global value relations of cotton production and coal-and-iron industrialism.Objetivo/ Contexto: El auge y la caída de la esclavitud en el Nuevo Mundo en el siglo xix siempre han sido un tema importante de investigación. En este ensayo, sugiero que la literatura dedicada a este tema, el llamado “debate sobre el capitalismo y la esclavitud”, ha invisibilizado al capital como categoría de análisis debido a su excesiva confianza en la economía clásica y neoclásica. Como resultado, la esclavitud misma ha sido pobremente historizada. Mi propósito es proponer un marco alternativo para restaurar la historicidad del capital y la esclavitud. Metodología: se explora la teoría crítica del valor para conceptualizar el capital y el capitalismo en términos históricamente significativos. Se argumenta que la creación del valor nunca se limita a un solo país, pues requiere una formación social históricamente transnacional que convierta el trabajo concreto en trabajo abstracto y los valores de uso en mercancías, a través de operativos, a múltiples escalas, del dinero mundial y los mercados mundiales. La historia de la esclavitud debe ser narrada dentro de este escenario globalizador más amplio. Originalidad: este artículo propone que las relaciones globales de valor del capital industrial redeterminaron las relaciones espaciales entre la ciudad y el campo, el capital y el trabajo, y la producción y el consumo, engendrando capas superpuestas de una geografía mundial de acumulación que estimulaba y desafiaba la esclavitud. Conclusiones: Si bien la mayoría de los expertos presentan la relación entre esclavitud y capitalismo como una constante para el período 1780-1880, concluyo que la esclavitud en el Nuevo Mundo pasó por dos momentos de auge y caída (c.1780-c.1820 y c.1830-1880), que se formaron a través, respectivamente, de las relaciones globales de valor de la producción de algodón y el industrialismo del carbón y el hierro.Objetivo/contexto: a ascensão e queda da escravidão no Novo Mundo no século 19 tem sido um importante tópico de pesquisa acadêmica. Neste ensaio, sugiro que a literatura dedicada ao tema, o chamado “debate sobre capitalismo e escravidão”, tem invisibilizado o capital como categoria de análise devido a sua excessiva confiança na economia clássica e neoclássica. Em resultado, o próprio escravismo tem sido mal historicizado. Meu objetivo é propor uma estrutura alternativa para restaurar a historicidade do capital e da escravidão. Metodologia: este artigo explora as potencialidades da teoria crítica do valor para conceituar capital e capitalismo em termos historicamente significativos. Argumenta-se que a criação de valor nunca se limita a um único país, pois requer uma formação social historicamente transnacional que converta trabalho concreto em trabalho abstrato e valores de uso em mercadorias por meio de operações multiescalares do dinheiro mundial e dos mercados mundiais. A história da escravidão deve ser contada dentro desse cenário globalizante mais amplo. Originalidade: este artigo propõe que as relações globais de valor do capital industrial redeterminaram as relações espaciais entre cidade e campo, entre capital e trabalho e entre produção e consumo, engendrando camadas sobrepostas de uma geografia mundial de acumulação que estimulou e desafiou a escravidão. Conclusões: embora a maioria dos estudiosos apresente a relação entre escravidão e capitalismo como uma constante para o período 1780-1880, concluo que a escravidão no Novo Mundo passou por dois altos e baixos (c.1780-c.1820 e c.1830-1880), que se formaram por meio, respectivamente, das relações globais de valor da produção algodoeira e da industrialização do carvão e do ferro

    A Nova e Curiosa Relação (1764): escravidão e ilustração em Portugal durante as reformas pombalinas

    Get PDF
    This article offers an analysis of an pamphlet that was anonymously published in Portugal, in 1764, under the title Nova e Curiosa Relação de hum abuzo emendado, ou evidencias da razão; expostas a favor dos Homens Pretos em hum dialogo entre hum letrado, e hum Mineiro. This work, not much studied by historians so far, shows two different rhetorically conceived conceptions of black slavery. One of them sums up arguments that had circulated since the Conquest Era, e.g, the Curse of Ham, the sun influence over skin color and the title of just war. The other one dissaproves of such viewpoints as inacceptable and old-fashioned, suggesting new ways of understanding black bondage. Eventually the article tries to relate the Nova e Curiosa Relação to some of the Marquis of Pombal's policies that extended civil rights to non-European peoples, comparing the changing perceptions of black slavery both in the Portugues and British Empires, as well as their effects on the verge of the contitutional crisis of both political unities.O presente artigo analisa o panfleto anônimo lançado em Portugal no ano de 1764 com o título Nova e Curiosa Relação de hum abuzo emendado, ou evidencias da razão; expostas a favor dos Homens Pretos em hum dialogo entre hum letrado, e hum Mineiro. Pouco apreciada na historiografia, a obra encena retoricamente duas concepções intelectuais distintas da escravidão negra: enquanto uma sintetiza argumentos que circulavam desde o início da época das conquistas, como a maldição de Cam, a influência do sol sobre a cor de pele e o título da guerra justa, a outra qualifica tais visões de condenáveis e antiquadas, propondo novas maneiras de compreender o cativeiro negro. Ao final, o artigo procura entender a Nova e Curiosa Relação como diálogo cultural com medidas pombalinas que ampliavam a concessão dos direitos civis a povos não europeus e faz uma breve comparação das transformações por que passavam as concepções do cativeiro no império português com as que ocorriam no império britânico, realçando diferenças e semelhanças que atuariam poderosamente nas crises institucionais dos respectivos impérios

