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Velhice e educação ao longo da vida: um imperativo para um convívio mais humano
Embora já superada a falsa idéia de que velhice e educação não traduz uma relação adequada, a experiência de educação desenvolvida na Universidade Estadual de Santa Cruz, há doze anos, continua enfrentando desafios importantes, em especial pelo pouco envolvimento de docentes para uma contribuição efetiva nas atividades desenvolvidas, situação que acarreta desgaste para quem coordena. A proposta deste artigo é refletir sobre a trajetória dessa experiência, que vem oferecendo oportunidades às pessoas idosas do entorno da Universidade enquanto espaço de construção de saberes. Essas oportunidades tem contribuído para melhorar o nível de conhecimento e informações, valorizar e elevar a auto-estima, colaborando efetivamente com a melhoria da qualidade de vida desse segmento
Educação de idosos : um aprendizado novo para uma nova educação
A velhice é um processo fisiológico que não ocorre necessariamente paralelo à idade cronológica, apresentando considerável variação individual. Pode-se dizer que o envelhecimento não é apenas um processo físico, mas um processo individual com amplas variações. O envelhecimento é considerado o período em que todos entram na terceira idade; portanto é uma fase normal do ser humano. O que caracteriza a velhice é a perda dos ideais da juventude, a dessintonização com a mentalidade do tempo, o desinteresse pelo cotidiano, a perda do humor, a desconfiança no futuro e o desamor ao trabalho. O envelhecimento vem acompanhado de vários efeitos em todos os sistemas orgânicos que, de algum modo, diminuem a aptidão e a performance física
Reproduzindo a violência em domicílio: o preço de envelhecer
A violência nas cidades brasileiras já não representa qualquer novidade, sendo tema de registro cotidiano na mídia, na pauta de preocupação de políticos e intelectuais, e no pensamento da população, que se vê cada vez mais ameaçada onde quer que esteja, até mesmo em casa, lugar onde se espera proteção e segurança. Pode-se dizer que a violência pertence ao cotidiano; está presente no trânsito, no trabalho, nas ruas, nas escolas, nos lares, e vem condicionando nosso modo de viver e de con-viver
Velhice e função social do corpo
Na velhice, a ordem social exige, pressiona e impõe valores que ora deprimem, privam, realçam ou modelam os corpos, denunciando experiências positivas e negativas do percurso da vida. O texto analisa as múltiplas funções que o corpo incorpora na vida social, de valorização e de inserção do indivíduo no exercício da cidadania e na construção da subjetividade
Acolher, amparar, silenciar: os desafios das casas asilares
A proposta é analisar a condição em que vive a pessoa idosa nas chamadas Instituições de Longa Permanência, também conhecidas como casas asilares ou instituições gerontológicas, em dois municípios, no estado da Bahia e no Rio Grande do Sul. Essas instituições, ainda que criadas em períodos históricos diferentes, têm objetivos comuns, que é o de acolher pessoas idosas carentes e contextualizar o desamparo nas sociedades de pertencimento. Com trajetórias e sistemas operacionais que se diferenciam, a ideia foi analisar, comparativamente, nas duas realidades, aspectos como: perfil dos idosos acolhidos; identidade da instituição e a infraestrutura para diferentes situações de velhice (com capacidade funcional e/ou cognitiva comprometidas, com família, sem família, aposentados, sem renda); recursos humanos da instituição (profissionais da saúde, administrativos, auxiliares e gestores); fatores que determinaram a institucionalização; qualidade das relações no ambiente institucional. Esses aspectos, no conjunto, acabam determinando separações e convergências importantes entre as instituições dessas diferentes realidades
Envelhecendo com Alzhaimer: conhecendo o portador.
Este artigo propõe analisar o perfil social da pessoa portadora da Doença de Alzheimer (DA). As informações foram colhidas junto ao cuidador principal, membro da unidade familiar do idoso e responsável por seu cuidado. Foram selecionados 21 idosos com diagnóstico da doença, que estão em fase de tratamento e recebem medicamentos do Programa Estadual de Medicação de Alto Custo (PEMAC) operante na cidade de Itabuna - Bahia. As entrevistas foram realizadas no domicílio do idoso e levantaram questões como idade, estado civil, escolaridade, renda, ocupação anterior à doença, hábitos de vida, amizades, patologias além do Alzheimer, dentre outras. Os resultados permitem a constatação de que a doença de Alzheimer recai majoritariamente sobre a mulher, com predomínio de idades a partir de 72 anos, em pessoas com baixa escolaridade (cerca de 66%), católicos (76%), 43% têm renda de até um salário e meio, 80% não bebiam nem fumavam e são idosos de famílias numerosas (dois deles têm mais de 12 filhos; três têm entre oito e 11 filhos; 10 têm entre quatro e sete filhos e seis idosos têm entre um e três filhos). Além da DA, seus portadores ainda são acometidos por doenças como artrose, tumor de laringe, diverticulite, diabetes, labirintite, hipotireoidismo, osteoporose, reumatismo
O (Des)Amparo da Velhice e a Singularidade Silenciosa das Casas Asilares
Há uma constatação empírica de que a sociedade está envelhecendo. Apesar disso, no espaço geográfico que envolve o Sul da Bahia, não se vem dispensando a importância que a questão requer, haja vista o contingente de idosos que constitui o perfil da população desse espaço, já estimada em mais de 8% dela, e a quantidade de estudos sobre essa realidade nesse mesmo espaço. Esse envelhecimento vem trazendo uma série de mudanças e demandas, inclusive de aprendizagens, que têm permitido perceber que a velhice não é homogênea para todas as pessoas nessa condição, ainda que compartilhem do mesmo lugar. As pessoas têm demandas diferenciadas que poderão, ou não, estar sendo satisfeitas por quem se propõe a fazê-las, sejam organizações ou pessoas
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