10 research outputs found

    Qualidade de vida após 10 anos do transplante hepático

    Get PDF
    Orientador: Prof. Dr. Júlio Cezar Uili CoelhoCoorientadora: Profa. Dra. Mônica Beatriz ParolinDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de CIências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em em Clínica Cirúrgica. Defesa : Curitiba, 11/11/2020Inclui referênciasResumo: O transplante hepático é uma terapia curativa bem estabelecida no tratamento de doenças hepáticas crônicas em estágio terminal. Com os avanços técnicos cirúrgicos e com o surgimento dos novos esquemas imunossupressores, a sobrevida após o transplante aumentou significativamente. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, a longo prazo, de pacientes submetidos ao transplante hepático cadavérico (THC) em dois hospitais brasileiros. Métodos: Os prontuários médicos de todos os pacientes submetidos ao THC e que sobreviveram por mais de 10 anos foram revisados. O questionário internacional validado Short-Form 36, foi empregado para avaliar a qualidade de vida. Os dados dos pacientes foram obtidos de prontuários eletrônicos e protocolos de estudo. Resultados: Um total de 342 pacientes foram submetidos ao THC, dos quais 129 estavam vivos e 93 responderam integralmente ao questionário e foram incluídos no estudo. O grupo foi composto por 62 homens (66,6%) e 31 mulheres (33,4%), com média de idade de 40,1 ± 15,9 anos. O tempo de seguimento foi de 16 ± 4,1 anos. A indicação mais comum de THC foi cirrose hepática causada pelo vírus da hepatite C, 24,7%. O tempo médio de permanência na unidade de terapia intensiva foi de 5,6 ± 7,9 dias (mediana de 3 dias) e o tempo de internação total foi de 17,7 ± 13,3 dias (mediana de 13 dias). Os pacientes transplantados tiveram pontuações mais baixas do que a população em geral no domínio saúde mental [62,9 (60,1-65,7, IC 95%) vs 74,5, p < 0.001]. Em todos os outros domínios, os pacientes transplantados apresentaram scores semelhantes (limitação do aspecto emocional, dor e estado geral de saúde) ou superiores (limitação do aspecto físico, aspectos sociais, capacidade funcional e vitalidade) em relação à população em geral. Capacidade funcional foi menor em pacientes com complicações a longo prazo, maiores de 50 anos ou desempregados. Conclusão: A qualidade de vida em pacientes com mais de 10 anos após o THC é similar ou superior ao da população em geral, exceto no domínio saúde mental. Palavras-chave: Transplante de fígado. Qualidade de vida. Cirrose hepática.Abstract: Liver transplantation is a well-established therapy for patients with end-stage chronic liver disease. With surgical technical advances, introduction of new immunosuppressive regimens, the survival after transplantation has increased significantly. This study goal was to evaluate the long-term quality of life of patients who underwent cadaveric liver transplants (CLT) in two Brazilian hospitals. Methods: Medical records of all patients who underwent CLT and survived over 10 years were revised. The international validated questionnaire Short-Form 36 was employed to assess the quality of life. Patient data were obtained from electronic medical records and study protocols. Results: A total of 342 patients underwent CLT, of which 129 were alive and 93 fully answered the questionnaire and were included in the study. The group consisted of 62 men (66.6%) and 31 women (33.4%), with average age of 40.1 ± 15.9 years. Follow-up time was 16 ± 4.1 years. The most common indication of CLT was hepatic cirrhosis caused by hepatitis C virus, 24.7%. The average time in the intensive care unit was 5.6 ± 7.9 days (median 3 days) and the total hospital stay was 17.7 ± 13.3 days (median 13 days). Transplanted patients had lower scores than the general population in mental health [62.9 (95%CI: 60.1-65.7,) vs. 74.5, p < 0.001]. In all other domains, transplanted patients had similar (emotional aspect limitiation, pain, and general health status) or superior (physical aspect limitation, social aspects, functional capacity, and vitality) scores than the general population. Functional capacity score was lower in patients with long-term complications, who were aged more than 50-years, and unemployed. Conclusion: The quality of life in patients with more than 10 years after CLT was similar or superior than the general population, except for the mental health domain. Key words: Liver transplantation. Quality of life. Liver cirrhosis

