13 research outputs found

    Disponibilidade alimentar para famílias residentes na zona rural: situação de segurança ou insegurança alimentar e nutricional

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    O objetivo deste trabalho foi analisar os alimentos disponíveis para consumo, sua origem e a situação de (in)segurança alimentar e nutricional de famílias da Zona da Mata de Minas Gerais. O estudo foi realizado com 10 famílias, totalizando 40 pessoas, das quais foram avaliados o peso e a estatura. Para investigação da disponibilidade de alimentos foi utilizado questionário contendo lista de procedência e quantidade mensal destes nos últimos 30 dias. Os resultados indicaram 62,5% de indivíduos eutróficos, 30% com excesso de peso e 7,5% com baixo peso, sendo a maioria dos casos de inadequação em mulheres. A média da disponibilidade calórica supre 156,5% da necessidade calórica das famílias, classificando todas em segurança. Das calorias disponíveis, 40,5% provinham da produção para o autoconsumo e a participação dos macronutrientes indicou carboidratos 50,6%, proteínas 11,5% e lipídeos 37,8%. Apesar da classificação de segurança, o excesso de calorias disponíveis é preocupante, pois a totalidade da sua ingestão pode agravar o quadro atual de 30% da população com excesso de peso e a qualidade dos alimentos disponíveis não apresentou a adequação esperada, tornando essas famílias mais propícias a apresentarem insegurança alimentar. É importante incentivar a produção para autoconsumo, pois esta pode contribuir para o alcance da segurança alimentar e nutricional das famílias

    (In)segurança alimentar e nutricional de residentes em moradia estudantil durante a pandemia do covid-19

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    Objetivos: avaliar a prevalência da insegurança alimentar e nutricional e fatores associados de estudantes, moradores do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo - CRUSP. Métodos: este estudo transversal avaliou por meio de questionário virtual 84 estudantes no período de junho a julho de 2020. Utilizou-se a versão curta (7 questões) da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar para definição da variável desfecho: Insegurança Alimentar (IA). Variáveis sociodemográficas e econômicas, e questões relacionadas à ingestão alimentar foram utilizadas para descrever a amostra e associação com a IA, avaliados por meio do teste de qui-quadrado. Resultados: a prevalência de IA foi de 84,5%, associada a renda insuficiente (p<0,001), número menor a 3 refeições por dia (p:0,002) e relato de não preparo de refeições em casa (p:0,048). Aqueles estudantes que não conseguiam utilizar a cozinha comunitária também tiveram maior proporção de IA (56,3%). Conclusão: além da renda, a ausência de equipamentos básicos que impedem o preparo de refeições tem contribuído para alta prevalência de IA entre moradores do CRUSP, durante a pandemia do COVID-19. A omissão no cuidado a essa população coloca em risco a saúde e qualidade de vida destes estudantes

    Hábitos e comportamentos alimentares e estado nutricional de adolescentes que residem sem a presença dos familiares, de um colégio de aplicação

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    Objetivo: Avaliar os hábitos e os comportamentos alimentares, bem como o estado nutricional de adolescentes, ingressos em um colégio de aplicação que residem em um município sem os familiares. Método: Avaliou-se em 2018, pela aplicação de questionário semiestruturado, os hábitos e comportamentos alimentares de adolescentes ingressos em um colégio, e classificou-se o estado nutricional, segundo a proposta da Organização Mundial da Saúde (2007). Este estudo advém de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, com número de parecer 1.852.326. Resultados: Participaram 103 adolescentes, 51,6% (n=56) do sexo feminino, com mediana de idade de 15,6 anos. 91,3% (n=96) não eram nativos de Viçosa, 81,6% (n=84) residiam na cidade a menos de um ano e 68,0% (n=70) moravam sem os familiares. Em relação ao risco cardiometabólico, 6,8% (n=7) do total apresentaram risco, entre eles, 71,4% (n=5) residiam sem familiares. Dos que moravam sem os pais, 90,0% (n=63) estavam eutróficos, 7,1% (n=5) com excesso de peso e 2,9% (n=2) com baixo peso. Quanto ao comportamento alimentar, dos que passaram a residir em Viçosa sem os familiares, 37,1% (n=26) reduziram o número de refeições e destes 84,6% (n=22) omitiram algum lanche, principalmente o lanche da tarde, além do consumo elevado de alimentos ultraprocessados. Conclusão: Identificou-se comportamento alimentar inadequado dos que residem sem os familiares, pela omissão de refeições e pelo elevado consumo de ultraprocessados, sendo necessárias ações de educação alimentar e nutricional com estes adolescentes para promoção da saúde

