159 research outputs found

    Little dragons prefer flowers to maidens: a lizard that laps nectar and pollinates trees

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    Lizards rarely visit and pollinate flowers, the few recent records being mostly restricted to island habitats. We report here on the Noronha skink (Euprepis atlanticus) seeking nectar in the flowers of the leguminous mulungu tree (Erythrina velutina) at Fernando de Noronha Archipelago, off northeast Brazil. The mulungu tree blooms during the dry season, and each flower secretes copious and diluted nectar throughout the day. The Noronha skink climbs up to the inflorescences and laps the nectar accumulated in the flowers' base. While exploiting the flowers and crawling over the inflorescences, the body parts of the skink contact the anthers and stigmas and pollen adheres to the lizard's scales. The lizard visits inflorescences from the same and different trees, which renders it a potential pollinator. As the mulungu tree blooms during the dry season and the island has little or no natural freshwater supply during drought periods, we suggest that the Noronha skink seeks flower nectar both for its energetic, diluted sugars and the water content.Lagartos raramente visitam e polinizam flores, os poucos registros estando restritos a ambientes insulares. Registramos aqui a mabuia de Noronha (Euprepis atlanticus) buscando néctar nas flores da árvore leguminosa mulungu (Erythrina velutina), no Arquipélago de Fernando de Noronha ao largo da costa Nordeste do Brasil. O mulungu floresce na época seca, ao longo de quatro meses. As flores produzem néctar muito diluído e abundante, ao longo do dia todo. A mabuia percorre as inflorescências, lambendo o néctar acumulado na base da flor. Enquanto rasteja sobre as inflorescências da mesma ou outra árvore, contata as anteras e os estigmas e o pólen fica aderido ao seu corpo, o que torna a mabuia um polinizador potencial. Como o mulungu floresce durante a época seca, período em que a água é muito escassa na ilha, sugerimos que a mabuia visita as flores tanto pelos açúcares diluídos e energéticos, como pela água contida no néctar.185192Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq

    Um pica-pau que aprecia bebidas doces: o joão-velho procura néctar e poliniza plantas de dossel no sudeste do Brasil

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    Insects are the staple diet of woodpeckers, but some species also habitually feed on fruits. A few woodpecker species are recorded as flower visitors for nectar intake. We report here on the blond-crested woodpecker (Celeus flavescens) taking nectar from flowers of two canopy species, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) and Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), in the Atlantic forest of south-eastern Brazil. Spirotheca passifloroides blooms for three months in the austral winter, whereas S. brasiliensis blooms for two months in the summer. Flowers of both species produce large amounts of dilute nectar. Celeus flavescens visits several flowers per plant touching the anthers and stigmas with its head and throat, and thus acts as a pollen vector. We suggest that woodpeckers may be more frequent flower visitors than previously thought, and that feeding on ripe fruits may be a simple behavioural step for the origin of nectar feeding by Neotropical woodpeckers.Insetos formam a dieta básica dos pica-paus, porém algumas espécies também se alimentam habitualmente de frutos e poucas espécies procuram flores para tomar néctar. Registramos aqui o joão-velho ou pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) ao tomar néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Spirotheca passifloroides floresce por três meses no inverno, ao passo que S. brasiliensis floresce ao longo de dois meses no verão. As flores de ambas as espécies produzem néctar abundante e diluído. Celeus flavescens visita várias flores por planta, tocando as anteras e os estigmas com a cabeça e o pescoço, assim agindo como polinizador. Sugerimos que visitas de pica-paus a flores sejam mais freqüentes do que o suposto e que se alimentar em frutos maduros seria um passo comportamental simples para a origem da tomada de néctar por pica-paus neotropicais.00Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES

    Aspectos de comportamento alimentar e dieta da tartaruga marinha, Chelonia mydas no litoral norte paulista

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    Feeding behavior of immature green turtles, Chelonia mydas, has been observed on rocky shores along the northern part of State of São Paulo, southeastern Brazil. This turtle forages on underwater ledges, at depths of 1 to 3 m and grazes on benthic algae. The turtle seems to visually scan the algae during feeding and moves slowly, walking from one patch of vegetation to another. Gut contents of four individuals (331-452 mmCCL) consisted mainly of red and brown algae. Comparisons between gut contents and algae growing at the grazing sites, together with scanning behavior suggest selective feeding. Syntopic large herbivorous fishes of the genera Kyphosus, Sparisma, and Acanthurus showed little feeding overlap with the green turtle

    Resources of ornamental plants for bee on campus of the State University of Campinas, São Paulo, Brazil

