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    Insegurança alimentar e estado nutricional nos restaurantes populares do Brasil : paradoxo e convergência?

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2012.O programa Restaurantes Populares possui como proposta oferecer alimentação saudável, de qualidade, a preços acessíveis, prioritariamente, às pessoas em insegurança alimentar. Ainda é alta a parcela de domicílios brasileiros que vivem em situação de insegurança alimentar e, simultaneamente, vem ocorrendo o aumento progressivo da prevalência de excesso de peso na população brasileira. Poucos são os estudos, no Brasil, que investigam as relações entre estado nutricional e insegurança alimentar. Escassas também são as pesquisas realizadas com foco nos Restaurantes Populares sob a ótica de avaliação do programa em relação ao perfil de seus usuários. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar as variáveis socioeconômicas, demográficas, comportamentais e o estado nutricional dos usuários dos Restaurantes Populares brasileiros e as suas relações com a insegurança alimentar de seus domicílios, considerando as desigualdades regionais. Este é um estudo transversal com uma amostra representativa de 1.637 usuários. Foi aplicado um formulário com variáveis socioeconômicas, demográficas e comportamentais, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, e realizada a aferição de peso e altura para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para a análise estatística, foram empregados o teste Qui-quadrado de Pearson, razão de verossimilhança, teste t-Student e as análises univariada e multivariada. Consideraram-se como estatisticamente significantes os valores de p iguais ou menores que 0,05. A amostra foi composta por usuários em grande parte do sexo masculino (59,1%), em união estável (42,4%), idosos (24,7%), com Ensino Médio completo (38,7%), detentores de uma renda per capita entre ½ a 1 salário mínimo (35,1%), empregados (83,4%) e nascidos na região Nordeste do Brasil (39,2%). Destaca-se que a minoria dos usuários era beneficiária de algum programa de governo (9,7%), sendo o Bolsa Família o mais relatado (82,2%). A menor parte afirmou possuir algum agravo à saúde (36,5%), sendo a hipertensão arterial a mais citada (49,1%) e era etilista (30,8%) ou tabagista (13%). Grande parte dos usuários encontrava-se com sobrepeso (49,8%) e a maioria em segurança alimentar (59,4%). Os usuários da região Norte apresentaram menor escolaridade (Ensino Fundamental Incompleto; 39.8%; n=76) e mais da metade se concentrou nas faixas de renda per capita de até ½ salário mínimo (50.8%, n= 97) e se encontrava em insegurança alimentar (55.5%; n=106). O usuário em insegurança alimentar apresentou 10 vezes mais chance de ser detentor de uma renda per capita de até ¼ do salário mínimo, duas vezes mais chance de possuir Ensino Fundamental completo e morar na região Norte (p < 0,05). O cruzamento entre o Estado Nutricional e os níveis de Insegurança Alimentar indicou maior prevalência de obesidade no grupo que apresentou insegurança alimentar leve e de baixo peso no grupo em insegurança alimentar grave (p = 0,049). Contudo, a análise multivariada não confirmou esse resultado, pois foi encontrada associação inversa entre obesidade e insegurança alimentar grave (p = 0,019). Os dados referentes à escolaridade, renda e insegurança alimentar indicaram que o público prioritário parece não ser predominante e que os usuários da região Norte apresentaram as condições socioeconômicas mais precárias. As características dos usuários em insegurança alimentar podem auxiliar na identificação do público prioritário. Observou-se uma relação complexa entre insegurança alimentar e estado nutricional nesse estudo, o qual parece confirmar uma transição nutricional acelerada no Brasil. Necessita-se do monitoramento contínuo desse programa para que ajustes sejam feitos, quando necessário, o que aumenta as chances de que seus objetivos sejam, de fato, cumpridos. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTThe popular restaurant program aims to offer healthy, quality and affordable food primarily to food insecure people. The proportion of Brazilian households subject to food insecurity is still high. Simultaneously, there has been steady increase in the overweight population in Brazil. There are few studies in Brazil that investigate the correlation between nutritional status and food insecurity. Researches focusing on popular restaurants from the perspective of program evaluation in relation to the user profile are also scarce. Therefore, the aim of the present study is to investigate the socioeconomic, demographic, behavioral and nutritional status of popular restaurants users in Brazil and the connection with their household food insecurity, according to regional discrepancies. The current study was cross-sectional with a sample of 1637 users. A socioeconomic, demographic and behavioral questionnaire was applied to the research subjects, as well as the Brazilian Scale of Food Insecurity. Height and weight measurements were performed in order to assess Body Mass Index (BMI). Pearsonchi square, likelihood ratio, t-test and univariate and multivariate analysis were used in the statistical analysis. P values equal or below 0.05 were considered statistically significant. The sample consisted of users mostly male (59.1%) in steady relationships (42.4%), elderly (24.7%), with complete high school education (38.7%), a Per Capita Income between ½ and 1 minimum wage (35.1%), employed (83.4%) and born in the Northeast of Brazil (39.2%). The minority of users was recipient of some sort of governmental program (9,7%), ost cited program by users (82.2%). Also , the minority of users reported some sort of health problem (36.5%), as hypertension was the most cited (49.1%); 30.8% were alcoholics and 13% were smokers. Most users were overweight (49.8%) and food secure (59.4%). The users from North Region had lower education (incomplete elementary school education; 39.8%, n= 76) and most users had a Per Capita Income until half of the minimum wage and was Food Insecure (55,5%; n=106). The food insecure user presented 10 times more chances of having a per capita income until ¼ of the minimum wage, two times more chances of having complete elementary school education and living in North Region (p <0.005). The cross between Nutritional Status and Food Insecurity levels indicated a higher prevalence of obesity in the group that presented mild food insecurity and low weight in the group with severe food insecurity (p = 0.049). However, multivariate analysis were not able to confirm such results. Likewise, there was no association between obesity and severe food insecurity ( p = 0.019). Data regarding education, income and food security indicated that the overriding public is not prevalent and North Region had the lowest socioeconomic rates. The user profile of food insecurity can may contribute to improving the identification of the target audience. There was a complex relation between food insecurity and nutritional status in this study and such relation seems to confirm a rapid nutritional transition in Brazil. Continuous monitoring of this program is required for adjustments when necessary, in order to increase the chances of goals being met

