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    Alimentação escolar no contexto de pandemia

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    A alimentação escolar é um direito assegurado na Constitucional Federal do Brasil, sendo dever do Estado garanti-la a todos os estudantes matriculados na rede pública de educação básica. A principal forma de realizar essa garantia tem ocorrido por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Desde março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia pela COVID-19, medidas diversas têm sido tomadas para o controle da doença, dentre elas a suspensão de aulas presenciais, colocando em risco a garantia do direito humano à alimentação escolar na rede pública de ensino.  Diante disto, o presente artigo, por meio de uma revisão, apresenta e discute o processo de ressignificação e os desafios enfrentados pelo PNAE no contexto da pandemia. O mesmo aborda as principais mudanças ocorridas com a promulgação da Lei n° 13.987/2020, regulamentada pela Resolução CD/FNDE n° 02/2020, que autorizou, em caráter excepcional, durante o período de suspensão das aulas, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do programa às famílias dos estudantes. Além disto, apresenta as modalidades adotadas pelas Entidades Executoras e as atribuições dos diferentes atores de alimentação escolar do país, no contexto da pandemia, destacando seus reflexos na segurança alimentar e nutricional deste público

    Indicadores socioeconômicos, nutricionais e de percepção de insegurança alimentar e nutricional em famílias rurais

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    A insegurança alimentar e nutricional é multifacetada, apresentando diversos indicadores para esta situação, como os socioeconômicos, de estado nutricional e de percepção quanto ao acesso aos alimentos. Objetivou avaliar a insegurança alimentar e nutricional de famílias rurais, segundo indicadores socioeconômicos, nutricionais e de percepção. Para tal avaliação, utilizou-se indicadores sociais, econômicos, antropométricos, de consumo alimentar e de percepção, segundo Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Das famílias avaliadas, 49,4% estavam em insegurança alimentar, pela EBIA. Presença de menor de 18 anos, renda per capita, água tratada, número de moradores e de filhos e recebimento de Bolsa Família associaram-se a (in) segurança alimentar. A pontuação da EBIA correlacionou-se positivamente com número de moradores, filhos e adolescentes e negativamente com renda total e per capita. O estado nutricional não associou-se à (in) segurança alimentar, pela EBIA, embora a maioria das famílias apresentasse algum integrante com distrofia nutricional. Não houve associação entre consumo alimentar da família e insegurança alimentar, embora todas as famílias apresentassem consumo inadequado de energia e cálcio, e a maioria para sódio, zinco, fibra, ferro, lipídios e carboidratos. Assim, a segurança alimentar e nutricional deve ser avaliada em nível familiar, por diferentes indicadores, visando à avaliação complementar de suas diferentes vertentes

    Utilização de indicadores dietéticos como critérios prognósticos da Síndrome Metabólica

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    Objetivo:  propor a utilização de indicadores dietéticos como prognóstico da Síndrome Metabólica. Métodos: Realizou-se busca de materiais nas bases de dados eletrônicas (LILACS, MEDLINE, SciELO, Science Direct e Scopus), sites de órgãos públicos e livros que abordassem o tema de estudo. A busca dos materiais ocorreu por palavras-chave, relacionando síndrome metabólica e consumo alimentar, além de consumo alimentar e os indicadores clínicos da síndrome. Os termos foram pesquisados em inglês e português. Resultados: Foram analisados os indicadores dietéticos que possuíam relação direta com as variáveis clínicas e bioquímicas para diagnóstico da Síndrome Metabólica (SM). Os indicadores dietéticos abordados foram: consumo excessivo de energia, qualidade lipídica, consumo excessivo de carboidratos simples, dieta hipersódica, consumo excessivo de álcool, baixa ingestão de fibras e consumo de probióticos. Conclusão: A utilização de indicadores dietéticos como critérios prognósticos da SM possibilita conhecer a qualidade da alimentação tornando-os importantes nos programas de intervenções nutricionais ligados à prevenção, por meio da melhoria do padrão alimentar. Além disso, a alimentação adequada constitui fator fundamental não somente no tratamento, como também na prevenção da SM.Objective: To propose the use of dietary indicators as prognostic of metabolic syndrome. Methods: We conducted search for materials in electronic databases (LILACS, MEDLINE, SciELO, Science Direct and Scopus), public agency websites and books that addressed the topic of study. The search for materials occurred by keywords, linking metabolic syndrome and food consumption, and food consumption and clinical indicators of the syndrome. The terms were searched in English and Portuguese. Results: Dietary indicators that showed direct connection with clinical and biochemical variables for diagnosis of metabolic syndrome (MS) were analyzed. The dietary indicators discussed were: excessive energy consumption, lipid quality, excessive consumption of simple carbohydrates, salt diet, excessive alcohol intake and low fiber intake. Conclusion: Using dietary indicators as prognostic criteria of MS enables one to know the quality of food making them important nutritional interventions in programs related to prevention through improved dietary pattern. Moreover, appropriate nutrition is a key factor not only in the treatment but also in the  prevention of MS

