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Avaliação de bloqueio do canal adutor na analgesia pós-operatória e resultados funcionais precoces na reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior (LCA)
Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do bloqueio do canal adutor na analgesia pós-operatória e nos resultados funcionais precoces em pacientes submetidos à reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior (LCA). Métodos: Foi utilizado um desenho de estudo prospectivo com um grupo de pacientes submetidos à reconstrução artroscópica do LCA com bloqueio do canal adutor e outro grupo controle sem o bloqueio. Foram avaliados os níveis de dor pós-operatória, a necessidade de analgésicos adicionais, a função do joelho e a amplitude de movimento. Resultados: Os pacientes submetidos ao bloqueio do canal adutor apresentaram níveis significativamente mais baixos de dor pós-operatória (média de 2,3 ± 0,5 na escala de dor) em comparação com o grupo controle (média de 4,1 ± 0,7 na escala de dor). Além disso, o grupo com bloqueio adutor teve uma menor necessidade de analgésicos adicionais nas primeiras 24 horas após a cirurgia. Quanto aos resultados funcionais, não houve diferença significativa na função do joelho ou na amplitude de movimento entre os grupos. Conclusões: O bloqueio do canal adutor demonstrou ser eficaz na redução da dor pós-operatória em pacientes submetidos à reconstrução artroscópica do LCA, reduzindo a necessidade de analgésicos adicionais nas primeiras horas após a cirurgia. No entanto, não houve impacto significativo nos resultados funcionais precoces do joelho. Este estudo fornece evidências de nível moderado sobre a utilidade do bloqueio adutor na analgesia pós-operatória em cirurgias de LCA
Evolução das varizes esofagogástricas após anastomose esplenorrenal proximal versus esplenorrenal distal
Avaliou-se, retrospectivamente, a evolução pós-operatória das varizes esofagogástricas em 40 pacientes submetidos a um dos seguintes procedimentos cirúrgicos: a (n=27) derivação esplenorrenal distal (ERD) e B (n=13) derivação esplenorrenal proximal (ERP). Todos os pacientes tinham hipertensão porta esquistossomótica com diagnóstico prévio de varizes do esôfago, presentes ou não no estômago, com um ou mais episódios de sangramento. Os pacientes foram submetidos a um dos procedimentos cirúrgicos de acordo com a preferência do cirurgião assistente. Foram realizadas, nesses pacientes, endoscopias no período pré-operatório e aos seis, 12 e 18 meses no pós-operatório. Os dados de cada endoscopia foram coletados e comparados entre os grupos, verificando-se a presença de varizes do esôfago e estômago nos diferentes períodos, comparando esses achados através do teste do qui-quadrado, com significância para p<0,05. Os resultados obtidos não mostraram casos de ressangramento até o 18º mês pós-operatório, nem casos de encefalopatia. Foram diagnosticadas varizes esofágicas, no pré-operatório, em 100% dos pacientes nos dois grupos. No período pós-operatório, houve redução significativa das varizes do esôfago, quando estudados os dois grupos conjuntamente, para 40% no sexto mês (p = 0,0002), 30% no 12º mês (p = 0,003) e 27,5% no 18º mês (p = 0,003). No sexto mês pós-operatório, a incidência de varizes do esôfago foi maior nos pacientes com ERD quando comparados àqueles com ERP (51,9% vs. 15,4%, p = 0,03). Quando estudadas as varizes aos 12 e 18 meses não foi observada diferença significativa entre pacientes submetidos a ERD ou ERP (12º mês, 37% vs. 15,4%; 18º mês, 25,9% vs. 30,8%). Foram vistas varizes gástricas em 37,5% dos pacientes, com redução significativa no sexto mês (2,5%, p = 0,005). Entretanto, quando comparada com a freqüência do sexto mês, houve aumento significativo no 12º mês (5%, p = 0,00001) e 18º mês (7,5%, p = 0,02). Quando comparados os grupos, no período pré-operatório, estas varizes estiveram presentes mais freqüentemente no grupo submetido a ERP (69,2% vs. 26%, p = 0,0005), sem diferença significativa no período pós-operatório (6º mês, 16,6% vs. 0%; 12º mês, 33,3% vs. 0%; 18º mês, 33,3% vs. 11,1%). Este trabalho demonstrou que os dois tipos de cirurgia têm resultado semelhante em relação à resolução das varizes do esôfago e estômago no 18º mês, mas os resultados indicam que a redução na incidência das varizes do esôfago se acompanha de aumento das varizes gástricas, provavelmente devido à abertura de novas vias colaterais de drenagem em casos de persistência de uma pressão porta aumentada ou mau funcionamento da derivação esplenorrenal
Effects of sildenafil on the viability of random skin flaps Os efeitos do sildenafil na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos
PURPOSE: To assess the viability of McFarlane skin flaps in rats with administration of sildenafil. METHODS: Twenty Wistar rats were distributed into two groups: Control (dorsal skin flap, subdermal application of saline solution at 0.9%) and Study (dorsal skin flap, subdermal application of sildenafil). Seven days after the surgery, flaps were photographed and graphically rendered. Then, they were analyzed with AutoCAD software. Three biopsies (proximal, medial and distal) of each flap were collected for histological analysis. RESULTS: Macroscopic analysis showed that animals of the study group had greater necrotic areas (p=0.003) in the dorsal skin flaps. Additionally, histological analysis of the distal third of these flaps showed a tendency to less granulated tissue formation in animals treated with sildenafil. CONCLUSION: Sildenafil subdermally was associated with lower viability of the random skin flap in rats.<br>OBJETIVO: Avaliar a viabilidade de retalhos cutâneos de ratos à McFarlane após a administração de sildenafil. MÉTODOS: Vinte ratos Wistar foram distribuídos em dois grupos: Controle (confecção do retalho cutâneo dorsal, aplicação subdérmica de solução salina a 0,9%) e Estudo (confecção do retalho cutâneo dorsal, aplicação subdérmica de sildenafil). Sete dias após a operação, os retalhos foram fotografados e representados graficamente, para serem analisados com o programa AutoCad. Três biópsias (cranial, média e caudal) foram coletadas de cada retalho, para análise histológica. RESULTADOS: A análise macroscópica evidenciou que os animais do grupo Estudo apresentaram maiores áreas de necrose (p=0,003) nos retalhos cutâneos dorsais. Além disso, a análise histológica dos terços distais dos retalhos mostrou uma tendência à formação de menos tecido de granulação nos animais que receberam o sildenafil. CONCLUSÃO: O sildenafil subdérmico esteve associado com uma pior viabilidade tecidual dos retalhos cutâneos dorsais de ratos
Clinical and histological responses to laparoscopically-induced peritonitis in rats Resposta clínica e histológica à indução de peritonite via laparoscopia em ratos
PURPOSE: To evaluate the efficacy of inducing peritonitis in rats through laparoscopic cecal ligation (CL), by means of an elastic band. METHODS: Twelve Wistar rats were subjected to cecal ligated with an elastic band applied using a specially constructed applicator. In six of the animals (the CL group) the cecal sac was preserved intact whilst in the remaining animals (the CLP group) the sac was perforated with scissors. Clinical parameters, characteristics of the peritoneal cavity and cecum, and histological features of the cecal tissue were observed in all experimental animals 8 and 24 h after surgery. RESULTS: CLP animals exhibited at least one clinical sign of sepsis within the first 8 h of observation. The peritoneal liquid was observed to be clear in almost all members of the CLP. Polymorphonucleated cells were detected in the tunica serosa of the cecum of CLP animals. In contrast, all members of the CL group were alive after 24h, and of polymorphonucleated cells in the muscle layer of the cecal wall were observed. The presence of peritoneal liquid was not detected in CL animals. CONCLUSION: Although elastic ligation of the cecum was reproducible, puncture of the cecal sac was essential for induction of sepsis.<br>OBJETIVO: Avaliar a eficácia de induzir peritonite em ratos através da ligadura cecal laparoscópica (CL), por meio de banda elástica. MÉTODOS: Doze ratos Wistar foram submetidos a ligadura cecal com banda elástica aplicada com dispositivo especialmente construído para este fim. Em seis animais (grupo CL), a bolsa cecal foi mantida intacta, enquanto nos outros animais (grupo CLP), a bolsa foi perfurada com tesoura. Parâmetros clínicos, características da cavidade peritonial e ceco, e histologia do tecido cecal foram examinados em todos os animais 8 e 24 horas após a cirurgia. RESULTADOS: Os animais do grupo CLP apresentaram pelo menos um sinal clínico de sepses nas primeiras 8 h de observação. Líquido peritonial claro foi observado em quase todos os membros do grupo CLP. Leucócitos polimorfonucleares foram identificados na serosa do ceco dos animais do grupo CLP. Por outro lado, todos os animais do grupo CL estavam vivos após 24 h, e leucócitos polimorfonucleares estavam restritos à muscular própria. Presença de líquido peritonial não foi detectada nos animais do grupo CL. CONCLUSÃO: A ligadura elástica do ceco foi reprodutível e a secção da bolsa cecal foi essencial para a indução de sepse