36 research outputs found

    Avaliação da implementação da Estratégia Amamenta e aAimenta Brasil (EAAB)

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    Trabalho de conclusão de curso (especialização)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Departamento de Administração, 2017.A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) é uma política pública que visa qualificar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável ofertadas pelas equipes de saúde da atenção básica no Brasil. O presente trabalho tem como objetivo fazer um diagnóstico da implementação da EAAB nas diferentes regiões e estados do país. Para tanto, realizou-se um estudo quantitativo de cunho descritivo usando bases de dados secundárias a respeito da EAAB, inclusive dados referentes ao perfil dos tutores da política. Os resultados variam muito conforme a Região e o Estado em que a política foi implementada. As Regiões Centro-Oeste e Norte tiveram maior cobertura da EAAB, mas, por outro lado, essas regiões concentram o maior número de tutores não atuantes. Embora tenham sido formados 4 mil tutores, a EAAB está presente em apenas 1193 Unidades Básicas de Saúde - UBS, o que corresponde a 9,4% das UBS do país. Com base nos resultados, os gestores federais poderão ofertar melhor apoio aos Estados, fortalecendo a estratégia em áreas com menores índices de implementação, e assim contribuir com a saúde das crianças brasileiras

    Amamentação está associada à diversidade alimentar infantil no Brasil

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    O objetivo foi descrever o padrão de consumo alimentar em crianças brasileiras entre 6 e 24 meses e verificar as diferenças entre crianças em aleitamento materno (AM) que consomem ou não outros tipos de leites não-humano (LNH), e aquelas não amamentadas (NAM). Foram usados dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006). O consumo alimentar de 1455 crianças foi avaliado usando um questionário de frequência alimentar. Avaliou-se a presença de dieta saudável e diversificada. A associação entre AM e o consumo alimentar foi testado pela regressão de Poisson. Na entrevista, 15,8% das crianças estavam em AM sem consumo de LNH, 30,7% estavam em AM com consumo de LNH e 53% não estavam em AM. Mais da metade consumiam os alimentos recomendados, 78% consumiam alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, e apenas 3,4% estavam em uma dieta saudável e diversificada. As crianças em AM que não consumiam LNH tinham quase cinco vezes mais chances de ter uma dieta saudável e diversificada e tinham 19% menos chance de consumir alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, comparadas àquelas que também consumiam LNH e àquelas que não estavam em AM.The aim of this study was to describe food consumption patterns in Brazilian children aged 6-24 months and to assess differences between breastfed children who do not consume non-human milks, breastfed children who consume non-human milks, and non-breastfed children. This study used data from the Brazilian National Demographic and Health Survey (2006). The food consumption patterns of 1,455 children were assessed using a food frequency questionnaire. One indicator adopted in this study was the healthy diverse diet. The association between breastfeeding and food consumption was tested using multivariate Poisson regression. At the interview, 15.8% of the children were breastfed without consuming non-human milk, 30.7% consumed breast milk in conjunction with non-human milk, and 53% were not breastfed anymore. Over half consumed the recommended foods, 78% consumed foods rich in sugar, fat, and salt, and only 3.4% were on a healthy diverse diet. The breastfed children who did not consume non-human milks were almost five times more likely to be on a healthy diverse diet and were 19% less likely to consume foods rich in sugar, fat, and salt than the breastfed children who also consumed non-human milks and the non-breastfed children

    Desigualdades sociales influyen en la calidad y diversidad de la dieta de los niños brasileños con una edad de 6 a 36 meses

