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    Sepse: uma discussão sobre as mudanças de seus critérios diagnósticos / Sepse: a discussion on the changes of its diagnostic criteria

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    No início de 2016 ocorreu o Terceiro Consenso Internacional para a Definição de Sepse e Choque Séptico (Sepsis-3), no qual algumas mudanças foram adotadas em relação aos antigos critérios diagnósticos, e com elas surgiram dúvidas e discussões a respeito de suas adequações, vantagens e desvantagens. Para melhor esclarecimento destas questões realizamos esta revisão da literatura, cujos resultados indicaram que as atualizações das definições de sepse trazem vantagens em relação ao entendimento de sua definição e fisiopatologia, além de trazer maior importância a qualquer quadro de sepse. Entretanto, o novo escore ainda apresenta problemas como: dificuldade do uso, retardo do diagnóstico, ausência de validação prospectiva do Quick Sequential Organ Failure Assessment (qSOFA), diminuição da importância do lactato e redução da sensibilidade. Desse modo, os critérios de Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) ainda não podem ser totalmente abandonados, principalmente nos países em desenvolvimento. Além disso, ainda é necessária a realização de mais estudos prospectivos sobre o assunto e que levem em consideração dados de países em desenvolvimento, como mortalidade, recursos e epidemiologia.

    AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL SOB A PERSPECTIVA DISCENTE

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    Due to the SARS-CoV-2 pandemic, the Federal University of Minas Gerais (UFMG) established Emergency Remote Education (ERE) in July 2020, with the purpose of continuing the first semester of classes at the institution.  Considering the adaptive period, the goal was to evaluate the satisfaction of the students studying Pharmacy with ERE, focusing on the learning process.  Data collection was carried out through a virtual platform, with a questionnaire addressing sociodemographic data, lifestyle habits and the teaching-learning process. Data were analyzed using simple linear regression and the CART technique. The profile of the responding students was mainly characterized by women and students from the undergraduate professional cycle (above the 5th period). The average general satisfaction  with the teaching of students was 3.12 (on a scale that ranged from 1 to 5), showing an inverse correlation with learning in the professional cycle of the course (p<0.000).  Only 3.1% of students who indicated “none or little learning” rated having maximum satisfaction with the ERE. There was low satisfaction with the quality of practical classes (3.06), revealing the limitation of the ERE for the development of courses with content as practical as that of Pharmacy Finally, great satisfaction is observed for factors related to the didactics and methodology of the professor, showing their engagement and dedication with the ERE, despite the difficulties for its establishment.Debido a la pandemia del SARS-CoV-2, la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG) estableció la Enseñanza Remota de Emergencia (ERE), en julio de 2020, con el objetivo de continuar el primer semestre de clases. Teniendo en cuenta el periodo de adaptación, el objetivo fue evaluar la satisfacción de los estudiantes del curso de Farmacia con la ERE, enfocándose en el proceso de aprendizaje. Se realizó la recolección de datos a través de una plataforma virtual, con cuestionario acerca de datos sociodemográficos, hábitos de vida y el proceso de enseñanza-aprendizaje. Los datos fueron analizados por medio de regresión lineal simple y la técnica CART. El perfil de los estudiantes que respondieron se caracterizó principalmente por mujeres y estudiantes del ciclo profesional del curso de grado (después del quinto período). El promedio de satisfacción global con la docencia de los estudiantes fue de 3,12 (en una escala que osciló de 1 a 5), mostrando correlación inversa con el aprendizaje en el ciclo profesional del curso (p<0,000). Solo el 3,1% de los estudiantes que indicaron “poco o ningún aprendizaje" evaluaron tener la máxima satisfacción con el ERE. Hubo baja satisfacción con la calidad de las clases prácticas (3.06), revelando la limitación del ERE para el desarrollo de cursos con contenido tan práctico como el de Farmacia. Finalmente, se retrata una satisfacción por encima de la media por factores relacionados con la didáctica y metodologías del profesor, mostrando la dedicación de los profesores para adaptarse incluso con los obstáculos del ERE.Devido à pandemia do SARS-CoV-2, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estabeleceu o Ensino Remoto Emergencial (ERE), em julho de 2020, com o objetivo de dar continuidade ao primeiro semestre letivo de aulas na instituição. Considerando o período adaptativo, objetivou-se avaliar a satisfação dos discentes do curso de Farmácia com o ERE, focando no processo de aprendizagem. Realizou-se coleta de dados por meio de plataforma virtual, com questionário sobre dados sociodemográficos, hábitos de vida e processo de ensino-aprendizagem. Os dados foram analisados por meio de regressão linear simples e da técnica CART. O perfil dos alunos respondentes foi caracterizado majoritariamente por mulheres e estudantes do ciclo profissionalizante da graduação (acima do 5º período). A média de satisfação geral com o ensino dos discentes foi de 3,12 (em uma escala que variou de 1 a 5), apresentando correlação inversa ao aprendizado no ciclo profissionalizante do curso (p<0,000). Apenas 3,1% dos alunos que indicaram “nenhum ou pouco aprendizado” atribuíram satisfação máxima com o ERE. Observou-se menor satisfação com a qualidade das aulas práticas (3,06), revelando a limitação do ERE para o desenvolvimento de cursos com conteúdos tão práticos como o de Farmácia. Por fim, é retratada uma satisfação acima da média para fatores relacionados à didática e metodologias dos docentes, mostrando o compromisso e dedicação dos professores ao ERE, apesar das dificuldades para o seu estabelecimento

