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Auto-eficácia e sintomas depressivos em doentes com dor crônica
BACKGROUND: Self-efficacy is the belief about ones personal ability to perform a task or specific behavior successfully. Self-efficacy is a key concept to manage chronic diseases and the studies about it are insufficient in Brazil. OBJECTIVE: To evaluate chronic pain patients self-efficacy belief and relate to social demographic variables, pain and depressive symptoms. METHODS: The convenience sample was 132 subjects. The instruments utilized were Chronic Pain Self-efficacy Scale (CPSS) in Portuguese version (AEDC) and Beck Depression Inventory (BDI). RESULTS: The self-efficacy average score was 170.8 (DP = 56.7). Low self-efficacy was observed in 8 year education level patients compared to 9 to 11 year education level (p = 0.015). Higher self-efficacy was observed in patients with lower pain intensity (p = 0.042). The AEDC was negative correlated to IDB depression (r = - 0.48; p < 0.01). CONCLUSIONS: Patients with 8 year education level showed low self-efficacy than patients with 9 to 11 year education level. Subjects with lower pain intensity and fewer depressive symptoms showed higher self-efficacy scores.CONTEXTO: Auto-eficácia é a crença na habilidade pessoal de desempenhar com sucesso tarefas ou de apresentar comportamentos para produzir um resultado desejável. É conceito-chave para o adequado controle de doenças crônicas e estudos sobre o tema são incipientes no Brasil. OBJETIVO: Avaliar a crença de auto-eficácia de pacientes com dor crônica e relacioná-la a variáveis sociodemográficas, de características da dor e à presença de sintomas depressivos. MÉTODOS: A amostra, de conveniência, foi de 132 sujeitos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Auto-Eficácia para Dor Crônica (AEDC) e o Inventário de Depressão de Beck (IDB). RESULTADOS: O escore médio de auto-eficácia foi 170,8 (DP = 56,7). Auto-eficácia menor foi observada nos pacientes com até 8 anos de escolaridade, quando comparada à de pacientes com escolaridade entre 9 e 11 anos (p = 0,015). Auto-eficácia mais elevada foi observada nos doentes com dor menos intensa (p = 0,042). A Escala AEDC apresentou correlação negativa com o IDB (r = - 0,48; p < 0,01). CONCLUSÕES: Os doentes com escolaridade de até 8 anos apresentaram auto-eficácia menor que os doentes que tinham entre 9 e 11 anos de escolaridade. Os pacientes com dor menos intensa e os doentes com menos sintomas depressivos apresentaram maior auto-eficácia
Initial clinical presentation in cases of inborn errors of metabolism in a reference children's hospital : still a diagnostic challenge
Objetivo: Avaliar a apresentação clínica inicial dos casos com diagnóstico confirmado de erros inatos do metabolismo (EIM) em um serviço de referência em atendimento pediátrico. Métodos: Estudo clínico, observacional, com delineamento transversal e de coleta retrospectiva em consulta ambulatorial de 2009 a 2013. Critério de inclusão: paciente encaminhado para investigação de EIM. Critério de exclusão: diagnóstico prévio de EIM. Variáveis analisadas: dados de identificação; situação atual da investigação diagnóstica; história familiar; apresentação clínica inicial; alterações laboratoriais. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva Resultados: Incluídos 144 pacientes, sendo 62,5% do sexo masculino. A mediana de idade foi de 2,6 anos e a média de 4,3 ± 4,7 anos. Doze pacientes (8,3%) tiveram o diagnóstico confirmado (três com aminoacidopatias, três com acidemias orgânicas, dois com distúrbios do ciclo da ureia e quatro com doenças de depósito lisossômico). Déficit cognitivo e convulsões foram os sinais e sintomas iniciais; seguidos de retardo de crescimento, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, convulsões e hepatomegalia. As principais alterações laboratoriais encontradas foram hiperamonemia e acidose metabólica. Conclusões: O diagnóstico dos EIM ainda traz desafios à prática pediátrica. Neste estudo foram identificados os seguintes fatores: dificuldade de acesso aos exames laboratoriais específicos, reduzido número de especialistas e pouca difusão do conhecimento nas faculdades da área da saúde. O diagnóstico precoce dos EIM tem impacto fundamental no tratamento e prevenção das sequelas, devendo ser considerado já nas hipóteses diagnósticas iniciais.Objective: To assess the initial clinical presentation of confirmed cases of inborn errors of metabolism (IEM) at a reference facility for pediatric care. Methods: Cross-sectional, observational and descriptive study with data collection of outpatients, from January 2009 to December 2013. Inclusion criterion: referral to IEM investigation. Exclusion criterion: prior diagnosis of IEM. Analyzed variables: identification data; status of diagnostic investigation; family history of IEM; initial clinical presentation, laboratory abnormalities related to the hypothesis of IEM. Descriptive statistical methods were used in the data analysis. Results: We included 144 patients in the study, of which 62.5% were male. The mean and median ages were, respectively, 4.3 ± 4.7 years and 2.6 years. Twelve patients (8.3%) had a confirmed