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QUANTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ENERGÉTICA DA MADEIRA E CASCA DE ESPÉCIES DO CERRADO
Em uma faixa de cerrado sensu stricto, de 63,56 ha, da Fazenda Água Limpa, de propriedade da Universidade de Brasília-DF, foram delimitadas dez parcelas de 20 x 50 m cada nas quais se identificaram e medam as alturas totais e o diâmetro, tomado a 30 cm de altura do solo, de todas as árvores com diâmetro igual ou superior a 5cm. Foram sorteadas para serem derrubadas e pesadas, no máximo três (3) indivíduos por espécie e por classe de diâmetro, em sete classes diametrais pré-estabelecidas (5-9; 9-13...., 29-33 cm). Em cada indivíduo, foram coletadas seções transversais a zero (base), 25, 50, 75 e 100% (topo) da altura do tronco, partindo da base, embaladas em sacos plásticos e levadas para laboratório, para obtenção da massa específica básica, do poder calorífico superior e dos teores de cinzas, materiais volátil e carbono fixo da madeira e da casca. Foram identificadas 47 espécies. A biomassa seca do povoamento apresentou 71% de madeira e 29% de casca, sendo a árvore formada, em média, de 53% de ramos e 47% de tronco. A produção média de biomassa seca total para a área foi de 12,38 t/ha, com variações individuais de 0,44 kg/ha (Symplocos rhaminifolia, com um indivíduo/ha) a 2.886,04 kg/ha (Sclerolobium paniculatum, com 46 indivíduos/ha). A produção média por árvore foi de 18,39 kg. A massa específica básica da madeira variou de 0,20 g/cm3 a 0,78 g/cm3 e a da casca de 0,17 g/cm3 a 0,67 g/cm,3. O poder calorífico superior variou de 4.516 kcal/kg a 4.989 kcal/kg, com média de 4.763 kcal/kg, enquanto o da casca variou de 4.187 kcal/kg a 5.738 kcal/kg. O teor de carbono fixo médio foi de 20,73% para a madeira e de 25,19% para a casca. Vochysia thysoidea destacou-se pela grande produção energética (392,49 Mcal/árvore, 20 árvores/ha e 7.849,80 Mcal/ha) em função da alta produção de biomassa tanto individual quanto por área, porém com características físicas da madeira inferiores (massa específica baixa - 0,49 g/cm3 e poder calorífico abaixo da média para a área - 4.713 kcal/kg). Acosmium dasycargpum por sua vez apresentou boas características da madeira (alto poder calorífico – 4.989 kcal/kg, alta massa específica – 0,74 g/cm3), mas com baixa produção energética (76,03 Mcal/árvore, 1 árvore/ha e 76,03 Mcal/ha) em função da baixa produção de biomassa. Houve, no entanto, espécies com boas características da madeira e com alta produção de biomassa, individual e/ou por área. São elas: Sclerolobium paniculatum (305,72 Mcal/árvore, 46 árvores/ha, 14.063,12 Mcal/ha, 0,72 g/cm3 e 4849 kcal/kg), Dalbergia miscolobium (80,26 Mcal/árvore, 84 árvores/ha, 6.741,84 Mcal/ha, 0,77 g/cm3 e 4896 kcal/kg) e Pterodon pubescens (473,69 Mcal/árvore, 14 árvores/ha, 6.631,66 Mcal/ha, 0,73 g/cm3 e 4953 kcal/kg). Essas espécies foram responsáveis por 45,85% de toda energia disponibilizada na forma de calor, ou seja, 27.437 Mcal/ha
Variação axial da densidade básica da madeira de Acacia mangium Willd aos sete anos de idade.