    Capacitação em primeiros socorros aos professores que atuam na educação básica

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    The aim was to describe the importance of training in first aid for teachers who work in Basic Education. For this, a literature review was carried out, in the electronic databases, in addition to public education policies that address this context. The articles were first analyzed by title, those that did not compete with the theme were discarded and those that matched the theme were read the abstracts and then read in full. Based on the analysis of the selected materials, the discussion was divided into the following categories: First aid in schools; Health education at school; The importance of training in first aid in basic education; The nurse as a health educator. It is concluded that training in first aid should be disseminated to all teachers who work in Basic Education, providing knowledge and skill and assertive service, avoiding inappropriate attitudes in order to promote the victim's survival and reduction of sequelae. It is suggested that institutions should have a teaching plan to train teachers with theoretical and practical classes, mainly addressing topics such as falls, fractures, cuts, abrasions, syncope, seizures, nosebleeds, injuries, fractures, bites, choking, sprain, dislocation, burns, fainting and cardiac arrest.O objetivou-se descrever a importância do treinamento em primeiros socorros para professores que atuam na Educação Básica. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura, nas bases de dados eletrônicas, além de políticas públicas de educação que abordam esse contexto. Os artigos foram analisados primeiramente pelo título, os que não competiam com o tema foram descartados e aqueles que condiziam com a temática passou-se a leitura dos resumos e posteriormente, leitura na íntegra. A partir da análise dos materiais selecionados, dividiu-se a discussão nas seguintes categorias: Primeiros socorros nas escolas; Educação em saúde na escola; A importância da capacitação em primeiros socorros na educação básica; O enfermeiro como educador em saúde.  Conclui-se que a capacitação em primeiros socorros deve ser difundida a todos os professores que atuam na Educação Básica, proporcionando o conhecimento e habilidade e um atendimento assertivo, evitando atitudes inadequadas a fim de promover sobrevivência da vítima e redução de sequelas. Sugere-se que as instituições devem dispor de plano de ensino para capacitação de professores com aulas teóricas e práticas abordando, principalmente, temas como quedas, fraturas, cortes, escoriações, sincope, crise convulsiva, sangramento nasal, ferimentos, fraturas, mordedura, engasgamento, entorse, luxação, queimaduras, desmaio e parada cardíaca

