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Estudo da lesão renal aguda (LRA) secundária à SEPSE por meio do modelo experimental murino de ligação e perfusão do ceco (CLP) / Study of acute kidney injury (LRA) second to SEPSIS through the experimental murine cecum binding and perfusion model (CLP)
A lesão renal aguda (LRA) é uma sÃndrome definida pela diminuição, em horas a dias, da taxa de filtração glomerular (TFG), o que resulta num considerável desequilÃbrio hidroeletrolÃtico. Sua fisiopatologia gira em torno de um processo inflamatório que pode ser desencadeado, principalmente, por duas etiologias distintas: isquemia e sepse. Esta última é o objetivo de estudo deste trabalho. Para isso, administrou-se anestesia de Ketamina-Xilazina em camundongos (230ul da solução final para cada animal) e, logos após, utilizou-se a técnica de ligação e perfusão do ceco (CLP) a fim de induzir sepse nos animais do grupo experimental. Para isso, com uma linha cirúrgica, realizou-se a ligação desta região e, com o auxÃlio de uma agulha 23G, realizaram-se três furos no ceco de cada camundongo. Então, o abdômen foi fechado, os animais foram mantidos aquecidos e foram observados até a completa recuperação da anestesia.  As coletas de sangue dos camundongos (cerca de 600 uL da aorta abdominal de cada indivÃduo) foram realizadas, com exceção do grupo normal, em três tempos distintos: 24h, 48h e 72h. Em seguida, realizaram-se as dosagens bioquÃmicas dos seguintes componentes: ureia (via método colorimétrico) e creatinina (via método de Jaffé modificado). Os resultados desses exames revelaram alterações desses dois principais marcadores da lesão renal aguda. Via análises estatÃsticas, observaram-se que as alterações dos valores de creatinina só tiveram associação causal com a sepse nas coletas de 48h. Enquanto isso, a dosagem de ureia não teve associação causal com nenhum caso de sepse nos três tempos de coleta. Logo após, realizou-se a investigação microbiológica, via coleta de material da cavidade abdominal e da região peritoneal, para verificar quais espécies bacterianas são encontradas na sepse polimicrobiana desenvolvida nessa população de animais estudada. Observou-se, em todas as amostras de 48h que sofreram sepse, presença da bactéria Escherichia coli que, em consonância com a literatura cientÃfica pesquisada, é o principal patógeno presente em casos de sepse. Assim sendo, por intermédio deste trabalho, evidencia-se a necessidade de existência de mais estudos que tenham o objetivo de elucidar os processos fisiopatológicos envolvidos na lesão renal aguda secundária à sepse