21 research outputs found

    Cooperation and conflict in childbirth care : representations and practices of nurses and obstetricians

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    A incorporação crescente de enfermeiros constitui uma das estratégias para melhorar a assistência obstétrica no Brasil, onde o parto é atendido sobretudo por obstetras e em hospitais públicos. Nosso estudo, realizado em duas maternidades do Rio de Janeiro, busca compreender as representações de obstetras e de enfermeiras sobre o trabalho em equipe. Analisa de que forma as dimensões de poder, cooperação e conflito, e autonomia técnica são permeadas por concepções dualistas que influem na organização e qualidade da atenção à parturiente. Os resultados revelam, de um lado, o consenso sobre as vantagens da cooperação profissional para a melhoria da atenção, tendo como premissas a definição de papéis e a valorização de habilidades pessoais. De outro, conflitos vinculados às atribuições profissionais e condutas terapêuticas no parto refletem a percepção dos entrevistados a respeito da autonomia e da hierarquia profissional que relacionam o cuidado obstétrico à "observação objetiva" da parturiente. A magnitude dos conflitos apresenta-se diferenciada segundo o contexto institucional, indicando ser relacionada a limitações advindas de concepções dualistas que separam objetivo/subjetivo, racional/emocional, masculino/feminino, etc. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACTIn Brazil, where birthing generally occurs in hospitals and under the care of obstetricians, the incorporation of nurses is a strategy that has been used recently in an attempt to improve obstetric care. This study, conducted in two maternity hospitals in Rio de Janeiro, focuses on representations of obstetricians and nurses regarding teamwork and analyzes how the dimensions of power, cooperation/conflict, and technical autonomy are permeated by dualistic conceptions which influence the quality of health care for women during childbirth. On the one hand, the results show a consensus regarding the advantages of professional cooperation in the improvement of health care, assuming the existence of a clear definition of professional roles. At the same time, conflicts regarding therapeutic conduct during the birth process reflect the professionals' perceptions of autonomy and the influence of professional hierarchies, in which obstetric care is seen to depend on the "objective observation" of the women giving birth. The degree of conflict is differentiated according to the institutional context and related to dualistic conceptions such as objective/subjective, rational/emotional, and male/female

    Women's representations and experiences with vaginal and cesarean delivery in public and private maternity hospitals

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    Este estudo analisa as diferentes representações e experiências quanto ao parto vaginal e cesárea de mulheres de diferentes estratos sócio-econômicos, bem como a natureza das relações profissionais de saúde/usuárias no contexto institucional em que estão inseridas. A pesquisa de natureza qualitativa foi desenvolvida em três maternidades do Município do Rio de Janeiro, Brasil, sendo uma pública, uma conveniada com o SUS e uma particular, com mulheres que tiveram os dois tipos de parto. Os resultados revelam que o modelo de organização dos serviços público e privado apresentam variações que produzem diferentes tipos de assistência e de relação entre os profissionais de saúde e as usuárias, dando forma a experiências distintas entre as mulheres pesquisadas. Todavia, ao empreendermos uma crítica assentada nas relações de gênero, podemos verificar que o modelo de assistência ao parto permanece submetendo quem deve ser sujeito e reproduzindo o projeto da medicalização - mesmo que este processo se manifeste de formas diferenciadas entre os grupos estudados -, o que reduz o campo da assistência e inviabiliza um lugar de poder diferenciado das usuárias. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACTThis study analyzes the different representations and experiences of women from different social classes, including issues related to their relations with hospital staff in different institutional settings. This qualitative study focused on women who had experienced both types of delivery, in three maternity hospitals in Rio de Janeiro, Brazil (one public, one fully private, and another private under an outsourcing agreement with the public health system). The study showed that variations in public and private service models result in different types of delivery care and different relations with staff, and are reflected in different birthing experiences for the women. However, a critical gender perspective shows that in both cases, the service models reproduce the medicalization of childbirth and women's submission as objects in the birthing process. Although this is manifested in different ways in the three groups, the end result is to reduce the range of care and the possibility of women's empowerment during childbirth

    GÊNERO E TRABALHO – o papel das licenças maternidade, paternidade e parental em perspectiva comparada.