    Abordagem da hipertensão arterial sistêmica na atenção primária à saúde: um relato de experiência

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    A Atenção Primária à Saúde (APS), nível de atenção centrado na pessoa, mostrou ter um papel fundamental no cenário em que a população brasileira está inserida. É caracterizada por um conjunto de ações individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integral e gestão qualificada, realizados por equipe multiprofissional e dirigidos à população em território definido. A APS é o primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo um papel essencial no acolhimento da população. É, portanto, o locus no qual a maioria das necessidades de saúde da população é atendida, seja através de atividades de promoção à saúde ou de assistência às mais diversas patologias existentes. Dentre as morbidades assistidas pela APS, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) ganha destaque devido à sua alta prevalência e à sua associação com diversas outras doenças que podem levar o paciente a óbito. Os principais motivos para explicar tamanha prevalência são o padrão alimentar inadequado e o sedentarismo, presente em grande parte da população brasileira. Dessa forma, as intervenções voltadas para controle dessa morbidade buscam ampliar o acesso à informação e o conhecimento da população sobre os riscos da doença e formas de preveni-la. Além disso, essas intervenções visam a estimular a população para a mudança do estilo de vida, incentivando-a a incluir em sua rotina hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle de peso e cessação do tabagismo. A APS é responsável ainda por acompanhar o paciente e realizar o controle da HAS, garantindo que ele receba o tratamento adequado. Diante do exposto, torna-se evidente os benefícios das ações da APS, que são essenciais para reduzir a incidência e a prevalência de tal morbidade no Brasil. Essas ações contribuem ainda para melhorar a qualidade de vida da população e reduzir os custos do sistema de saúde. Sendo assim, é nítido que a APS é eficaz para o combate da HAS, pois é acessível, resolutiva e centrada na pessoa

    A FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

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    INTRODUÇÃO: A lesão no joelho é a segunda lesão esportiva mais comum após a entorse de tornozelo, no que causa instabilidade e afeta o desempenho atlético. Dentre os tratamentos para lesões pós-cirúrgicas do ligamento cruzado anterior, destaca-se a fisioterapia aquática como recurso fisioterapêutico que proporciona benefícios terapêuticos ao paciente através das propriedades físicas e aquecimento da água, promovendo ganhos rápidos de amplitude de movimento e redução do edema. OBJETIVO: analisar a atuação da fisioterapia aquática no tratamento do pós- operatório de LCA. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, consistindo em uma pesquisa do tipo descritiva. Os descritores controlados utilizados na estratégia de busca foram selecionados no Descritores em Ciências da Saúde utilizado os operadores booleanos “AND” e “OR” para combinar os termos. Para iniciar a busca de referências, acessou-se as bases de dados BVS e PubMED, tendo um quantitativo final de 8 estudos a serem analisados. RESULTADOS: os estudos demonstraram a efetividade da fisioterapia aquática na reabilitação pós cirurgia de lesão de LCA, sendo um recurso terapêutico que proporciona melhora do quadro álgico, ganho de força muscular, melhora da marcha, capacidade funcional e qualidade de vida aos pacientes, além de ser um treinamento inovador com resultados favoráveis em relação à reabilitação convencional, pois em questão de amplitude de movimento do membro lesionado foi melhor em condições subaquáticas em relação de terra firme. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A fisioterapia atua no tratamento de pós- operatório de LCA trazendo benefícios como ganhos na marcha, níveis de flexão do joelho, recuperação funcional, restauração da força muscular do joelho e estruturas envolvidas no movimento, treinamento neuromuscular e melhorias na eficiência da propriocepção.https://revistaft.com.br/a-fisioterapia-aquatica-no-pos-operatorio-de-ligamento-cruzado-anterior

