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Estudo compreensivo da obesidade como fator de risco para quedas em idosos
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2020.Com o avançar da idade, observa-se mudança considerável da composição corporal,
caracterizada sobretudo por acúmulo de massa gorda. A obesidade apresenta elevada
prevalência em todo o mundo e está associada a um elevado índice de mortalidade,
provavelmente mediado por seus efeitos em uma ampla gama de doenças crônicas, como
câncer, doenças cardiovasculares e distúrbios musculoesqueléticos. Nesse sentido, o objetivo
geral dessa tese foi investigar a associação entre obesidade e ocorrência quedas em indivíduos
idosos. Para tanto, foi conduzida uma revisão sistemática com metanálise, um estudo
transversal e dois estudos de coorte.
Para sumarizar as evidências prévias, uma revisão sistemática e metanálise foi conduzida e
reportada no Capítulo 2. Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE, Embase,
CINAHL, PsycINFO, SPORTDiscus, LILACS e Web of Science para identificar estudos
observacionais que avaliaram a associação entre obesidade e desfechos relacionados a quedas
em indivíduos com idade superior a 60 anos. Dois revisores independentes efetuaram a
extração dos dados e a análise da qualidade dos estudos. Os riscos relativos (RR) e os
intervalos de confiança de 95% (IC 95%) foram agrupados utilizando metanálises de efeito
randômico. Trinta e um estudos, incluindo um total de 1.758.694 participantes, foram
selecionados a partir de 7.815 referências. As estimativas agrupadas demonstraram que idosos
obesos possuem um risco de quedas aumentado quando comparados com os seus pares de
peso normal (24 estudos; RR: 1,16; IC 95%: 1,07-1,26; I²: 90%). A obesidade também foi
relacionada a um risco aumentado de quedas múltiplas (quatro estudos; RR: 1.18; IC 95%:
1.08-1.29; I²: 0%). Não houve evidência, contudo, de associação com lesões relacionadas a
quedas (sete estudos; RR: 1.04; IC 95%: 0.92-1.18; I²: 65%). A ocorrência de fraturas foi
reportada em apenas um estudo, o qual demonstrou um menor risco de fraturas de quadril
relacionado a obesidade (Odds Ratio: 0.65; IC 95%: 0.63-0.68).
Apesar da revisão sistemática e metanálise fornecer evidências consistentes de que a
obesidade aumenta o risco de quedas, nenhum dos estudos incluídos havia examinado qual
seria o melhor índice de adiposidade corporal para predizer tais eventos. Sendo assim, o
objetivo do estudo transversal apresentado no Capítulo 3 foi investigar a associação entre
medidas de adiposidade corporal, equilíbrio postural, medo de cair e risco de quedas em
mulheres idosas. Cento e quarenta e sete participantes foram submetidas à avaliação da
composição corporal por meio da absorciometria por dupla emissão de raios X e à avaliação
do índice de massa corporal, circunferência da cintura e índice de adiposidade corporal. O
equilíbrio postural foi mensurado utilizando uma plataforma de força, enquanto o medo de
cair e o risco de quedas foram avaliados pela Escala de Eficácia de Quedas – Internacional e
pelo QuickScreen© Clinical Falls Risk Assessment, respectivamente. Todas os índices de
adiposidade foram correlacionados com pelo menos um parâmetro de estabilidade postural e
com o medo de cair (ρ= 0,163, p< 0,05 a r= 0,337, p< 0,001); no entanto, a circunferência da
cintura foi o índice mais fortemente correlacionado ao risco de quedas (ρ = 0,325; p <0,001).
Quando a obesidade foi classificada de acordo com a circunferência da cintura, observou-se
que, em comparação às participantes não-obesas (n= 51), as obesas (n= 96) exibiram maior
deslocamento do centro de pressão nas direções anteroposterior e mediolateral,
principalmente nas condições com os pés afastados (p< 0,05). O grupo de obesas também
apresentou maior medo de cair (28,04 vs. 24,59; p = 0,002) e exibiu maior proporção de
participantes com risco de quedas elevado (72% vs. 35%; p <0,001).
