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coisas de vinho - 2016-2017
Nada é tão transversal como os patrimónios associados à vinha e ao vinho.
A vinha, o vinho, a chave de grandes histórias, mistérios, artes e ciência. A vinha revela nos seus cachos os segredos que escondem as rochas, os solos, o clima, a cultura e a tradição. No copo tudo isto se bebe. No Alentejo tudo isto se sente com grande acuidade e, também por isto, o vinho e tudo à volta é o mote para Coisas de Vinho, uma tertúlia, conversa informal com saber.
A vinha, enquanto cultura agrícola, é a mais importante do a país. Nenhum outro país no mundo tem, relativamente, tanta área de vinha plantada, esta relevância é particularmente evidente no Alentejo. Também é Portugal o país que mais diversidade de casta tem.
Portugal é pois um país com enorme responsabilidade no setor e evidencia uma cultura e tradição associada ao vinho como poucas nações. Portugal tem muito a ganhar com este setor, não é por acaso que em 2015 Reguengos de Monsaraz foi cidade europeia do vinho e que o seu presidente da Câmara é o presidente da Rede Europeia das Cidades do Vinho que inclui mais de 600 localidades.
Como em tudo o resto o “cada um por si” não é a melhor opção, no Alentejo há muito para fazer, o produto tem que se estruturar como região vínica, muitos dos que estão fora têm que estar dentro (a oferta tem que ser conhecida e acessível), têm que se formar pessoas que saibam transmitir toda a história e conhecimento à volta do vinho (não basta dizer umas generalidades, os turistas são cada vez mais exigentes e querem experienciar e saber tudo o que for possível, já que mais não seja para contar nos jantares com os amigos), toda a região tem que dizer alguma coisa, os media locais/regionais têm um papel muito importante na criação de cultura e na divulgação e o setor deve considera-los.
O Alentejo, enquanto território vinícola, distingue-se positivamente das restantes regiões, em quantidade, qualidade e tradição. O “sabor deste lugar” onde vivemos está no vinho como em nenhum outro alimento
desconstruir o ambiente
Quais os desafios ambientais de um cidadão que tem a profissão de professor de geociências? Acreditar no dia europeu sem carros? A globalização mascara a verdade. Todavia os recursos continuam a ser locais – up local. Por maioria de razão os recursos geológicos estão onde estão e devem a sua ocorrência a fatores exclusivamente geológicos. Território. Vivemos num país com uma imensa geodiversidade, incomparável na Europa. Consequentemente a nossa biodiversidade é uma autêntica arca de Noé. O capital natural, ignorado e mal tratado, que temos pode conduzir a uma mais-valia de qualidade de vida e riqueza impar e singular. A gestão da natureza (recursos naturais/recursos geológicos) é proibir. Onde chegámos e para onde vamos? São estas as questões que nos tocam todos os dias em cada decisão que tomamos. Dever/atitude. O que nos diz a geologia? O que dizemos com a geologia
Tejo, vivo e vivido
O turismo é, provavelmente, a atividade económica mais transversal.
O rio Tejo é um excelente exemplo. Brutal, talvez seja a melhor palavra para retratar o potencial do Tejo para o turismo de última geração – um turismo de experiências e emoções. O turismo que fica na memória de quem o faz.
São necessários aeroporto, boas vias terrestres, comboio de alta velocidade, etc., mas não é menos necessário o produto turístico à escala local. É isto que nos falta estruturar e oferecer, um produto turístico que promova o imenso património natural, construído e etnográfico/cultural que temos à escala local. É o que a oferta tradicional ignora, mas que tem efetivamente valor para quem deseja uma experiência turística única, de excelência
Parceria administração central/local na gestão de riscos.
Os riscos naturais rodeiam-nos por todos os lados.
Já aconteceram e vão voltar a acontecer.
Em todos os locais, regiões e países, pobres e ricos.
Seja como for os meios de ação disponíveis (humanos e materiais), em caso de ocorrência e na prevenção, são sempre mais escassos que o necessário. Tudo isto são certezas.
A grande incerteza é saber quando e onde?
