6 research outputs found

    Atores, trabalho institucional e a institucionalização da diversificação e das práticas sociais em uma cooperativa agroinsdustrial , no período de 1963-2003

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    Orientador : Prof. Dr. Cleverson Renan da CunhaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Administração. Defesa: Curitiba, 28/06/2011Inclui referênciasÁrea de concentração: Estratégia e organizaçõesResumo: Um dos principais desafios das cooperativas tem sido a conciliação entre os padrões competitivos exigidos para atuação em um mercado cada vez mais competitivo e os padrões sociais advindos da doutrina que sustenta o movimento cooperativista. Tem-se como pressuposto que as cooperativas não são apenas uma forma de organização econômica de mobilização de recursos visando a uma finalidade estabelecida, mas sim um produto natural das pressões e necessidades sociais de seus membros e da sua comunidade. Neste sentido, a problemática da conciliação foi colocada a partir de uma perspectiva histórica e estruturada com base na vertente sociológica da teoria institucional em organizações. O objetivo principal foi analisar a institucionalização das práticas de diversificação (aspecto econômico) e das práticas sociais (aspecto social) na Cocamar, durante o período de 1963 a 2003, através do trabalho institucional realizado por atores sociais que influenciaram nas mudanças ocorridas no nível de institucionalização dessas práticas organizacionais para, desta maneira, compreender a dinâmica do relacionamento entre o aspecto econômico e o social durante o período analisado. A cooperativa escolhida possui uma ampla história de diversificação, sendo uma das primeiras a ingressar na industrialização da soja no Paraná, e de atuação social através da disponibilização de diferentes tipos de serviço aos seus cooperados. A estratégia de investigação foi a análise documental, devido ao fato dos documentos possibilitarem uma reconstrução mais precisa sobre o passado e a grande quantidade de documentos abertos disponíveis sobre a cooperativa. A análise dos dados foi pautada na análise narrativa e na análise de conteúdo. A partir do caso observou-se que as práticas sociais foram introduzidas primeiro na cooperativa e sem resistência por parte dos cooperados ou dirigentes e assumiram durante esse processo dois diferentes significados o de assistencialismo e o de responsabilidade social. Já as práticas de diversificação enfrentaram resistência por parte dos cooperados para sua introdução e durante a institucionalização possuíram quatro significados: sobrevivência, exploração de oportunidades, oportunidades relacionadas e oportunidades rentáveis. Sobre o relacionamento entre o aspecto social e o aspecto econômico observou-se que até 1989 existia uma conciliação entre eles, sendo que muitas vezes o aspecto social era mobilizado para garantir e sustentar o aspecto econômico da cooperativa, frente à concorrência das empresas multinacionais. A partir de 1989 ambas as práticas foram desestabilizadas pelo discurso gerencial, pautado na racionalidade instrumental, resultando no estreitamento dos objetivos organizacionais deslegitimando e alterando os significados das práticas de diversificação e das práticas sociais, colocando ambos em oposição. Uma reconciliação entre esses padrões voltou a ocorrer quando as práticas sociais adquiriram o significado de responsabilidade social, embora o envolvimento da cooperativa para realização das atividades envolvidas seja menor do que no período assistencialista. No tocante as contribuições a teoria institucional, a pesquisa demonstrou que a integração do nível de institucionalização e do trabalho institucional ao estudo da institucionalização constitui uma saída para analisar a participação dos atores sociais na constituição das instituições sem incorrer em uma perspectiva excessivamente voluntarista.Abstract: A major challenge for cooperatives has been to reconcile the competitive standards required to operate in an increasingly competitive market and social standards stemming from the doctrine that supports the cooperative movement. It has been the assumption that cooperatives are not only a form of economic organization to mobilize resources in order to set a goal, but a natural product of the pressures and social needs of its members and its community. In this sense, the issue of reconciliation was posted from a historical perspective and structured based on organizational institutionalism. The main objective was to analyze the institutionalization of diversification (economics) and social practices (social aspect) in Cocamar during the period of 1963 to 2003, through institutional work performed by social actors who influenced the changes in the level of institutionalization of organizational practices to, in this way, understanding the dynamics of the relationship between economic and social aspect in the analysis period. The chosen cooperative has a long history of diversification, one of the first to join in the processing of soybean in Paraná, and outreach activities through the provision of different types of service to its members. The research strategy was document analysis, as the documents make a more precise reconstruction of the past possible and because of the large amount of open documents available on the cooperative. Data analysis was based on narrative analysis and content analysis. From this case it was observed that social practices were first introduced in the cooperative and without resistance from the leaders and cooperative members, and they assumed two different meanings during this process, that of welfare and social responsibility. Now the diversification practices faced resistance from the cooperative for its introduction and during institutionalization they possessed four meanings: survival, exploiting opportunities, related opportunities and profitable opportunities. About the relationship between the social and economic aspect it was noted that until 1989 there was a reconciliation between them, and often the social aspect was mobilized to guarantee and sustain the economic aspect of the cooperative, facing competition from multinational companies. Since 1989 both practices were disrupted by managerial discourse, based on instrumental rationality, resulting in the narrowing of organizational objectives by de-legitimizing and changing the meanings of diversification practices and social practices, putting both in opposition. A reconciliation between these patterns recurred when the social practices acquired the meaning of social responsibility, although involvement of the cooperative to carry out the activities involved is less than in the welfare period. Regarding the contributions to organizational institutionalism, the research demonstrated that the integration level of institutionalization and institutional work to the study of institutionalization is an outlet for analyzing the participation of social actors in the creation of institutions without incurring in a voluntarist perspective