From a seven year old population of acacia mangium, discs were taken from the trunks of 126 trees in order to study the species’ basic density. The basic average density (DBM) found was between 0.524 + 0.076 g/cm3. The axial variation for the basic density (Db), explained according to a quadratic model (R2 = 0.83), revealed a reduction tendency of up to half of the trunk’s height, increasing from this point up to the top without reaching the Db’s value for the base. The linear model was what best explained the relation between the DBM and the Db, obtained at various positions along the trunk. In fact, this relation was even more accentuated (R2 = 0.81) at 25% of the trunk’s height. Thus, in the determining of the species’ DBM through destructive methods, samples taken at 25% of the trunk’s height can be used. Nevertheless, for non-destructive samples, the height of 25%, may be too much, and so, withdrawing a sample, using an Pressler’s cork bore, for example, may not be feasible. In this case, withdrawing from the DAP is suggested because the relation at this height is also high (0.78).Tomando-se por base um povoamento de Acacia mangium com 7 anos de idade, retirou-se discos ao longo do tronco de 126 árvores para o estudo da densidade básica da espécie. A densidade básica média (DBM) encontrada foi de 0,524 ± 0,076 g/cm3. A variação axial da densidade básica (Db), explicada por um modelo quadrático (R2 = 0,83), apresentou tendência de diminuição até a metade da altura do tronco, crescendo a partir daí até o topo, sem contudo atingir os valores da Db da base. O modelo linear foi o que melhor explicou a relação da DBM com a Db obtida a várias posições do tronco, mostrando-se mais acentuada (R2 = 0,81) a 25% da altura do tronco. Portanto, na determinação da DBM da espécie por métodos destrutivos, pode-se utilizar amostras retiradas à 25% da altura do tronco. No entanto, para amostragens não-destrutivas, a posição de 25% pode ser uma altura elevada e a retirada da amostra, por exemplo, utilizando um trado, pode-se tornar inviável. Nesse caso, sugere-se a retirada no DAP, pois relação, nesta posição também é alta (0,78)
SELEÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMAR A BIOMASSA DE TRONCO, FOLHAS E RAMOS DE ÁRVORES DE Eucalyptus grandis AOS SETE ANOS DE IDADE NA REGIÃO DE BOTUCATU - SP
Em plantações experimentais foram amostradas 156 árvores de E. grandis com 7 anos de idade, visando selecionar o melhor modelo para determinações de biomassa de tronco, folhas e ramos. Foram extraídos discos de madeira em 125 árvores, na base (0%), 25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial, os quais foram processados em laboratório para determinações da densidade básica da madeira e da densidade da casca. Em outras 31 árvores foram pesados separadamente todos os ramos e folhas, e coletar as amostras para a determinação das relações de peso entre matéria seca e matéria verde. Sete modelos de regressão, em função de DAP e altura total, foram testados para estimar os pesos totais de matéria seca de tronco total com e sem casca, tronco comercial com e sem casca, folhas, ramos e copa. O modelo selecionado para tais estimativas de biomassa foi o de Schumacher-Hall na forma logarítmica
DETERMINAÇÃO DE MODELOS PARA ESTIMATIVAS DE BIOMASSA DO TRONCO E DA COPA DE Acacia mangium
Foram amostradas 152 árvores de A. mangium Willd em plantações experimentais com 94 meses de idade, em Botucatu, Estado de São Paulo, objetivando selecionar modelos para determinações de biomassa de tronco, folhas e ramos. Em 125 das árvores amostradas foram coletadas secções transversais dos troncos na base (0%) e a 25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial, as quais foram processadas em laboratório para determinações da densidade básica da madeira e da densidade da casca. Em outras 27 árvores foram pesados separadamente ramos e folhas, e coletadas amostras para determinação das relações de peso entre matéria seca e matéria verde. Sete modelos de regressão, em função de DAP com casca (di) e altura total (hi), foram testados para estimar: peso total de matéria seca do tronco com casca, peso total de matéria seca de folhas, peso total de matéria seca de ramos e peso total de matéria seca da copa. O modelo selecionado para as estimativas de biomassa (Wi) do tronco com casca e dos ramos., foi o de Mey~r, modificado (wi= β0 + β1di + β2di- + β3dihi+ β4di 2hi+ ε), e para as de biomassa das folhas e da copa foi o de Schumacher-Hall (ln wi, = β0 + β1 1n di + β2 1n hi, + ε)