    The anthropologist in the village of Conflict Mediation: A contribution to the problematization of relations between State, conflict mediation and Anthropology

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    En el presente artículo nos proponemos reflexionar sobre la mediación de conflictos en su vinculación compleja con la dimensión de lo estatal y específicamente con el campo estatal de la administración de conflictos. Para ello recuperaremos tres experiencias de investigación etnográfica desarrolladas durante los últimos años por los autores en distintos contextos (Rio de Janeiro en comparación con la ciudad de Buenos Aires, Salta y Olavarría). Lo que se denomina movimiento de mediación supone una articulación singular entre organismos judiciales, gubernamentales de distinta escala, el mundo de las ONGs, agencias internacionales, entre otros y una disputa permanente por la afirmación de este sistema se monta alrededor de darle mayor estatalidad al mismo. En segundo lugar, con el objetivo de dar cuenta de las características institucionales de este singular mundo repasaremos distintos aspectos vinculados a nuestros trabajos como antropólogos/as en dicho contextos. Proponemos que la experiencia etnográfica en dichos escenarios exige distintas disposiciones por parte del investigador/a que mediante un ejercicio reflexivo pueden tornarse potentes vías de acceso a los mundos que se analizan.In this article, we propose to reflect on conflict mediation in its complex relationship with the government dimension and specifically with the government field of conflict management. To do this, we will recover three ethnographic research experiences developed in recent years by the authors in different contexts (Rio de Janeiro, compared to the city of Buenos Aires, Salta and Olavarría). What is called the mediation movement implies a particular coordination between government agencies, courts of different scales, the world of NGOs, international organizations, among many others and a permanent dispute over the affirmation of this system is mounted around Give it more statehood. Secondly, with the objective of dealing with the institutional characteristics of this particular world, we will review different aspects related to our work as anthropologists in such contexts. We propose that the ethnographic experience in these scenarios requires different provisions on the part of the researcher that through a reflexive exercise can become powerful access roads to the worlds being analyzed.Fil: Godoy, Mariana Inés. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - Salta. Instituto de Investigaciones en Ciencias Sociales y Humanidades. Universidad Nacional de Salta. Facultad de Humanidades. Instituto de Investigaciones en Ciencias Sociales y Humanidades; ArgentinaFil: Matta, Juan Pablo. Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Sociales; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; ArgentinaFil: Sento Sé Mello, Kátia. Universidade Federal Fluminense; Brasi

    El/la antropólogo/a en la aldea de la Mediación de conflictos. Un aporte para la problematización de las relaciones entre Estado, mediación de conflictos y Antropología

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    En el presente artículo nos proponemos reflexionar sobre la mediación de conflictos en su vinculación compleja con la dimensión de lo estatal y específicamente con el campo estatal de la administración de conflictos. Para ello recuperaremos tres experiencias de investigación etnográfica desarrolladas durante los últimos años por los autores en distintos contextos (Rio de Janeiro en comparación con la ciudad de Buenos Aires, Salta y Olavarría). Lo que se denomina movimiento de mediación supone una articulación singular entre organismos judiciales, gubernamentales de distinta escala, el mundo de las ONGs, agencias internacionales, entre otros y una disputa permanente por la afirmación de este sistema se monta alrededor de darle mayor estatalidad al mismo. En segundo lugar, con el objetivo de dar cuenta de las características institucionales de este singular mundo repasaremos distintos aspectos vinculados a nuestros trabajos como antropólogos/as en dicho contextos. Proponemos que la experiencia etnográfica en dichos escenarios exige distintas disposiciones por parte del investigador/a que mediante un ejercicio reflexivo pueden tornarse potentes vías de acceso a los mundos que se analizan

