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    Efeitos da exposição a agrotóxicos sobre o sistema auditivo periférico e central: uma revisão sistemática

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    De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as intoxicações agudas por agrotóxicos são da ordem de 3 milhões anuais, com 2,1 milhões de casos só nos países em desenvolvimento. Na última década, no Brasil, o uso de agrotóxicos assumiu proporções assustadoras. Entre 20012008 a venda desses produtos saltou, quando o país alcançou a posição de maior consumidor mundial de venenos. O objetivo deste estudo foi avaliar por meio de uma revisão sistemática se a exposição ao agrotóxico causa alterações auditivas no sistema auditivo periférico/central, atentando assim para a importância da avaliação auditiva em populações expostas de forma crônica ou aguda. Trata-se de uma revisão sistemática dos estudos publicados sobre os efeitos da exposição ao agrotóxico no sistema auditivo. Analisaram-se os trabalhos contemplados na íntegra e também sua qualidade metodológica. A pesquisa identificou 143 estudos sobre o tema, sendo que 16 se enquadraram nos critérios de inclusão. Todos os artigos analisados evidenciaram que a exposição ao agrotóxico é ototóxica e induz ao dano às vias auditivas

    Avaliação do sistema auditivo em agricultores expostos à agrotóxicos

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    Objetivos avaliar o sistema auditivo periférico, por meio de audiometria tonal, em agricultores residentes em área de intenso uso de agrotóxicos no Estado do Rio de Janeiro. Métodos foram avaliados 70 indivíduos, de ambos os gêneros, moradores de Campos dos Goytacazes, com idade variando entre 25 e 59 anos, sendo 35 agricultores e 35 não agricultores. Todos os indivíduos tiveram sua audição periférica avaliada, por meio de audiometria tonal nas frequências de 250, 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz. Foram excluídos indivíduos com alteração de orelha externa e média e/ou com alguma queixa otológica. Além disso, foi realizada anamnese com questões relacionadas à saúde, situação sócio-econômica, educação e exposição ao agrotóxico. Foi considerada perda auditiva, os limiares maiores ou iguais a 25dB em qualquer das frequências testadas. Resultados o Odds Ratio de perda auditiva foi 3,67 vezes (IC95%: 2,08-6,48) maior entre agricultores (94,3%), quando comparados aos não agricultores (25,7%). Além disso, a maior parte das alterações auditivas foi observada nas frequências mais agudas. Conclusão o presente estudo sugere que a atividade agrícola e possivelmente a exposição a agrotóxicos aumenta o risco de perda auditiva

    Emissões otoacústicas produto de distorção em normo ouvintes e em perdas auditivas neurossensoriais leve e moderada com os protocolos 65/55 dB NPS E 70/70 dB NPS Distortion product otoacoustic emission in audilogically normal people and in mild and moderate sensorineural hearing loss with 65/55 dBSPL and 70/70 dBSPL protocols

