4 research outputs found
Livros didáticos: uma análise crítica de duas obras trabalhadas no nono ano do ensino fundamental e os caminhos percorridos para a construção do conhecimento histórico
Este trabalho visa discutir os principais aspectos que compõem o livro didático, com foco nas características pedagógicas, nas narrativas e os sujeitos que as constituem, assim como as fontes históricas, suas relações com o conhecimento e as ligações mais gerais que integram a obra. Para tal abordagem, foi utilizada bibliografia específica sobre a temática, bem como a análise de dois livros didáticos da antiga oitava série e atual nono ano do ensino fundamental: “Navegando pela História”, de Silvia Panazzo e Maria Luísa Vaz, de 2002, e o livro intitulado “Histórias, Conceitos e Procedimentos”, de Ricardo Dreguer e Eliete Toledo, do ano de 2006. O texto segue com um balanço separado de cada obra e aponta algumas considerações gerais sobre as mesmas, tendo como objetivo central a comparação entre os livros, seus usos, desusos e suas possibilidades
Família e escola: a construção da homofobia no Brasil
Este artigo pretende levantar questões acerca da construção social da homofobia no Brasil e busca problematizar alguns dos modos pelos quais a família e a escola têm contribuído para a constituição de uma sociedade homofóbica. Em um primeiro momento a análise dar-se-á envolvendo a questão familiar, visto que há uma naturalização no processo de educação dentro do contexto familiar, como em outros ambientes, baseado em um modelo heteronormativo de sociedade, e uma tendência de invisibilidade dos outros modelos, consequentemente, causando a impressão de que não são naturais. Quanto à escola, esse ambiente social nem sempre é acolhedor e inclusivo, nessa perspectiva, o ambiente escolar configura-se cercado pela naturalização da homofobia, promovendo e provocando o abandono escolar dos indivíduos pertencentes à comunidade LGBT. Estes constantemente são vítimas de agressões, piadas e do ódio de seus colegas e professores, ressaltando que a homofobia acontece de diversas formas e nos dois ambientes sociais: familiar e escolar, e as agressões e humilhações sejam elas físicas, psicológicas ou moral são desconsideradas na maioria das ocasiões. Sendo assim, faremos uma revisão bibliográfica seguindo a perspectiva pós-estruturalista, para construir uma análise de como acontece a construção dessa homofobia e, assim, responder questões importantes inerentes a esta, de forma que se possa contribuir com o próprio movimento LGBT
O rural/urbano como formas socioespaciais: as percepções dos alunos da Escola Estadual Padre João Tomes em Três Lagoas - MS
O presente artigo tem como objetivo analisar a percepção dos alunos referente ao campo e a cidade, a partir das categorias lugar e paisagem. A metodologia desenvolveu-se por meio de etapas principais, que partiram de aulas argumentativas sobre o processo de urbanização em variadas escalas utilizando como recursos didáticos as charges, revistas, jornais e elaboração de atividade em sala de aula. Para um maior entendimento sobre a percepção dos alunos sobre o que é campo e cidade como formas sócioespaciais. O mesmo apresenta um levantamento teórico voltado nas diversas perspectivas de autores sobre os conceitos de campo e cidade e como fazem parte de uma mesma perspectiva, visando assim, analisar, discutir sobre o entendimento e do ensino dos conceitos segundo análise dos alunos de uma escola pública de Três Lagoas – MS
Escola sem Partido e “Ideologia de Gênero”: os Projetos de Lei como estratégia de disputa
Este artigo analisou os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional Brasileiro sobre o programa “Escola Sem Partido” no contexto das disputas políticas no campo da educação pública no Brasil. Teve-se como objetivo analisar a justificativa do programa “Escola Sem Partido”, especificamente no embate sobre a denominada “Ideologia de Gênero”, que envolve, portanto, os processos de formação no ambiente escolar. Metodologicamente, o texto foi estruturado como um exercício analítico argumentativo, com base na perspectiva da Análise Documental. O trabalho indica que o programa “Escola Sem Partido” se figura na disputa pela agenda educacional mais pelo ideário de controle e negação do que pela promoção cultural. Este ideário estrutura-se pela defesa de pautas políticas e ideológicas, ao enfatizar aspectos como: (i) uma pretensa neutralidade no processo de ensino-aprendizagem, (ii) o controle e penalização da prática docente, (iii) a negação de novas sociabilidades no espaço escolar e, até mesmo, (iv) na restrição de acesso a determinados assuntos e disciplinas