    Mortality due to external causes in the state of Rondônia: time series analysis from 1999 to 2015 / Mortalidade por causas externas no Estado de Rondônia: análise de série temporal de 1999 a 2015

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    Objetivo: Descrever a mortalidade por causas externas no Estado de Rondônia no período de 1999 e 2015. Método: Estudo de série temporal utilizando dados da Declaração de Óbito disponibilizados pela Agência de Vigilância em Saúde do Estado de Rondônia. Para a análise de tendência realizou-se regressão linear utilizando o pacote estatístico Stata®11. Resultados: Foram registrados no Estado de Rondônia 111.651 óbitos sendo 22,2% classificados como causas externas. O coeficiente médio de óbitos por esta causa no período foi 89,7 por 100.000 habitantes e desvio padrão de 6,5. A regressão linear apresentou um aumento anual nos óbitos por acidentes de trânsito de 2,1%, os óbitos por agressões tiveram um decréscimo anual de 1,98%, suicídios e outras causas externas permaneceram estacionárias. Conclusão: Os resultados evidenciaram a necessidade de fortalecimento das ações preventivas entre homens jovens e políticas públicas para redução de acidentes de trânsito no estado de Rondônia

    Mortality due to external causes in the state of Rondônia: time series analysis from 1999 to 2015 / Mortalidade por causas externas no Estado de Rondônia: análise de série temporal de 1999 a 2015

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    Objetivo: Descrever a mortalidade por causas externas no Estado de Rondônia no período de 1999 e 2015. Método: Estudo de série temporal utilizando dados da Declaração de Óbito disponibilizados pela Agência de Vigilância em Saúde do Estado de Rondônia. Para a análise de tendência realizou-se regressão linear utilizando o pacote estatístico Stata®11. Resultados: Foram registrados no Estado de Rondônia 111.651 óbitos sendo 22,2% classificados como causas externas. O coeficiente médio de óbitos por esta causa no período foi 89,7 por 100.000 habitantes e desvio padrão de 6,5. A regressão linear apresentou um aumento anual nos óbitos por acidentes de trânsito de 2,1%, os óbitos por agressões tiveram um decréscimo anual de 1,98%, suicídios e outras causas externas permaneceram estacionárias. Conclusão: Os resultados evidenciaram a necessidade de fortalecimento das ações preventivas entre homens jovens e políticas públicas para redução de acidentes de trânsito no estado de Rondônia