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    A floristic and phenological study of ornamental, arboreal and shrubby species visited by bees was carried out on the campus of the Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Data on the species were recorded from May 1999 to April 2000. During this period 42 flowering species in flower were evaluated, of these 43% flowered in the wet season, 33% in the dry season and 24% in both seasons, without marked seasonality. Most of the species, about 72%, presented an annual phenological pattern. Leguminosae and Bombacaceae were the richest abundant families (13 and 5 species, respectively). Most of the species studied had white or dish-shaped flowers. A total of 17 bee species were recorded visiting flowers, from May 2000 to April 2001. Visits to flowers could be legitimate or illegitimate. Pollen and nectar were the only resources exploited by the bees. The generalist species Apis mellifera, Trigona spinipes and Tetragonisca angustula, and the more specialized species Xylocopa frontalis and Bombus morio, were the most common in the area, and visited the majority of the plant species. These data may be useful in future plans for management of urban environments, using appropriate ornamental plants, to encourage a diversity of bee species.Este trabalho apresenta um estudo florístico e fenológico das plantas ornamentais arbóreas e arbustivas, visitadas por abelhas no campus da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Os registros sobre as plantas foram feitos de maio de 1999 a abril de 2000, obtendo-se 42 espécies de plantas. Cerca de 43% apresentou pico de floração no período úmido, 33% no período seco e 24% em ambos os períodos, não havendo sazonalidade marcada. A maioria das espécies, cerca de 72%, apresentou padrão de floração anual. As famílias mais representativas foram Leguminosae e Bombacaceae com 13 e 5 espécies respectivamente. Dentre as espécies estudadas predominaram flores brancas e o tipo floral aberto. As observações sobre as abelhas que visitavam as flores foram feitas de maio de 2000 a fevereiro de 2001, tendo sido registradas 17 espécies de abelhas. Essas abelhas podiam realizar visitas legítimas e/ou ilegítimas às flores. Os recursos utilizados pelas abelhas foram, principalmente, pólen e néctar e, na maioria das espécies de plantas, ambas as substâncias foram utilizadas. Apis mellifera, Trigona spinipes e Tetragonisca angustula, abelhas consideradas generalistas e Xylocopa frontalis e Bombus morio, consideradas mais especializadas, foram as cinco espécies que visitaram as flores de maior quantidade de espécies de plantas. Essas informações podem ser úteis para a elaboração de planos de manejo em ambientes urbanos visando à utilização de plantas ornamentais adequadas para atender maior diversidade de abelhas.335343Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq

    Biologia floral de cinco espécies de Passiflora L. (Passifloraceae) em mata semidecídua

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    (Floral biology of five species of Passiflora L. (Passifloraceae)in a semideciduous forest). A comparative study of floral biology of five Passiflora species was carried out in the region of Campinas, São Paulo, southeastern Brazil. Passiflora alata, P. amethystina and P. miersii have purple to violet flowers and variegated filamentose corona. Their flowers open early in the morning and last about 12 hours, emit sweet odour, are allogamous and their main pollinators are large bees. Passiflora amethystina and P. miersii have similar floral morphology, differing from P. alata by a row of free filaments on the edge of the operculum. The operculum in P. alata is horizontally curved and denticulate at the margin. These differences in the operculum require a characterist behaviour from bees during their visits. Passiflora suberosa has green-yellowish flowers and a plicate operculum. Its flowers open at dawn and no odour is perceptible. The flowers are self-compatible and their main pollinators are wasps. Passiflora capsularis has white flowers and a plicate operculum. Its flowers are nocturnal, emit sweet odour, are self-compatible and possibly are pollinated by moths. The plicate operculum of these two latter species allows easy access to nectar by the visitors.(Biologia floral de cinco espécies de Passiflora L. (Passifloraceae) em mata semidecídua). O estudo da biologia floral de cinco espécies de Passiflora foi feito em uma mata de planalto em Campinas, São Paulo. Passiflora alata, P. amethystina e P. miersii apresentam flores de cor púrpura a violeta e corona variegada. As flores são diurnas, perfumadas, autoincompatíveis e polinizadas por abelhas de grande porte. Passiflora amethystina e P. miersii diferem de P. alata por apresentarem filamentos livres no opérculo, que em P. alata é horizontal e denticulado. Estas diferenças no opérculo promovem comportamentos característicos das abelhas durante as visitas. Passiflora suberosa possui flores verde-amareladas e opérculo plicado. As flores são diurnas, inodoras, autocompatíveis e polinizadas por vespas. Em P. capsularis as flores são brancas e o opérculo é plicado. As flores são noturnas, perfumadas, autocompatíveis e possivelmente polinizadas por mariposas. O opérculo plicado das duas últimas espécies permite que os visitantes tenham fácil acesso ao néctar.11912

