17 research outputs found

    As neuroses traumáticas e o modelo da dor física em “Além do princípio do prazer”: relações entre trauma e narcisismo no segundo dualismo pulsional freudiano

    Get PDF
    This paper discusses the implications of the second Freudian pulsational dualism to the narcissistic economy and the concept of trauma, phenomena that arise in the theoretical body of the second psychic topic. The economic model of physical pain and its return in Beyond the Pleasure Principle are discussed, as a renovated mark for the theory of trauma and its relation with the fixation in forms of psychic suffering and illness. It is concluded that a theoretical development about pain and its relation with erogenous and moral masochism are contributions to elucidate the return of narcissistic formations about the Self. Este artigo discute as implicações do segundo dualismo pulsional freudiano para a economia narcísica e o conceito de trauma, fenômenos que despontam no corpo teórico da segunda tópica psíquica. Discute-se o modelo econômico da dor física e sua retomada em Além do princípio do prazer, como um marco renovado para a teoria do trauma e sua relação com a fixação em formas de sofrimento psíquico e de adoecimento. Conclui-se que um desenvolvimento teórico sobre a dor e sua relação com o masoquismo erógeno e moral são contribuições para elucidar o retorno de formações narcísicas sobre o Eu

    A psicopatologização da vida contemporânea: quem faz os diagnósticos?

    Get PDF
    This paper discusses some aspects concerning to use of diagnostical classifications in mental health, such as the nosographic model present at CID-10 and DSM-5. It highlights the clinical practice, wherein the standardization and normatizing of psychic suffering overlap the study of the clinical case. The diagnostical classifications assume that all kind of malaise can be codified and diagnosed and induce a normative operationalization of human suffering. Thus, behaviours and problems inherent to common existence on pathologies are transformed, and possibilities of producing meanings for certain modes of suffering are restricted. This paper concludes on the need for the current diagnostic model to reintegrate some experiential elements to diagnostic clinical practice in mental health to avoid the risks of the increasing reduction of the processes of illness to its symptoms.Este trabajo discute algunos aspectos del uso de las clasificaciones diagnósticas en salud mental, como el modelo nosográfico vigente en el CID-10 y DSM-5. Se destaca la práctica clínica, en la que la estandarización y la normatización del sufrimiento psíquico reemplazan al estudio del caso clínico. Las clasificaciones diagnósticas parten del principio de que todos los tipos de malestar pueden ser codificados y diagnosticados, induciendo a una funcionalización normativa del sufrimiento humano. Así, se transforman comportamientos y problemas inherentes  a la existencia común en patologías médicas y se restringe posibilidades de producir sentidos para ciertos modos de sufrimiento. Se concluye indicando la necesidad de que ese modelo diagnóstico reintegre algunos elementos vivenciales a la práctica clínica en salud mental, teniendo en cuenta los riesgos de la creciente reducción de los procesos de enfermedad a sus síntomas.Este trabalho discute alguns aspectos do uso das classificações diagnósticas em saúde mental, como o modelo nosográfico vigente no CID-10 e DSM-5. Ele destaca a prática clínica, em que a padronização e a normatização do sofrimento psíquico se sobrepõem ao estudo do caso clínico. As classificações diagnósticas partem do princípio de que todos os tipos de mal-estar podem ser codificados e diagnosticados, induzindo a uma operacionalização normativa do sofrimento humano. Assim, transforma-se comportamentos e problemas inerentes à existência comum em patologias médicas e restringe-se possibilidades de produzir sentidos para certos modos de sofrimento. Conclui-se indicando a necessidade desse modelo diagnóstico reintegrar alguns elementos vivenciais à prática clínica em saúde mental, tendo em vista os riscos da crescente redução dos processos de adoecimento aos seus sintomas