Densidade básica e características das fibras da madeira de Eucalyptus grandis HILL ex MAIDEN aos 3 anos de idade
O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de procurar estudar os principais fatores que influenciam nos índices da qualidade da madeira de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden aos 3 anos de idade, como também procurar relações matemáticas entre os mesmos. Os parâmetros escolhidos para avaliação da qualidade foram a densidade básica, o comprimento, o diâmetro, o lúmem e a espessura das paredes das fibras. Para a determinação da densidade utilizaram- se 60 árvores provenientes de Itupeva e Mogi Guaçu, duas regiões do Estado de São Paulo, e destas retirou-se 21 com um DAP médio de 10,0 cm para a determinação das características das fibras. Nas duas regiões as taxas de crescimento das árvores em altura e diâmetro foram semelhantes. A densidade básica foi determinada em secções transversais do caule (discos) pelo método da balança hidrostática, e em secções transversais retiradas com a sonda de Pressler pelo método do máximo teor de umidade. A partir dos valores de densidade dos discos obtidos de 2,00 em 2,00 m calculou-se a densidade básica média da árvore. As amostras "tipo Pressler" das 21 árvores com DAP médio de 10,0 cm foram seccionadas em 3 posições correspondentes ao 1º, 2º e 3º ano de crescimento, de comprimentos iguais respectivamente a 2,5 cm, 1,5 cm e 1,0 cm. Nessas determinaram-se a densidade básica e as características das fibras. A densidade foi pesquisada, pelo método do máximo teor de umidade, antes e após extração com solução de álcool-benzeno. As características das fibras foram determinadas na madeira macerada com solução composta de 1 parte de água oxigenada, 5 partes de ácido acético glacial e 4 partes de água destilada. Após o preparo das lâminas onde as fibras foram coloridas com safranina e fixadas com geleia de glicerina procedeu-se às medições em microscópio com aumento de 100 vezes para comprimento e 400 vezes para diâmetro da fibra e do lúmem. Após a obtenção dos parâmetros estudados, os valores foram analisados estatisticamente para verificação das relações existentes entre as variáveis. Foram realiza das análises de variância, regressões simples e múltiplas e estabeleceu-se uma estratégia de amostragem baseada nos componentes de variância para avaliar o número necessário de repetições na estimativa das características das fibras. Da discussão dos resultados podem ser retiradas as seguintes conclusões: 1 - A densidade básica da madeira no DAP não variou com os locais considerados; 2 - A densidade básica média da árvore (Y), em g/cm3, pode ser estimada a partir da densidade básica do disco (X) pela equação de regressão linear: Y = 0.1256 + 0.7114 X; 3 - Não se encontrou correlação significativa entre densidade básica e classes diametrais indicando que a seleção de árvores com densidades mais desejáveis deve ser feita dentro das classes de diâmetro; 4 - As amostras "tipo Pressler" tendem a superestimar o valor da densidade básica em relação ao disco. Para efeitos comparativos entre árvores nos trabalhos de melhoramento florestal, elas podem ser utilizadas pois apresentam valores de coeficientes de variação semelhantes aos da amostragem destrutiva; 5 - A determinação da densidade básica não foi afetada pela quantidade de extrativos presentes após sua extração com solução de álcool-benzeno; 6 - Para a densidade básica ficou evidenciada em 35% dos casos a probabilidade de se prever no segundo ano, os valores do terceiro ano de crescimento; 7 - A densidade básica e o comprimento das fibras do E. grandis determinadas ao DAP mostraram a tendência de crescer da região próxima à medula para àquela próxima à casca. 