12 research outputs found

    A produção necessária das intelectuais feministas africanas no campo dos estudos de gênero e a agência do CODESRIA

    Get PDF
    O artigo traz a produção de algumas das intelectuais africanas que se inserem no campo dos estudos feministas e que contribuem para refle-tirmos sobre o modo como as questões que dizem respeito às mulheres das diversas sociedades africanas são invisibilizadas tanto no interior do campo dos estudos de gênero quanto nos chamados estudos africanos. Diferentes concepções de gênero e papéis familiares, além da posição das mulheres nas discussões sobre o desenvolvimento, são algumas das questões levantadas pelas autoras estudadas

    A produção necessária das intelectuais feministas africanas no campo dos estudos de gênero e a agência do CODESRIA

    Get PDF
    O artigo traz a produção de algumas das intelectuais africanas que se inserem no campo dos estudos feministas e que contribuem para refle-tirmos sobre o modo como as questões que dizem respeito às mulheres das diversas sociedades africanas são invisibilizadas tanto no interior do campo dos estudos de gênero quanto nos chamados estudos africanos. Diferentes concepções de gênero e papéis familiares, além da posição das mulheres nas discussões sobre o desenvolvimento, são algumas das questões levantadas pelas autoras estudadas

    O tempo que se move

    Get PDF
    Tradução da introdução do livro De la postcolonie, de Achille Mbembe, por Michelle Cirne

    Pós-Antropologia:: as críticas de Archie Mafeje ao conceito de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa

    Get PDF
    Nosso texto se debruça sobre os escritos etnológicos de Archie Mafeje. Este autor sul- -africano que viveu boa parte de sua carreira acadêmica no exílio, formulou críticas contundentes às ciências sociais em geral e à antropologia em particular. Para ele, formações sociais que desafiam nossas abordagens taxonômicas e dualistas, continuam sendo encarceradas em escaninhos estreitos e claustrofóbicos, em abordagens voltadas para a classificação e a interpretação do Outro. Esta ideia de alteridade baseia-se em uma leitura teórica que segrega o sujeito do objeto de escrutínio, da análise social. Em trabalhos que apontam os equívocos de estudos antropológicos, históricos e de sociologia urbana no continente africano, Mafeje demonstra como as apostas epistemológicas das ciências sociais legitimaram ideias e ideais de sociedades imóveis, circunscritas a limites territoriais demarcados no período colonial. Em suma, temos confinados o Outro, ao mesmo tempo em que temos nos satisfeito com modelos analíticos que perversamente permitiram o avanço da expropriação de terras e seus efeitos: xenofobia, êxodo, intolerância e racismo. A saída para Mafeje estaria no estabelecimento de uma interlocução autêntica, fundada não numa divisão entre o Eu e o Outro, mas no que ele chama de ontologia combativa. Segundo o autor, ao fazer etnografia, estaríamos recompondo o mundo para além dos dualismos e das cisões. Com tal proposta, Mafeje defende um projeto pós-antropológico de produção de conhecimento

    Pós-Antropologia : as críticas de Archie Mafeje ao conceito de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa

    Get PDF
    Nosso texto se debruça sobre os escritos etnológicos de Archie Mafeje. Este autor sul-africano que viveu boa parte de sua carreira acadêmica no exílio, formulou críticas contundentes às ciências sociais em geral e à antropologia em particular. Para ele, formações sociais que desafiam nossas abordagens taxonômicas e dualistas, continuam sendo encarceradas em escaninhos estreitos e claustrofóbicos, em abordagens voltadas para a classificação e a interpretação do Outro. Esta ideia de alteridade baseia-se em uma leitura teórica que segrega o sujeito do objeto de escrutínio, da análise social. Em trabalhos que apontam os equívocos de estudos antropológicos, históricos e de sociologia urbana no continente africano, Mafeje demonstra como as apostas epistemológicas das ciências sociais legitimaram ideias e ideais de sociedades imóveis, circunscritas a limites territoriais demarcados no período colonial. Em suma, temos confinados o Outro, ao mesmo tempo em que temos nos satisfeito com modelos analíticos que perversamente permitiram o avanço da expropriação de terras e seus efeitos: xenofobia, êxodo, intolerância e racismo. A saída para Mafeje estaria no estabelecimento de uma interlocução autêntica, fundada não numa divisão entre o Eu e o Outro, mas no que ele chama de ontologia combativa. Segundo o autor, ao fazer etnografia, estaríamos recompondo o mundo para além dos dualismos e das cisões. Com tal proposta, Mafeje defende um projeto pós-antropológico de produção de conhecimento.The "ethnological" works of Archie Mafeje constitute the bedrock of the present article. According to our author, anthropology has been ill equipped to deal with social formations that defy dovetailed taxonomization and dualistic approaches. Its knowledge production through established methodological tools and its conservative theoretical reading have often lead to increasing segregation of those subjected to social analysis. Mafeje unveils the links between the concept of alterity as a fundamental divide that states the Other as an object of feasible scrutiny, due to "its" supposedly self-contained world or culture. The misdeeds and misreadings of former historiographical and anthropological work on Africa have paved the way to ideas and ideals of nation based on immobility and the incarceration of the population to the boundaries of a colonially created territory. The confinement to a single European-based model of society has established therefore the necessary conditions for xenophobia, intolerance and land grabbing - in and outside academia. Mafeje recognizes that in order to enhancing an authentic interlocution, we need to consciously abandon colonial imbibed notions of alterity, of otherness towards what he calls a combative ontology. For him, that would be the path to a non-colonial and simplistic social science that still incarcerates the world in narrow and claustrophobic slots of classification and understanding. In his tackle with Anthropology, Mafeje invites us to a post-anthropological project of scientific production