    A defesa da escravidão no parlamento imperial brasileiro: 1831-1850

    Get PDF
    This text presents some of the questions I work with in my undergraduate research project, called "The fight for slavery in the Brazilian Imperial Parliament: 1831-1850", that focuses on the speeches concerning slavery made between 1831 and 1850 in the Brazilian Parliament. Reviewing the literature, that rarely handles specifically with the defenses of slavery in Brazil, and taking into account the main political groups that turned up in the 1830s, I search to delineate some rhetorical topoi common to the discourses of Brazilian politicians that tried to defend the institution of boundary.Esse informe apresenta algumas das questões desenvolvidas em meu projeto de iniciação científica, sob o título de "A Defesa da Escravidão no Parlamento Imperial Brasileiro: 1831-1850", em que pesquiso os discursos sobre a escravidão, proferidos no Parlamento nas décadas de 1830 e 1840. Retomando a literatura sobre o assunto, que pouco trabalha a questão específica da defesa da escravidão no Brasil, e considerando os principais grupos políticos que emergiram na década de 1830, trato dos campos discursivos utilizados pela elite política imperial para defender a instituição do cativeiro

    Revolta escrava e política da escravidão: Brasil e Cuba, 1791-1825

    Get PDF
    This article examines the political impact of slave activism in Brazil and Cuba from 1790 to 1825, covering the period from the beginning of the Revolution of Saint-Domingue to the establishment of the Constitution of Brazil (1824) and the granting of absolute power to the captains general of Cuba (1825), in the immediate context of the end of the wars of independence on the continent. Instead of discussing and classifying the specific character of the different expressions of collective slave resistance in a typological order, this article tries to understand the effect of those actions on the macro-political dynamic of these two aspects by verifying to what extent they made up the political and institutional framework of slavery in Brazil and Cuba.El artículo examina el impacto político del activismo esclavo, en Brasil y Cuba, de 1790 a 1825, esto es, desde el inicio de la Revolución de Saint-Domingue al otorgamiento de la Constitución del Brasil (1824) y al decreto de facultades omnímodas para los capitanes generales de Cuba (1825), en el contexto inmediato del término de las guerras de independencia en el continente. En lugar de discutir y clasificar en un orden tipológico el carácter específico de las diversas expresiones de resistencia esclava colectiva, el artículo intenta comprender el efecto de esas acciones en la dinámica macropolítica de los dos espacios, verificando en qué medida aquéllas conformaron el cuadro político e institucional de la esclavitud en Brasil y en Cuba. [pt] O artigo examina o impacto político do ativismo escravo, no Brasil e Cuba, de 1790 a 1825, isto é, do início da Revolução de Saint-Domingue à outorga da Constituição do Brasil (1824) e à decretação das faculdades onímodas para os capitães generais de Cuba (1825), no contexto imediato do término das guerras de independência no continente. Ao invés de discutir e classificar em uma ordem tipológica o caráter específico das diversas expressões de resistência escrava coletiva, o artigo procura compreender o efeito dessas ações na dinâmica macro-política desses dois espaços, verificando em que medida elas conformaram o quadro político e institucional da escravidão no Brasil e em Cuba

    DOSSIÊ HISTÓRIA COMPARADA E SISTEMAS SOCIAIS: REPENSANDO AS CIÊNCIAS SOCIAIS NO SÉCULO 21

    Get PDF

    Azeredo Coutinho, Visconde de Araruama e a Memória sobre o comércio dos escravos de 1838

    Get PDF
    In 1838, a paper on the slave trade was published anonymously in Rio de Janeiro. Historians have considered bishop José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho to be the author of the document. This article criticizes such attribution and ascribes it to José Carneiro da Silva, 1st Viscount of Araruama. Finally, the authors place Silva's defense of the slave trade within the context of the political debates of the 1830s.Em 1838, foi publicada anonimanente no Rio de Janeiro uma Memória sobre o comércio dos escravos. A historiografia considera o bispo José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho como o autor do documento. O artigo critica essa atribuição, creditando a Memória a José Carneiro da Silva, 1º Visconde de Araruama. Por fim, contextualiza sua defesa do tráfico negreiro no quadro dos debates políticos da década de 1830

    Revolução Industrial e circuitos mercantis globais: a crise da escravidão no Império britânico

    Get PDF
    Reviewing the debate on capitalism and slavery, this article emphasizes the material relationship between the Industrial Revolution and the crisis of black slavery in the British Empire from both critical theory and world-system perspectives. After suggesting that the debate made capital invisible as a category of historical analysis, I argue that the Industrial Revolution set in motion a process of expanding mercantile flows over the Atlantic and Indo Pacific that established strained relationships with slave mercantile frontiers within and outside the British Empire. These relations became a powerful material mediation between the black slavery crisis in the West Indies, the rise of slavery in the United States, Cuba, Brazil, and the advance of neoimperialism in the East.Revisitando o debate sobre capitalismo e escravidão, este artigo ilumina as relações materiais entre Revolução Industrial e crise da escravidão negra no Império britânico a partir das perspectivas da teoria crítica e do sistema-mundo. Depois de sugerir que o debate invisibilizou o capital como categoria de análise histórica, argumento que a Revolução Industrial desencadeou um processo de ampliação de circuitos mercantis sobre o Atlântico e o Indo-Pacífico que estabeleceu relações tensas com fronteiras mercantis escravistas dentro e fora do Império britânico. Essas relações se tornaram uma poderosa mediação material entre a crise da escravidão negra nas West Indies, a ascensão do escravismo nos Estados Unidos, em Cuba e no Brasil e o avanço do neoimperialismo no Oriente
    corecore