8 - Os valores de diâmetro das fibras, do lúmem e a espessura das paredes das fibras amostradas ao DAP não se modificaram quando consideradas no sentido radial (medula-casca); 9 - As árvores de E. grandis aos 3 anos de idade diferiram entre si dentro das três posições estudadas para o comprimento, o diâmetro, o lúmem e a espessura das paredes das fibras, indicando a possibilidade de se selecionar árvores com essas características mais desejáveis nos primeiros anos, embora não se possa prever quanto desse ganho será mantido nos anos subsequentes; 10 - Para as árvores de E. grandis foi evidenciada a possibilidade de se realizar uma seleção conjunta levando- se em conta pelo menos três das características das fibras; 11 - Nos primeiros anos de crescimento mais da metade da variação total do comprimento de fibras foi devida a posições de amostragem, o que ressalta a importância que deve ser dada à posição da amostra quando se realiza uma pesquisa em qualidade da madeira; 12 - A densidade básica da madeira não se correlacionou com as características das fibras através de uma equação de regressão múltipla cujo modelo linear era de primeira ordem; 13 - As melhores estimativas dos índices de qualidade de madeira estudados foram obtidas quando se determinou a densidade básica, o comprimento e o diâmetro das fibras, embora se justifique a mensuração do diâmetro do lúmem e da espessura das paredes das fibras para estabelecer o seu relacionamento com as propriedades tecnológicas da madeira; 14 - A metodologia de cálculo dos componentes da variância mostrou-se útil na estratégia de amostragem para cada característica das fibras indicando o número de árvores a amostrar para determinada variável em função da diferença mínima significativa considerada ideal. 15 - O aumento do número de árvores, lâminas e fibras a serem medidas não levou, na maioria dos casos, a ganhos consideráveis na precisão das estimativas; 16 - A técnica de realizar mensurações das variáveis que definem a qualidade da madeira nos incrementos diametrais médios anuais mostrou-se eficiente em controlar algumas das causas de variação que levam a erros de estimativas, principalmente em madeiras nas quais não se consegue estabelecer o número de anéis formados em cada ano e as variações decorrentes de condições de crescimento diversas.This work has been developed having the main objective of studying variation wood quality in 3 years old Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. Basic density, fiber length and cell width, lumen and wall thickness were picked out as parameters for this investigation. Wood basic density evaluation has been based on 60 trees from sites of Itupeva and Mogi Guaçu, both in são Paulo State. In both these sites, growth rate at height and diameter, was similar. In order to investigate fiber characteristics, 21 trees were taken out of the former 60, with an average DBH (diameter at breast height) of 10.0 cm. Basic density has been determinated in stem transversal sections (disc) through Water Displacement Method. From basic density values obtained at every 2 meters, it was possible to calculate the average basic density of the tree. The "Pressler samples" were taken out of the DBH of those 21 trees above mentioned. These samples were cut in 3 segments in radial position, each of them corresponding to first, second and third annual growth. The 1st year, corresponding diameter growth was 2.5 cm; the 2nd year, 1.5 cm and the 3rd year, 1 cm. In these segments, it has been determinated both, wood basic density - before and after the extraction with alcohol-benzene solution - and, fiber characteristics. Basic density was determinated by the Maximum Moisture Content. The solution for maceration was made of peroxide, acetic acid and water in 1:5:4 proportion. The fibers were coloured with safranine and stained through "glicerin jam". The fiber lenght was increased one hundred times and also were cell width and lumen four hundred times, for microscope reading. Therefore, dates were statistically analysed, by means of variance analysis and multiple and simple regressions. Variance components were computed and used in a sample estrategy establishment in order to determinate the necessary number of repetitions on estimating fiber characteristics. Thus, the following conclusions were taken: 1 - Wood basic density at the DBH level in Itupeva, was not different from that of Mogi-Guaçu. 