Outra lacuna identificada na revisão sistemática e metanálise está relacionada à influência da
distribuição de gordura corporal na relação entre obesidade e ocorrência de quedas. Assim, o
estudo de coorte apresentado no Capítulo 4 examinou a associação entre obesidade androide e
ginoide e a incidência de quedas em mulheres idosas. Inicialmente, 246 participantes foram
submetidas à avaliação da composição corporal por meio da absorciometria de raio-X de
dupla energia. Com base no percentual de gordura corporal, elas foram classificadas em
obesas ou não-obesas (ponto de corte: 42%). O tipo de obesidade foi definido pela razão do
percentual de gordura androide/ ginoide (ponto de corte: 0,99). Após um período de
seguimento de 18 meses, a ocorrência de quedas foi registrada por meio de inquérito
telefônico. Testes qui-quadrado e modelos de regressão de Poisson foram empregados para
examinar a associação da obesidade androide e ginoide com a ocorrência de quedas. Duzentos
e quatro (83%) participantes completaram o período de seguimento. A proporção de idosas
que reportaram quedas foi maior no grupo de obesidade ginoide (n= 27, 41%) do que nos
demais grupos (obesidade androide: n= 17, 24%; não-obesas: n= 12, 18%; p= 0.009). Em
relação às não-obesas, as participantes com obesidade ginoide exibiram um risco de quedas
significativamente maior (RR: 2,20, IC 95%: 1,18-4,11); por outro lado, não foi observada
associação significativa para a obesidade androide (RR: 1,38, IC 95%: 0,70- 2,77).
Por fim, o estudo de coorte apresentado no Capítulo 5 foi desenhado para examinar os efeitos
de fatores biomecânicos como potenciais mediadores da relação entre obesidade e quedas.
Inicialmente, 246 mulheres idosas foram submetidas à avaliação da obesidade (índice de
massa corporal ≥ 30kg/m²) e à mensuração da qualidade muscular (dinamômetro isocinético e
absorciometria por dupla emissão de raios X), cargas plantares (plataforma de pressão) e
equilíbrio postural (plataforma de força). A incidência de quedas foi registrada ao final de 18
meses de acompanhamento por meio de inquérito telefônico. Para verificar se os fatores
biomecânicos mediaram a relação entre obesidade e quedas, os Efeitos Indiretos Naturais
(NIE), Efeitos Diretos Naturais (NDE) e a proporção mediada foram calculados usando o
método contrafactual. Duzentos e quatro participantes (83%) completaram o
acompanhamento. Como esperado, a obesidade foi associada a um maior risco de quedas
(RR: 2,13, IC 95%: 1,39-3,27). Utilizando a abordagem contrafactual, apenas o torque
específico (NIE: 1,11, IC 95%: 1,01-1,38) e o pé plano (NIE: 1,10, IC 95%: 1,01-1,32) foram
mediadores significativos da relação entre obesidade e quedas. O torque específico e o pé
plano mediaram 19% e 21% do relacionamento, respectivamente.
De um modo geral, a presente tese fornece evidências de que a obesidade aumenta o risco de
quedas em pessoas idosas. No entanto, não há evidências suficientes para concluir que a
obesidade esteja associada a lesões ou fraturas relacionadas às quedas. Adicionalmente, os
resultados apontam para o fato de que o acúmulo de gordura androide e ginoide
desempenham papéis diferentes na relação entre obesidade e quedas. Especificamente, o
acúmulo de gordura na região ginoide, e não na região androide, está associado a uma maior
incidência de quedas. Dada a alta prevalência da obesidade em todo o mundo e sua associação
com quedas, o manejo da obesidade por meio de estratégias de saúde pública se faz
urgentemente necessário e pode auxiliar na prevenção de quedas. Além disso, a identificação
da obesidade como um complemento a outros fatores de risco já bem estabelecidos pode
ajudar a identificar idosos expostos a um maior risco e favorecer a implementação precoce de
estratégias preventivas. Digno de nota, indivíduos obesos podem se beneficiar com a inclusão
de fortalecimento muscular e de intervenções podológicas como parte de programas de
prevenção de quedas, já que a baixa qualidade muscular e aumento do índice de arco plantar
durante a marcha foram identificados como mediadores significativos da relação entre
obesidade e quedas.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).A well-documented alteration related to the aging process is fat mass accumulation; currently,
a high prevalence of obesity is observed worldwide. Obesity is an established risk factor for
all-cause mortality, likely mediated through its effects on a wide range of chronic diseases,
including several types of cancer, cardiovascular disease, and musculoskeletal disorders. In
this regard, the broad aim of this thesis was to investigate the association between obesity and
falls among adults aged 60 years and older. It includes a systematic review with metaanalysis, a cross-sectional study, and two cohort studies.