diagnosis of IEM (three with aminoacidopathies, three with organic acidemias, two with urea cycle disorders and four with lysosomal storage diseases). Cognitive impairment and seizures were the initial signs and symptoms, followed by growth retardation, neuropsychomotor developmental delay, seizures and hepatomegaly. The main laboratory abnormalities in the diagnosis were hyperammonemia and metabolic acidosis. Conclusions: The diagnosis of IEM still creates challenges to the pediatric practice. In this study, we identified the following factors: difficulty to access specific laboratory tests, reduced number of experts and poor dissemination of knowledge among healthcare schools. The early diagnosis of IEM majorly impacts the treatment and prevention of sequelae and should be considered in the initial diagnostic hypotheses
Efeito da substituição do milho pela palma forrageira sobre o desempenho, características de carcaça e qualidade da carne de cordeiros terminados em confinamento
Objetivou-se avaliar o efeito da substituição do milho moído por duas espécies de palma forrageira, Orelha de Elefante Mexicana-OEM (Opuntia stricta Haw.) e espécie Gigante (Opuntia ficus-indica Mill) em uma ração completa para terminação de cordeiros avaliando seus efeitos sobre consumo, comportamento ingestivo, desempenho, características de carcaça, cortes comerciais e composição físico-química da carne. Foram utilizados dezoito cordeiros sem padrão racial definido com peso corporal médio de 15,0 ± 2,32 kg e foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos (OEM e palma Gigante e grão de milho como controle) e seis repetições. As duas espécies de palma forrageira em substituição ao milho moído na dieta de cordeiros não modificaram o consumo de matéria seca (CMS) proteína bruta e fibra em detergente neutro nem o tempo (min/dia) de ingestão, ruminação e ócio ou ganho corporal final. Cordeiros alimentados com milho moído e palma Gigante apresentaram maior ganho de peso total (GPT) e médio diário (GMD) em relação à espécie OEM. A dieta com milho moído promoveu melhor rendimento de carcaça quente e fria comparando cordeiros recebendo palma forrageira, independente da espécie. Os custos com ração e total (kg/cordeiro) foram maiores para a dieta com milho moído. A substituição do milho moído pela palma forrageira não alterou os teores de umidade, proteína e cinzas da carne, bem como a capacidade de retenção de água, perda por cozimento, força de cisalhamento e intensidade de cor a*. No entanto, houve efeito para o teor de lipídios da carne, índice de intensidade de cor b* e L*, sendo que a espécie de palma Gigante e o milho grão moído apresentou o maior teor de lipídios e intensidade de amarelo (b*) e menor cor L* em relação ao OEM. A espécie palma forrageira Gigante pode substituir o milho moído como fonte de energia em dietas para cordeiros em terminação, pois melhora significativamente o rendimento financeiro do produtor sem alterar o GMD, CMS, comportamento ingestivo e rendimento dos cortes comerciais.
Palavras-chave: carcaça; coloração; força de cisalhamento; palma; ruminant
Geoquímica Orgânica de Folhelhos da Formação Pojuca, Bacia do Recôncavo, Brasil
A bacia sedimentar do Recôncavo, localizada no estado da Bahia, desde a descoberta de petróleo, no final dos anos 30 em Lobato, tem sido intensamente explorada. Atualmente, após 80 anos de exploração ininterrupta é considerada como uma bacia madura. Contudo, ainda é objeto de pesquisas exploratórias e de estudos de cunho acadêmico. Constitui parte integrante do sistema de riftes intracontinentais Recôncavo-Tucano-Jatobá, e seus sistemas petrolíferos possuem em comum a Formação Candeias como rocha geradora principal, depositada na sequência sin-rifte, de idade eocretácea (Berriasiano). Entretanto, avalia-se que a Bacia do Recôncavo é portadora de outros níveis de folhelhos com potencial gerador de hidrocarbonetos; sendo que a própria ANP considera que a Formação Pojuca também apresenta alto potencial gerador, ponderando que a mesma ocorre, em boa parte da bacia, fora da janela de geração. Assim, este trabalho objetiva avaliar a potencialidade para geração de hidrocarbonetos, o estágio de maturação térmica, e o paleoambiente deposicional dos folhelhos da Formação Pojuca, depositadas também na fase sin-rifte, porém de idade relativamente mais jovem (Hauteriviano-Barremiano) que a Formação Candeias. Foram coletadas 48 amostras de folhelhos de um testemunho cortado pelo poço 9-FBA-79-BA, próximo à cidade de Aramari, no estado da Bahia. Os teores de carbono orgânico total (COT) variaram de 1,24 a 4,85 % e os resultados da pirólise Rock-Eval indicam querogênio predominantemente dos tipos I/II, potencial gerador de hidrocarbonetos (S2) variando de pobre a excelente (1,26 a 26,56 mg HC/g rocha), baixa a boa concentração de hidrocarbonetos livres (S1) e temperatura máxima (Tmax) da pirólise Rock-Eval que sugere imaturidade termal das amostras (440oC). Através da análise de isótopos estáveis de carbono (-33,83‰ a -21,54‰), foi possível inferir que o paleoambiente deposicional da Formação Pojuca foi lacustre com variações na salinidade da água
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