O que fazer?
i. avaliar e assumir o risco;
ii. prevenir;
iii. em caso de ocorrência, ação rápida e eficaz de forma articulada por parte de todos os agentes de proteção civil.
Ordenamento do território e formação/sensibilização de todos constituem a melhor, mais eficaz e económica receita.
Ninguém fica de fora e cada um apenas tem de fazer o que deve
RECURSOS HIDRÍCOS, VELHOS DESAFIOS - Desconstruir paradigmas e modelos
O congresso é da água e os desafios atendem aos “recursos hidrícos”, como a própria APRH; água é outra coisa.
Mais um congresso, para novos desafios? Que desafios? Será que não estamos obrigados a definir as “Questões Significativas da Gestão da Água (QSIGA)”? Queremos outros desafios, estes não nos chegam? Já os ultrapassamos? Os Planos de Gestão de Região Hidrogáfica (PGRH) já responderam aos grandes desafios das QSIGA?
Depois de estudos, planos e infraestruturas, depois de muitos e muitos milhões de Euros, o que falta fazer? Que novos desafios são estes, mesmo que sejam “só” para os “recursos hídricos” e não para a água? É mais e mais “recursos hidrícos”? Mais captações, mais infraestruturas? Mais regadio? Combate-se a seca com mais regadio
como fazer um relatório?
Tudo o que fazemos é expresso de forma escrita por relatórios. Ao longo da vida fazemos todo o tipo de relatórios. Um bom relatório é um bem escasso mas trás, muitas vezes excelentes oportunidades. Verifica-se que alunos finalistas não sabem escrever um relatório. Com esta apresentação ensina-se o básico para fazer um bom relatório
as dúvidas da sustentabilidade e os media
Qual a responsabilidade dos media na consciencialização e na educação dos cidadãos para atitudes e comportamentos sustentáveis?
Nas questões de sustentabilidade (e de cidadania) deverá existir alguma obrigatoriedade de prestar serviço público, por parte de todos os meios e não apenas dos meios de comunicação estatais?
Como monitorizo e avalio a ação dos media na sustentabilidade? Pelo número de notícias? Pelo número de pessoas tocadas por essas notícias? Qual o verdadeiro peso dos media na grande difusão da informação no mundo de hoje?
Como identificar a ação que os media apresentam sobre a sustentabilidade e mapear os efeitos mediáticos que daí se decorrem?
Como se mede e avalia este efeito?
Como identificar os fatores críticos que modelam e afetam, em cada um, a mudança de atitude? http://www.porto21worldforum.org/#!homee/csg
O Ensino na ECTUÉ - Testumunhos - Licenciatura em Ecologia e Ambiente
Destaque na página da ECT: http://www.ect.uevora.pt/informacoes/noticias/(item)/22195 Resumo da opinião dos alunos:- os estudantes apreciam e valorizam o ensino prático e experimental, sempre a nossa primeira opção; - a Universidade de Évora possui infraestruturas cientifico – pedagógicas únicas de grande qualidade (Centro de Ciência Viva de Estremoz); - a visita de estudo pluridisciplinar (hidrologia/hidrogeologia; geologia; ambiente; pedreira; fabrica de transformação de mármore; exposição interativa; vegetação/paisagem…) mostra-se como uma excelente opção; - as novas tecnologias (smart phone) têm a utilidade que passou despercebida ao docente; - os escassos minutos dedicados na sala à importância do relatório, como o planificar e elaborar e os elementos de apoio à elaboração do relatório fornecidos, são uteis e oportunos. No sentido de melhor aproveitar os meios disponíveis, designadamente os lugares sobejantes na viatura, esta ação foi posta ao dispor de alunos de outras UCs, por isso contou também com a presença de um aluno de Geografia Física II da Licenciatura em Geografia
o turismo e o desenvolvimento local inteligente
Este trabalho considera as ultimas tendências e conceitos de turismo e desenvolvimento sustentável e aponta o caminho.Tem muitos anos o discurso do turismo como uma grande oportunidade para Portugal. Tristemente, nem por isso, essa oportunidade se foi traduzindo em realidade, obviamente, como sempre no nosso país, salvo raras e honrosas exceções.