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    OBJETIVO: estudar comparativamente as amplitudes das emissões otoacústicas produto de distorção em indivíduos normo ouvintes, com perdas auditivas de graus leve e moderado. MÉTODOS: a amostra compôs-se de 41 indivíduos na faixa etária de 18 a 45 anos, sendo 25 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. Foram realizadas audiometrias tonal e vocal para classificar os grupos conforme perfil audiométrico; imitanciometria para avaliar as condições da orelha média; e emissões otoacústicas produto de distorção, utilizando os protocolos L1 = 65 dB NPS e L2 = 55 dB NPS e L1=L2= 70 dB NPS. No total, foram analisadas 63 orelhas (32 orelhas direitas e 31 orelhas esquerdas). Os indivíduos selecionados foram distribuídos em três grupos distintos, sendo o primeiro grupo (G1) composto de 21 orelhas com audiometria tonal com limiares dentro da normalidade (grupo controle); o segundo grupo (G2) composto de 21 orelhas com perdas auditivas neurossensoriais de grau leve; e o terceiro grupo (G3) composto por 21 orelhas com perdas auditivas neurossensoriais de grau moderado. Os dados audiométricos foram comparados com os resultados das Emissões Otoacústicas Produto de Distorção (DPOAE). RESULTADOS: encontrou-se diminuição e ausência das amplitudes no grupo com perda auditiva de grau leve (G2) e ausência de respostas no grupo com perda auditiva de grau moderado (G3) em ambos os protocolos. CONCLUSÃO: com relação ao grau da perda auditiva, pode-se concluir que quanto maior a perda auditiva, menor o aumento da amplitude das EOAPD.<br>PURPOSE: to comparatively study the amplitudes of otoacoustic emission distortion product in normal hearing with mild and moderate sensorineural hearing loss. METHODS: forty-one adults, 25 female and 16 male ranging from 18 to 25 years old took part in the study. Pure tone and speech audiometry were performed in order to separate the groups, according to their audiometric profile, impedance audiometries were performed in order to evaluate the middle ear conditions and distortion product otoacoustic emission were using T1 (L1 = 65dBSPL and L2 = 55dBNSPL) and T2 (L1=L2=7-dBSPL) protocols. Sixty-three ears were examined (32 right ear and 31 left ear). Selected subjects were distributed into three groups: G1 including 21 subjects with normal pure tone and speech audiometry (control group), G2 including 21 subjects with mild sensorineural hearing losses and G3 including 21 subjects with moderate sensorineural hearing impaired. The results of pure tone and speech audiometry were compared with the results of DPOAE. RESULTS: there is evidence of reduced amplitude or absence of response in the group with mild hearing loss (G2) and absence of response in the group with moderate hearing loss (G3). CONCLUSION: these findings suggest that the amplitudes of DPOAE decreased in agreement with the increase hearing loss level

    Função coclear em escolares expostos aos agrotóxicos

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    RESUMO Objetivo Estimar a magnitude da associação entre a exposição a agrotóxicos e o risco de alteração da função coclear de estudantes expostos a agrotóxicos. Método Neste estudo, foram avaliados indivíduos entre 8-30 anos, de ambos os gêneros, residentes em área de intensa utilização de agrotóxicos no município de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro. Cada participante do estudo respondeu a um questionário para aferir o grau de exposição a agrotóxicos. Para avaliação da função coclear, foram realizados os exames de audiometria, emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOAET) e por produto de distorção (EOAPD). Resultados As respostas das EOAET foram, em média, menores nas altas frequências, especialmente 2,0 e 4,0 kHz, e, nestas frequências, também menores entre os indivíduos mais expostos. Padrão similar foi observado para as respostas das EOAPD. Para estas, o menor nível de resposta foi observado na frequência de 6 kHz, no grupo com maior escore de exposição. A proporção de falhas observadas em mais de uma frequência nas EOAET, na OD, no grupo de maior exposição, foi significativamente superior àquela observada no grupo menos exposto. No teste das EOAPD, o percentual de falhas também foi superior no grupo de maior exposição, quando comparado ao de menor exposição. Conclusão Os resultados sugerem que a exposição a agrotóxicos pode contribuir significativamente para alterações da função coclear de indivíduos com limiares audiométricos ainda preservados

    Contribution of noise reduction pre-processing and microphone directionality strategies in the speech recognition in noise in adult cochlear implant users

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    Refinement currently offered in new sound processors may improve noise listening capability reducing constant background noise and enhancing listening in challenging signal-to-noise conditions. This study aimed to identify whether the new version of speech processor preprocessing strategy contributes to speech recognition in background noise compared to the previous generation processor. This was a multicentric prospective cross-sectional study. Post-lingually deaf adult patients, with at least 1 year of device use and speech recognition scores above 60% on HINT sentences in quiet were invited. Speech recognition performance in quiet and in noise with sound processors with previous and recent technologies was assessed under four conditions with speech coming from the front: (a) quiet (b) fixed noise coming from the front, (c) fixed noise coming from the back, and (d) adaptive noise ratios with noise coming from the front. Forty-seven cochlear implant users were included. No significant difference was found in quiet condition. Performance with the new processor was statistically better than the previous sound processor in all three noisy conditions (p < 0.05). With fixed noise coming from the back condition, speech recognition was 62.9% with the previous technology and 73.5% on the new one (p < 0.05). The mean speech recognition in noise was also statistically higher, with 5.8 dB and 7.1 dB for the newer and older technologies (p < 0.05), respectively. New technology has shown to provide benefits regarding speech recognition in noise. In addition, the new background noise reduction technology, has shown to be effective and improves speech recognition in situations of more intense noise coming from behin
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