    Evaluation of respiratory muscle strength and endurance, peripheral muscle strength, and functional capacity in patients with COPD / Avaliação da força e resistência muscular respiratória, força muscular periférica e capacidade funcional em pacientes com DPOC

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    This is an analytical, observational and cross-sectional study conducted from August 2017 to February 2020 in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) that aimed to assess respiratory muscle strength and endurance, peripheral muscle strength and functional capacity in patients with COPD. Respiratory muscle function was assessed using strength and endurance, peripheral muscle strength using the handgrip test, and functional capacity using the six-minute walk test (6MWT). The sensation of dyspnea was assessed by modified Medical Research Council and risk of exacerbation/hospitalization according to the classification of the Global Initiative for Chronic Obstructive Lung (GOLD). For statistical analysis, the Kolmogorov Smirnov, Chi-square, Pearson's correlation, Student t, ANOVA, and Bonferroni tests were performed with a significance level of 0.05. Forty patients were analyzed. There was a reduction in inspiratory and peripheral muscle strength in 97.5% (p <0.001) and 80% of patients (p = 0.001), respectively, in addition to a decrease in functional capacity in 97.4% (p <0.001) of individuals evaluated. There was a correlation between the GOLD classification with 6MWT (p=0.005) and inspiratory muscle strength (p=0.041), in addition to a relation between distance traveled and spirometric severity of obstruction (p=0.049). We conclude that there was a significant reduction in respiratory and peripheral muscle strength and functional capacity. The higher the degree of obstruction, the worse the performance on the 6MWT. In addition, patients who walked less have a higher risk of exacerbation and hospitalization, as well as those who have less respiratory muscle strength

    Food and nutrition insecurity and their relationship to social, economic and nutritional indicators of resident households in rural areas

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    Objetivou-se neste estudo verificar o comportamento de indicadores socioeconômicos e nutricionais na situação de (in) segurança alimentar e nutricional de famílias residentes de zona rural. A situação de (in) segurança alimentar e nutricional familiar foi avaliada por indicadores socioeconômicos, antropométricos, consumo alimentar e qualidade da dieta, utilizando-se Índice de Alimentação Saudável (IAS), além da percepção de insegurança alimentar pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Viçosa e ocorreu mediante assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. Das famílias avaliadas (n=79), 49,4% encontravam-se em insegurança alimentar, segundo EBIA. Presença de menor de 18 anos, adolescente, menor renda per capita, tratamento de água para consumo, maior número de moradores e de filhos e recebimento de Bolsa Família relacionaram-se a situação de (in) segurança alimentar (p<0,05). Pontuação da EBIA correlacionou-se positivamente com número de moradores, filhos e de adolescentes e negativamente com renda (p<0,05). O estado nutricional não se associou à situação de (in) segurança alimentar, pela EBIA, embora 84,5% das famílias apresentasse situação insegurança alimentar e nutricional pela presença de pelo menos um morador com distrofia nutricional. Não houve associação entre consumo alimentar da família e insegurança alimentar, embora todas as famílias apresentassem pelo menos um integrante com consumo inadequado de energia e cálcio e a maioria para carboidratos, lipídios, fibra, sódio, zinco ou ferro, sendo considerados em insegurança alimentar e nutricional. Em relação à qualidade da dieta, a pontuação da EBIA correlacionou-se negativamente com pontuação dos componentes fruta total e fruta inteira , carne, ovos e leguminosas e sódio e positivamente com a de cereal total (p<0,05). A pontuação total do IAS nas famílias não diferiu quanto a situação de segurança ou insegurança alimentar. Segurança alimentar e nutricional deve ser avaliada em nível familiar, por diferentes indicadores já que cada um avalia uma vertente desta situação, apresentando, muitas vezes, discordância entre si.The aim of this study was to verify the behavior of socioeconomic and nutritional indicators in the situation of food and nutrition security of resident households in rural areas. The situation of food security and nutrition to family was assessed by socioeconomic indicators, anthropometric, dietary intake and diet quality, using the Healthy Eating Index (HEI), beyond the food insecurity perception of the Brazilian Scale of Food Insecurity (EBIA). The study was approved by the Ethics Committee on Human Research of the Universidade Federal de Viçosa and occurred upon signing the Informed Consent Form. Of all the families (n = 79), 49,4% were food insecure, according EBIA. Presence of under 18 teen, lowest per capita income, treatment of water, more residents and children and receiving Bolsa Familia related to the situation of food security our food insecurity (p<0.05). The EBIA score was positively correlated with number of residents, children and adolescents, and negatively with income (p<0.05). The nutritional status was not associated to the situation of food security, by EBIA, although 84.5 % of families present food and nutrition insecurity by the presence of at least one resident with nutritional dystrophy. There was no association between dietary intake of family and food insecurity, although all families had at least one member with inadequate intakes of energy and calcium and for most carbohydrates, lipids, fiber, sodium, zinc or iron are considered food and nutrition insecurity. Regarding the quality of the diet, EBIA score was negatively correlated with the total score of the whole components fruit , meat, eggs and legumes and sodium and positively with total cereal (p<0.05). HEI score did not differ in families as the situation of food security or insecurity. Food and nutrition security should be evaluated within the family, by different indicators since each one evaluates one aspect of the situation, presenting often disagreement among themselves.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio

    Predictive models of (in) food and nutritional security, according to socioeconomic, demographic and nutritional indicators of brazilian families

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    Segurança alimentar e nutricional é definida como garantia de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, de indivíduos e famílias. A avaliação da (in) segurança alimentar e nutricional demanda o emprego de diferentes indicadores, que abarquem as dimensões de acesso, disponibilidade e utilização biológica dos alimentos, visando contemplar seu amplo conceito. Este estudo objetivou avaliar a (in) segurança alimentar e nutricional segundo indicadores de percepção, renda, disponibilidade calórica, consumo alimentar e estado nutricional, por localização e situação dos domicílios, e construir modelos de predição de insegurança alimentar e nutricional de famílias brasileiras, a partir destes indicadores. Empregou-se dados secundários referentes às famílias avaliadas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2008- 2009. Para a avaliação da insegurança alimentar e nutricional utilizou-se os seguintes indicadores: percepção sobre a quantidade insuficiente de alimento consumida pela família; renda familiar mensal per capita inferior a meio salário mínimo; renda familiar per capita inferior a dois dólares/dia; disponibilidade calórica no domicílio inferior ao somatório das necessidades energéticas de todos os integrantes da família, presentes no período da pesquisa; disponibilidade calórica no domicílio inferior a 2.500 calorias per capita/dia; consumo inadequado (abaixo ou acima das recomendações) de pelo menos um dos macronutrientes (lipídios, carboidratos ou proteínas) por pelo menos um dos moradores do domicílio; e presença de distrofia nutricional (baixo peso, baixa estatura e excesso de peso) em pelo menos um dos moradores do domicílio. Calculou-se as prevalências de insegurança alimentar e nutricional, pelos distintos indicadores, e seus respectivos intervalos de confiança, bem como razão de prevalência pela regressão de Poisson. Para a construção dos modelos de predição utilizou-se regressão de Poisson, bivariada e multivariada, com variância robusta. As análises foram estratificadas por localização (macrorregião) e situação (urbana ou rural) dos domicílios. Visando fortalecer a utilização da questão de percepção sobre a suficiência de alimentos para a família, presente na POF, como um indicador de segurança alimentar e nutricional, verificou-se a sensibilidade, valor preditivo negativo e concordância das questões isoladas da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) na detecção desta situação, presentes na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), nas edições de 2009 e 2013. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (parecer no 1.269.063/2015). As prevalências de insegurança alimentar e nutricional, pelos 11 indicadores, confirmam a mesma como um problema de saúde pública, com maior probabilidade de ocorrência nas macrorregiões Nordeste, Norte e zona rural do país. Considerando a dimensão de acesso e disponibilidade de alimentos, verificou-se que as maiores prevalências de insegurança alimentar e nutricional, em famílias brasileiras, foram detectadas pelos indicadores de disponibilidade calórica segundo necessidade energética e percepção quanto a insuficiência de alimentos para a família. Já em relação a dimensão de utilização biológica dos alimentos, verificou-se os indicadores de consumo inadequado de lipídios ou de carboidratos e de presença de excesso de peso ou de baixa estatura, por pelo menos um dos moradores do domicílio, apresentaram as maiores prevalências de insegurança. Ao avaliar todos os indicadores, de forma conjunta nos modelos de predição, constatou-se que a insegurança alimentar e nutricional foi melhor explicada, estatisticamente, pelos modelos que apresentavam como variáveis dependentes os indicadores de renda (em salário mínimo e em dólar) e de consumo inadequado de proteínas. Ao considerar os indicadores mantidos no modelo, explicando a concomitância da insegurança pelas distintas propostas, verificou-se que os modelos de percepção, disponibilidade calórica segundo necessidade energética, de renda familiar per capita (em salário mínimo e em dólar) e consumo inadequado de carboidratos por pelo menos um dos moradores do domicílio foram explicados por pelo menos um indicador de cada vertente da insegurança alimentar e nutricional. Estes modelos podem ser considerados como completos por permitirem avaliar a insegurança por diferentes dimensões, abrangendo as vertentes de acesso, disponibilidade e utilização biológica dos alimentos. Ressalta-se que, ao avaliar as questões isoladas da EBIA, presentes nas PNAD, certificou-se que as primeiras quatro questões da escala apresentaram bons resultados de valores preditivos negativos, sensibilidade e concordância, sendo que a primeira pergunta, referente a “preocupação com que o alimento acabasse antes de ter acesso a mais alimentos” destacou-se em relação as demais. Estes resultados confirmam que a questão relativa à preocupação quanto a quantidade de alimentos pode ser considerada como proxy de insegurança alimentar em estudos populacionais. Além disso, os achados do presente estudo corroboram com a recomendação de que a (in) segurança alimentar e nutricional deve ser avaliada por indicadores que abarquem as dimensões alimentar e nutricional desta situação, de forma conjunta, contemplando as vertentes de acesso, disponibilidade e utilização biológica. A