    Utilização de indicadores dietéticos como critérios prognósticos da Síndrome Metabólica

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    Objetivo:  propor a utilização de indicadores dietéticos como prognóstico da Síndrome Metabólica. Métodos: Realizou-se busca de materiais nas bases de dados eletrônicas (LILACS, MEDLINE, SciELO, Science Direct e Scopus), sites de órgãos públicos e livros que abordassem o tema de estudo. A busca dos materiais ocorreu por palavras-chave, relacionando síndrome metabólica e consumo alimentar, além de consumo alimentar e os indicadores clínicos da síndrome. Os termos foram pesquisados em inglês e português. Resultados: Foram analisados os indicadores dietéticos que possuíam relação direta com as variáveis clínicas e bioquímicas para diagnóstico da Síndrome Metabólica (SM). Os indicadores dietéticos abordados foram: consumo excessivo de energia, qualidade lipídica, consumo excessivo de carboidratos simples, dieta hipersódica, consumo excessivo de álcool, baixa ingestão de fibras e consumo de probióticos. Conclusão: A utilização de indicadores dietéticos como critérios prognósticos da SM possibilita conhecer a qualidade da alimentação tornando-os importantes nos programas de intervenções nutricionais ligados à prevenção, por meio da melhoria do padrão alimentar. Além disso, a alimentação adequada constitui fator fundamental não somente no tratamento, como também na prevenção da SM.Objective: To propose the use of dietary indicators as prognostic of metabolic syndrome. Methods: We conducted search for materials in electronic databases (LILACS, MEDLINE, SciELO, Science Direct and Scopus), public agency websites and books that addressed the topic of study. The search for materials occurred by keywords, linking metabolic syndrome and food consumption, and food consumption and clinical indicators of the syndrome. The terms were searched in English and Portuguese. Results: Dietary indicators that showed direct connection with clinical and biochemical variables for diagnosis of metabolic syndrome (MS) were analyzed. The dietary indicators discussed were: excessive energy consumption, lipid quality, excessive consumption of simple carbohydrates, salt diet, excessive alcohol intake and low fiber intake. Conclusion: Using dietary indicators as prognostic criteria of MS enables one to know the quality of food making them important nutritional interventions in programs related to prevention through improved dietary pattern. Moreover, appropriate nutrition is a key factor not only in the treatment but also in the  prevention of MS

    Indicadores socioeconômicos, nutricionais e de percepção de insegurança alimentar e nutricional em famílias rurais

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    A insegurança alimentar e nutricional é multifacetada, apresentando diversos indicadores para esta situação, como os socioeconômicos, de estado nutricional e de percepção quanto ao acesso aos alimentos. Objetivou avaliar a insegurança alimentar e nutricional de famílias rurais, segundo indicadores socioeconômicos, nutricionais e de percepção. Para tal avaliação, utilizou-se indicadores sociais, econômicos, antropométricos, de consumo alimentar e de percepção, segundo Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Das famílias avaliadas, 49,4% estavam em insegurança alimentar, pela EBIA. Presença de menor de 18 anos, renda per capita, água tratada, número de moradores e de filhos e recebimento de Bolsa Família associaram-se a (in) segurança alimentar. A pontuação da EBIA correlacionou-se positivamente com número de moradores, filhos e adolescentes e negativamente com renda total e per capita. O estado nutricional não associou-se à (in) segurança alimentar, pela EBIA, embora a maioria das famílias apresentasse algum integrante com distrofia nutricional. Não houve associação entre consumo alimentar da família e insegurança alimentar, embora todas as famílias apresentassem consumo inadequado de energia e cálcio, e a maioria para sódio, zinco, fibra, ferro, lipídios e carboidratos. Assim, a segurança alimentar e nutricional deve ser avaliada em nível familiar, por diferentes indicadores, visando à avaliação complementar de suas diferentes vertentes

    ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest

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    Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ

    Household availability of foods in Brazil, according to degree of processing, form of acquisition and associated factors: data from household budget survey 2008/09

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    Objetivo: Analisar a disponibilidade domiciliar de alimentos segundo o grau de processamento e forma de aquisição e a sua associação com a renda, estado nutricional e situação de segurança alimentar, nas macrorregiões brasileiras e áreas urbana e rural. Metodologia: Estudo transversal com dados de aquisição de alimentos de 55.970 domicílios, provenientes da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/09. A aquisição alimentar foi avaliada pelo registro da quantidade adquirida nos domicílios durante sete dias consecutivos. Os alimentos foram convertidos em calorias, classificados em in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, processados e ultraprocessados e estratificados por região, área e renda domiciliar. A aquisição alimentar foi estratificada em monetária (compra), não monetária (doação e troca) e produção para o autoconsumo. As diferenças entre as comparações foram avaliadas com os testes t de Student e análise de variância (ANOVA) com correção de bonferroni, com nível descritivo de 0,05 para significância estatística. Modelos de regressão logística multinomial foram utilizados para avaliar a relação entre tercis de disponibilidade calórica das formas de aquisição (compra, não monetária e produção para autoconsumo) e a situação de segurança alimentar na dimensão disponibilidade, características sociodemográficas, disponibilidade de calorias fornecidas por alimentos de acordo com o grau de processamento e prevalência do estado nutricional dos indivíduos. Os valores para prevalência das variáveis foram estimados de acordo com tercis da disponibilidade domiciliar de energia da dieta a partir da forma de aquisição. Resultados: No Brasil, alimentos in natura e minimamente processados corresponderam a 48,9% das calorias disponíveis nos domicílios, ingredientes culinários 23,2%, processados 9,5% e ultraprocessados 18,4%. Houve maior disponibilidade de in natura e minimamente processados (58,9%) e ingredientes culinários (25,8%) na área rural e maior de alimentos processados e ultraprocessados (30,2%) na área urbana, de todas as regiões. A região Norte, seguida da Nordeste e Centro-Oeste, apresentou maior participação calórica de alimentos in natura e minimamente processados (59,1%; 53,8% e 52,2%, respectivamente). De forma inversa, as mesmas regiões apresentaram os menores valores de calorias de ultraprocessados (11,8%; 14,4% e 14,9%) e os maiores as regiões Sul (22,1%) e Sudeste (20,8%). A participação calórica dos alimentos in natura e minimamente processados diminuiu com o aumento de rendimentos na área urbana, enquanto os ultraprocessados apresentaram crescimento com o aumento da classe de renda nas áreas urbana e rural. Houve maior contribuição da aquisição por compras na disponibilidade de alimentos de todas as regiões brasileiras, principalmente na aquisição de alimentos in natura e minimamente processados. A participação de alimentos ultraprocessados por compra tendeu a aumentar nos domicílios com maior renda, enquanto a participação de in natura diminuiu. As aquisições por produção para autoconsumo e não monetária foram maiores na área rural, principalmente a primeira, na aquisição de in natura, com destaque para as regiões Norte e Sul e classes de renda mais altas. No modelo de aquisição por compra houve maior disponibilidade de calorias provenientes de alimentos processados e esta foi menor na região Norte, comparada a Sudeste. A aquisição por produção para autoconsumo apresentou menores valores de situação de insegurança alimentar e de excesso de peso e maior disponibilidade de alimentos de calorias advindas de alimentos in natura e na área rural. Conclusões: As características encontradas em todas as regiões, áreas e classes de rendimento mostraram influência da industrialização nos hábitos alimentares dos brasileiros. O processamento dos alimentos leva ao menor preço e a maior praticidade de consumo e a melhor condição socioeconômica da população mostrou diminuição da disponibilidade de alimentos in natura e aumento de ultraprocessados. A compra é a forma de aquisição de alimentos mais prevalente nos domicílios brasileiros e naqueles onde há aquisição por produção para autoconsumo (áreas rurais, região Norte) há maior disponibilidade de alimentos in natura. Destaca-se a compra, na área urbana, e a produção para autoconsumo, na área rural, como acesso direto aos alimentos e como medidas de alcance para a segurança alimentar. A análise da forma de aquisição dos alimentos evidenciou a importância de conhecer a origem dos alimentos presentes nos domicílios, uma vez que esta dimensão está diretamente relacionada a segurança alimentar, estado nutricional e qualidade dos alimentos, possibilitando uma análise para