    Corpo, subjetividade e o discurso da saúde: ensaio para profissionais de campo

    Get PDF
    Resumo As narrativas estéticas estão presentes nas práticas de saúde e são acompanhadas pela ênfase na alimentação saudável e na qualidade de vida. Mas se somos levados a consumir formas de vida saudável, por que tantas pessoas se sentem cada vez mais doentes? Este ensaio discute a produção desse discurso no campo da saúde e os impactos das noções de saúde e de alimentação na subjetividade atual. A saúde torna-se sinônimo de prevenção, longevidade e boa forma. Ela tem sido usada como categoria de normatividade social. Existem relações de poder inerentes a essa concepção de saúde, que geram uma hipocondria na relação entre representações de saúde e de doença. Consequentemente, temos uma medicalização dos corpos e possível reedição de um higienismo, autorizado pelo saber das especialidades médicas. Tudo em nome da boa saúde.Palavras-chave: Saúde. Corpo. Subjetividade. Alimentação Saudável. Body, subjectivity and health discourse: an essay for field professionals Abstract Aesthetic narratives are present in health practices and are accompanied by an emphasis on healthy eating and quality of life. But if we are driven to consume healthy ways of living, why do so many people feel increasingly sick? This essay discusses the production of this discourse in the field of health and the impacts of notions of health and food on current subjectivity. Health becomes synonymous with prevention, longevity and fitness. It has been used as a category of social normativity. There are power relations inherent to this concept of health, which generate hypochondria in the relationship between representations of health and illness. Consequently, we have a medicalization of bodies and a possible reissue of hygienism, authorized by the knowledge of medical specialties. All in the name of good health.Keywords: Health. Body. Subjectivity. Healthy Eating. Cuerpo, subjetividad y el discurso de la salud: ensayos para profesionales de campo  Resumen Las narrativas estéticas están presentes en las prácticas de salud y vienen acompañadas por el énfasis en la alimentación saludable y en la calidad de vida. Pero si somos inducidos a consumir formas de vida saludable, ¿por qué tanta gente se siente cada vez más enferma? Este ensayo discute la producción de ese discurso en el campo de la salud y los impactos de las nociones de salud y de alimentación en la subjetividad actual. La salud se torna sinónimo de prevención, longevidad y buena forma. Esta ha sido usada como categoría de normatividad social. Existen relaciones de poder inherentes a esa concepción de salud, que generan una hipocondría en la relación entre representaciones de salud y de enfermedad. Consecuentemente, tenemos una medicalización de los cuerpos y posible reedición de un higienismo, autorizado por el saber de las especialidades médicas. Todo en nombre de la buena salud.Palabras clave: Salud. Cuerpo. Subjetividad. Alimentación Saludable

    Defesa psíquica na primeira tópica freudiana: por que as pulsões são reprimidas?

    Get PDF
    Desde o início da teorização freudiana, inibição, defesa e censura são processos que devem incidir sobre as pulsões. O primitivo pulsional precisa ser reprimido ou transformado. Este artigo problematiza a relação entre as pulsões sexuais e a defesa psíquica, ao longo do período pré-psicanalítico e da primeira tópica freudiana. Situamos o conflito entre sexualidade e repressão, apontado por Freud como característico das psiconeuroses, enquanto que nas neuroses atuais a angústia está relacionada a um registro quantitativo e não exatamente a um conflito psíquico. Nesse caso, revela-se desencontros entre um sexual corpóreo e sua representação psíquica. Pretende-se, neste trabalho, evidenciar o caráter negativo das pulsões e pôr em relevo a natureza do antagonismo que se opõe às pulsões sexuais. A formulação das pulsões de autoconservação como aquilo que deve se contrapor às pulsões sexuais não esclarece completamente porque é imperativo que algo aconteça face às vivências pulsionais fundantes do aparelho. A satisfação em estado bruto acarreta prejuízos, tanto do ponto de vista psíquico quanto social; logo, a repressão das pulsões sexuais é condição necessária para a existência individual e coletiva. Evidencia-se assim algo específico do humano, afinal, se toda a natureza funciona afirmando o instinto, a espécie humana somente se desenvolve a partir de sua negação. A partir de tais construções teóricas, questiona-se se a psicanálise ainda permanece demasiadamente tributária de uma concepção de natureza revestida de pressupostos morais, sustentando a noção de que tenha que ser continuamente negada, afastada, coagida e domesticada, em prol de construções sociais bastante questionáveis, porém acatadas como necessárias

