47 research outputs found

    Sobre a Amizade

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    Este artigo procura delinear os contornos da amizade na sociedade contemporânea, distinguindo-a de outros modelos de ação a ela adjacentes, como a intimidade e o companheirismo

    A nova teoria da representação

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    Na palestra realizada no Espaço ABC, em junho de 1980, o filósofo José Arthur Giannotti procurou sustentar a tese de que a nova teoria da representação, a partir de pinturas do artista inglês David Hockney, conjugava formas mais ou menos abstratas com formas individualizadas pela visibilidade. Para ele, a crise da sintaxe, bem como a crise do Abstracionismo, havia originado uma figuração antimetafísica, paralela a certas filosofias modernas. Após a transcrição de sua palestra, segue-se a do acalorado debate ocorrido com o público presente.

    SER E NÃO SER PROFESSOR DE FILOSOFIA

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    De certo modo a História das Ideias no Brasil não mais se resume na descrição das célebres vagas procedentes das metrópoles, hoje as influências externas são repostas por um debate que tende a ser nacional. Sem dúvida a dependência de cultura se faz sentir a todo momento e em qualquer domínio, mas sem que se desenhe propriamente uma tradição, já se pode perceber um grau mínimo de auto-referiment

    Dialética X Analítica

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    Este artigo trata da oposição entre analítica e dialética, defendendo a tese de que essa oposição somente ganha sentido filosófico na medida em que vigora uma certa correspondência que liga as estruturas da lógica a uma ontologia que pensa essas estruturas. AbstractThis article focuses on the opposition between analytics and dialetics. It defends the thesis that this opposition will make sense only if it subsists a certain correspondence between the structures of logic with an ontology that thinks these structures

    Contra-dicção

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    Trata-se de revisitar o conceito de contradição em situações em que ele é um constituinte de um jogo de linguagem, conforme a análise gramatical de Wittgenstein. Desse ponto de vista, ele perde sua singularidade e pode descrever situações em que oponentes sejam levados a novas relações de coexistência. E assim torna-se possível pensar em uma política democrática muito longe de qualquer contratualismo. Abstract This paper tries to revisit the concept of contradiction in situations where it is a constituent of a language game, following the grammatical analysis of Wittgenstein. From this point of view, it loses its singularity and can describe situations where opponents are driven to new relations of coexistence. And so it becomes possible to think about democratic politics far away from any form of contractualism.Recebido em 08/2014Aprovado em 09/2014

    Moralidade e política numa sociedade de massa

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    A longa e intensa crise em que a economia mundial mergulhou depois de 2008 obrigou os governos e os bancos centrais a aplicarem mecanismos keynesianos. Em consequência, foram recolocadas as tradicionais questões sobre os relacionamentos entre o sistema econômico, a política e o Estado. Revisitar Marx se tornou inevitável. A nova edição d’O Capital, preparada pela MEGA, coloca questões surpreendentes, mas que já se anunciavam para os estudiosos desse livro, principalmente para aqueles mais atentos às páginas soltas do III livro. O editor Engels terminou arredondando um conjunto textos que caminham em várias direções e que dificilmente mostram o movimento do capital caminhando para uma supercontradição que terminaria pondo em xeque a própria existência do sistema. Basta ler o capítulo sobre a tendência à queda do lucro para que se perceba que ela é muito mais um jogo de fatores que se contestam do que uma tendência nevrálgica do sistema. Os editores da nova edição da MEGA mostram que Marx abrira de tal forma o leque de suas investigações que o livro dificilmente encontraria seu fecho. E como Marx era um gênio aberto às novidades do capitalismo, ele mesmo escrevera uma carta em que afirmava lhe ser impossível terminar o livro, antes que a crise mundial daquela época delineasse os caminhos de sua superação. Tudo isso nos leva a recolocar uma série problemas. Quais são as relações entre o pensamento maduro de Marx e o marxismo? Sabemos que este se tornou uma ideologia a serviço de uma política imperialista da União Soviética e de seus aliados. Até a II Guerra mundial a crítica ao capital se dividia em dois campos. O campo marxista desenvolvendo uma teoria da história e uma teoria da luta de classes muito fechada que impediam a compreensão da política pós-guerra. O campo nazista transfigurou a crítica do capital numa crítica da ciência tecnocrata. O marxismo se torna uma teoria do conhecimento e a ideologia nazista uma fenomenologia da crise da razão. Vemos hoje como estes campos estão misturados. Voltar aos textos de Marx me parece um bom começo para superar tanta confusão. E repensar o modo de produção capitalista considerando o valor como uma substância — como nos ensina a crítica de Marx a Ricardo — nos obriga a colocar a tradicional questão do juízo de valor fora do dilema de uma volta a Hegel ou a Kant, em que se chafurdam os críticos atuais

    Desvendando o sentido

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    A terceira Crítica configura um papel inédito para a reflexão: a conformação da natureza em gêneros e espécies aparece como pressuposto de uma forma de pensar que é vaga na medida em que empresta sentido a modos particulares de finalidade. No entanto, como esse sentido vai ser pensado depende de uma leitura da lógica formal, quer porque fica subordinada a uma gramática universal, no caso de Husserl, quer porque se dissolve ela mesma numa linguagem, como em Wittgenstein. Unveiling the meaning Abstract The third Critique constitutes a new role for reflection: the conformation of nature in genres and species is taken as the assumption of a form of thinking which is vague in so far as it gives sense to particular manners of finality. However, the way that this sense is to be considered depends upon an interpretation of formal logic, either because it is subordinated to a universal grammar, in Husserl's case, or because it dissolves itself in a language, as it is in Wittgenstein's

    A Universidade em Ritmo de Barbárie

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