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    O artigo analisa a produção acadêmica sobre as licenças maternidade/paternidade e parental no enfrentamento dos conflitos entre trabalho remunerado e responsabilidades familiares, em perspectiva comparada. Realiza pesquisa bibliográfica nas principais bases nacionais e revistas internacionais no campo dos estudos de gênero e políticas públicas. Discute os resultados e significados dessas licenças à luz de diferentes campos das ciências humanas buscando caracterizar os limites e possibilidades desses direitos no Brasil. Apresenta, ainda, resultados comparativos entre países em termos das características das licenças, suaextensão, cobertura, financiamento e impactos sobre a promoção de maior igualdade de gênero no trabalho remunerado e não remunerado na família. Palavras-chave : licença maternidade; licença paternidade; licença parental; gênero e trabalho

    Quality of birth care in maternity hospitals of Rio de Janeiro, Brazil

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    OBJETIVO: Avaliar a qualidade da atenção durante o processo de trabalho de parto de acordo com normas da Organização Mundial de Saúde. MÉTODOS: Trata-se de estudo do tipo caso-controle, realizado em duas maternidades: pública e conveniada com o Sistema Único de Saúde, no Município do Rio de Janeiro. A amostra foi composta por 461 mulheres na maternidade pública (230 partos vaginais e 231 cesáreas) e por 448 mulheres na maternidade conveniada (224 partos vaginais e 224 cesáreas). De outubro de 1998 a março de 1999, foram realizadas entrevistas com puérperas e revisão de prontuários. Foi construído escore sumarizador da qualidade do atendimento. RESULTADOS: Observou-se baixa freqüência de algumas práticas que devem ser encorajadas, como presença de acompanhante (1% na maternidade conveniada, em ambos os tipos de parto), deambulação durante o trabalho de parto (9,6% das cesáreas na maternidade pública e 9,9% dos partos vaginais na conveniada) e aleitamento na sala de parto (6,9% das cesáreas na maternidade pública e 8,0% das cesáreas na conveniada). Práticas comprovadamente danosas e que devem ser eliminadas como uso de enema (38,4%), tricotomia, hidratação venosa de rotina (88,8%), uso rotineiro de ocitocina (64,4%), restrição ao leito durante o trabalho de parto (90,1%) e posição de litotomia (98,7%) para parto vaginal apresentaram alta freqüência. Os melhores resultados do escore sumarizador foram obtidos na maternidade pública. CONCLUSÕES: As duas maternidades apresentam freqüência elevada de intervenções durante a assistência ao parto. A maternidade pública, apesar de atender clientela com maior risco gestacional, apresenta perfil menos intervencionista que maternidade conveniada. Procedimentos realizados de maneira rotineira merecem ser discutidos à luz de evidências de seus benefícios

    Prevalence, associated factors and outcomes of pressure injuries in adult intensive care unit patients: the DecubICUs study

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    Funder: European Society of Intensive Care Medicine; doi: http://dx.doi.org/10.13039/501100013347Funder: Flemish Society for Critical Care NursesAbstract: Purpose: Intensive care unit (ICU) patients are particularly susceptible to developing pressure injuries. Epidemiologic data is however unavailable. We aimed to provide an international picture of the extent of pressure injuries and factors associated with ICU-acquired pressure injuries in adult ICU patients. Methods: International 1-day point-prevalence study; follow-up for outcome assessment until hospital discharge (maximum 12 weeks). Factors associated with ICU-acquired pressure injury and hospital mortality were assessed by generalised linear mixed-effects regression analysis. Results: Data from 13,254 patients in 1117 ICUs (90 countries) revealed 6747 pressure injuries; 3997 (59.2%) were ICU-acquired. Overall prevalence was 26.6% (95% confidence interval [CI] 25.9–27.3). ICU-acquired prevalence was 16.2% (95% CI 15.6–16.8). Sacrum (37%) and heels (19.5%) were most affected. Factors independently associated with ICU-acquired pressure injuries were older age, male sex, being underweight, emergency surgery, higher Simplified Acute Physiology Score II, Braden score 3 days, comorbidities (chronic obstructive pulmonary disease, immunodeficiency), organ support (renal replacement, mechanical ventilation on ICU admission), and being in a low or lower-middle income-economy. Gradually increasing associations with mortality were identified for increasing severity of pressure injury: stage I (odds ratio [OR] 1.5; 95% CI 1.2–1.8), stage II (OR 1.6; 95% CI 1.4–1.9), and stage III or worse (OR 2.8; 95% CI 2.3–3.3). Conclusion: Pressure injuries are common in adult ICU patients. ICU-acquired pressure injuries are associated with mainly intrinsic factors and mortality. Optimal care standards, increased awareness, appropriate resource allocation, and further research into optimal prevention are pivotal to tackle this important patient safety threat