    Atores, trabalho institucional e a institucionalização da estratégia de diversificação em uma cooperativa agroindustrial

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    Currently, the institutional theory is one of the dominant approaches in organizational studies. One of the main critics suffered by institutional theory is the little emphasis on actions and interests of social actors, which is reflected, several times, on a deterministic attitude. In the last decade, a series of studies sought to understand the influence of social actors in the creation of new institutions. To explore the human agency study about the institution, Lawrence and Suddaby (2006) proposed the institutional work concept that enables the explanation about the influence of social actors in the institutions without focus on voluntarism. The goal of this paper is to analyze which institutional work performed by social actors has influenced the institutionalization of diversification inside an agribusiness cooperative. The investigation strategy was the documental analyzes and the data analyzes was based on narrative analysis and content. The beginning of the institutionalization of diversity has unfolded only after its entry into the soybean market. In the period from 1974 to 1989, a widespread diversification in cooperative was observed in a horizontal, vertical and unrelated way. In the period from 1989 to 2003 a restructuring of the practice and meaning of diversification occurred. Finally, it was established that the process of institutionalization was influenced by social actors inside and outside the cooperative, both in terms of persistence and the institution changes, so that its shape and its meaning were the result of those institutional works.Atualmente, a teoria institucional é uma das abordagens dominantes dentro dos estudos organizacionais. Uma das principais críticas sofridas pela teoria institucional é a pouca ênfase dada às ações e aos interesses dos atores sociais, o que se reflete, muitas vezes, em uma postura determinista. Na última década, uma série de estudos buscou compreender a influência dos atores sociais na criação de novas instituições. Para explorar o estudo da agência humana sobre a instituição, Lawrence e Suddaby (2006) propuseram o conceito de trabalho institucional que possibilita a explicação da influência dos atores sociais sobre as instituições sem incorrer no voluntarismo. Neste artigo, tem-se como objetivo analisar quais trabalhos institucionais realizados pelos atores sociais influenciaram o processo de institucionalização da estratégia de diversificação em uma cooperativa agroindustrial. A estratégia de investigação foi a análise documental, e a análise dos dados foi pautada na análise narrativa e de conteúdo. O início da institucionalização da diversificação se desenrolou apenas após o seu ingresso no mercado da soja. No período de 1974 até 1989, se observou uma ampla difusão da diversificação na cooperativa, sendo essa horizontal, vertical e não relacionada. Já no período de 1989 até 2003, ocorreu uma reestruturação das práticas e significado da diversificação. Por fim, pode-se constatar que o processo de institucionalização foi influenciado por atores sociais internos e externos a cooperativa, tanto no sentido de persistência como para mudança da instituição, de modo que a sua forma e o seu significado foram resultantes desses trabalhos institucionais

    Actors, institutional work and the institutionalization of diversification strategy in an agribusiness cooperative