    A somatização em McDougall: desafetação e sexualidades adictivas / McDougall's somatization: disaffection and addictive sexualities

    Get PDF
    Este trabalho aborda a relação entre as noções de somatização e de sexualidades adictivas em Joyce McDougall. A somatização se configura como um desafio no campo da saúde, porque o termo não ocupa um lugar delimitado em psicopatologia e não apresenta consenso sobre quais mecanismos constituem o fenômeno. McDougall traz contribuições consistentes para a psicossomática, através de uma concepção mais integrativa e abrangente acerca do fenômeno da somatização. Para a autora, os distúrbios somáticos são distúrbios afetivos que se manifestam na vida do sujeito não apenas por meio de afecções corporais graves, como no adoecimento médico e na dor, mas se manifesta também através de comportamentos sexuais compulsivos. Esperamos trazer contribuições conceituais e de manejo técnico para a atuação de profissionais da saúde com pacientes que apresentem adoecimento psicossomático e determinados quadros de compulsão

    O Ser perspectivo em movimento: angústia e rotinas de práticas corporais no distanciamento social da pandemia de COVID-19

    Get PDF
    O Ser perspectivo em movimento: angústia e rotinas de práticas corporais no distanciamento social da pandemia de COVID-19 ResumoEste ensaio discute a reconfiguração psicossocial advinda com a imersão dos indivíduos nos espaços de suas casas, no distanciamento social e enfrentamento da pandemia da COVID-19. Destacamos algumas consequências de novos engendramentos espaço-temporais para a saúde mental. Esboçamos alternativas para os impasses colocados pela pandemia, através da problematização do papel da síntese do corpo próprio no tempo presente. Os resultados desta reflexão estão fundamentados no referencial existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, nas noções de corpo próprio, temporalidade e de instituição. Concluímos que certas práticas corporais podem oferecer suporte para uma reestruturação simbólica e temporal. Pôr-se em movimento tem adquirido um papel salutar em meio às mudanças drásticas da subjetividade da nossa época. Mudanças que instauraram e têm mantido uma atmosfera de crise e de busca por novas perspectivas de ação no mundo pós-pandemia.Palavras-chave: Práticas Corporais. Saúde Mental. COVID-19. Temporalidade. Merleau-Ponty. The perspective being in motion: anguish and routines of body practices in the social distancing of the COVID-19 AbstractThis paper discusses the psychosocial reconfiguration arising from the immersion of individuals in the spaces of their homes, social distancing and coping with the COVID-19 pandemic. We highlight some consequences of new spatio-temporal engenders for mental health. We outline alternatives to the impasses posed by the pandemic, through the questioning of the role of the synthesis of the own body in the present time. The results of this reflection are based on the existential-phenomenological framework of Merleau-Ponty, on the notions of one’s own body, temporality and institution. We conclude that certain bodily practices can support a symbolic and temporal restructuring. Putting oneself in motion has acquired a salutary role in the midst of the drastic changes in the subjectivity of our time. Changes that have established and have maintained an atmosphere of crisis and the search for new perspectives for action in the post-pandemic world.Keywords: Body Practices. Mental Health. COVID-19. Temporality. Merleau-Ponty. El ser perspectivo en movimiento: angustia y rutinas de las prácticas corporales en el distanciamiento social de la pandemia del COVID-19 ResumenEste ensayo aborda la reconfiguración psicosocial derivada de la inmersión de los individuos en los espacios de sus hogares, el distanciamiento social y el enfrentamiento a la pandemia de la COVID-19. Destacamos algunas consecuencias de los nuevos engendros espacio-temporales para la salud mental. Esbozamos alternativas a los impasses que plantea la pandemia, a través del cuestionamiento del papel de la síntesis del propio cuerpo en el presente. Los resultados de esta reflexión se basan en el marco existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, en las nociones de cuerpo propio, temporalidad e institución. Concluimos que ciertas prácticas corporales pueden sustentar una reestructuración simbólica y temporal. Ponerse en movimiento ha adquirido un rol saludable en medio de los cambios drásticos en la subjetividad de nuestro tiempo. Transformaciones que han instaurado y mantenido un ambiente de crisis y de búsqueda de nuevas perspectivas de actuación en el mundo pospandemia.Palabras clave: Prácticas Corporales. Salud Mental. COVID-19. Temporalidad. Merleau-Ponty.O Ser perspectivo em movimento: angústia e rotinas de práticas corporais no distanciamento social da pandemia de COVID-19 ResumoEste ensaio discute a reconfiguração psicossocial advinda com a imersão dos indivíduos nos espaços de suas casas, no distanciamento social e enfrentamento da pandemia da COVID-19. Destacamos algumas consequências de novos engendramentos espaço-temporais para a saúde mental. Esboçamos alternativas para os impasses colocados pela pandemia, através da problematização do papel da síntese do corpo próprio no tempo presente. Os resultados desta reflexão estão fundamentados no referencial existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, nas noções de corpo próprio, temporalidade e de instituição. Concluímos que certas práticas corporais podem oferecer suporte para uma reestruturação simbólica e temporal. Pôr-se em movimento tem adquirido um papel salutar em meio às mudanças drásticas da subjetividade da nossa época. Mudanças que instauraram e têm mantido uma atmosfera de crise e de busca por novas perspectivas de ação no mundo pós-pandemia.Palavras-chave: Práticas Corporais. Saúde Mental. COVID-19. Temporalidade. Merleau-Ponty. The