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Avanços no diagnóstico e manejo da febre reumática: perspectivas clínicas e epidemiológicas
A febre reumática é uma doença inflamatória sistêmica associada à infecção estreptocócica, com alta prevalência em regiões de baixa renda. Este artigo revisa aspectos fundamentais da febre reumática, incluindo epidemiologia, etiopatogenia, manifestações clínicas, diagnóstico, complicações, tratamento e prevenção, além de discutir avanços terapêuticos e implicações em saúde pública. A introdução aborda a relevância da febre reumática como um problema de saúde pública, destacando sua persistência em contextos de desigualdade social. A seção sobre epidemiologia e fatores de risco explora a influência de condições precárias de vida e a distribuição geográfica desigual da doença, enquanto a etiopatogenia detalha os mecanismos imunológicos que levam à lesão tecidual após infecção por estreptococos beta-hemolíticos. As manifestações clínicas, que incluem cardite, artrite migratória, coreia e lesões cutâneas, são descritas de forma abrangente, enfatizando a importância do reconhecimento precoce. O diagnóstico é baseado nos critérios de Jones, apoiados por exames laboratoriais e de imagem, com destaque para os desafios no diagnóstico diferencial. As complicações, como as valvopatias reumáticas, representam a principal causa de morbidade e mortalidade, exigindo intervenções cirúrgicas nos estágios avançados. O manejo clínico envolve antibióticos para tratar infecções agudas e prevenir recorrências, além de anti-inflamatórios para controlar os sintomas. A profilaxia contínua é essencial para reduzir o risco de complicações. Avanços em pesquisa, incluindo o desenvolvimento de vacinas e terapias imunológicas, oferecem perspectivas promissoras, mas desafios persistem na sua aplicação prática. Finalmente, a seção sobre saúde pública discute a necessidade de políticas eficazes, campanhas educativas e acesso universal ao tratamento, visando reduzir a carga da doença. Conclui-se que uma abordagem multidisciplinar é crucial para enfrentar a febre reumática, combinando esforços clínicos, educativos e de pesquisa com políticas públicas eficazes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e mitigar os impactos sociais e econômicos da doença
Angioplastia versus cirurgia de revascularização miocárdica no tratamento da doença da artéria coronária esquerda: uma revisão de literatura / Angioplasty versus myocardial revascularization in the treatment of the left main coronary artery disease: a literature review
INTRODUÇÃO: A doença arterial coronariana ocorre pelo acúmulo de placas ateroscleróticas nas artérias cardíacas. A intervenção coronária percutânea (ICP) e a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) são técnicas utilizadas para a revascularização em pacientes com doença de tronco de coronária esquerda. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literária mediante análise de artigos científicos da base de dados PubMed com os descritores “angioplasty”, “left main coronary disease”, “myocardial revascularization” e “survival”, incluindo ensaio clínico, metanálise, ensaio randomizado controlado e revisão sistemática, com publicações dos últimos 5 anos com texto completo. RESULTADOS: Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 15 artigos para a amostra final da revisão. DISCUSSÃO: De modo geral, os pacientes tratados com a CRM obtiveram resultados superiores aos submetidos à ICP, mesmo quando esta empregou técnicas avançadas, como o uso dos stents farmacológicos. Todavia, ressalta-se que, em certos aspectos, a ICP também se mostrou uma estratégia terapêutica eficaz, pois, além de ser menos invasiva que a CRM, demonstrou equivalência a esta no que se refere à incidência de desfechos primários cerebrovasculares. CONCLUSÃO: A CRM é considerada o tratamento padrão para a doença arterial em tronco coronariano esquerdo, apesar da melhora da eficácia da ICP com stents farmacológicos