2 - The average tree basic density in g/cm3 can be estimated from DBH level basic density (X), through a linear equation: Y = 0.1256 + 0.7114 X; 3 - There was no correlation between basic density and DBH, indicating that tree selection for density should be done in diameter classes. 4 - Basic density values obtained through Pressler samples are to be found as greater than those obtained through disc samples. On forest improvement procedures, the Pressler samples may be used because they present similar variance coeficients to disc samples. 5 - Basic density determination was not affected by the quality of extractives solved in alcohol-benzene solution. 6 - Third year basic density can be evaluated from 2nd year basic density in 35% of the cases. 7 - Basic density and fiber length at the DBH level, were not modified from pith to bark. 8 - Fiber width, lumen and wall tickness at the DBH level were not modified from pith to bark. 9 - The 3 years old Eucalyptus grandis trees differed one from another in fiber length, width, lumen and wall thickness as far as positions were concerned, indicating the possibility of selecting trees with these most avaliable features in the 1st years, though it is not possible to calculate how much of this amount will be maintained in the next years. 10 - It was evidenced an E. grandis possibility of proceding an united selection of fiber characteristics, taking on account at least, three of them. 11 - More than a half of the whole variation in the fiber length was due to sample positions. So, the sample position must be taken as an important factor on researching wood quality. 12 - Wood basic density could not be interrelated to the fiber characteristics, through a multiple linear regression of 1st order. 13 - The best estimatives of the studiedwood quality indices were obtained through the extent of the basic density, fiber length and width. Lumen width and cell wall thickness must however be measured, in order to establish their relations to the technological wood properties. 14 - The variance compounds calculation techniques became useful in sampling estrategy for fiber characteristics, indicating possible number of trees for each characteristics, related to the least significant detectable differences. 15 - The increase of the number of trees, slides and fibers to be measured was not, in most of the cases, significant as to the estimative precisions. 16 - The technique of measuring the wood quality characteristics in annual diameter growth, was efficient in controlling several of the variance factors related to estimative errors. This must be used mainly in those woods of unestablished annual ring number
Variação da densidade básica da madeira de Eucalvptus propínqua Deane ex Maiden em função do local e do espaçamento.
Um plano de pesquisa tendo por objetivo estudar as variações da densidade básica da madeira de Eucalyptus propinqua Deane ex Maiden foi desenvolvido utilizando-se amostras de madeira de arvores de 5 anos de idade. As árvores eram provenientes de um mesmo lote de sementes e faziam parte de um ensaio em blocos casualizados sob dois espaçamentos, 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m nos municípios de Itupeva e Mogi Guaçu do Estado de São Paulo, duas regiões com condições ecológicas diferentes. Para os estudos foram utilizadas 80 árvores de Itupeva e 60 de Mogi Guaçu, das quais coletamos dados de altura totais, comerciais e DAP. De cada árvore foram retiradas de 2,0 em 2,0m e ao nível do DAP, secções transversais para determinações da densidade básica média pelo método da balança hidrostática. Com base nas discussões pudemos chegar às seguintes conclusões: 1) A altura total e os diâmetros ao nível de 1,30m do solo para o Euçalyptus propínqua Deane ex Maiden aos 5 anos de idade não sofreram influência dos espaçamentos nas duas localidades e consideradas. As médias obtidas para altura foram 18,82 ± 0,23m e 18,83 ± 0,23m em Itupeva e 15,55 ± 0,23m e 16,01 ± 0,23m em Mogi Guaçu, respectivamente para os espaçamentos 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m. As médias para DAP foram 10,90 ± 0,23cm e 11,80 ± 0,23cm e 8,78 ± 0,23cm e 8,82 ± 0,23cm, respectivamente para os espaçamentos 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m em Itupeva e Mogi Guaçu. 