In order to summarize the current evidence, a systematic review meta-analysis was conducted
and is reported in Chapter 2. MEDLINE, Embase, CINAHL, PsycINFO, SPORTDiscus,
LILACS and Web of Science databases were searched to identify observational studies that
assessed the association between obesity and fall-related outcomes in participants aged 60
years and older. Two independent reviewers performed data extraction and quality
assessment. Relative risks (RR) and 95% confidence intervals (CI) were pooled using random
effect meta-analyses. Thirty-one studies including a total of 1,758,694 participants were
selected from 7,815 references. Pooled estimates showed that obese older adults have an
increased risk of falls compared to non-obese counterparts (24 studies; RR: 1.16; 95% CI:
1.07-1.26; I²: 90%). Obesity was also associated with an increased risk of multiple falls (four
studies; RR: 1.18; 95% CI: 1.08-1.29; I²: 0%). There was no evidence, however, of an
association between obesity and fall-related injuries (seven studies; RR: 1.04; 95% CI: 0.92-
1.18; I²: 65%). Fall-related fractures were reported in only one study, which demonstrated a
lower risk of hip fracture with obesity (Odds Ratio: 0.65; 95% CI: 0.63-0.68).
Although the systematic review and meta-analysis provides consistent evidence that obesity
increases the risk of falls, no previous studies have examined the association between
different body adiposity measures and risk of falls among older adults. Hence, the aim of the
cross-sectional study presented in Chapter 3 was to investigate the association between body
adiposity measures, postural balance, fear of falling, and risk of falls in older women. One
hundred and forty-seven participants underwent body composition assessment using dualenergy X-ray absorptiometry and had body mass index, waist circumference, and body
adiposity index measured. Postural balance was assessed using a force platform, while fear of
falling and risk of falls were respectively evaluated by the Falls Efficacy Scale – International
and the QuickScreen© Clinical Falls Risk Assessment. All adiposity measures were correlated
to at least one postural stability parameter and to fear of falling (ρ= 0.163, p< 0.05 to r=
0.337, p< 0.001); however, waist circumference was the index most strongly correlated to risk
of falls (ρ= 0.325; p< 0.001). When obesity was classified using waist circumference, it was
observed that compared to non-obese (n= 51), obese individuals (n=96) exhibited greater
center of pressure displacement in the anteroposterior and mediolateral axes, especially during
conditions with feet apart (p< 0.05). The obese group also exhibited an increased fear of
falling (28.04 vs. 24.59; p= 0.002) and had a higher proportion of individuals with increased
fall risk (72% vs. 35%; p< 0.001).
Other gap identified in the systematic review and meta-analysis is related to the influence of
body fat distribution on the risk of falls. Thus, the cohort study presented in Chapter 4
examined the association between android and gynoid obesity and the incidence of falls in
women aged 60 years and older. At baseline, 246 participants underwent obesity screening
using dual-energy x-ray absorptiometry. Participants identified as obese (body fat percentage
> 42%) were classified as android or gynoid type based on the median of the of the androidgynoid fat percent ratio (0.99). Incident falls were recorded at the end of the 18-month followup period via participant recall. Chi-square test and modified Poisson regression were used to
examine the association between obesity and falls. Two hundred four participants (83%)
completed the follow-up. The gynoid obese group exhibited greater proportion of fallers (n=
27, 41%) than the android obese (n= 17, 24%) and non-obese (n= 12, 18%) groups (p=
0.009). Compared to non-obese women, participants with gynoid obesity were more likely to
experience a fall (relative risk: 2.20, 95% confidence interval: 1.18- 4.11). No significant
association was found to android obesity (RR: 1.38, 95% CI: 0.70-2.77).