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    Avaliar práticas alimentares de crianças brasileiras e os fatores associados à qualidade e à diversidade da dieta. Foram utilizados dados de 2.477 crianças com idade de 6 a 36 meses da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde realizada no Brasil em 2006/2007. As dietas foram avaliadas e classificadas por meio de um índice composto. Apresentaram dieta de alta qualidade 28,2% e dieta diversificada 20% das crianças. Crianças pertencentes às classes socioeconômicas menos privilegiadas e residentes em domicílio em situação de insegurança alimentar grave apresentaram, aproximadamente, 40% menos chances de ter dieta de alta qualidade. A chance de ter dieta diversificada foi 71% menor para crianças residentes em domicílio em situação de insegurança alimentar grave e 43% menor se filhas de mães com baixa escolaridade. Crianças residentes na Região Norte do país apresentaram menos chances de ter dieta diversificada e dieta de alta qualidade. A qualidade da dieta de crianças brasileiras é inadequada, e a situação de vulnerabilidade social está fortemente associada a esse quadro alimentar desfavorável.The objective of this study was to assess dietary patterns in Brazilian children and factors associated with better diet. The authors used data for 2,477 children 6 to 36 months of age from the Brazilian National Survey of Demographic and Health in 2006-2007. Diet was assessed and classified using a composite index. The results showed that 28.2% of the children received a high-quality diet and 20% had a diversified diet. Children from socioeconomically underprivileged families or with serious food insecurity were approximately 40% less likely to have high-quality diets. Children living in homes with food insecurity were 71% less likely to have diversified diets, and those whose mothers had limited education were 43% less likely. Children residing in the North of Brazil were less likely to have diversified and high-quality diets. The dietary quality of Brazilian children is inadequate, and social vulnerability is closely associated with this adverse dietary situation.Evaluar las prácticas alimentarias de los niños brasileños y los factores asociados con mejores prácticas dietéticas. Se utilizaron los datos de 2.477 niños de 6 a 36 meses de la Encuesta Nacional de Demografía y Salud, llevada a cabo en Brasil en 2006/7. Las dietas fueron evaluadas y calificadas por un índice compuesto. Presentaron una dieta de alta calidad el 28,2% y una dieta variada el 20% de los niños. Niños pertenecientes a clases socioeconómicas menos privilegiadas, y que viven en domicilios en situación de inseguridad alimentaria grave, presentaron aproximadamente un 40% menos de probabilidad de tener una dieta de alta calidad. La probabilidad de tener una dieta diversificada fue un 71% menor en los niños que viven en domicilios en situación de inseguridad alimentaria grave y un 43% menor, si son hijas de madres con bajo nivel de escolaridad. Los niños que viven en el norte del país tenían menos probabilidad de tener una dieta diversificada y de alta calidad. La calidad de la dieta de los niños es inadecuada y la situación de vulnerabilidad social está asociada con el panorama alimentario desfavorable

    Time trends and social inequalities in infant and young child feeding practices: national estimates from Brazil’s Food and Nutrition Surveillance System, 2008–2019

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    Abstract Objective: To describe the time trends and socio-economic inequalities in infant and young child feeding practices in accordance with the Brazilian deprivation index (BDI). Design: This time-series study analysed the prevalence of multiple breast-feeding and complementary feeding indicators based on data from the Brazilian Food and Nutrition Surveillance System, 2008–2019. Prais–Winsten regression models were used to analyse time trends. Annual percent change (APC) and 95 % CI were calculated. Setting: Primary health care services, Brazil. Participants: Totally, 911 735 Brazilian children under 2 years old. Results: Breast-feeding and complementary feeding practices differed between the extreme BDI quintiles. Overall, the results were more favourable in the municipalities with less deprivation (Q1). Improvements in some complementary feeding indicators were observed over time and evidenced such disparities: minimum dietary diversity (Q1: Δ 47·8–52·2 %, APC + 1·44, P = 0·006), minimum acceptable diet (Q1: Δ 34·5–40·5 %, APC + 5·17, P = 0·004) and consumption of meat and/or eggs (Q1: Δ 59·7–80·3 %, APC + 6·26, P < 0·001; and Q5: Δ 65·7–70·7 %, APC + 2·20, P = 0·041). Stable trends in exclusive breast-feeding and decreasing trends in the consumption of sweetened drinks and ultra-processed foods were also observed regardless the level of the deprivation. Conclusions: Improvements in some complementary food indicators were observed over time. However, the improvements were not equally distributed among the BDI quintiles, with children from the municipalities with less deprivation benefiting the most

    Perfil de consumo alimentar de crianças brasileiras menores de cinco anos : pesquisa nacional de demografia e saúde