perspective being in motion: anguish and routines of body practices in the social distancing of the COVID-19 AbstractThis paper discusses the psychosocial reconfiguration arising from the immersion of individuals in the spaces of their homes, social distancing and coping with the COVID-19 pandemic. We highlight some consequences of new spatio-temporal engenders for mental health. We outline alternatives to the impasses posed by the pandemic, through the questioning of the role of the synthesis of the own body in the present time. The results of this reflection are based on the existential-phenomenological framework of Merleau-Ponty, on the notions of one’s own body, temporality and institution. We conclude that certain bodily practices can support a symbolic and temporal restructuring. Putting oneself in motion has acquired a salutary role in the midst of the drastic changes in the subjectivity of our time. Changes that have established and have maintained an atmosphere of crisis and the search for new perspectives for action in the post-pandemic world.Keywords: Body Practices. Mental Health. COVID-19. Temporality. Merleau-Ponty. El ser perspectivo en movimiento: angustia y rutinas de las prácticas corporales en el distanciamiento social de la pandemia del COVID-19 ResumenEste ensayo aborda la reconfiguración psicosocial derivada de la inmersión de los individuos en los espacios de sus hogares, el distanciamiento social y el enfrentamiento a la pandemia de la COVID-19. Destacamos algunas consecuencias de los nuevos engendros espacio-temporales para la salud mental. Esbozamos alternativas a los impasses que plantea la pandemia, a través del cuestionamiento del papel de la síntesis del propio cuerpo en el presente. Los resultados de esta reflexión se basan en el marco existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, en las nociones de cuerpo propio, temporalidad e institución. Concluimos que ciertas prácticas corporales pueden sustentar una reestructuración simbólica y temporal. Ponerse en movimiento ha adquirido un rol saludable en medio de los cambios drásticos en la subjetividad de nuestro tiempo. Transformaciones que han instaurado y mantenido un ambiente de crisis y de búsqueda de nuevas perspectivas de actuación en el mundo pospandemia.Palabras clave: Prácticas Corporales. Salud Mental. COVID-19. Temporalidad. Merleau-Ponty.O Ser perspectivo em movimento: angústia e rotinas de práticas corporais no distanciamento social da pandemia de COVID-19 ResumoEste ensaio discute a reconfiguração psicossocial advinda com a imersão dos indivíduos nos espaços de suas casas, no distanciamento social e enfrentamento da pandemia da COVID-19. Destacamos algumas consequências de novos engendramentos espaço-temporais para a saúde mental. Esboçamos alternativas para os impasses colocados pela pandemia, através da problematização do papel da síntese do corpo próprio no tempo presente. Os resultados desta reflexão estão fundamentados no referencial existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, nas noções de corpo próprio, temporalidade e de instituição. Concluímos que certas práticas corporais podem oferecer suporte para uma reestruturação simbólica e temporal. Pôr-se em movimento tem adquirido um papel salutar em meio às mudanças drásticas da subjetividade da nossa época. Mudanças que instauraram e têm mantido uma atmosfera de crise e de busca por novas perspectivas de ação no mundo pós-pandemia.Palavras-chave: Práticas Corporais. Saúde Mental. COVID-19. Temporalidade. Merleau-Ponty. The perspective being in motion: anguish and routines of body practices in the social distancing of the COVID-19 AbstractThis paper discusses the psychosocial reconfiguration arising from the immersion of individuals in the spaces of their homes, social distancing and coping with the COVID-19 pandemic. We highlight some consequences of new spatio-temporal engenders for mental health. We outline alternatives to the impasses posed by the pandemic, through the questioning of the role of the synthesis of the own body in the present time. The results of this reflection are based on the existential-phenomenological framework of Merleau-Ponty, on the notions of one’s own body, temporality and institution. We conclude that certain bodily practices can support a symbolic and temporal restructuring. Putting oneself in motion has acquired a salutary role in the midst of the drastic changes in the subjectivity of our time. Changes that have established and have maintained an atmosphere of crisis and the search for new perspectives for action in the post-pandemic world.Keywords: Body Practices. Mental Health. COVID-19. Temporality. Merleau-Ponty. El ser perspectivo en movimiento: angustia y rutinas de las prácticas corporales en el distanciamiento social de la pandemia del COVID-19 ResumenEste ensayo aborda la reconfiguración psicosocial derivada de la inmersión de los individuos en los espacios de sus hogares, el distanciamiento social y el enfrentamiento a la pandemia de la COVID-19. Destacamos algunas consecuencias de los nuevos engendros espacio-temporales para la salud mental. Esbozamos alternativas a los impasses que plantea la pandemia, a través del cuestionamiento del papel de la síntesis del propio cuerpo en el presente. Los resultados de esta reflexión se basan en el marco existencial-fenomenológico de Merleau-Ponty, en las nociones de cuerpo propio, temporalidad e institución. Concluimos que ciertas prácticas corporales pueden sustentar una reestructuración simbólica y temporal. Ponerse en movimiento ha adquirido un rol saludable en medio de los cambios drásticos en la subjetividad de nuestro tiempo. Transformaciones que han instaurado y mantenido un ambiente de crisis y de búsqueda de nuevas perspectivas de actuación en el mundo pospandemia.Palabras clave: Prácticas Corporales. Salud Mental. COVID-19. Temporalidad. Merleau-Ponty