    BEYOND HUMMINGBIRD-FLOWERS: THE OTHER SIDE OF ORNITHOPHILY IN THE NEOTROPICS

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    Polinização por aves na região Neotropical é amplamente conhecida como uma importante interação ecossistêmica, mas as aves que pousam e que visitam flores são ainda vistas como meras oportunistas. Apesar dessas outras aves não dependerem somente de recursos florais, existem muitas plantas que dependem exclusivamente delas para a sua polinização. Essas flores apresentam características, incluindo morfologia e diferentes tipos de recursos, muito diferentes daquelas de flores ornitófilas polinizadas por beija-flores. Revisamos a síndrome de ornitofilia e a subdividimos nas duas formas de exploração para determinar as características florais que devem favorecer a polinização por aves que adejam e por aves que pousam na região Neotropical. Listamos as aves que pousam mencionadas na literatura para ter uma visão da riqueza de aves neotropicais que atuam como polinizadoras. Esperamos que quanto mais estudos no dossel florestal nos Neotrópicos, mais interações entre aves que pousam e flores devem ser observadas e revelar seu real papel para a biologia de ambos os grupos

    Species of Vanhouttea Lem. and Sinningia Nees (Gesneriaceae) pollinated by hummingbirds: interactions related with plant habitat and nectar

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    Hummingbird pollination was suggested for Sinningia and Vanhouttea species based on floral features. However, there is still a lack of information about pollination biology. Here we report observations about floral biology and hummingbird-pollination of three Vanhouttea and three Sinningia species. The flowers are tubular, red and scentless. The pairwise comparison of corolla size results in two groups formed by: V. hilariana, V. brueggeri and S. gigantifolia which have bigger corollas than those of V. calcarata, S. cochlearis, and S. tuberosa. The nectar volume secreted during 24 hours by Vanhouttea species (21.8 ± 13.2 µL) was higher than that of Sinningia species (6.3 ± 5.7 µL). As well, the sugar amount produced by Vanhouttea species (6.1 ± 3.9 mg) was higher than that produced by Sinningia species (1.8 ± 1.6 mg). These differences on nectar production may be correlated with the distinct size of nectar glands in both genera. The hummingbirds Clytolaema rubricauda, Leucochloris albicollis, Stephanoxis lalandi (Trochilinae), Phaethornis eurynome and P. pretrei (Phaethornithinae) were the main pollinators of Vanhouttea and Sinningia species. The group of hummingbird pollinators (Trochilinae or Phaethornithinae) seems to be determined by the habitat of each plant species, while the frequency of visits seems to be mainly determined by nectar features.Com base nas características florais tem sido inferida a polinização por beija-flores na maioria das espécies de Sinningia e Vanhouttea, entretanto, informações detalhadas sobre a biologia da polinização são restritas a poucas espécies. Neste estudo são apresentadas as observações sobre a biologia da polinização e as espécies de beija-flores polinizadores, relacionando as características do néctar com o comportamento desses beija-flores em três espécies de Vanhouttea e três de Sinningia. As flores são tubulosas, avermelhadas e inodoras. Em relação ao tamanho da corola estas espécies formam dois grupos morfológicos, sendo as corolas em V. hilariana, V. brueggeri e S. gigantifolia significativamente maiores que em V. calcarata, S. cochlearis e S. tuberosa. O volume de néctar secretado durante 24 horas pelas espécies de Vanhouttea (21,8 ± 13,2 µL) é maior que nas espécies de Sinningia (6,3 ± 5,7 µL). Assim também, a quantidade de açúcares produzida pelas espécies de Vanhouttea é mais alta (6,1 ± 3,9 mg) e difere significativamente das espécies de Sinningia (1,8 ± 1,6 mg). Estas diferenças nas características do néctar podem estar relacionadas com a variação do tamanho das glândulas nectaríferas entre os dois gêneros. Cinco espécies de beija-flores, Leucochloris albicollis, Stephanoxis lalandi, Clytolaema rubricauda (Trochilinae), Phaethornis pretrei e P. eurynome (Phaethornithinae), são os principais polinizadores das espécies de Vanhouttea e Sinningia. O grupo de beija-flores polinizadores (Trochilinae ou Phaethornithinae) de cada espécie parece ser determinado pelo hábitat da planta, mais do que pelo tamanho do tubo da corola, enquanto que a freqüência de visitas dos beija-flores às flores, parece ser determinada, principalmente, pelas características do néctar.441450Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
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