além do que já é investigado nos hábitos e escolhas alimentares. Além disso, constituem um campo de ação estratégico para promoção sistemas alimentares socialmente equitativos e sustentáveis, e a ampliação do acesso a uma alimentação adequada e saudável. Palavras-chave: Pesquisa de orçamentos familiares. Disponibilidade alimentar. Aquisição de alimentos.Objective: To analyze the availability of food in household according to the degree of processing and form of acquisition and its association with income, nutritional status and food security situation, in Brazilian macro-regions and urban and rural areas. Methods: Cross-sectional study with food acquisition data from 55,970 households, from the 2008/09 Household Budget Survey. Food purchases were assessed by recording the quantity purchased in households for seven consecutive days. The foods were converted into calories, classified as fresh or minimally processed, culinary ingredients, processed and ultra-processed and stratified by region, area and household income. Food acquisition was stratified into monetary (purchase), non-monetary (donation and exchange) and production for self-consumption. Multinomial logistic regression models were used to evaluate the relationship between caloric availability tertiles for each form of acquisition (purchase, non-monetary and production for self-consumption) and the food security situation, sociodemographic characteristics (region, urban and rural situation and income), availability of calories provided by fresh foods, culinary, processed and ultra- processed ingredients and prevalence of individuals' nutritional status. The values for the prevalence of the variables were estimated according to tertiles of the household availability of dietary energy from the form of acquisition. Results: in Brazil, fresh and minimally processed foods corresponded to 48.9% of the calories available at home, culinary ingredients 23.2%, processed 9.5% and ultra-processed 18.4%. There was a greater availability of fresh and minimally processed (58.9%) and culinary ingredients (25.8%) in the rural area and a greater availability of processed and ultra-processed foods (30.2%) in the urban area, of all regions. The North region, followed by the Northeast and Center-West, showed a higher caloric share of fresh and minimally processed foods (59.1%; 53.8% and 52.2%, respectively). Conversely, the same regions had the lowest values of ultra-processed calories (11.8%; 14.4% and 14.9%) and the highest in the South (22.1%) and Southeast (20.8%). The caloric participation of fresh and minimally processed foods decreased with the increase of household income in the urban area of all regions, while the ultra-processed ones showed growth with the increase of the income class in the urban and rural areas. There was a greater contribution from the acquisition through purchases in the availability of food in households in all Brazilian regions, mainly in the acquisition of fresh and minimally processed foods. The share of ultra- processed food purchased tended to increase in households with higher income, while the share of fresh foods decreased. Purchases by production for self-consumption and non- monetary were higher in the rural area, mainly the first, in the acquisition of fresh products, with emphasis on the North and South regions and higher income classes. The purchase-by-purchase model had a higher availability of calories from processed foods and this was lower in the North, compared to the Southeast. The acquisition by production for self-consumption showed lower values of food insecurity and excess weight and greater availability of calorie foods from fresh foods and in rural areas. Conclusions: The characteristics found in all regions, urban and rural areas, and in all income classes showed the influence of the industry on the eating habits of the Brazilian population, with the lowest price and food processing, as well as the best socioeconomic condition of the population. showed a decrease in the availability of fresh foods and an increase in ultra-processed foods. Purchasing is the most prevalent form of food acquisition in Brazilian households and in households where there is acquisition by production for self-consumption (rural areas, North region) there is greater availability of fresh food. The purchase in the urban area and the production for self-consumption in the rural area stand out as direct access to food and as measures of reach for the situation of food security. The analysis of the form of food acquisition showed the importance of knowing the origin of the food present in the households, since this dimension is directly related to food security, nutritional status and food quality, allowing an analysis beyond what is already investigated. habits and food choices. In addition to being a strategic field of action for promoting socially equitable and sustainable food systems, and expanding access to adequate and healthy food. Keywords: Household Budget Survey. Food Availability. Food PurchasingCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio

    Food and nutrition insecurity and self-sustainable production in rural area of São Miguel do Anta, Minas Gerais

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    A segurança alimentar e nutricional apresenta abordagem ampla e multifacetada, sendo que para sua completa avaliação há necessidade de métodos diferentes de classificação. A situação de insegurança alimentar na zona rural é de 35,1% no Brasil. A produção para autoconsumo pode atender a princípios da segurança alimentar e nutricional como diversidade de alimentos e manutenção de hábitos alimentares. O objetivo deste estudo foi investigar a situação de (in) segurança alimentar e nutricional por diferentes métodos; bem como a participação da produção para o autoconsumo e disponibilidade alimentar, em domicílios da zona rural de São Miguel do Anta, Minas Gerais. Foi realizado estudo transversal com 79 famílias, totalizando 272 moradores. Analisou-se fatores sociodemográficos, disponibilidade de alimentos no domicílio, durante 30 dias, e produção para autoconsumo. Os métodos utilizados para avaliação da segurança alimentar e nutricional foram o estado nutricional obtido pela antropometria, a deficiência de energia alimentar no domicílio pelo método proposto pela FAO e a percepção da insegurança alimentar pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Verificou-se que a situação de insegurança alimentar nesta população diferiu de acordo com o método utilizado, 12,7% pela Deficiência de energia alimentar no domicílio, 24,0% pela Presença de baixo peso no domicílio e 49,5% pela EBIA e observou-se baixa correlação entre os métodos. Em todos os domicílios, do total de calorias disponíveis, 22,7% provinham da produção familiar e o restante das compras, sendo a maior parte dos carboidratos comprada (91,1%), principalmente açúcar (12,2%). Visto a diferença de valores de insegurança encontrada entre os métodos, destaca-se que nenhum indicador, isoladamente, consegue abranger as múltiplas dimensões da (in) segurança alimentar e nutricional. É importante avaliar não apenas o estado nutricional, a percepção e a disponibilidade energética do alimento, mas também a qualidade, a origem, o acesso e a utilização dos alimentos para diagnosticar a situação nutricional da segurança alimentar.The food and nutrition security is an issue of broad approach and its evaluation requires different methods. The food insecurity situation in rural areas is 35.1% in Brazil. The self-sustainable production meets the principles of food and nutrition security and diversity of food and maintenance of eating habits. The aim of this study was to investigate the situation (in) food and nutrition security by different methods, as well as participation in self-sustainable production and food availability in households in rural São Miguel do Anta, Minas Gerais. Sectional study was performed with 79 families living in rural São Miguel do Anta, MG, totaling 272 residents. We analyzed sociodemographic factors, housing conditions, and the availability of food at home for 30 days and self-sustainable production. The methods used were nutritional status, dietary energy deficiency in the household (FAO) and the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). The situation of food insecurity in this population was different according to each method, 12.7% of food energy deficiency by the household, 24.0% by the presence of low weight in the home and 49.5% by EBIA. In all households, 22.7% of available calories came from household production and the remaining purchases, higher monthly expenditure on purchase of carbohydrates (91.1%), mainly sugar (12.2%). Since the difference in values of insecurity found among the methods, there is no indicator alone can cover the multiple dimensions of (in) food and nutrition security and measure household food insecurity is a challenge due to the complexity and appearance addressed. Evaluate only the availability of food energy is not sufficient to diagnose the nutritional status of food security, since the quality and origin of documents are highly relevant in condition (in) food and nutrition security.Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerai
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