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    Grice sobre racionalidade

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    My main goal in this paper is to argue that the concept of rationality is central in Grice’s philosophy. Grice does not affirm this explicitly, but on several occasions throughout his work he indicates that rationality is a key concept, which enables both conversational practice and the development of philosophical theses. In order to show the importance of rationality to Grice, I will analyze his work according to three aspects: (i) logical and teleological; (ii) ethical and metaethical; and (iii) linguistic and pragmatic. In my view, in all three rationality is fundamental. Actually, a proper characterization of some of his philosophical discussions is only possible through this concept. Furthermore, I intend to show the relationships between rationality and other basic concepts in Grice.Keywords: Grice, rationality, values, pragmatics, constructivism.Meu objetivo principal neste artigo é argumentar que o conceito de racionalidade é central na filosofia de Grice. Grice não afirma isto explicitamente, mas, em várias ocasiões ao longo de sua obra, ele indica que racionalidade é um conceito chave, o qual possibilita tanto a prática conversacional, quanto o desenvolvimento de teses filosóficas. Com o intuito de mostrar a importância da racionalidade para Grice, irei analisar sua obra em três aspectos: (i) lógico e teleológico; (ii) ético e metaético; e (iii) linguístico e pragmático. Em meu ponto de vista, em todos os aspectos racionalidade é fundamental. Na verdade, uma adequada caracterização de algumas de suas discussões filosóficas somente é possível através desse conceito. Além disso, pretendo mostrar as relações mantidas entre racionalidade e outros conceitos básicos em Grice.Palavras-chave: Grice, racionalidade, valores, pragmática, construtivismo

    É possível derivar dever ser de ser?

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    Este artigo tem como objetivo principal discutir a chamada Lei de Hume e algumas tentativas de derivação de ‘dever ser’ de ‘ser’. A Lei de Hume, como conhecida na tradição, é a tese que sustenta não ser possível inferir quaisquer conclusões práticas (normativas) de premissas puramente teóricas (factuais). Conforme a interpretação standard da Lei de Hume, existe uma barreira inferencial separando fato de valor. Não obstante, vários filósofos, como John Searle e Max Black, apresentaram contraexemplos com intuito de mostrar que essa interpretação é errada e que é possível, em certos contextos, alcançar conclusões práticas de premissas teóricas. Minha proposta central é criticar os principais argumentos de Searle e Black, em especial, procurando mostrar que eles não são suficientes para invalidar a Lei de Hume. Além disso, sugiro que, embora conclusões práticas não possam ser alcançadas a partir de premissas factuais, elas podem ser alcançadas a partir de premissas mistas

    É possível derivar dever ser de ser?

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    Este artigo tem como objetivo principal discutir a chamada Lei de Hume e algumas tentativas de derivação de ‘dever ser’ de ‘ser’. A Lei de Hume, como conhecida na tradição, é a tese que sustenta não ser possível inferir quaisquer conclusões práticas (normativas) de premissas puramente teóricas (factuais). Conforme a interpretação standard da Lei de Hume, existe uma barreira inferencial separando fato de valor. Não obstante, vários filósofos, como John Searle e Max Black, apresentaram contraexemplos com intuito de mostrar que essa interpretação é errada e que é possível, em certos contextos, alcançar conclusões práticas de premissas teóricas. Minha proposta central é criticar os principais argumentos de Searle e Black, em especial, procurando mostrar que eles não são suficientes para invalidar a Lei de Hume. Além disso, sugiro que, embora conclusões práticas não possam ser alcançadas a partir de premissas factuais, elas podem ser alcançadas a partir de premissas mistas

    Atos supererogatórios são possiveis?

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    O presente artigo tem como objetivo principal discutir se os chamados atos supererogatórios existem e, se existem, como eles podem fazer parte de uma teoria ética. Um ato supererogatório é considerado como uma ação que não é obrigatória, ou seja, pode ou não ser realizada pelo agente sem incorrer em problema moral. Feitos heroicos ou santos, tradicionalmente, são tomados como exemplos de atos desta espécie. Minha proposta consiste na defesa da existência desses atos, embora sua existência não implique que eles sejam centrais dentro de uma teoria ética. A prática de um ato supererogatório não muda o status ético de quem o realiza, uma vez que o ato não é caracterizado como um dever. Atos supererogatórios seriam periféricos com respeito a uma teoria ética
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