Todavia o turismo é, provavelmente, a atividade económica mais transversal. A todos toca. São necessários: aeroporto, boas vias terrestres, comboio de alta velocidade, etc., mas não é menos necessário o produto turístico à escala local. É isto que nos falta estruturar e oferecer, um produto turístico que promova o imenso património natural, construído e etnográfico/cultural que temos à escala local. O que a oferta tradicional ignora; o que tem efetivamente valor para quem deseja uma experiência turística única, de excelência.
Como todas as galinhas, mesmo a dos ovos de ouro, antes de por ovo necessita de cuidados essenciais além da elementar ração.
É aqui que o país, como em muitos outros setores, tem falhado. Espera-se que a galinha ponha ovos sem antes trabalhar nas condições para que isso possa acontecer. Como as condições básicas elementares são excecionais e a galinha vai pondo alguns ovos que possibilitam crescer alguma coisa, todos os anos andamos alegres e contentes
Vinho, arte e ciência – Tabernas do Alentejo “a história da Terra num copo de vinho – enoturismo 4.0
Depois de quase duas dezenas de tertúlias (2016-17) em 2017, através do Orçamento Participativo Portugal (OPP), surgiu a oportunidade de submeter uma ideia: Tabernas do Alentejo – arte e ciência, que foi aceite e passou à fase de votação. Em mais de 600 projetos este foi um dos 38 financiados. O vinho é obra de arte explicada pela ciência , encerra um conjunto de infinitos patrimónios que se confundem e estruturam com a história de Portugal. Da vinha ao copo, é o mote deste projeto, que permitirá aprender, vivenciar e participar ativamente em todos os processos que envolvem o ciclo do vinho: desde a preparação da terra, passando pela a poda, a apanha de vides, a enxertia, a cura, a vindima, a pisa das uvas, a fermentação, a prova do vinho, as tabernas e a importância do vinho como elemento de sociabilidade. O vinho é um presente para os sentidos, um investimento em emoções inesquecíveis, instiga a curiosidade e a descoberta de novas experiências. Cada garrafa tem uma história que transcende o produto. De forma inovadora e diversificada propõem-se a realização de vários eventos vínicos, que integram a componente de arte e ciência, pelas oito sub-regiões vitivinícolas do Alentejo, com a parceria de atores com responsabilidade no sector e no território, com o objetivo de valorizar o vinho nas suas várias vertentes. Os eventos serão realizados em várias tabernas, adegas, quintas e espaços de referência ligados ao mundo do vinho e também em outros espaços. Este projecto tem ainda uma vertente muito inovadora que assenta num modelo de enoturismo 4.0.
Palavras-chave: enogeobiodiversidade, enoturismo 4.0, vinho, arte, ciência, patrimónios, cultura, tradição, inovação.
Abstract - In 2017, Portugal has announced the world’s first participatory budget on a national scale, which invited people submit ideas for what the government should spend its money on, and then vote on which ideas are adopted. Nevertheless, due to this innovative project, emerged the opportunity to submit our ideia: “Taverns of Alentejo - art and science” which was accepted and passed to the voting stage. In more than 600 projects this was one of 38 that received financing. Wine is a piece of art which can only be realized by science, as it combines the heritage collection that is confused with the history of Portugal itself. “ Wine to glass” represents the motto of this project, which will allow you to learn, experience and participate actively in all the processes that involve the wine cycle: from the preparation of the land, through pruning, picking of grapes, grafting, healing, harvesting, treading of grapes, fermentation, wine tasting and also the taverns, considered sites of controlled sociability. Wine, a gift for the senses. Also, an investment in unforgettable emotions, incorporates all sorts of variable rewards that spike curiosity and interest. Each bottle has a story that surpasses the product. This innovative program comprises several wine events integrating art and science , which will take place in the eight wine-growing sub-regions of Alentejo, that will count with the cooperation with involvement of governamental and non-governmental actors. The events will occur in various taverns, wineries, farms and reference spaces linked to the world of wine and also in other spaces. This project also has a very innovative aspect that is based on a model of wine tourism 4.0.
Keywords: , winegeobiodiversity, wine tourism 4.0, wine, art, science, heritage, culture, tradition, innovation