Finally, the cohort study presented in Chapter 5 was designed to examine the effects of
biomechanical factors as potential mediators of the relationship between obesity and falls. At
baseline, 246 female participants underwent obesity screening (body mass index ≥ 30kg/m²),
and measurements of muscle quality (isokinetic dynamometer and dual-energy X-ray
absorptiometry), foot loads (pressure platform) and postural balance (force platform). Incident
falls were recorded at the end of the 18-month follow-up period via participant recall. To test
whether, and to what extent, biomechanical factors mediated the relationship between obesity
and falls, the Natural Indirect Effects (NIE), Natural Direct Effects (NDE) and proportion
mediated were calculated using the counterfactual approach. Two hundred four participants
(83%) completed the follow-up. As expected, obesity was associated with a higher risk of
being a faller (RR: 2.13, 95% CI: 1.39-3.27). Using the counterfactual approach, only specific
torque (NIE: 1.11, 95% CI: 1.01-1.38) and flatfoot (NIE: 1.10, 95% CI: 1.01-1.32) were
significant mediators of the relationship between obesity and falls. Specific torque and flatfoot
mediated 19% and 21% of the relationship, respectively.
Overall, the results of this thesis provide evidence that obesity increases the risk of falls in
people aged 60 years and older. However, there is insufficient evidence to conclude that
obesity is associated with fall-related injuries or fractures. Moreover, it brings the novel
insight that android and gynoid fat accumulation play different roles in the relationship
between obesity and falls. Specifically, fat mass accumulation in the gynoid region rather than
android region is associated to a greater incidence of falls. Given the high prevalence of
obesity worldwide and its association with falls, addressing obesity via public health
strategies is urgently needed and it may play a role in preventing falls. Furthermore, the
screening of obesity as a supplement to other risk factors for falls may help to identify older
adults at a greater risk of falling and to prompt early implementation of falls prevention
programs. Since specific torque and being flatfooted were identified as significant mediator of
the relationship between obesity and falls, the inclusion of muscle strengthening and podiatry
intervention as part of a fall prevention program may benefit this population
Association between body adiposity, muscle strenght, plantar pressure distribution, postural stability and falls risk in elderly women
OBJETIVO: Verificar a associação entre adiposidade corporal, força muscular, distribuição de pressão plantar, estabilidade postural e risco de quedas em mulheres idosas. MÉTODOS: Participaram deste estudo 73 mulheres idosas (67,58 ± 6,04 anos, 1,56 ± 0,06 m, 67,59 ± 11,25 kg), as quais foram submetidas à avaliação antropométrica e à absortometria de raio-x de dupla energia (DEXA) para mensuração da adiposidade corporal. A força muscular foi avaliada por meio da força de preensão palmar, utilizando um dinamômetro de preensão manual, e da força dos extensores de joelho do membro inferior dominante, utilizando um dinamômetro isocinético. Para mensurar a distribuição de pressão plantar foi utilizada uma plataforma de pressão. A estabilidade postural, por sua vez, foi avaliada em uma plataforma de força. Por fim, para estimar o risco de quedas, o QuickScreen Clinical Falls Risk Assessment, o teste Timed Up and Go e a Escala de Eficácia de Quedas - Internacional foram aplicados. Para verificar a associação entre a adiposidade corporal e as variáveis dependentes, foi utilizado o teste de Correlação de Pearson e o teste de Correlação de Spearman. Adicionalmente, a amostra foi estratificada de acordo com diferentes índices de adiposidade, e a comparação entre os estratos foi efetuada por intermédio dos testes ANOVA one-way, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado, Também foi calculado o Odds Ratio para quedas nas idosas classificadas nos estratos superiores de adiposidade corporal. O nível de significância adotado foi de p< 0,05. RESULTADOS: A adiposidade corporal se associou negativamente com a força muscular relativa. Observou-se, ainda, que o excesso de adiposidade estava relacionado a um comprometimento da distribuição de pressão plantar, caracterizado, sobretudo, por maior força máxima