151 research outputs found

    The false dichotomy between preservation of the natural vegetation and food production in Brazil

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    Este artigo mostra através da análise de dados censitários sobre uso da terra no Brasil que a possível dicotomia entre a preservação da vegetação natural e a produção de alimentos na realidade não existe. Demonstramos que o Brasil já tem uma área desprovida de vegetação natural suficientemente grande para acomodar a expansão da produção agrícola. Demonstramos também que a maior expansão se dá nas áreas ocupadas pelas chamadas culturas de exportação - soja e cana-de-açúcar - e não propriamente nas áreas ocupadas por arroz, feijão e mandioca, que são consumidos de forma direta pelo mercado nacional. Pelo contrário, a área colhida de arroz e feijão tem inclusive decrescido nas últimas décadas, enquanto a área colhida de mandioca encontra-se praticamente constante há quatro décadas. Os maiores entraves para a produção de alimentos no Brasil não se devem a restrições supostamente impostas pelo Código Florestal, mas, sim, à enorme desigualdade na distribuição de terras, a restrição de crédito agrícola ao agricultor que produz alimentos de consumo direto, a falta de assistência técnica que o ajude a aumentar a sua produtividade, a falta de investimentos em infraestrutura para armazenamento e escoamento da produção agrícola, a restrições de financiamento e priorização do desenvolvimento e tecnologia que permita um aumento expressivo na lotação de nossas pastagens,Through the analysis of census data on land use in Brazil this article shows that the dichotomy between food production and preservation of natural vegetation used as the main driver to change the Forest Code is false. We showed here that Brazil has already cleared an area large enough that support the production of food, fiber and bioenergy to meet the requirements of the country and global markets. We also showed the area of export-oriented crops like soybean and sugar cane have been expanded significantly in the last decades, while staple crops like rice and bean have decreased and the area planted with cassava has been stable for the last four decades. At the same time we show that the productivity of export-oriented crops has increased in a much more significant rate than staple crops or cattle stocking rate, which in average is extremely low in Brazil. We concluded by stating that the real constraint for food production in Brazil does not rely on the Forest Code environmental restrictions but instead in inequalities in land distribution and income, coupled with lack of credit to small producers and investment in research and development in the staples crops of the country

    Threats and Sustainability of Brazil Nut (<em>Bertholletia excelsa</em> Bonpl.) Pre-Industrialization in the Amazon Region

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    Brazil nut (Bertholletia excelsa) is an important species in the Amazon, but the relationships between seed production and climate change are still poorly understood. Seed production data were obtained for the entire Brazilian Amazon, while data on precipitation, relative humidity, vapor pressure deficit, and temperature (mean and maximum) were collected to test their relationship with seed production in the Baixo Amazonas. Annual seed production in the Baixo Amazonas varied between 2156 and 10,235 tons per year from 1990 to 2021, with an average of 5192 tons per year. Linear regression analyses did not identify significant relationships between seed production and climatic variables during the same year (p > 0.05). However, significant relationships were found between the volume of seeds in the base year and climatic variables from 1 year before seed collection (p < 0.05), except for total precipitation (p = 0.15). Temperature was the main climatic variable affecting Brazil nut production, indicating that each 1°C increase in temperature is associated with an average decrease in seed volume ranging from 2595 to 2673 tons. Temperature measures explain between 38% and 42% of the variability in seed volume in the Baixo Amazonas. Therefore, it is crucial to mitigate global warming, invest in technological processes to add value to the remaining seeds, and adopt B. excelsa varieties more adapted to climate change

    The false dichotomy between preservation of the natural vegetation and food production in Brazil

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    Este artigo mostra através da análise de dados censitários sobre uso da terra no Brasil que a possível dicotomia entre a preservação da vegetação natural e a produção de alimentos na realidade não existe. Demonstramos que o Brasil já tem uma área desprovida de vegetação natural suficientemente grande para acomodar a expansão da produção agrícola. Demonstramos também que a maior expansão se dá nas áreas ocupadas pelas chamadas culturas de exportação - soja e cana-de-açúcar - e não propriamente nas áreas ocupadas por arroz, feijão e mandioca, que são consumidos de forma direta pelo mercado nacional. Pelo contrário, a área colhida de arroz e feijão tem inclusive decrescido nas últimas décadas, enquanto a área colhida de mandioca encontra-se praticamente constante há quatro décadas. Os maiores entraves para a produção de alimentos no Brasil não se devem a restrições supostamente impostas pelo Código Florestal, mas, sim, à enorme desigualdade na distribuição de terras, a restrição de crédito agrícola ao agricultor que produz alimentos de consumo direto, a falta de assistência técnica que o ajude a aumentar a sua produtividade, a falta de investimentos em infraestrutura para armazenamento e escoamento da produção agrícola, a restrições de financiamento e priorização do desenvolvimento e tecnologia que permita um aumento expressivo na lotação de nossas pastagens104323330Through the analysis of census data on land use in Brazil this article shows that the dichotomy between food production and preservation of natural vegetation used as the main driver to change the Forest Code is false. We showed here that Brazil has already cleared an area large enough that support the production of food, fiber and bioenergy to meet the requirements of the country and global markets. We also showed the area of export-oriented crops like soybean and sugar cane have been expanded significantly in the last decades, while staple crops like rice and bean have decreased and the area planted with cassava has been stable for the last four decades. At the same time we show that the productivity of export-oriented crops has increased in a much more significant rate than staple crops or cattle stocking rate, which in average is extremely low in Brazil. We concluded by stating that the real constraint for food production in Brazil does not rely on the Forest Code environmental restrictions but instead in inequalities in land distribution and income, coupled with lack of credit to small producers and investment in research and development in the staples crops of the countr

