Contact centre workers: loyalty, exit or... voice! Collective action in a Portuguese contact centre

In the context of a new stage of capitalism, digital work, that includes “all activities that create use-values that are objectified in digital media technologies, contents and products generated by applying digital media” (Fuchs, 2014: 352), emerged and expanded. It ranges from the production of software to the hardware assemblage, passing through the production of services, the e-commerce and digital platforms work, not forgetting the prosumers, those who consume information on the Internet but also produce it and are not paid for. In the field of the production of services, we find the call centres, which have concentrated an important share of the employment worldwide, creating what Huws (2001, 2003) calls a "cybertariat". Its expansion has been fuelled by the globalization, the service sector growth, the widespread diffusion of ICT and the productive restructuring that features the new regime of accumulation that Harvey (1989) calls "flexible accumulation”, which strongly reinforces the destructive nature of capital (Mészáros, 1997). Being an activity mediated by the technology, in it we can found the brave new world of ICT and working conditions that are typical of the past. There is evidence of a deep "real degradation of the virtual work" (Antunes and Braga, 2009). In fact, these workplaces reveal the continued application of the principles of the scientific management’s despotic regime of Taylor and Ford in terms of work organization, what contradicts the Post-Fordist thesis. On the other hand, call centres are the symbol of the network organization that characterizes the current stage of capitalism. In this logic, the widespread practice of subcontracting to rationalise costs, involving a generalized precariousness, is the norm. The changes under the flexible accumulation are not restricted to the objective sphere. The subjectivity of the workers was reached, with the apology of individualism to encourage competition between them. New hegemonic logics of domination (Burawoy, 1979) are implemented alongside with the old coercive ones and a newspeak arises in order to produce the consent of domination by the workers, leading them to cooperate with the reproduction of the capital. Under these conditions, what is the place for collective action in the call centres? Although the logics of domination implemented hinder it, through the production of conformism that leads to loyalty, and despite the individual exit attitude that prevails, hence the high levels of turnover that exist in this industry in Portugal, collective action is possible. As we will demonstrate, for it to take place it is necessary that the conditions set out by O'Sullivan and Turner (2013) are present: the existence of a common sense of injustice; to target a clear and identifiable entity, making an objective distinction between "we" and "them"; to have triggers for mobilization and a certain group identity. However, these are necessary but not sufficient conditions. These ones are the presence of a militant union in the workplace, the union’s capacity for mobilizing, the feeling of success in the action and, last but not the least, the kind of union leadership in the workplace and the possibility of an intense communication face-to-face between workers and the union.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

The interregional trade union councils (IRTUC) and the crossborder workers: The case of the Galicia Norte de Portugal IRTUC

The border regions tended to be neglected by the European countries and by the social actors for a long time, attitude that only changed with the deepening of the European integration process that implied the reinforcement of the cooperation between these regions. The trade unions do not stay apart from this process and a new kind of structure began to emerge in the 70s, the Interregional Trade Union Council (IRTUC). The purpose of this paper is to address some insights on IRTUC’s institutionalization and activities. Based on a case study of the Galicia-Norte de Portugal IRTUC, through documental analysis and interviews with trade union officials, we will discuss its constitution, aims and organizational framework as well as its activities focused on the cross-border workers in a region where the migratory flows are traditionally very significant.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

The profitability and distance to distress of European banks: do business choices matter?

This paper examines which business choices are more likely to increase the profitability and distance to distress of banks, and whether changing business model pays off. We find that the profitability and distance to distress increase with the use of customer deposits and equity, and decrease with size; also, the top performers tend to have a high relationship banking orientation and/or operate a retail focused business model. Furthermore, we document that income diversification only bears a positive impact on the distance to distress of banks highly focused on relationship banking, and size only bears a negative effect on the profitability of these banks as well; additionally, only banks with a low relationship banking orientation significantly benefit from customer deposits. With respect to the effects of business model changes, we find that shifts from the retail diversified funding model to either the retail focused or the large diversified models improve profitability in the medium term. Finally, we find evidence that large diversified banks benefited from internal capital markets during the twin financial crisis by tapping into low-cost funding from subsidiaries. Our results are robust to changes to our baseline model that account for endogeneity and persistency issues.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

O défice de regulação das matérias atinentes à segurança e saúde no trabalho na negociação coletiva em Portugal

