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    Avaliação de necessidades de aprendizagem de professores universitários da área de saúde

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2018.Nas últimas décadas, ocorreram transformações significativas na sociedade e na educação que provocaram discussões sobre o uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) como recursos educacionais eficazes para o desenvolvimento de um grande número de competências cognitivas e sócioafetivas dos professores universitários. O contexto do ensino em saúde tem sido alvo dessas discussões, porém ainda são raros os estudos que tratam de necessidades de aprendizagem de professores dessa área. Nesse contexto, esta pesquisa foi realizada com os seguintes objetivos específicos: (1) Identificar, na literatura científica, as habilidades que caracterizam a docência universitária e o ensino em saúde; (2) Elaborar escalas que avaliem a importância das habilidades de ensino na área de saúde, o domínio e as necessidades de aprendizagem de docentes de cursos de Enfermagem e Medicina; (3) Investigar evidências de validade das escalas elaboradas; (4) Avaliar diferenças entre as percepções de estudantes e docentes de Enfermagem e Medicina sobre as habilidades de ensino do docente e (5) Avaliar necessidades de aprendizagem dos docentes universitários no ensino em saúde. Foram selecionados 43 artigos na literatura nacional e internacional que fizeram uso de instrumentos de avaliação de habilidade de ensino universitário. Foram elaboradas duas escalas de avaliação de habilidades de ensino, sendo uma delas destinada ao preenchimento por estudantes (Escala de Avaliação da Importância das Habilidades de Ensino em Saúde) e a outra por professores (Escala de Avaliação de Necessidades de Aprendizagem em Habilidades de Ensino em Saúde). A versão final dos instrumentos, após validação de conteúdo, por juízes e semântica, possui escalas de pontuação tipo Likert de 11 pontos, e é composta por 34 itens distribuídos em quatro dimensões de conteúdo. Os participantes foram 315 estudantes e 80 professores dos cursos de Medicina e Enfermagem de quatro instituições de ensino superior. As respostas numéricas válidas aos questionários foram submetidas a análises estatísticas descritivas, fatoriais exploratórias e de consistência interna. Os resultados sugeriram uma maior valorização pelos estudantes e professores das habilidades de ensino voltadas ao relacionamento interpessoal, assim como demandas de aprendizagem docentes direcionadas ao uso de TICs. As análises fatoriais exploratórias indicaram evidências de validade em ambas as escalas. Este estudo tem como contribuição principal a apresentação de duas escalas de avaliação de habilidades de ensino em saúde, que possuem evidências de validade e são aplicáveis em diagnósticos de necessidades de aprendizagem de professores universitários.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Over the past decades, there have been significant transformations in society and education which, in turn, have started discussions about the use of information and communication technologies (ICTs) in higher education. ICTs are effective educational resources for the development of a larger number of cognitive and socio-affective skills of professors. The use of ICTs in health education has been discussed in previous research, but there are still a few studies that address the learning needs of professors in this field. This research aimed to achieve four goals: (1) To identify, in the literature, the skills that describe teaching health in higher education; (2) To develop scales to assess how importance teaching health education skills are, and if professors master those skills or need to learn them; (3) To obtain validity evidences of the proposed scales; (4) To evaluate the differences between perceptions of students and professors regarding the teaching skills in Nursing and Medicine and (5) To evaluate the learning needs of university professors in health education. Forty-three articles that present teaching skills assessment instruments were selected and analyzed in the national and international literature. Two assessment instruments were developed. The first was directed to students (Assessment Scale of Importance of Health Teaching Skills) and the second to professors (Assessment Scale for Learning Needs in Health Teaching Skills). After content validation, the final versions of the scales have 34 items, divided into four categories with a 11-point Likert scale. The sample was composed of 315 students and 80 professors of undergraduate Medical and Nursing courses from four different institutions. Descriptive analysis and exploratory factor analysis were conducted. Both scales presented validity evidences. Results indicate that students and professors value interpersonal relationships skills. Also, results indicate that professors should develop their abilities to use ICTs. The main contribution of this study is the development of two scales of evaluation of teaching skills in health courses in higher education that can be used to diagnose learning needs of professors in higher education