    The conflict between work and family responsibilities in Brazil: reflections on labor rights and the politics of early childhood education

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    Made available in DSpace on 2016-06-15T17:41:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 831.pdf: 851838 bytes, checksum: 99e20af8a3c73747ab3bea28500ac52a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2012Made available in DSpace on 2016-07-05T22:26:21Z (GMT). No. of bitstreams: 3 831.pdf.txt: 563559 bytes, checksum: de097381b3c0f84e390c0b6eb3b396e7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 831.pdf: 851838 bytes, checksum: 99e20af8a3c73747ab3bea28500ac52a (MD5) Previous issue date: 2012Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Analisamos o conflito entre trabalho e responsabilidades familiares noBrasil, através do estudo de elementos que poderiam amenizar esse conflitopara as famílias que têm crianças entre 0 e 6 anos de idade examinando duaspolíticas públicas direitos do trabalho e serviços de educação infantil. Nessaanálise trabalhamos as dimensões acesso, concepção política, estrutura e tipo de provisão dos benefícios, tendo como parâmetro normativo a igualdade de gênero. Comparamos a inserção dos pais de famílias biparentais emonoparentais femininas no mercado de trabalho visando identificar osdesafios que enfrentam para compatibilizar trabalho e família. Em seguida, discutimos aspectos da interseção entre indicadores de trabalho das mães e da política de educação infantil como um mecanismo de enfrentamento desse conflito. Desenvolvemos pesquisa de natureza qualiquantitativa. A análisequalitativa examinou as normas legais e as políticas públicas que guardamrelação com o conflito tratado, a partir da Constituição de 1988. A análisequantitativa é um Estudo Seccional com amostra probabilística dos domicíliosque tinham pelo menos uma criança entre 0 e 6 anos de idade, nas regiõesmetropolitanas, visando descrever e analisar a inserção produtiva dos pais e a relação entre indicadores de educação infantil e o trabalho remunerado dasmães, sob um enfoque sociológico. Os dados utilizados foram provenientes daPNAD/IBGE, ano 2006. O ponto de partida teórico-metodológico para entender a relação entre trabalho e vida familiar é a compreensão de que essas dimensões no modo de produção capitalista estão em conflito. Em segundo lugar, a natureza desseconflito se modifica historicamente, mas ganha relevo o traço característico dainserção das mulheres no trabalho assalariado. Não há no Brasil uma política direcionada à conjugação dasnecessidades laborais e familiares. O processo da maternidade transferida, aexistência da empregada doméstica e a segmentação do mercado de trabalhodão uma tonalidade específica às condições de produção e reprodução social atravessada pelas relações de classe. No mercado de trabalho, a precarização e os baixos salários são preponderantes, os benefícios trabalhistas, associados à formalização do emprego, possuem um forte viés de gênero, estão concentrados nos direitos reprodutivos das mulheres e não como demandas familiares ao longo da vida dos trabalhadores. Na política de Educação Infantil, os dados evidenciaram uma baixa cobertura, notadamente nos serviços de creche e importantes desigualdades socioeconômicas na sua distribuição. Asmedidas de ampliação do horário escolar são recentes e caminhamlentamente, o financiamento da educação encontra inúmeros entraves e notase a crescente migração para a rede privada de ensino. Apesar disso, o acesso aos serviços de Educação Infantil apresentou associação positiva com acondição produtiva das mães. A apreensão do conflito entre trabalho e família é incipiente, percebidode forma dispersa e refratária a um entendimento em termos da divisão sexual do trabalho. As novas configurações do mercado de trabalho e da estrutura familiar agudizam essa tensão. A constituição de políticas sociais como um direito de cidadania pode implicar um questionamento à essa lógica de organização social que coloca em rota de colizão o trabalho remunerado e o trabalho reprodutivo, principalmente, para as mulheres.In this thesis, we analyze the conflict between paid work and family responsibilities in Brazil, through the study of elements which could diminish this conflict for those families with children between the ages of 0-6, examining two public policies – labor rights and early education services. In this analysis, we focus on the following dimensions: access, political conception, and structure and type of benefits, using a normative parameter of gender identity. We compare the labor market insertion of parents in two-parent and one-parent families with the aim of identifying the challenges they face in ´reconciliation´ of paid work and family. Following this, we discuss aspects of the intersection of indicators of mothers´ paid work and early education policies as a mechanism for confronting this conflict. This research combines qualitative and quantitative methods. The qualitative analysis examines the legal norms and the public policies which can be related to the conflict at hand, following the 1988 Brazilian Constitution. The quantitative analysis is a Sectional study with a probabilistic sample of domiciles in the Metropolitan Regions which had at least one child up to the age of 6, aiming to describe and analyze the relation between the labor market situation of the parents and indicators of early education, using a sociological approach. The data are from the Census Bureau´s 2006 National Household Sample Research. To understand the relations between paid work and family, the theoretical/methodological starting point is the understanding that these dimensions are in conflict in the capitalist mode of production. Secondly, the nature of this conflict is historically variable, but here the characteristics of women´s insertion in the labor market are highlighted. Brazil has no policy explicitly related to the conciliation of labor demands and family needs. The process of “transference of mothering”, the existence of domestic workers and the segmentation of the labor market give a specific tone to the conditions of production and reproduction social, cut across by social class relations. In the labor market, ´flexibilization´ and low salaries are preponderate, and labor benefits are associated with formal work contracts, are highly skewed by gender, and concentrated on women´s reproductive rights, and not on family demands throughout the life cycle. Regarding the policies for early education, the data show low coverage, especially in day-care services, and important socio-economic inequalities in distribution. Measures to increase school hours are recent, and proceed slowly; there are many barriers in financing of education; and increasing migration to private education is noted. Despite this, access to early education is positively associated with the mothers ´ situation in the labor market. Comprehension of the conflict between paid work and family is in general incipient, perceived only vaguely, and resistant to understanding in terms of the sexual division of labor. The new configurations of the labor market and of family structures increase this tension. The formulation of social politics as citizens´ rights could imply questioning of this logic of social organization, which puts paid work and reproductive work on a collision course – principally for women