    Estágio voluntário em pronto socorro: instrumento para a formação médica de qualidade

    No full text
    OBJETIVO: Analisar a influência do estágio voluntário em Medicina no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador (PS-HT) na escolha da especialidade médica e sua importância na formação acadêmica. MÉTODOS: Análise do questionário aplicado a médicos e estudantes que estagiaram no Pronto Socorro por 500 horas ou mais, no período de março de 2000 a março de 2012. RESULTADOS: Dos 765 acadêmicos que realizaram mais de 500 horas de atividades práticas no PS-HT, 390 responderam ao questionário - 37,9% com inclinação para especialidade cirúrgica e 24,1% para clínica. O estágio foi determinante na escolha da carreira em 82,3% dos casos, sendo em 83,8% uma influência positiva. Quanto ao incremento das relações interpessoais, 61% dos participantes deu nota e" oito para o relacionamento com outros profissionais da área da saúde, por 71% para o relacionamento com colegas e por 63% no relacionamento com pacientes. O estágio possibilitou aumento da autoconfiança para 92% dos entrevistados e 75% afirmaram incremento no conhecimento técnico. O treinamento foi considerado útil e necessário para a formação acadêmica por 80% dos participantes. CONCLUSÃO: A contribuição do estágio em PS é inegável para a formação médica de qualidade e, na maioria das vezes, uma influência para a escolha da especialidade médica. As diversas situações a que os acadêmicos se deparam os fazem desenvolver inteligências em diversas áreas que não a puramente técnica e aplicada, o que se reflete na prática médica, independente da área ou especialidade

    Resultado da colecistectomia laparoscópica em idosos.

    No full text
    RESUMO Objetivo: avaliar os resultados da colecistectomia laparoscópica em idosos comparados com pacientes mais jovens. Métodos: revisamos os prontuários médicos informatizados de todos os pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica para colecistite crônica ou aguda, de 1o de janeiro de 2011 a 31 de março de 2018, em um único hospital de ensino. Os pacientes foram estratificados em dois grupos: idosos (≥60 anos de idade) e mais jovens (<60 anos de idade). Resultados: de 1645 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica, 1161 (70,3%) eram mais jovens e 484 (29,7%) eram idosos. A taxa de homens foi maior nos idosos (n=185, 38,2%) do que no grupo mais jovem (n=355, 30,6%, p=0,003). Icterícia foi mais comum em idosos do que no grupo mais jovem (p=0,004). A taxa de operação abdominal prévia também foi maior nos idosos (<0,001). A porcentagem de pacientes com escore ASA II, III e IV foi maior no grupo de idosos (p<0,001 no escore II e III e 0,294 no escore IV). O tempo de operação foi maior nos idosos (71,68±31,27) do que no grupo mais jovem (p=0,001). Os seguintes dados perioperatórios foram maiores nos idosos: colecistite aguda (p<0,001), taxa de conversão (p=0,028), complicações pós-operatórias (p=0,042) e mortalidade (p=0,026). Conclusão: o tempo operatório é maior e a taxa de colecistite aguda, conversão para colecistectomia aberta e complicações pós-operatórias são maiores em idosos quando comparados com pacientes mais jovens submetidos à colecistectomia laparoscópica

    Overview of colorectal resections in a reference center in Curitiba – Brazil: Experience with open and laparoscopic approach