    The production of social sciences in African continent and the CODESRIA agency

    No full text
    Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada sobre a produção contemporânea de ciências sociais feita pelos intelectuais africanos, tendo como universo de estudo e ponto de partida a agência do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África CODESRIA uma instituição de caráter pan-africano fundada em 1973 com sede em Dakar, no Senegal. A tese parte da compreensão das motivações de fundação do CODESRIA e de seu modo de organização para em seguida refletir sobre as condições sociais de produção desse conhecimento, com enfoque especial na publicação, distribuição e acesso a essa produção. A observação realizada na 14ª Assembleia Geral do CODESRIA, evento de caráter científico e também administrativo, no qual são eleitos o seu corpo dirigente, é exposta neste trabalho. Os saberes endógenos do continente africano são alvo das reflexões dos cientistas sociais do continente, na busca pela construção de um paradigma africano nas ciências sociais. A tese discute essas reflexões e as possibilidades de construção de um conhecimento novo e/ou próprio do continente africano, tendo como base os pressupostos e métodos acadêmicos ocidentais. Neste campo, o confronto com o imaginário redutor construído pelo Ocidente sobre o continente africano é irrecusável. Examina-se, ainda, o modo como as cientistas sociais africanas desenvolvem o seu trabalho acrescentando novas perspectivas para as teorias feministas. O paradigma do desenvolvimento é outro tema crucial nas discussões dos cientistas sociais africanos e é abordado neste trabalho, a partir de um olhar sobre as controvérsias existentes entre o modo de produção capitalista e o que é próprio das formações sociais africanas. Este trabalho apresenta também uma discussão sobre a obra e os temas relacionados a dois autores em especial. O primeiro deles é Archie Mafeje, antropólogo negro sul-africano que foi nome importante nos debates desenvolvidos no CODESRIA até sua morte, em 1997. Mafeje realiza uma dura crítica à antropologia e seus pressupostos colonialistas, através do que ele denominou de ideologia do tribalismo. Examina-se como a antropologia beneficiou-se como disciplina dos conhecimentos adquiridos no continente africano, e acrescentam-se novos olhares para pensar a questão da identidade social e da etnicidade no continente africano. Por fim, aborda-se a produção e a trajetória de Achille Mbembe, cientista político dos Camarões que é um dos nomes contemporâneos de maior repercussão entre os cientistas sociais africanos. Achille Mbembe foi secretário executivo do CODESRIA, um posto crucial no direcionamento da instituição, e sua passagem pelo Conselho suscitou controvérsias de caráter administrativo, mas especialmente de posições teóricas, com parte considerável da comunidade de cientistas sociais que compõem o CODESRIA.This work is the result of a survey on contemporary production of social sciences made by African intellectuals, with the universe study and its starting point at the Council for the Development of Social Science Research in Africa CODESRIA a pan-African institution founded in 1973 with headquarters in Dakar, Senegal. The thesis starts at the understanding of the founding motivations CODESRIA and its organization in order to then reflect on the social conditions of production of knowledge, with a special focus on publishing, distribution and access to this production. The observation made in the 14th CODESRIA General Assembly scientific event and also administrative, which are elected its governing body, is exposed in this work. Endogenous knowledge of the African continent are targeted by the reflections of social scientists of the continent, in the search for the construction of an African paradigm in the social sciences. The thesis discusses these reflections and the possibilities for building new knowledge and/or own the African continent, based on the Western academic assumptions and methods. In this field, the confrontation with the imaginary gear built by the West on Africa is undeniable. It examines also how African women social scientists develop their work adding new perspectives for feminist theories. The paradigm of development is another crucial issue in discussions of African social scientists and is covered in this work, from a look at the controversies between the capitalist mode of production and what is own of African social formations. This paper also presents a discussion of the work and issues related to two authors in particular. The first is Archie Mafeje, black South African anthropologist who was an important name in the debates developed in CODESRIA until his death in 1997. Mafeje performs a tough critique of anthropology and its colonialist assumptions, through what he called tribalism ideology. Examines how anthropology benefited as a discipline of knowledge acquired in Africa, and adds up new perspectives to think about the issue of social identity and ethnicity in Africa. Finally, deals with the production and the path of Achille Mbembe, a political scientist from Cameroon that is one of the contemporary names greater impact among African social scientists. Achille Mbembe was Executive Secretary of CODESRIA, a crucial post in the direction of the institution, and its passage through the Council raised administrative character of controversy, but especially of theoretical positions, with considerable part of the community social scientists that make up the CODESRIA
    corecore