    Eating behavior and body image among medicine students

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    Transtornos do comportamento alimentar (TCA) tendem a ocorrer entre mulheres jovens, colocando universitárias como grupo de risco. Este estudo visa identificar comportamentos alimentares e imagem corporal como fatores de risco para TCA em estudantes de Medicina. É um estudo transversal com amostra aleatória representativa,que utilizou o índice de massa corporal (IMC) autorreferido; o BodyShapeQuestionnaire (BSQ) ; o BulimicInvestigatory Test Edinburgh (Bite) ;e o EatingAttitudes Test (EAT-26) . A estatística foi descritiva,com teste do qui-quadrado e Anova,e nível de significância p<0,05. Asmédias(DP) de idade e IMC foram20,8 (2,2) anos e 21,5 (2,6) kg/m². As prevalências foram: 27,7% apresentaram distorção da imagem corporal pelo BSQ; 31,7% expressaram comportamento alimentar anormal e 6,3% com risco para bulimia pelo Bite, sendo que 7,9% apresentaram sintomas com gravidade moderada/intensa; 19% tiveram risco de desenvolver distúrbios alimentares pelo EAT-26. Houve associação significativa entre IMC, imagem corporal e risco para TCA. Alunas de Medicina apresentaram risco subclínico ou estágio inicial de TCA e precisam de atenção para que estes distúrbios não prejudiquem sua saúde e prática profissionais.Eating disorderstend to occur in young women, meaningundergraduate students representa risk group. This study aims to identify eating behaviors and body image as risk factors for eating disorders in medical students. It is a cross-sectional study with a random and representative sample that used self-reported body mass index (BMI) , the Body Shape Questionnaire (BSQ) , the Bulimic Investigatory Test Edinburgh (Bite) , and the Eating Attitudes Test (EAT-26) . Statistics were descriptive with Chi-squared and ANOVA tests and a significance level of p<0.05. Mean (SD) of age and BMI were 20.8 (2.2) years and 21.5 (2.6) kg/m². The prevalences were: 27.7% presented distorted body image by BSQ; 31.7% expressed abnormal eating behavior and 6.3% were at risk for bulimia by BITE, and 7.9% presented moderate/severe symptoms, and 19% were at risk of developing eating disorders by EAT-26. A significant association was found between BMI, body image and risk for TCA. Medical students were at a sub-clinical level of risk or early stage of eating disorderand requireattention so that these disorders do notharm their health and professional practice

    Socio-demographic and food insecurity characteristics of soup-kitchen users in Brazil

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    O objetivo foi identificar o perfil dos usuários do programa Restaurantes Populares e suas associações com a situação de insegurança alimentar domiciliar. Trata-se de estudo transversal com amostra aleatória de 1.637 usuários. Foi utilizado um questionário com variáveis socioeconômicas, a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e aferidos peso e altura. Foram aplicados o teste de qui- quadrado, cálculo das razões de prevalência (RP) bruta e ajustada, utilizando-se o modelo de regressão de Poisson. Foram prevalentes a faixa de renda per capita entre ½ e 1 salário mínimo (35,1%), o Ensino Médio completo (39,8%) e a segurança alimentar (59,4%). Os usuários da Região Norte apresentaram os piores dados: Ensino Fundamental incompleto (39,8%), faixa de renda per capita de até ½ salário mínimo (50,8%) e insegurança alimentar (55,5%). Houve maior RP de insegurança alimentar entre os usuários que apresentaram renda per capita de até ¼ do salário mínimo (p < 0,05). Apenas renda manteve-se associada à maior prevalência de insegurança alimentar na RP ajustada. As características dos usuários em insegurança alimentar podem orientar a melhoria desta ação, os critérios de localização e funcionamento do Programa Restaurantes Populares.This study aimed to characterize users of a government soup-kitchen program and the association with family food insecurity, using a cross-sectional design and random sample of 1,637 soup-kitchen users. The study used a questionnaire with socioeconomic variables and the Brazilian Food Insecurity Scale, and measured weight and height. The chi-square test was applied, and the crude and adjusted prevalence ratios (PR) were calculated using Poisson regression. Prevalent characteristics included per capita income ranging from one-half to one minimum wage (35.1%), complete middle school (39.8%), and food security (59.4%). Users in the North of Brazil showed the worst data: incomplete primary school (39.8%), per capita income up to one-half the minimum wage (50.8%), and food insecurity (55.5%). Prevalence ratios for food insecurity were higher among users with per capita income up to one-fourth the minimum wage (p < 0.05). Income was the only variable that remained associated with higher prevalence of food insecurity in the adjusted PR. Knowing the characteristics of soup-kitchen users with food insecurity can help orient the program’s work, location, and operations.El objetivo fue identificar el perfil de los usuarios del programa Restaurantes Populares y su vinculación con la situación de inseguridad alimentaria en el hogar. Se trata de un estudio transversal con un muestreo aleatorio de 1.637 usuarios. Se utilizó un cuestionario con variables socioeconómicas, la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria y se midieron peso y altura. Se aplicó el chi-cuadrado, la razón de prevalencia (RP) bruta y ajustada, con el modelo de regresión de Poisson. Fueron prevalentes la banda de ingresos per cápita entre ½ y 1 salario mínimo (35,1%), educación secundaria completada (39,8%) y seguridad alimentaria (59,4%). Los usuarios de la Región Norte presentaron los peores datos: educación primaria incompleta (39,8%), banda de ingresos per cápita de hasta ½ salario mínimo (50,8%) e inseguridad alimentaria (55,5%). Hubo una mayor RP de inseguridad alimentaria entre los usuarios que presentaron ingresos per cápita de hasta ¼ del salario mínimo (p < 0,05). Sólo el ingreso se mantuvo vinculado a la mayor prevalencia de inseguridad alimentaria en la RP ajustada. Las características de los usuarios con inseguridad alimentaria pueden orientar en la mejoría acciones, respecto a los criterios de ubicación y funcionamiento del programa restaurantes populares.Perfil y situación de seguridad alimentaria en usuarios de restaurantes populares en Brasi