    As neuroses traumáticas e o modelo da dor física em “Além do princípio do prazer”: relações entre trauma e narcisismo no segundo dualismo pulsional freudiano

    Get PDF
    This paper discusses the implications of the second Freudian pulsational dualism to the narcissistic economy and the concept of trauma, phenomena that arise in the theoretical body of the second psychic topic. The economic model of physical pain and its return in Beyond the Pleasure Principle are discussed, as a renovated mark for the theory of trauma and its relation with the fixation in forms of psychic suffering and illness. It is concluded that a theoretical development about pain and its relation with erogenous and moral masochism are contributions to elucidate the return of narcissistic formations about the Self. Este artigo discute as implicações do segundo dualismo pulsional freudiano para a economia narcísica e o conceito de trauma, fenômenos que despontam no corpo teórico da segunda tópica psíquica. Discute-se o modelo econômico da dor física e sua retomada em Além do princípio do prazer, como um marco renovado para a teoria do trauma e sua relação com a fixação em formas de sofrimento psíquico e de adoecimento. Conclui-se que um desenvolvimento teórico sobre a dor e sua relação com o masoquismo erógeno e moral são contribuições para elucidar o retorno de formações narcísicas sobre o Eu

    A psicanálise freudiana e o atual contexto científico da biologia da mente: uma discussão a partir das concepções sobre o ego

