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    Quantificação da função esfincteriana pela medida da capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária do canal anal Sphincteric function quantification by measuring the capacity to sustain the squeeze pressure of the anal canal

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    RACIONAL: Tem sido demonstrado que a pressão máxima de contração voluntária e a pressão média de repouso não refletem a real situação clínica do paciente portador de incontinência fecal, não traduzem a realidade funcional do canal anal, além de poder estar comprometendo a conduta a ser tomada devido ao não-encaminhamento à terapêutica específica. OBJETIVO: Com a hipótese de que contrair e manter a contração é mais importante que simplesmente contrair, mesmo com pico momentaneamente elevado de pressão, analisou-se a capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária do canal anal com o intuito de quantificar a função esfincteriana relativa à continência fecal. MATERIAL E MÉTODOS: Submeteram-se a exame manométrico anorretal 72 pacientes (56 mulheres) portadores de incontinência fecal de vários graus e 15 (9 mulheres) indivíduos continentes (normais), avaliando-se a pressão média de repouso, a pressão máxima de contração voluntária e a capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária. RESULTADOS: Os indivíduos continentes apresentaram valores normais de pressão média de repouso e de pressão máxima de contração voluntária, além de adequada capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária. Os pacientes incontinentes apresentaram pressão média de repouso e pressão máxima de contração voluntária com valores pressóricos normais ou abaixo do normal e perfil semelhante de capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária, ou seja, moderada na fase inicial e ruim nas fases intermediária e final, com queda da mesma superior a 35% em 78% dos pacientes. A pressão máxima de contração voluntária apresenta excelente especificidade (100%) porém, sensibilidade baixa (46%) para incontinência fecal. Comparativamente, a capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária apresenta elevadas especificidade (93%) e sensibilidade (78%) para incontinência fecal. Embora a pressão máxima de contração voluntária não indique falso-positivos, apresenta 72% de falso-negativos. A probabilidade deste fato acontecer com a medida de capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária é, praticamente, 20% menor, valor estatisticamente significativo. CONCLUSÃO: O indicativo de função esfincteriana é melhor analisado pela capacidade de sustentação. A capacidade de sustentação traduz com mais exatidão, a capacidade funcional do canal anal em relação à continência voluntária, sendo isoladamente, melhor que a pressão máxima de contração voluntária.<br>BACKGROUND: It has been demonstrated that the maximum squeeze pressure and the mean resting pressure do not reflect the true clinical situation of patients having fecal incontinence, as well as the functional status of the anal canal. Furthermore, a wrong diagnosis could be obtained and therefore misleading to a not effective treatment. AIM: Under the hypothesis that squeezing and sustaining the anal canal contraction is more important than the maximum squeeze pressure, the capacity to sustain the squeeze pressure of the anal canal was analyzed aiming to quantify the sphincteric function. METHODS: Seventy-two patients having fecal incontinence in different degrees (56 female) and 15 normal individuals (9 female) were submitted to anorectal manometry to measure the mean resting pressure, the maximum voluntary squeeze pressure and the capacity to sustain the squeeze pressure. RESULTS: Normal individuals had normal values of mean resting pressure and maximum squeeze pressure, and adequate capacity to sustain the squeeze pressure of the canal anal. Incontinent patients had mean resting pressure and maximum squeeze pressure with normal or below normal pressoric values and similar profile of capacity to sustain which was moderate in the initial phase and worse in the intermediate and final phases, with decreasing of the capacity to sustain more than 35% in 78% of the patients. The maximum squeeze pressure presented excellent specificity (100%), but low sensitivity (46%) for fecal incontinence. Comparatively, the squeeze pressure presented high specificity (93%) and high sensitivity (78%) for fecal incontinence. Although the maximum squeeze pressure did not indicate false positive, it presented a 72% false negative. The probability of this event to happen with the capacity to sustain measure is 20% lower, and it was statistically significant. CONCLUSION: Sphincteric function can be better analyzed by using the capacity to sustain the squeeze pressure. capacity to sustain indicates more precisely the functional capacity of the anal canal in relation to voluntary continence, and it is better than maximum squeeze pressure as an isolated index

    Anemia ferropriva e estado nutricional de crianças com idade de 12 a 60 meses do município de Viçosa, MG Iron deficiency anemia and nutritional status of children aged 12 to 60 months in the city of Viçosa, MG, Brazil

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    Este estudo transversal abrangeu crianças com idade de 12 a 60 meses assistidas pelo serviço público de saúde do município de Viçosa, objetivando avaliar a prevalência de anemia e anemia grave, e a relação entre o estado nutricional e a anemia ferropriva, nessas crianças. Para o diagnóstico de anemia, foi utilizado o beta-hemoglobinômetro (Hemocue), considerando o ponto de corte proposto pela Organização Mundial da Saúde de 11,0 g/dL para anemia, e para a anemia grave considerou-se 9,5g/dL. Das 171 crianças atendidas, 63,2% estavam anêmicas e 43,5% destas apresentavam anemia grave. Analisando o estado nutricional, encontrou-se uma alta porcentagem de crianças desnutridas, sendo considerados os índices de peso/idade, peso/estatura e estatura/idade (11,7%, 7,0% e 5,8%, respectivamente). Observou-se alta prevalência de anemia entre as faixas etárias mais precoces. Não foi verificada associação entre anemia e estado nutricional. Torna-se, portanto, necessário trabalhar de forma preventiva a anemia, bem como alertar os profissionais da área de saúde quanto ao diagnóstico precoce, profilaxia e tratamento.<br>This cross sectional study included children aged 12 to 60 months attended by the public health service in the city of Viçosa, state of Minas Gerais. The objective was to evaluate the prevalences of anemia and serious anemia, the hemoglobin levels and the relation between nutritional status and iron deficiency anemia in these children. For the diagnosis of anemia, (Hemocue) was used, and the cutoff point of 11.0 g/dL proposed by the World Health Organization for anemia, and was adopted serious anemia, was adopted 9,5g/dL. A total of 171 children was evaluated; 62.2% were anemic and 43.5% of these were seriously anemic. Analyzing the nutritional status, a high percentage of under nourished children was found, according to the indexes weight/age, weight/height and height/age (11.7%, 7.0% and 5.8%, respectively). A high prevalence of anemia was observed among the earlier groups. No association was verified between anemia and nutritional status. Therefore, it is necessary to work towards anemia prevention and to alert the health professionals to an early diagnosis, prophylaxis and treatment
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