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    Aspectos clínico-patológicos da intoxicação experimental pelas sementes de Crotalaria mucronata (Fabaceae) em bovinos Experimental poisoning by Crotalaria mucronata (Fabaceae) seeds in cattle

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    Sementes moídas de Crotalaria mucronata Desv. (=Crotalaria striata DC., Crotalaria pallida Ait., Crotalaria saltiana), com nomes populares de "xique-xique" ou "guizo-de-cascavel", foram administradas por via oral a 9 bovinos. As doses diárias de 1g/kg, 2g/kg, 3g/kg cada uma a um bovino, e 5g/kg em dois de três bovinos, dadas durante 61 a 63 dias, não causaram intoxicação. A dose de 5g/kg em um bovino, 7,5g/kg em dois bovinos e 10g/kg em um bovino, dadas durante 47-61 dias, causaram sintomas entre 47 e 80 dias após o início da administração e a morte entre 3 horas e 5 dias após o início dos sintomas. Os principais sintomas foram pulso venoso positivo da veia jugular, respiração abdominal, taquicardia, inapetência, fezes ressequidas, edema sub-mandibular e fraqueza. Os achados de necropsia foram palidez pulmonar, hidropericárdio, hidrotórax, hidroperitôneo, edema de mesentério, aumento da consistência hepática, alterações de cor do fígado, dilatação de ventrículo cardíaco direito e edema da parede ruminal. As principais alterações histológicas concentraram-se nos pulmões, sob forma de espessamento das paredes alveolares e da parede das arteríolas com diminuição da luz e fibrose periarteriolar; havia também lesões hepáticas e cardíacas de menor importância. Pode-se concluir que as principais lesões causadas pela ingestão das sementes de C. mucronata durante períodos prolongados, devem-se à dificuldade de passagem do sangue pelos vasos pulmonares em função da hipertensão arterial decorrente de fibrose e espessamento arteriolar determinada pela ação pneumotóxica da planta.<br>Experiments were performed to define the clinical and pathological picture of prolonged administration of the seeds of Crotalaria mucronata Desv. to cattle, in order to obtain additional information about this toxicosis. The ground seeds were administered orally to 9 bovines. Doses of 1g/kg/day, 2g/kg/day, 3g/kg/day each in one bovine, and 5g/kg/day in two of three bovines, given for 61- 63 days, did not cause poisoning. Doses of 5g/kg, in one bovine, 7.5g/kg in two bovines and 10g/kg in one bovine, given for 47-61 days, caused symptoms between 47 and 80 days after the first administration and caused death between 3 hours and 5 days after the onset of symptoms. The main clinical signs were positive venous pulse of the jugular vein, abdominal breath, tachycardia, loss of appetite, dry feces, sub-mandibular edema and weakness. Bovines that did not die, were slaughtered 8 or 9 months after first administration. At necropsy pulmonary paleness, hydropericardium, hydrothorax, hydroperitoneum, mesenteric edema, augmented hepatic consistency, discoloration of the liver, right cardiac ventricle dilatation and ruminal wall edema were seen. The main histological lesions were thickening of the alveolar walls and of the arterioles with narrowing of their lumen, and periarteriolar fibrosis, besides hepatic and cardiac lesions of minor importance. It is concluded, that the lesions caused by ingestion of the seeds of C. mucronata over a long period are caused by the difficulties of blood passage through the pulmonar vessels due to fibrosis and thickening of the arteriolar walls through the pneumotoxic action of the plant
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