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    Atualmente, a teoria institucional é uma das abordagens dominantes dentro dos estudos organizacionais. Uma das principais críticas sofridas pela teoria institucional é a pouca ênfase dada às ações e aos interesses dos atores sociais, o que se reflete, muitas vezes, em uma postura determinista. Na última década, uma série de estudos buscou compreender a influência dos atores sociais na criação de novas instituições. Para explorar o estudo da agência humana sobre a instituição, Lawrence e Suddaby (2006) propuseram o conceito de trabalho institucional que possibilita a explicação da influência dos atores sociais sobre as instituições sem incorrer no voluntarismo. Neste artigo, tem-se como objetivo analisar quais trabalhos institucionais realizados pelos atores sociais influenciaram o processo de institucionalização da estratégia de diversificação em uma cooperativa agroindustrial. A estratégia de investigação foi a análise documental, e a análise dos dados foi pautada na análise narrativa e de conteúdo. O início da institucionalização da diversificação se desenrolou apenas após o seu ingresso no mercado da soja. No período de 1974 até 1989, se observou uma ampla difusão da diversificação na cooperativa, sendo essa horizontal, vertical e não relacionada. Já no período de 1989 até 2003, ocorreu uma reestruturação das práticas e significado da diversificação. Por fim, pode-se constatar que o processo de institucionalização foi influenciado por atores sociais internos e externos a cooperativa, tanto no sentido de persistência como para mudança da instituição, de modo que a sua forma e o seu significado foram resultantes desses trabalhos institucionais.Currently, the institutional theory is one of the dominant approaches in organizational studies. One of the main critics suffered by institutional theory is the little emphasis on actions and interests of social actors, which is reflected, several times, on a deterministic attitude. In the last decade, a series of studies sought to understand the influence of social actors in the creation of new institutions. To explore the human agency study about the institution, Lawrence and Suddaby (2006) proposed the institutional work concept that enables the explanation about the influence of social actors in the institutions without focus on voluntarism. The goal of this paper is to analyze which institutional work performed by social actors has influenced the institutionalization of diversification inside an agribusiness cooperative. The investigation strategy was the documental analyzes and the data analyzes was based on narrative analysis and content. The beginning of the institutionalization of diversity has unfolded only after its entry into the soybean market. In the period from 1974 to 1989, a widespread diversification in cooperative was observed in a horizontal, vertical and unrelated way. In the period from 1989 to 2003 a restructuring of the practice and meaning of diversification occurred. Finally, it was established that the process of institutionalization was influenced by social actors inside and outside the cooperative, both in terms of persistence and the institution changes, so that its shape and its meaning were the result of those institutional works

    Ambiente regulativo, respostas estratégicas e qualidade de ensino superior em organizações de ensino superior (IES) do estado do Paraná

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    O principal objetivo deste estudo foi investigar o significado de qualidade de ensino superior a partir das respostas estratégicas de Organizações de Ensino Superior (IES) do Estado do Paraná aos critérios estabelecidos pelo MEC no período de 2001 a 2003. O método que caracteriza o estudo é a pesquisa do tipo levantamento (survey). Foram utilizados dados secundários (legislação brasileira de ensino e informações disponibilizadas nos sites oficiais do MEC e do INEP) e, principalmente, dados primários, obtidos por meio de questionário estruturado enviado a 130 IES privadas do Estado do Paraná, no ano de 2004. Por meio de procedimentos estatísticos multivariados foi possível classificar 35 IES cujos dirigentes principais responderam ao questionário, enviando-o aos pesquisadores, de acordo com as respostas e o significado atribuído aos critérios oficiais de qualidade. Os resultados sugeriram respostas de aceitação (aquiescência e evasão) e de rejeição dos critérios, que naquelas IES tinham, à época do estudo, significados diversos, uma vez que, para algumas, eles eram fonte de legitimidade, para outras, eram fonte de eficiência no ensino e, para as IES com respostas de rejeição, implicavam em coerção por parte do Governo Federal sobre as Organizações de Ensino Superior. Implicações desses resultados são discutidas nas conclusões

    Atores, trabalho institucional e a institucionalização da diversificação e das práticas sociais em uma cooperativa agroinsdustrial , no período de 1963-2003