na maioria das regiões do pé, maior área de contato e maior pico de pressão no mediopé, e valores mais elevados do índice de arco dinâmico. Quanto à estabilidade postural, idosas com maiores índices de adiposidade exibiram maior amplitude de deslocamento do centro de pressão nas direções anteroposterior e mediolateral. Ademais, a adiposidade corporal se correlacionou positivamente com o risco de quedas. CONCLUSÃO: O excesso de adiposidade corporal está associado a um risco de quedas aumentado em mulheres idosas. Este risco aumentado pode ser parcialmente explicado por uma diminuição da força muscular relativa, por valores elevados de pressão no mediopé e por uma pior estabilidade postural. Salienta-se que os achados do presente estudo se agregam a evidências prévias que apontam a obesidade como um importante fator de risco para quedas em mulheres idosas. ____________________________________________________________________________________________________ ABSTRACTOBJECTIVE: To measure the association between body adiposity, muscle strength, plantar pressure distribution, postural stability and falls risk in elderly women. METHODS: Seventy three elderly women (67.58 + 6.04 years, 1.56 + 0.06 m, 67.59 + 11.25 kg) underwent body adiposity assessment by both anthropometric measures and Dual Energy X-Ray Absorptiometry (DEXA). Muscle strength was assessed using a handgrip dynamometer. Also, dominant knee extensors strength was evaluated using an isokinetic dynamometer. Plantar pressure distribution was measured on a pressure platform while postural stability was evaluated on a force platform. To estimate the risk of falls, the Quick Screen Clinical Falls Risk Assessment, Timed Up and Go test, and Falls Efficacy Scale – International were applied. To investigate the association between body adiposity and dependent variables, Pearson correlation test and Spearman correlation test were used. In addition, the sample was stratified according to different adiposity indices and the comparison between the stratums was performed through ANOVA one-way, Kruskal-Wallis and Chi-square tests. The odds ratio was also calculated for falls in elderly women classified in the upper stratum of adiposity. The significance level was set at p<0.05. RESULTS: Body adiposity was negatively associated with relative muscle strength. Excessive adiposity was also related to impaired plantar pressure distribution, characterized by higher maximum strength in most foot regions, larger contact area and higher peak pressure in the midfoot, and higher values of dynamic arch index. Regarding postural stability, elderly women with higher adiposity indexes showed greater center of pressure displacement in the anteroposterior and mediolateral directions. In addition, body fat was positively correlated with risk of falls. CONCLUSION: Excessive body adiposity was associated with an increased risk of falls in older women. This increased risk could be partly explained by a decrease of relative muscle strength, high values of pressure on the midfoot and a worse postural stability. Notably, the results of this study add to the previous evidence pointing obesity as a major risk factor for falls
Associação entre medidas de força isocinética e desempenho funcional em pessoas idosas da comunidade
Previous studies have shown an associationbetween lower limb muscle strength and functionalperformance, but a dose-response relationship between thestrength of each lower limb muscle group and performancein daily life activities in older adults has not been wellestablished. Thus, this study aimed to investigate theassociation between isokinetic muscle strength of all eightmajor lower limb muscle groups and functional performancein community-dwelling older adults. The muscle strength ofthe plantar flexors and dorsiflexors of the ankle, flexors andextensors of the knee, and flexors, extensors, adductors, andabductors of the hip were evaluated using a Biodex System4 Pro® isokinetic dynamometer. Functional performance wasevaluated in 109 participants using the five-times sit-tostand test (STS) and 4-meter usual walking speed (UWS).The multiple linear regression analyses showed that the hipabductors strength predicted 31.3% of the variability forUWS (p=0.011), and the knee extensors strength (p=0.015)predicted 31.6% of the variability for the STS. We concludethat hip abductors and knee