avaliação sistêmica, por modelos de predição utilizando distintos indicadores, no presente estudo, permitiu maior aproximação dos instrumentos de análise com o amplo conceito de segurança alimentar e nutricional, adotado no Brasil.Food and nutritional security is defined as ensuring regular and permanent access to quality food in sufficient quantity without compromising access to other essential needs of individuals and families. The evaluation of food and nutritional security requires the use of different indicators, which cover the dimensions of access, availability and biological use of food, in order to contemplate its broad concept. This study aimed to evaluate food and nutritional insecurity according to indicators of perception, income, caloric availability, food consumption and nutritional status, by location and situation of households, and to construct predictive models of food and nutritional insecurity of Brazilian families, based on these indicators. Secondary data concerning the families evaluated in the Family Budget Survey (POF), carried out by the Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE, in 2008-2009 were used in this study. For the evaluation of food and nutritional insecurity, the following indicators were used: perception about the insufficient amount of food consumed by the family; monthly household income per capita less than half a minimum wage; family income less than two dollars per capita day; caloric availability at home less than the sum of the energy needs of all family members present during the research period; caloric availability in the household of less than 2,500 calories per capita/day; inadequate consumption (below or above recommendations) of at least one of the macronutrients (lipids, carbohydrates or proteins) by at least one of the residents of the household; and presence of nutritional dystrophy (low weight, short stature and excess weight) in at least one of the residents of the household. The prevalence of food and nutritional insecurity, by the different indicators, and their respective confidence intervals, as well as prevalence ratio by Poisson regression were calculated. For the construction of the prediction models, we used Poisson regression, bivariate and multivariate, with robust variance. The analyzes were stratified by location (macroregion) and location (urban or rural) of households. The sensitivity, predictive value and agreement of the isolated issues of the Brazilian Scale of Food Insecurity (EBIA) were verified in order to strengthen the use of the perception question about the adequacy of food for the family, present in the POF, as an indicator of food and nutritional security in the detection of this situation, present in the National Survey of Household Samples (PNAD), in the editions of 2009 and 2013. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Viçosa (1,269,063/2015). The prevalence of food and nutritional insecurity, by the 11 indicators, confirms this as a public health problem, which is more likely to occur in the Northeast, North and rural macro-regions of the country. Considering the size of access and availability of food, it was verified that the highest prevalence of food and nutritional insecurity in Brazilian families were detected by the caloric availability indicators according to the need energy and perception regarding the insufficiency of food for the family. Regarding the biological food use dimension, the indicators of inadequate consumption of lipids or carbohydrates by at least one of the residents of the household and presence of overweight or short stature were verified in at least one member of the household family, presented the highest prevalence of insecurity. When evaluating all the indicators, together in the prediction models, it was verified that food and nutritional insecurity was better explained, statistically, by the models that showed as dependent variables the indicators of income and inadequate consumption of proteins. When considering the indicators maintained in the model, explaining the concomitance of the insecurity by the different proposals, it was verified that the models of perception, caloric availability according to energy need and per capita family income (in minimum wage and in dollar) were explained by at least an indicator of each food insecurity and nutritional aspect. These models can be considered complete because they allow to evaluate the insecurity by different dimensions, covering the access, availability and biological use of food. It is noteworthy that, when evaluating the isolated issues of EBIA, present in the PNAD, it was verified that the first four questions of the scale presented good results of negative predictive values, sensitivity and agreement, and the first question, that the food would end before having access to more food "stood out in relation to the others. These results confirm that the concern regarding the quantity of food can be considered as a proxy for food insecurity in population studies. In addition, the findings of the present study corroborate with the recommendation that food and nutritional security should be evaluated by indicators that cover the food and nutritional dimensions of this situation, taking into account the access, availability and use biological. The systemic evaluation, using predictive models using different indicators of the present study, allowed a closer approximation of the instruments of analysis with the broad concept of food and nutritional insecurity adopted in Brazil