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    Orientador : Prof. Dr. Cleverson Renan da CunhaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Administração. Defesa: Curitiba, 28/06/2011Inclui referênciasÁrea de concentração: Estratégia e organizaçõesResumo: Um dos principais desafios das cooperativas tem sido a conciliação entre os padrões competitivos exigidos para atuação em um mercado cada vez mais competitivo e os padrões sociais advindos da doutrina que sustenta o movimento cooperativista. Tem-se como pressuposto que as cooperativas não são apenas uma forma de organização econômica de mobilização de recursos visando a uma finalidade estabelecida, mas sim um produto natural das pressões e necessidades sociais de seus membros e da sua comunidade. Neste sentido, a problemática da conciliação foi colocada a partir de uma perspectiva histórica e estruturada com base na vertente sociológica da teoria institucional em organizações. O objetivo principal foi analisar a institucionalização das práticas de diversificação (aspecto econômico) e das práticas sociais (aspecto social) na Cocamar, durante o período de 1963 a 2003, através do trabalho institucional realizado por atores sociais que influenciaram nas mudanças ocorridas no nível de institucionalização dessas práticas organizacionais para, desta maneira, compreender a dinâmica do relacionamento entre o aspecto econômico e o social durante o período analisado. A cooperativa escolhida possui uma ampla história de diversificação, sendo uma das primeiras a ingressar na industrialização da soja no Paraná, e de atuação social através da disponibilização de diferentes tipos de serviço aos seus cooperados. A estratégia de investigação foi a análise documental, devido ao fato dos documentos possibilitarem uma reconstrução mais precisa sobre o passado e a grande quantidade de documentos abertos disponíveis sobre a cooperativa. A análise dos dados foi pautada na análise narrativa e na análise de conteúdo. A partir do caso observou-se que as práticas sociais foram introduzidas primeiro na cooperativa e sem resistência por parte dos cooperados ou dirigentes e assumiram durante esse processo dois diferentes significados o de assistencialismo e o de responsabilidade social. Já as práticas de diversificação enfrentaram resistência por parte dos cooperados para sua introdução e durante a institucionalização possuíram quatro significados: sobrevivência, exploração de oportunidades, oportunidades relacionadas e oportunidades rentáveis. Sobre o relacionamento entre o aspecto social e o aspecto econômico observou-se que até 1989 existia uma conciliação entre eles, sendo que muitas vezes o aspecto social era mobilizado para garantir e sustentar o aspecto econômico da cooperativa, frente à concorrência das empresas multinacionais. A partir de 1989 ambas as práticas foram desestabilizadas pelo discurso gerencial, pautado na racionalidade instrumental, resultando no estreitamento dos objetivos organizacionais deslegitimando e alterando os significados das práticas de diversificação e das práticas sociais, colocando ambos em oposição. Uma reconciliação entre esses padrões voltou a ocorrer quando as práticas sociais adquiriram o significado de responsabilidade social, embora o envolvimento da cooperativa para realização das atividades envolvidas seja menor do que no período assistencialista. No tocante as contribuições a teoria institucional, a pesquisa demonstrou que a integração do nível de institucionalização e do trabalho institucional ao estudo da institucionalização constitui uma saída para analisar a participação dos atores sociais na constituição das instituições sem incorrer em uma perspectiva excessivamente voluntarista.Abstract: A major challenge for cooperatives has been to reconcile the competitive standards required to operate in an increasingly competitive market and social standards stemming from the doctrine that supports the cooperative movement. It has been the assumption that cooperatives are not only a form of economic organization to mobilize resources in order to set a goal, but a natural product of the pressures and social needs of its members and its community. In this sense, the issue of reconciliation was posted from a historical perspective and structured based on organizational institutionalism. The main objective was to analyze the institutionalization of diversification (economics) and social practices (social aspect) in Cocamar during the period of 1963 to 2003, through institutional work performed by social actors who influenced the changes in the level of institutionalization of organizational practices to, in this way, understanding the dynamics of the relationship between economic and social aspect in the analysis period. The chosen cooperative has a long history of diversification, one of the first to join in the processing of soybean in Paraná, and outreach activities through the provision of different types of service to its members. The research strategy was document analysis, as the documents make a more precise reconstruction of the past possible and because of the large amount of open documents available on the cooperative. Data analysis was based on narrative analysis and content analysis. From this case it was observed that social practices were first introduced in the cooperative and without resistance from the leaders and cooperative members, and they assumed two different meanings during this process, that of welfare and social responsibility. Now the diversification practices faced resistance from the cooperative for its introduction and during institutionalization they possessed four meanings: survival, exploiting opportunities, related opportunities and profitable opportunities. About the relationship between the social and economic aspect it was noted that until 1989 there was a reconciliation between them, and often the social aspect was mobilized to guarantee and sustain the economic aspect of the cooperative, facing competition from multinational companies. Since 1989 both practices were disrupted by managerial discourse, based on instrumental rationality, resulting in the narrowing of organizational objectives by de-legitimizing and changing the meanings of diversification practices and social practices, putting both in opposition. A reconciliation between these patterns recurred when the social practices acquired the meaning of social responsibility, although involvement of the cooperative to carry out the activities involved is less than in the welfare period. Regarding the contributions to organizational institutionalism, the research demonstrated that the integration level of institutionalization and institutional work to the study of institutionalization is an outlet for analyzing the participation of social actors in the creation of institutions without incurring in a voluntarist perspective
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