    Get PDF
    There were substantial changes in the 90s decade in brain researchs, when one begins to discuss the benefits of an alignment of interests between the areas of Neuroscience, Psychiatry, Cognitive Psychology and Psychoanalysis. Fact that it was linked to the change of perspective in sciences cognition and neuroscience, from a cognitive perspective to a dynamic and motivational view, in theory, more able to include aspects of subjectivity in the modern field of the study of mind. The psychoanalytic literature is very resistant to a renewed discussion of metapsychology, however there is no denying the construction of a notion of interdisciplinarity between the brain sciences and psychoanalysis (and psychological sciences in general). This Thesis intends to discuss some contemporary proposals of convergence between the neuropsychiatric and psychosocial formulations, in view of an interface between cognitive neuroscience and psychoanalysis, using Freudian concepts about the ego (Ich) as head theme. The search for the greatest integration between these formulations of the ego in Freudian theory could possibly contribute in reflecting on the debate on the rapprochement between psychoanalysis and neuroscience. We present the dialogue that some programs offer neuroscience for psychoanalysis. Does Freud's 19th century has to offer some contribution to what is named today as a new biology of mind? How to recover his thought could supply some conceptual and methodological shortcomings of these programs neurobiological? Psychoanalysis would be on the verge of losing its identity amid the current intellectual scene of the brain sciences? The aspirations of this multidisciplinary research about the mind and brain could open new horizons for psychoanalysis? The search of neuropsychological origins of Freudian metapsychology has opened a range of discussions, both in the neuroscience community, as in psychoanalysis. Instead of taking immediate support or a refusal to this interface is proposed that much like integration , this work suggests that the inquiries are referred to their own conceptual and methodological frame of neuroscience programs and examination of the Freudian theories, for knowing whether these concepts are open to this kind of reading - thus avoiding hasty conclusions and simplifications to that proposal.Universidade Federal de Minas GeraisAs pesquisas sobre o cérebro passaram por modificações importantes no final dos anos 90, quando se começa a discutir os benefícios de um alinhamento de interesses entre as áreas de Neurociência, Psiquiatria, Psicologia Cognitiva e Psicanálise. Fato que esteve ligado à mudança de enfoque investigativo nas Ciências da Cognição e nas neurociências, indo de uma perspectiva cognitivista para uma visão dinâmica e motivacional, em tese, mais municiada para incluir os aspectos da subjetividade no moderno cenário do estudo da mente. A literatura psicanalítica ortodoxa é deveras resistente a uma rediscussão científica da metapsicologia, contudo não há como negar a construção de uma noção de interdisciplinaridade entre as ciências do cérebro e a psicanálise (e ciências psicológicas em geral). O presente trabalho propõe-se a discutir algumas propostas contemporâneas de convergência entre as formulações neuropsíquicas e psicossociais, no panorama de uma interface entre a neurociência cognitiva e a psicanálise, utilizando as concepções freudianas sobre o ego (Ich) como eixo temático. A busca por uma maior integração entre estas formulações na teoria freudiana do ego talvez possa contribuir na reflexão sobre o debate em torno da aproximação entre a psicanálise e as neurociências. Apresentamos a interlocução que alguns programas neurocientíficos propõem para a psicanálise. Será que o Freud do século 19 tem alguma contribuição a oferecer para o que se reivindica atualmente como uma nova biologia da mente? De que modo a recuperação de seu pensamento poderia suprir algumas lacunas conceituais e metodológicas desses programas neurobiológicos? Estaria a psicanálise na iminência de perder sua identidade em meio ao atual cenário intelectual das ciências cerebrais? As aspirações desse quadro multidisciplinar nas investigações sobre a mente e o cérebro poderiam abrir novos horizontes para a psicanálise? O fato é que a exploração das origens neuropsicológicas da metapsicologia freudiana tem aberto um leque de discussões, tanto na comunidade neurocientífica, como na psicanálise. Ao invés de assumir um apoio imediato ou uma recusa a essa interface ou ao que muito globalmente se propõe como integração , esse trabalho sugere que os questionamentos sejam remetidos ao próprio enquadre conceitual e metodológico dos programas neurocientíficos e ao exame das teses freudianas, para saber se estas têm ou não elementos favoráveis a esse tipo de leitura -, evitando assim conclusões apressadas e até simplificações daquela proposta
    corecore