    Escalas de percepção da insegurança alimentar validadas: a experiência dos países da América Latina e Caribe

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    Objetivou-se nesta revisão sistemática comparar as escalas de insegurança alimentar validadas e utilizadas nos países latino-americanos e caribenhos, e analisar os métodos empregados nos estudos de validação. Realizou-se busca nas bases eletrônicas Lilacs, SciELO e Medline. As publicações foram pré-selecionas pelos títulos e resumos, e posteriormente pela leitura integral. Dos 16.325 estudos revisados, selecionou-se 14. Foram identificadas 12 escalas validadas para os seguintes países: Venezuela, Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Costa Rica, México, Haiti, República Dominicana, Argentina e Guatemala. Além dessas, tem-se a escala latino-americana e caribenha cuja abrangência é regional. As escalas variaram em relação ao padrão de referência utilizado, número de questões e diagnóstico da insegurança. Os métodos empregados pelos estudos para validação interna foi o cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e o modelo Rasch; para validação externa os autores calcularam associação e/ou correlação com variáveis socioeconômicas e de consumo alimentar. A exitosa experiência da América Latina e Caribe no desenvolvimento de escalas nacionais e regionais pode ser exemplo para outros países que ainda não possuem esse importante indicador capaz de dimensionar o fenômeno da insegurança alimentar.The scope of this systematic review was to compare the food insecurity scales validated and used in the countries in Latin America and the Caribbean, and analyze the methods used in validation studies. A search was conducted in the Lilacs, SciELO and Medline electronic databases. The publications were pre-selected by titles and abstracts, and subsequently by a full reading. Of the 16,325 studies reviewed, 14 were selected. Twelve validated scales were identified for the following countries: Venezuela, Brazil, Colombia, Bolivia, Ecuador, Costa Rica, Mexico, Haiti, the Dominican Republic, Argentina and Guatemala. Besides these, there is the Latin American and Caribbean scale, the scope of which is regional. The scales ranged from the standard reference used, number of questions and diagnosis of insecurity. The methods used by the studies for internal validation were calculation of Cronbach's alpha and the Rasch model; for external validation the authors calculated association and /or correlation with socioeconomic and food consumption variables. The successful experience of Latin America and the Caribbean in the development of national and regional scales can be an example for other countries that do not have this important indicator capable of measuring the phenomenon of food insecurity
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