    No full text
    Introduction: Minimally invasive approach has become the preferential option for the treatment of surgical diseases of the Gastrointestinal Tract, due to its numerous advantages. However, in the Colorectal Surgery field, the acceptance of videolaparoscopy was slower. For example, an American study showed that the percentage of laparoscopic cholecystectomy increased from 2.5% in 1988 to 73.7% in 1992, the rate of laparoscopic sigmoidectomy increased from 4.3% in 2000 to only 7.6% in 2004. Objecties: Our goal was to compare several variables between patients submitted to colorectal resections performed through open surgery or videolaparoscopy. Methods: This is a retrospective observational study performed in a Teaching Private Hospital of the City of Curitiba, Brazil, with the revision of 395 medical charts of patients subjected to colorectal resections from January 2011 through June 2016. Results: 349 patients were included in the study. 243 (69.6%) were subjected to laparoscopic colon resection (LCR) and 106 (30.4%) to open colon resection (OCR). Mean age was 62.2 years for patients undergoing LCR and 68.8 year for OCR (p = 0.0082). Among emergency procedures, 92.5% consisted of OCR and 7.5% were LCRs. Surgery duration was similar in both types of access (196 min in OCR versus 195 min in LCR; p = 0.9864). Diet introduction was earlier in laparoscopic surgery and anastomotic fistula rate was similar in both groups (OCR 7.5% and LCR 6.58%; p = 0.7438). Hospital stay was shorter in patients undergoing laparoscopic resections (7.53 ± 7.3 days) than in the ones undergoing open surgery (17.2 ± 19.3) (p < 0.001). In the OCR group, 70 patients needed ICU admission (66%), and stayed a mean of 12.3 days under intensive care. In the LCR group, however, only 30 needed ICU (12.3%), and the ones who needed it stayed a mean of 5.6 days (p < 0.001). Conclusions: Videolaparoscopic approach is a safe and effective option in the treatment of colorectal diseases. Surgery duration and anastomotic fistula rates are similar to the open resections. Hospital stay and ICU stay durations, however, were shorter in patients submitted to laparoscopic colectomies. Resumo: Introdução: Abordagens minimamente invasivas passaram a ser a opção preferencial para tratamento de doenças cirúrgicas do trato gastrointestinal, graças às suas numerosas vantagens. Contudo, no campo da cirurgia colorretal, a aceitação da videolaparoscopia foi mais lenta. Exemplificando, um estudo norte-americano demonstrou que o percentual de colecistectomias laparoscópicas aumentou de 2,5% em 1988 para 73,7% em 1992, enquanto que o percentual de sigmoidectomias laparoscópicas aumentou de 4,3% em 2000 para somente 7,6% em 2004. Objetivos: Nosso objetivo foi comparar diversas variáveis entre pacientes submetidos a ressecções colorretais realizadas por cirurgia a céu aberto, ou por videolaparoscopia. Métodos: Este é um estudo observacional retrospectivo realizado em um Hospital-Escola privado em Curitiba, Brasil, com revisão de 395 prontuários clínicos de pacientes submetidos a ressecções colorretais de janeiro de 2011 até junho de 2016. Resultados: 349 pacientes foram incluídos no estudo. 243 (69,6%) foram submetidos à ressecção laparoscópica de cólon por laparoscopia (RLC) e 106 (30,4%) foram tratados com ressecção de cólon a céu aberto (RCCA). A média de idade foi de 62,2 anos para os pacientes tratados com RLC e de 68,8 anos para RCCA (p = 0,0082). Entre os procedimentos de emergência, 92,5% dos pacientes foram tratados com RCCA e 7,5% com RLC. A duração da cirurgia foi similar para os dois tipos de acesso (196 min para RCCA versus 195 min para RLC; p = 0,9864). A introdução da alimentação ocorreu mais cedo nos pacientes tratados com a cirurgia laparoscópica, e o percentual de fístulas anastomóticas foi similar para os dois grupos (RCCA 7,5% e RLC 6,58%; p = 0,7438). A permanência no hospital foi mais curta para os pacientes tratados por ressecção laparoscópica (7,53 ± 7,3 dias) versus pacientes tratados com cirurgia a céu aberto (17,2 ± 19,3 dias) (p< 0,001). No grupo RCCA, 70 pacientes precisaram ser internados na UTI (66%), com permanência média de 12,3 dias em terapia intensiva. Mas no grupo RLC, apenas 30 pacientes necessitaram de internação na UTI (12,3%), e sua permanência em terapia intensiva foi de, em média, 5,6 dias (p < 0,001). Conclusões: A abordagem videolaparoscópica é opção segura e efetiva no tratamento de doenças colorretais. A duração da cirurgia e os percentuais de confecção de fístula anastomótica são similares ao observado nas ressecções a céu aberto. No entanto, a permanência no hospital e o tempo de permanência na UTI foram mais curtos para os pacientes tratados com colectomia laparoscópica. Keywords: Colectomy, Colorectal Surgery, Laparoscopic, Colon, Palavras-chave: Colectomia, Cirurgia colorretal, Laparoscópico, Cólo
    corecore