    Trabalho e responsabilidades familiares no Brasil: reflexões sobre os direitos do trabalho

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    Entender a relação entre trabalho e vida familiar, no capitalis-mo, requer reconhecer que essas dimensões estão em conflito, adquirin-do novos contornos com a maciça entrada feminina no mercado detrabalho. A feminização dos mercados de trabalho coincidiu com a trans-formação da organização do trabalho e da produção, incrementandoessas tensões. A estas mudanças se associam as sociodemográficas que geraram variações na estrutura das famílias, criando uma nova relação entre demanda e oferta de cuidados. No artigo é analisada a evolução da legislação trabalhista e previdenciária quanto à proteção à maternidadee a “conciliação” entre trabalho e família, tendo por referência normas internacionais de proteção ao(à) trabalhador(a) e o exame de proposições recentes do legislativo brasileiro. Considera-se, desde uma  perspectiva de gênero, que a produção desta  legislação reflete possibilidades e limites das formas de intervenção do Estado brasileiro sobre a temática

    Saberes e práticas de enfermeiros e obstetras: cooperação e conflito na assistência ao parto

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    A incorporação crescente de enfermeiros constitui uma das estratégias para melhorar a assistência obstétrica no Brasil, onde o parto é atendido sobretudo por obstetras e em hospitais públicos. Nosso estudo, realizado em duas maternidades do Rio de Janeiro, busca compreender as representações de obstetras e de enfermeiras sobre o trabalho em equipe. Analisa de que forma as dimensões de poder, cooperação e conflito, e autonomia técnica são permeadas por concepções dualistas que influem na organização e qualidade da atenção à parturiente. Os resultados revelam, de um lado, o consenso sobre as vantagens da cooperação profissional para a melhoria da atenção, tendo como premissas a definição de papéis e a valorização de habilidades pessoais. De outro, conflitos vinculados às atribuições profissionais e condutas terapêuticas no parto refletem a percepção dos entrevistados a respeito da autonomia e da hierarquia profissional que relacionam o cuidado obstétrico à "observação objetiva" da parturiente. A magnitude dos conflitos apresenta-se diferenciada segundo o contexto institucional, indicando ser relacionada a limitações advindas de concepções dualistas que separam objetivo/subjetivo, racional/emocional, masculino/feminino, etc
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