extensors could be the keymuscle groups involved in sit to stand and walking speedperformance in older adultEstudos anteriores já demonstraram a associaçãoentre força muscular de membros inferiores e desempenhofuncional, mas a contribuição dos principais músculos dosmembros inferiores para o desempenho de pessoas idosasnas atividades cotidianas não foi bem estabelecida. O objetivodeste estudo foi investigar a associação entre a força muscularisocinética dos oito principais grupos musculares dosmembros inferiores e o desempenho funcional em pessoasidosas da comunidade. A força muscular dos plantiflexorese dorsiflexores do tornozelo, flexores e extensores do joelhoe flexores, extensores, adutores e abdutores do quadril foiavaliada utilizando um dinamômetro isocinético BiodexSystem 4 Pro®. O desempenho funcional de 109 participantesfoi avaliado usando o teste de sentar e levantar cinco vezes(TSL) e de velocidade de marcha habitual de 4 metros (VMH).As análises de regressão linear múltipla mostraram que aforça dos abdutores do quadril previu 31,3% da variabilidadepara a VMH (p=0,011), e a força dos extensores do joelho(p=0,015) 31,6% da variabilidade para o TSL. Concluímos queos abdutores do quadril e os extensores do joelho podem seros principais grupos musculares envolvidos no desempenhode pessoas idosas para sentar-levantar e caminharEstudios previos ya demostraron la asociación entre lafuerza muscular de los miembros inferiores y el rendimiento funcional,sin embargo, no está bien establecida la contribución de los principalesmúsculos de los miembros inferiores sobre el rendimiento de las personasmayores en las actividades diarias. El objetivo de este estudio fue evaluarla asociación entre la fuerza muscular isocinética de los ocho principalesgrupos musculares de los miembros inferiores y el rendimiento funcionalen personas mayores que viven en la comunidad. La fuerza muscularde los plantiflexores y dorsiflexores del tobillo, los flexores y extensoresde la rodilla y los flexores, extensores, aductores y abductores de lacadera se evaluaron por medio del dinamómetro isocinético BiodexSystem 4 Pro®. El rendimiento funcional de 109 participantes se evaluómediante el test de sentarse y pararse cinco veces (STS) y la velocidadde marcha habitual de 4 metros. Los análisis de regresión lineal múltiplemostraron que la fuerza de los abductores de la cadera predijo el 31,3%de la variabilidad para la velocidad de marcha habitual (p=0,011); y lafuerza de los extensores de la rodilla (p=0,015), el 31,6% de variabilidadpara STS. Se concluyó que los abductores de la cadera y los extensoresde la rodilla pueden ser los principales grupos musculares involucrados enel rendimiento de los adultos mayores para sentarse, pararse y camina
Comparisons between body adiposity indexes and cutoff values in the prediction of functional disability in older women
The aim of this study was to compare body adiposity indexes and to identify cutoff values in the prediction of disability in older women. Eighty-seven voluntees (67.27±6.45 years) underwent body composition assessment using dual-energy X-ray absorptiometry (DXA) and had five anthropometric indexes measured (Waist Circumference, WC; Waist-to-Height Ratio, WHtR; Body Mass Index, BMI; Body Adiposity Index, BAI; and conicity index). Functionality was assessed from three Senior Fitness Test Battery protocols: 30-second chair stand, 8-foot up-and-go, and 6-minute walk. Pearson’s correlation was conducted to identify the relationship between body adiposity indexes and functionality results. Cutoff values to predict disability were obtained from ROC curves and odds ratio were calculated for the same outcome. Disability prevalence was 36.8%. Scores in the 30-second chair stand, 8-foot up-and-go, and 6-minute walk tests showed stronger associations with WC (r=-0.345; p<0.01), WHtR (r=-0.417; p<0.01) and BAI (r=0.296; p<0.01), respectively. The cutoff values identified were 89.5cm, 39.2%, 26.93kg/m2, 34.6%, 0.51cm and 1.23 for WC, DXA-derived body fat percentage, BMI, BAI, WHtR and conicity index, respectively. WC showed greater odds ratio for disability outcome (odds ratio: 3.16; CI: 1.3–7.8). WC showed strong relationship with functional tests and its cutoff values exhibited predicting skill for disability in older women
Association between obesity, risk of falls and fear of falling in older women