    Insegurança alimentar e estado nutricional entre indivíduos em situação de vulnerabilidade social no Brasil

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    O objetivo foi investigar a associação entre a insegurança alimentar (IA) e os indicadores antropométricos, entre os beneficiários do programa Restaurantes Populares, (RPs). Este foi um estudo transversal. As associações foram analisadas pelo teste do qui-quadrado e regressão de Poisson. Os sujeitos foram 1.232 usuários de RPs do Brasil. Homens com IA grave apresentaram menor média de IMC (-1,53 kg/m2) e uma menor porcentagem de gordura corporal (- 3,83 pontos percentuais). Homens que apresentaram um percentual de gordura classificados como “risco de doenças associadas à desnutrição” tiveram 2,34 vezes mais chance de sofrer IA grave, assim como aqueles que apresentavam baixo peso (RP: 2,64). No entanto, estes resultados não permaneceram significativos após a regressão de Poisson. Quanto às mulheres, não houve associação significativa entre as variáveis estudadas e IA. A alta prevalência de sobrepeso e gordura corporal em todos os níveis de IA para ambos os sexos indica a complexidade do cenário brasileiro quanto ao aspecto nutricional, excesso de peso em comunidades carentes.The objective was to investigate the association between food insecurity (FI) and anthropometric indicators among beneficiaries of a Brazilian social program called Community Canteens (CCs). This was a cross-sectional study. The associations were analyzed by chi-square test and Poisson regression. The subjects were 1,232 patrons of Brazil’s CCs. Men with severe FI had a lower mean BMI (-1.53 kg/m2) and a lower body fat percentage (-3.83 percentage points). Men that had a fat percentage classified as “risk of diseases associated with malnutrition” had a 2.34 times greater chance of experiencing severe FI, as did those who had low weight (PR: 2.64). However, these results were no longer significant after Poisson regression. With respect to women, there were no significant associations between the variables studied and FI. The high prevalence of overweight and body fat in the population at all of the FI levels and for both sexes are an indication of the complexity of the Brazilian scenario regarding the aspect of nutrition and excess weight in poor communities

    Analysis of age criteria for provision of the personal frequency-modulated system: An integrative review

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    ABSTRACT Purpose: to critically analyze whether the legislation regarding the Personal Frequency-Modulated (FM) System device encompasses most of the students with hearing impairment to facilitate the development of skills required for communication, literacy, and learning. Methods: a legislative analysis of the norms regarding the use of the Personal Frequency-Modulated (FM) System device. Relevant legislations were searched on public databases such as the Planalto and the Ministry of Health portals. Brazilian laws, ordinances, and relevant guidelines were consulted as well. Literature Review: Ordinance n. 1,274 of June 25, 2013, the CONITEC Report on FM in 2020 and GM/MS Ordinance No. 2,465, of September 27, 2021, which regulate the Personal Modulated Frequency System device, were identified. Conclusion: the initial ordinance of 2013, which regulated the Personal Frequency-Modulated (FM) System, was revised and updated, because it did not include children under six years of age, who are in the peak phase of oral language learning
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