Os dados estatísticos evidenciam que Portugal é um dos países europeus com maior incidência da sinistralidade laboral. No entanto, alguns progressos foram alcançados ultimamente, sobretudo quanto aos acidentes mortais. Isso traduzirá os esforços empreendidos a partir dos anos 90, quando se começaram a delinear verdadeiras políticas públicas em segurança e saúde no trabalho (SST), às quais se associaram os parceiros sociais. Este tem-se revelado um campo de amplo consenso, pelo menos entre as organizações de cúpula que participam na concertação social. Outro espaço privilegiado de diálogo é a negociação coletiva. Importa analisar o modo como a regulação das matérias inerentes à SST e à participação dos trabalhadores neste domínio tem vindo a ser efetuada a este nível. Para isso analisámos as convenções novas, revistas na íntegra ou revistas parcialmente com texto consolidado, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego entre 2010 e 2015. Conclui-se que a maioria ou ignora estas questões ou limita-se a remeter a sua regulação para a legislação em vigor, enquanto as restantes se cingem basicamente à transcrição da lei ou de segmentos desta, sendo em número muito reduzido as que apresentam elementos de desenvolvimento relativamente à legislação. Serão discutidos os fatores que explicarão esta situação.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

Fronteira, migrações, direitos sociais e Serviço Social

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A participação sindical na negociação coletiva na administração pública

Com o neoliberalismo, a administração pública passou a estar sob forte pressão, registando-se profundas mudanças no seu sistema de relações laborais. Com elas, foram introduzidos os direitos à negociação e à contratação coletivas. Neste artigo pretendemos analisar a participação sindical na negociação coletiva e os direitos que outorga aos sindicatos. Uma atenção particular será concedida às normas sobre a organização do tempo de trabalho. O padrão tradicional encontra-se profundamente estilhaçado, atendendo ao peso relevante das convenções que preveem modalidades de flexibilização. Por outro lado, um número significativo de convenções outorga aos sindicatos direitos relativos à sua participação neste domínio, mas são muitas as que não os acolhem. Será necessário percorrer ainda um longo caminho no sentido de que isso se torne possível.info:eu-repo/semantics/submittedVersio

Cidadãos e militantes: uma contribuição para as teorias da ação militante sindical

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Ação coletiva em call center: O caso do call center da empresa Energia

Nas últimas décadas, os serviços têm assumido uma importância crescente no processo de acumulação capitalista. É neste sector que se incluem os call centers, cuja expansão vem sendo alimentada pela mundialização do capital, pela difusão generalizada das tecnologias de informação e comunicação e pela reestruturação produtiva que caracteriza o novo regime de acumulação que Harvey (1989) designou por “acumulação flexível”, no qual a natureza destrutiva do capital se aprofundou (MÉSZÁROS, 1996).info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

Democracia digital? Os usos da Internet pelos sindicatos da saúde

Os movimentos sindicais dos países capitalistas desenvolvidos vêm enfrentando uma crise profunda desde os anos 70. As suas causas são múltiplas, nelas se mesclando fatores que lhes são exógenos com outros endógenos, remetendo para a sua burocratização. Visando revitalizar-se, eles têmvindo a implementar ações diversificadas, onde se conta a adoção das TIC e da Internet. Este artigo apresenta os resultados de um estudo sobre a adoção e os usos da Internet pelos sindicatos da saúde. Visou-se compreender se eles estão a permitir ou não o aprofundamento da democracia organizacional, fator essencial para a revitalização. Concluiremos afirmando que, atendendo ao carácter estático e à escassa interatividade que caracterizam os sítios oficiais destes sindicatos e ao modo como as restantes plataformas disponíveis na Internet são usadas, se está perante o desperdiçar de uma oportunidade de contribuir para o aprofundar das formas democráticas de governo associativo e, por conseguinte, de fortalecer o sindicalismo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Da exclusão à sub-representação – dois séculos de relações problemáticas entre sindicatos e mulheres

Embora tenham sido fundadas algumas organizações mistas nos primórdios do movimento operário, o sindicalismo acabou por nascer andro-centrado. Rapidamente se enraizou no movimento uma atitude sexista que se traduziu em atos de discriminação contra as mulheres. Desta lógica inicial de exclusão passou-se para uma lógica de organização, que tem vindo a ser acompanhada por uma sub-representação das mulheres nas estruturas dirigentes dos sindicatos. Este artigo tem por objetivo contribuir para o estudo deste fenómeno em Portugal. Utilizando a análise documental, explorámos a informação estatística disponível e examinámos as fichas biográficas das equipas dirigentes dos sindicatos portugueses da administração pública onde se registaram eleições no último quadriénio. Concluímos ser a sub-representação transversal ao movimento sindical neste setor, sendo mais acentuada em sindicatos como os dos enfermeiros. Seguidamente, comparámos os dados com os de há dez anos e constatámos que a proporção de mulheres nas direções sindicais sofreu um retrocesso num conjunto significativo de organizações.info:eu-repo/semantics/publishedVersio