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, 2014.Em 2006/2007 a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) avaliou, pela primeira vez no país, o consumo alimentar de crianças brasileiras menores de cinco anos, no entanto, a maioria das informações não foi explorada no relatório final. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar de forma mais detalhada as práticas alimentares de crianças brasileiras menores de cinco anos de idade. A PNDS é um estudo transversal de base populacional que avaliou as condições de saúde e nutrição de mulheres de 15 a 49 anos e seus filhos menores de cinco anos. Todas as análises foram realizadas consideraram o peso da amostra para crianças, o estrato e o conglomerado de residência. Consumiram leite materno no dia anterior à investigação 61,5% das crianças de seis a doze meses e 34.8% das crianças de 13 a 24 meses. Na data da entrevista, 45% das crianças de 6 a 24 meses estavam sendo amamentadas, mas apenas 15% recebiam leite materno como única fonte de leite. Entre as crianças que receberam outros leites, o leite de vaca foi consumido por 62,4% das crianças menores de seis meses, por 74.6% das crianças de 6 a 12 meses e por aproximadamente 80% das crianças maiores de doze meses. Em crianças de 6 a 59 meses, observou-se baixo consumo diário de verduras (12,7%), legumes (21,8%), carnes (24,6%) e elevado consumo de refrigerantes (40,5%), alimentos fritos (39.4%), salgadinhos (39.4%), doces (37.8%) na frequência de uma a três vezes na semana. Apresentaram dieta de alta qualidade somente 28.2% das crianças de 6 a 36 meses. Crianças amamentadas, que não recebem outros leites, consomem 19% menos alimentos ricos em açúcar, gordura e sal (AGS) e apresentam chance 4,8 maior de consumir todos os grupos alimentares recomendados no país e não consumir os alimentos ricos em AGS. Crianças pertencentes às classes socioeconômicas menos privilegiadas e residentes em domicílio em situação de insegurança alimentar grave apresentaram, aproximadamente, 40% menos chance de ter dieta de alta qualidade. Das crianças pesquisadas, cerca de 20% apresentaram dieta diversificada, sendo a chance de ter dieta diversificada 71% menor para crianças residentes em domicílio em situação de insegurança alimentar grave e 43% menor se filhas de màes com baixa escolaridade. Crianças residentes na Região Norte do país apresentaram menos chance de ter dieta diversificada e dieta de alta qualidade. De forma geral, o consumo alimentar das crianças brasileiras está muito aquém das recomendações vigentes, sendo que crianças em situação de vulnerabilidade social apresentaram maior chance de consumo alimentar inadequado. Os resultados dessa tese subsidiam a revisão das recomendações de alimentação saudável para crianças brasileiras e a revisão dos indicadores de monitoramento de práticas alimentares no país, além disso, reforçam e subsidiam a elaboração de políticas públicas de promoção, de proteção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar no Brasil. ________________________________________________________________________________ ABSTRACTIn 2006-2007, the National Demographics and Health Survey (NDHS) assessed dietary intake by Brazilian children under age five for the first time in the country. However, most of the information was not explored in the final report. Tlierefore, this study aimed to provide a more detailed assessment of dietary practices among Brazilian children under age five. This research is a cross-sectional population-based study that assessed the health and nutritbn status ofwomen aged 1549 years and the ir children under age five. Information about the mothers, the children and their homes was used in this study. Ali analyses were performed considering the sample weightfor children, residence stratum and cluster as well as the results presented in four articles. It was found the 61.5% of the children aged 6-12 months and 34.8% of those aged 13-24 months consumed breast milk on the day before the investigation. In the interview data, 45% of the children aged 6-24 months were being breastfed but only 15% received breast milk as their only source of milk. Among the children who received other types of milk, cow milk was consumed by 62.4% of the children under six months of age, 74.6% of those aged 6-12 months and approximately 80% of those over 12 months of age. In children aged 6-59 months, we observed low daily intake of green vegetables (12.7%), other vegetables (21.8%) and meat (24.6%) and high intake of soft drinks (40.5%), fried foods (39.4%), salty snacks (39.4%) and sweets (37.8%) at a frequency of one to three times per week. Only 28.2% of the children aged 6-36 months had high-quality diets. Children who were breastfed consumed 19% less food rich in sugar, fat and salt (SFS) and had a 4.8 greater chance of consuming ali food groups recommended in the country and not consuming foods rich in SFS. Children belonging to less privileged socio-economic classes and those living in homes with serious food insecurity had an approximately 40% less chance of having a high-quality diet. Of the children surveyed. about 20% had a varied diet, with the chance of having a varied diet being 71% less for children living in homes with serious food insecurity and 43% less for those who had mothers with minimal education. Children living in the North regbn of Brazil had less chance of having a varied and high-quality diet. In general, dietary intake among Brazilian children falls far short of current recommendatbns and children in socially vulnerable situations had a greater chance of having inadequate dietary intake. These results support the revision of Brazilian recommendatbns for children healthy eating and the revision of indicators for monitoring food practices in the country, in additbn, enhance and subsidize the development of public policies for the promotion, protection and support of breastfeeding and complementary feeding in Brazil
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