    Síndrome de Chiari e Hidrossiringomielia com comprometimento neurológico: um relato de caso

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    A Malformação de Chiari (MC) pertence a um amplo grupo de raras deformidades estruturais da junção craniocerebelomedular. O tipo I da doença caracteriza-se pela herniação tonsilar ou amigdaliana cerebelar devido à anomalia da base do crânio e da parte superior da coluna cervical, além de a porção medial do lobo inferior do cerebelo pelo canal cervical também se protuberar através do forame magno, impedindo que o líquor flua normalmente através do canal. A real prevalência da doença é desconhecida, pois muitos pacientes com herniação cerebelar são assintomáticos e o problema agrava-se na fase adulta, com queixas de cefaleia intensa e, por vezes, parestesia. O objetivo deste estudo é relatar um caso de síndrome de Chiari (SC) em uma paciente de 53 anos, ao abordar sua apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Paciente do sexo feminino, 53 anos, foi admitida em um hospital da rede pública de referência se queixando de cefaleia occipital intensa e cervicalgia com irradiação da dor para os membros superiores, acompanhada de parestesia nos quatro segmentos. Relatou já sentir dor há 2 anos, mas apresentou piora do quadro clínico há 8 meses. Foi, também, observada incontinência urinária devido à dissinergia detrusora-esfincteriana por provável bexiga neurogênica. Foi, então, realizado exame de imagem de ressonância magnética (RNM) do crânio e da coluna cervical, com obtenção de sequências ponderadas em T1, T2 e STIR, nos planos sagital e transverso com contraste, o qual evidenciou leve alargamento medular, além de sinais de hidrossiringomielia difusa, com hipossinal na sequência T2 intramedular na altura de D1-D2 (coluna dorsal). Foi notada discreta herniação das tonsilas cerebelares junta ao forame magno, típica da SC, sendo, por fim, confirmado o diagnóstico. A paciente, no entanto, não apresentava hidrocefalia, mesmo com a interrupção do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR) para o canal vertebral. Ela encaixou- se nos parâmetros de indicação cirúrgica, sendo realizada craniotomia occipital, com acesso ao plexo coroide do quarto ventrículo do tronco encefálico com o intuito de elevar as tonsilas cerebelares baixas, herniadas no canal espinhal cervical e bloqueando o fluxo do LCR. Após a descompressão craniocervical, o curso do líquor foi restaurado e a paciente foi, por fim, encaminhada à sala de recuperação pós-operatória. A SC é uma rara doença que apresenta quadro clínico e alterações radiológicas complexas e extensas e, por vezes, o diagnóstico é retardado devido à inespecificidade dos sintomas confundidos com cervicalgias e cefaleias comuns. A hipótese diagnóstica deve ser embasada nas queixas do paciente, na anamnese minuciosa, exame clínico e nos exames de imagens, sendo a prevalência desta patologia de difícil definição e com faixas etárias distintas

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Hippocampal biomarkers of fear memory in an animal model of generalized anxiety disorder

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    Generalized anxiety disorder (GAD) is highly prevalent and incapacitating. Here we used the Carioca High-Conditioned Freezing (CHF) rats, a previously validated animal model for GAD, to identify biomarkers and structural changes in the hippocampus that could be part of the underlying mechanisms of their high-anxiety profile. Spatial and fear memory was assessed in the Morris water maze and passive avoidance test. Serum corticosterone levels, immunofluorescence for glucocorticoid receptors (GR) in the dentate gyrus (DG), and western blotting for hippocampal brain derived neurotrophic factor (BDNF) were performed. Immunohistochemistry for markers of cell proliferation (bromodeoxiuridine/Ki-67), neuroblasts (doublecortin), and cell survival were undertaken in the DG, along with spine staining (Golgi) and dendritic arborization tracing. Hippocampal GABA release was assessed by neurochemical assay. Fear memory was higher among CHF rats whilst spatial learning was preserved. Serum corticosterone levels were increased, with decreased GR expression. No differences were observed in hippocampal cell proliferation/survival, but the number of newborn neurons was decreased, along with their number and length of tertiary dendrites. Increased expression of proBDNF and dendritic spines was observed; lower ratio of GABA release in the hippocampus was also verified. These findings suggest that generalized anxiety/fear could be associated with different hippocampal biomarkers, such as increased spine density, possibly as a compensatory mechanism for the decreased hippocampal number of neuroblasts and dendritic arborization triggered by high corticosterone. Disruption of GABAergic signaling and BDNF impairment are also proposed as part of the hippocampal mechanisms possibly underlying the anxious phenotype of this model
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