<div><p>Abstract The aim of this cross-sectional study was to investigate the association between obesity, risk of falls and fear of falling in older women. Two hundred and twenty-six volunteers (68.05 ± 6.22 years, 68.06 ± 11.79 kg, 1.56 ± 0.06 m) were classified as normal weight, overweight or obese, according to the body mass index. Risk of falls and fear of falling were evaluated using QuickScreen Clinical Falls Risk Assessment and Falls Efficiency Scale – International (FES-I), respectively. Comparisons between groups were conducted using Chi-square and ANOVA One-way tests. The significance level was set at p< 0.05. Obesity was associated with greater probability of falls (p< 0.001), which may be partly explained by decreased muscle strength (p< 0.001) and reaction time (p< 0.001). In addition, significant differences between groups was observed in FES-I score (p< 0.01), with obese women showing more pronounced fear of falling (30.10 ± 8.4) than normal weigh (25. 33 ± 7.11, p< 0.01) and overweight subjects (26.97 ± 7.05, p< 0.05). These findings corroborate previous evidence pointing obesity as a major risk factor for falls. Therefore, health professionals dealing with fall prevention should consider the effects of overweight.</p></div
DESCRIÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO, FUNCIONAL, COGNITIVO E BIOQUÍMICO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE ACORDO COM O RISCO DE QUEDAS
ResumoIntrodução: o aumento da expectativa de vida tem provocado preocupação com a qualidade de vida, principalmente a ocorrência de quedas na população geriátrica. O envelhecimento é um processo de declínio continuo nos múltiplos sistemas, porém há como aumentar a qualidade de vida e retardar o declínio desse processo. Objetivo: comparar o perfil antropométrico, funcional, cognitivo e bioquímico de idosos frágeis institucionalizados de acordo com o risco de quedas. Materiais e Métodos: participaram deste estudo 31 idosos institucionalizados (13 mulheres e 18 homens) os quais foram submetidos à avaliação antropométrica (75,4± 7,6 anos, 1,58 ± 0,1 m, 69,0 ± 11,8 Kg). A cognição foi avaliada por meio do Mini Exame do estado mental (MEEM). Para verificar o risco de quedas foram aplicados Quickscreen Clinical Falls Risk Assessment, Romberg, teste de levantar e sentar e o teste Timed Up and Go (TUG). Por fim, foi obtido soro através da coleta de sangue venoso para descrever o perfil bioquímico. Para verificar os dados antropométricos, cognitivos e bioquímicos foram utilizados os testes de Shapiro Wilk, T independente e qui-quadrado, adotando nível de significância de p<0,05. Resultado: idosos com baixo risco de quedas apresentaram maior equilíbrio quando comparados aos idosos com alto risco de quedas. Conclusão: os aspectos antropométricos, cognitivo e bioquímico não apresentaram diferenças de acordo com o baixo ou alto risco de quedas em idosos institucionalizados, exceto o equilíbrio. AbstractIntroduction: the increase in life expectancy has caused a concern about the quality of life, especially the occurrence of falls in the geriatric population. Aging is a process of continued decline in multiple systems, but it is possible to increase the quality of life and delay this process. Objective: to compare anthropometric, functional, cognitive and, biochemical profile of fragile elderly institutionalized according to the falls risk. Materials and Methods: participated in this study 31 elderly people (13 women and 18 men), who underwent into the anthropometric evaluation (75,4± 7,6 years old, 1,58 ± 0,1 m, 69,0 ± 11,8 Kg). The Cognition was measured using the Mini-Mental State Examination (MMSE). To verify the falls risk was applied the Quickscreen Clinical Falls Risk Assessment; Romberg; sit-to-stand test and the Timed Up and Go test. Serum was obtained through the collection of venous blood to describe the biochemical profile. To report the anthropometric, cognitive and biochemical profile it was used the T independent test, Shapiro-Wilk and Qui-Square, with a significance level of p <0.05. Results: elderly with low falls risk had a better balance when compared to the elderly with a high falls risk. Conclusion: the anthropometric, cognitive and biochemical aspects did not present differences when compared in low or high falls risk of institutionalized elderly, only the equilibrium. figshare DOI: 10.6084/m9.figshare.809749