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Intoxicação aguda com sementes de Crotalaria spectabilis (Leg. Papilionoideae) em suínos
Relata-se necrose hepatocelular em suínos após consumo de ração que continha grãos de sorgo-granífero (Sorghum bicolor) acidentalmente contaminado com sementes de Crotalaria spectabilis. Morreram 76 suínos em quatro propriedades no município de Juscimeira, MT. Os sinais clínicos iniciaram-se 24-48 horas após o consumo da ração contaminada e foram caracterizados por depressão, letargia, apatia, inapetência, vômito, mucosas ictéricas ou pálidas, ascite, decúbito esternal, decúbito lateral com movimentos de pedalagem e convulsões, a evolução clínica foi de 48-60 horas seguida de morte. As Principais alterações macroscópicas foram fígado aumentado de tamanho com evidenciação do padrão lobular, ascite e hidrotórax com líquido de coloração amarelo avermelhado contendo filamentos com aspecto de fibrina, linfonodos aumentados e edema pulmonar interlobular. A doença foi reproduzida utilizando-se 16 suínos divididos em seis grupos que receberam sementes de C. spectabilis em diferentes doses. Necrose hepatocelular ocorreu em sete suínos, sendo dois que receberam doses diárias 2,5g/kg e cinco que receberam doses únicas de 5,0 e 9,5g/kg. Dez doses diárias de 0,5 e 1,25g/kg causaram fibrose hepática
Intoxicação experimental por Trema micrantha (Cannabaceae) em equinos
O objetivo desse estudo foi confirmar a toxidez e caracterizar os aspectos clínicos e patológicos da intoxicação por Trema micrantha em equinos. Três equinos, pôneis, com idade entre 2 e 7 anos consumiram espontaneamente folhas de T. micrantha em doses únicas de 30g/kg, 25g/ kg e 20g/kg. Os três animais adoeceram e evoluíram para morte. Outro equino recebeu 15 e 25g/kg da planta com intervalo de 30 dias entre as doses e não apresentou alteração clínica. Coletas diárias de sangue foram realizadas para análises bioquímicas. Os principais sinais clínicos apresentados foram apatia, desequilíbrios, dificuldade de deglutição, decúbito esternal, decúbito lateral, movimentos de pedalagem, coma e morte. Os três equinos afetados apresentaram elevação da atividade sérica de gama-glutamil transferase, dos níveis séricos de amônia e diminuição da glicemia. Esses animais foram necropsiados e fragmentos de diversos órgãos foram coletados para análise histopatológica e imuno-histoquímica. Os principais achados patológicos foram encontrados no fígado e no encéfalo dos três animais. O fígado apresentava, macroscopicamente, acentuação do padrão lobular; enquanto que, no encéfalo havia áreas amareladas na superfície de corte, mais evidentes na substância branca do cerebelo. Microscopicamente, o fígado apresentava tumefação hepatocelular, necrose de coagulação predominantemente centrolobular e hemorragia associada. No encéfalo, havia edema perivascular generalizado e astrócitos Alzheimer tipo II na substância cinzenta. Esses astrócitos apresentaram marcação fraca ou negativa na imuno-histoquímica anti-GFAP e marcação positiva do antígeno S-100. A dose letal mínima de folhas de T. micrantha estabelecida nesse experimento foi de 20g/kg. A ampla distribuição e palatabilidade desta planta, associadas à alta sensibilidade da espécie equina, constatada nesse experimento, reforçam a importância da planta em casos acidentais de intoxicação em equinos
Morte súbita causada por ruptura de aneurisma em aorta em ruminantes. (Sudden death caused by aortic aneurysm rupture in ruminants).
Resumen:De um total de 2.088 ruminantes necropsiados no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal deCampina Grande durante o período de janeiro de 2003 a dezembro de 2015, 803 (38,45%) eram bovinos, 651(31,18%) ovinos e 634 (30,37%) caprinos. Desses, dois caprinos (0,31%), um ovino (0,15%) e um bovino(0,12%) foram diagnosticados com ruptura de artéria aorta devido à presença de aneurismas, correspondendo a0,19% das causas de morte em ruminantes. O caso 1 ocorreu em um caprino que apresentava bom estadocorporal e foi encontrado morto pelo proprietário; o caso 2, em um caprino com diagnóstico clínico presuntivode linfadenite caseosa; o caso 3, em um ovino que foi encontrado morto pelo proprietário; e o caso 4, em umbovino com histórico de timpanismo recidivante. Em todos os casos, a morte ocorreu rapidamente por choquehipovolêmico. Os principais achados macroscópicos na necropsia foram hemotórax ou hemoperitônio e aruptura na artéria aorta. Nos caprinos, abscessos foram visualizados microscopicamente e estavam associados àpresença de bactérias, o que sugere infecção por Corynebacterium pseudotuberculosis. No ovino, não foramobservadas lesões que pudessem elucidar a causa do aneurisma, por isso foi considerado de provável origemidiopática. No bovino, não foi possível estabelecer a causa, mas a presença do aneurisma dificultava aeructação dos gases da fermentação ruminal, caracterizando um quadro de timpanismo secundário. Aneurismasocorrem de forma esporádica em caprinos, ovinos e bovinos e devem ser considerados como uma importantecausa de morte súbita
Morte súbita causada por ruptura de aneurisma em aorta em ruminantes
RESUMO De um total de 2.088 ruminantes necropsiados no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande durante o período de janeiro de 2003 a dezembro de 2015, 803 (38,45%) eram bovinos, 651 (31,18%) ovinos e 634 (30,37%) caprinos. Desses, dois caprinos (0,31%), um ovino (0,15%) e um bovino (0,12%) foram diagnosticados com ruptura de artéria aorta devido à presença de aneurismas, correspondendo a 0,19% das causas de morte em ruminantes. O caso 1 ocorreu em um caprino que apresentava bom estado corporal e foi encontrado morto pelo proprietário; o caso 2, em um caprino com diagnóstico clínico presuntivo de linfadenite caseosa; o caso 3, em um ovino que foi encontrado morto pelo proprietário; e o caso 4, em um bovino com histórico de timpanismo recidivante. Em todos os casos, a morte ocorreu rapidamente por choque hipovolêmico. Os principais achados macroscópicos na necropsia foram hemotórax ou hemoperitônio e a ruptura na artéria aorta. Nos caprinos, abscessos foram visualizados microscopicamente e estavam associados à presença de bactérias, o que sugere infecção por Corynebacterium pseudotuberculosis. No ovino, não foram observadas lesões que pudessem elucidar a causa do aneurisma, por isso foi considerado de provável origem idiopática. No bovino, não foi possível estabelecer a causa, mas a presença do aneurisma dificultava a eructação dos gases da fermentação ruminal, caracterizando um quadro de timpanismo secundário. Aneurismas ocorrem de forma esporádica em caprinos, ovinos e bovinos e devem ser considerados como uma importante causa de morte súbita