    Afetividade e atuação do psicólogo escolar

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    O presente artigo buscou investigar as concepções e práticas do psicólogo escolar acerca da afetividade na relação professor-aluno. Para atender o respectivo objetivo, foram realizadas entrevistas com quatro psicólogas escolares da cidade de Salvador, que atuam em escolas particulares e no ensino fundamental. A análise qualitativa dos dados contribuiu com a elaboração de três eixos de análise: 1) O papel e as demandas do trabalho do psicólogo escolar; 2) Concepções dos psicólogos acerca da afetividade na mediação pedagógica; 3) Estratégias de suporte ao professor na mediação pedagógica. A maioria dos dados analisados indicou que há diversas vertentes nas quais o psicólogo pode configurar intervenções com foco na afetividade, a exemplo de uma maior aproximação do corpo docente e coordenação pedagógica, elaboração de trabalhos direcionados ao currículo escolar, implantação de projetos de formação para professores, observações periódicas na sala de aula e reflexões frente à didática utilizada pelo professor

    Retention of learning after training in Basic Life Support using low fidelity simulation in a dental hospital unit

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    AIMS: To evaluate the learning retention of participants of a Basic Life Support course in a dental unit of a university hospital.METHODS: This study combined quantitative and qualitative methods in a quasi-experimental design, in which the same subjects were compared before and at two moments after an intervention, which consisted of a training course in Basic Life Support. The participants were employees of the Oral Health Unit of the University Hospital of Brasília. Three evaluations were performed: pre-test, post-test and late post-test, in order to assess participants' learning retention. In a second stage of the research, interviews were conducted with the participants approved in the retention learning test.RESULTS: At all, 66 professionals participated in the course and carried out the theoretical pre-test and the theoretical and practical post-test. One year and five months after the course, 10 participants were submitted to the late post-test, also theoretical and practical. Regarding the theoretical knowledge, the mean was 6.3±2.31 points in the pre-test, 8.3±1.25 points in the post-test and 5.1±1.44 points in the late post-test. Late post-test results revealed also that 70% of participants met the minimum theoretical knowledge requirement for approval (5 of 10 points) but only 20% passed the practical retention assessment. The two participants who passed the practical evaluation had repeated the training after the initial course.CONCLUSIONS: Basic Life Support training based on simulation resulted in practical and theoretical learning in cardiopulmonary resuscitation. However, the effect did not persist after one year and five months, except for participants who repeated the training during this period, indicating that the long term retention of this learning requires more opportunities for training or practice. Further studies are needed to investigate the ideal workload, the number of repetitions required during training and the appropriate frequency of training, as well as to obtain information about the influence of prior knowledge of the participants and the practice after training in retention of skills.OBJETIVOS: Avaliar a retenção de aprendizagem dos participantes de um curso de Suporte Básico de Vida em uma unidade odontológica de um hospital universitário.MÉTODOS: Este estudo combinou métodos quantitativos e qualitativos em um delineamento quasi-experimental, em que foram comparados os mesmos sujeitos, antes e em dois momentos após uma intervenção, a qual consistiu em um curso de treinamento em Suporte Básico de Vida. Os participantes eram servidores da Unidade de Saúde Bucal do Hospital Universitário de Brasília. Foram realizadas três avaliações: pré-teste, pós-teste e pós-teste tardio, para aferir a retenção de aprendizagem dos participantes. Em uma segunda etapa da pesquisa, foram realizadas entrevistas com os participantes aprovados no teste de retenção de aprendizado.RESULTADOS: Ao todo, 66 profissionais participaram do curso e realizaram o pré-teste teórico e o pós-teste teórico e prático. Após um ano e cinco meses da realização do curso, 10 participantes foram submetidos ao pós-teste tardio, também teórico e prático. Em relação aos conhecimentos teóricos, a média foi 6,3±2,31 pontos no pré-teste, 8,3±1,25 pontos no pós-teste e 5,1±1,44 pontos no pós-teste tardio. Os resultados do pós-teste tardio revelaram também que 70% dos participantes cumpriram com o requisito mínimo em conhecimentos teóricos para aprovação no curso (5 de 10 pontos), mas apenas 20% foram aprovados na avaliação de retenção prática. Os dois participantes que foram aprovados na avaliação prática haviam repetido os treinamentos posteriormente ao curso inicial.CONCLUSÕES: O curso de Suporte Básico de Vida baseado em simulação resultou em aprendizagem prática e teórica sobre ressuscitação cardiopulmonar. Entretanto, o efeito não se manteve após um ano e cinco meses, exceto em participantes que repetiram o treinamento nesse período, indicando que a retenção a longo prazo dessa aprendizagem exige mais oportunidades de treino ou prática. São necessários mais estudos para investigar a carga horária ideal, o número de repetições necessárias durante o treinamento e a frequência adequada dos treinamentos, bem como obter informações sobre a influência do conhecimento prévio dos participantes e da prática após o treinamento na retenção das habilidades
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