    A seca e a crise hídrica de 2014-2015 em São Paulo

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    During most of the rainy season in 2014, the Southeast of Brazil – including the Cantareira reservoir system – received below-normal rainfall. The main cause leading to that heavy lack of rain was an intense, persistent and anomalous highpressure system blocking moisture flow from the Amazon and the development and passage of cold front systems and the South Atlantic Convergence Zone, which are responsible for rainfall in this region during summer. This blocking system lasted for 45 days, which is extremely rare. Low rainfall amounts coupled with an increased demand for water and an inefficient water management system led to the so-called “water crisis” during 2014, which extended into 2015A maior parte da estação chuvosa de 2014 transcorreu com valores de chuva inferiores à média histórica sobre a porção sudeste do país, incluindo o Sistema Cantareira. A causa principal para a grande falta de chuva foi a atuação de um intenso, persistente e anômalo sistema de alta pressão atmosférica que prejudicou o transporte de umidade da Amazônia, assim como a passagem/ desenvolvimento dos principais sistemas causadores de chuva, como a Zona de Convergência do Atlântico Sul e as frentes frias. Esse sistema, denominado de bloqueio atmosférico, teve uma duração de 45 dias, fato que resulta extremamente raro. A combinação dos baixos índices pluviométricos, o grande crescimento da demanda de água e o ineficiente gerenciamento desse recurso têm gerado uma “crise hídrica” durante os anos 2014 e 201

    Malassezia pachydermatis no tegumento cutâneo e meato acústico externo de felinos hígidos, otopatas e dermopatas, no município de Pelotas, RS, Brasil

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    Malassezia pachydermatis  é uma levedura integrante da microbiota cutânea de diversas espécies animais, podendo ser o agente causador de otite externa e dermatite. Recentes trabalhos descreveram o isolamento de espécies lipodependentes em cães e gatos, porém estudos sobre a importância das demais espécies do gênero em pequenos animais, especialmente nos felinos, são escassos. Com o objetivo de analisar a freqüência do gênero no tegumento cutâneo (TC) e meato acústico externo (MAE) de felinos, foram colhidas 228 amostras de material, sendo 152 provenientes do meato acústico externo (hígido ou otopata) e 76 de tegumento cutâneo (hígido ou dermatopata). Todas as amostras colhidas do MAE foram submetidas a exame direto e assim como as amostras de TC foram semeadas em placas de Petri contendo os meios de cultura ágar Dixon modificado e ágar Sabouraud dextrose com cicloheximida e cloranfenicol. Malassezia pachydermatis foi a única espécie fúngica encontrada no meato acústico externo, sendo mais comum em felinos machos que em fêmeas (machos 56,25%, fêmeas 28,41%;

    Carta de São Paulo Recursos hídricos no Sudeste: segurança, soluções, impactos e riscos

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    A “Carta de São Paulo” apresentou diagnósticos, análises e soluções para o problema da crise hídrica no Sudeste. Mesmo após vários meses de sua publicação, ela ainda é atual e, por isso, é reproduzida na abertura deste Dossiê. Redução de demanda, mudanças no sistema de governança da água, uso intensivo de mais tecnologia para reúso, monitoramento intensivo da qualidade da água são algumas das principais recomendações dos especialistas que a elaboraram

    Um congelador? Nao! E o El Nino!

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    Ele nao e um artista de cinema, muito menos presidente da Republica, mas desde o final do verao de 97 nao ha um so dia que o radio, a TV e os jornais passem sem pronunciar seu nome: El Nino.Pages: 22-2

    Climatic impacts of Amazonia deforestation

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    Large-scale conversion of tropical forests into pastures or annual crops will likely lead to changes in the local microclimate of those regions. Larger diumal fluctuations of surface tempera- ture and humidity deficit, increased surface runoff during rainy periods and decreased runoffduring the dry season, and decrea- sed soil moisture are to be expected. lt is likely that evapotranspiration will be reduced because of less available radiative energy at the canopy leveI since grass presents a higher albedo than forests, and also due to reduced availability of soil moisture at the rooting zone primarily during the dry season. Coupled numerical models of the global atmosphere and biosphere have been used recently to assess the effects of Amazonia deforestation on .the regional and global climate. The results of these General Circulation Model (GCM) simulations show that, if the tropical forests were replaced by degraded grass (pasture) in the model, there was a significant increase in surface temperature and a decrease in evapotranspiration, precipitation and runoff. There was also an increase in the length of the dry season which can have serious implications for the reestablishment of the tropical forests in the cleared areas.Pages: 199-21

    O aquecimento global e o papel do Brasil

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    A superfície da Terra está cerca de 0,6°C mais quente hoje do que há 100 anos. É muito provável que a maior parte desse aquecimento seja decorrente da emissão,por atividades humanas (queima de combustíveis fósseis, desmatamento e outras), de gases que retêm radiação térmico o chamado "efeito estufa". Se não houver um gigantesco esforço para reduzir essa emissão, é quase certo que o clima do planeta venha a se alterar, com aumento da ocorrência de fenômenos climáticos extremos, o que pode ter drásticas conseqüências para todos os seres vivos. O Brasil pode contribuir para esse esforço adotando e tornando efetivas políticas públicas que reduzam queimadas e desmatamentos, nossa maior fonte de emissões, em especial na Amazônia.Pages: 38-4
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