2) A altura total média e os DAP médios foram maiores na região de Itupeva. Os valores assumidos para altura total média e DAP foram 18,83 ± 0,23m e 11,35 ± 0,23cm em Itupeva e 15,78 ± 0,23m e 8,80 ± 0,23 cm em Mogi Guaçu. 3) A densidade básica média ao nível do DAP não sofreu influência dos espaçamentos nas duas regiões. Em Itupeva as médias obtidas foram 0,546 ± 0,004 g/cm3 e 0,451 ± 0,004 6/cm3 e em Mogi Guaçu 0,618 ± 0,004 g/cm3 e 0,630 ± 0,004 g/cm3 nos espaçamentos de 3,0 x 1,5m e 3,0 x 2,0m. 4) A densidade básica média sofreu influência das localidades estudadas. As árvores da região de Itupeva, que tiveram maior ritmo de crescimento, apresentaram menor densidade básica média de 0,544 ± 0,004 g/cm3. Em Mogi Guaçu o valor encontrado foi 0,624 ± 0,004 g/cm3. 5) Não houve correlação entre as alturas totais e as densidades básicas ao nível do DAP nas duas regiões. 6) A densidade básica sofreu efeito quadrático em relação às classes de alturas estudadas nos dois locais. A densidade cresce até um ponto de máximo próximo ao meio da árvore e depois decresce. 7) O ponto de máxima densidade talvez possa ser atribuído à formação de madeira de reação, pois nesse ponto as tensões atuantes resultantes da força do vento, são máximas. 8) Não houve correlação entre os DAP e as densidades básicas médias dentro das duas localidades. As variações genotípicas dentro do mesmo local, foram tão grandes que mascararam o efeito do ritmo de crescimento. 9) As amostras de madeira da secção transversal do tronco de Eucalyptus propínqua Deane ex Maiden retirada ao nível do DAP podem estimar a densidade básica média da árvore. As equações que possibilitam essas estimativas, nos dois locais, são; Local Itupeva: Y = 0,0914 + 0,84470 X Local Mogi Guaçu: Y = 0,0731 + 0,8903 X onde Y densidade básica média da arvore, (g/cm3) X = densidade básica média ao nível do DAP (g/cm3). 10) Os resultados obtidos mostraram que a avaliação da produtividade de um povoamento, para fins comparativos, não deve ser feita somente com base em crescimento volumétrico, mas em peso de material produzido. 11) A variação da densidade básica entre árvores do mesmo local e de locais diferentes é grande, o que sugere que os melhoramentos florestais por seleção devam ser realizados nas próprias regiões de plantio.This paper deals with the variation of the wood basic density of 5 years old Eucalyptus propinqua Deane ex Maiden and its relationship with two spacings in two sites of different ecological conditions. The trees proceeded from the same lot of seeds and belonged to a trial in randomized blocks, at two spacings, 3.0 x 1.5m., and 3.0 x 2.0m., in the sites of Itupeva and Mogi Guaçu in São Paulo State. For this particular research, 80 trees from Itupeva, and 60 trees from Mogi Guaçu were used, and from them, we have collected data on DBH (diameter at breast height) and on total and commercial height. From each tree we have taken from, at every 2.0m., and. at DBH, transversal sections to determine the average wood basic density, using the Water Displacement Method. The data were statically analysed. Based on discussions we could get to the following conclusions: 1) The total height and DBH for 5 years old Eucalyptus propinqua did not receive any influence from spacings in the two mentioned sites. The averages for height were 18.82 ± 0.23m. and 18.83 ± 0.23m. in Itupeva and 15.55 ± 0.23m. and 16.01 ± 0.23m. in Mogi Guaçu, respectively for the spacings of 3.0 x 1.5m. and 3.0 x 2.0m. Tree diameter averages at DBH level for the spacings 3.0 x 1.5m. and 3.0 x 2.0m. were, respectively, 10.90 ± 0,23cm. and 11.90 ± 0.23cm. in Itupeva and 8.78 ± 0.23cm. and 8.82 ± 0.23cm. in Mogi Guaçu. 2) The average total height and the average DBH were greater in Itupeva than Mogi Guaçu. The average total height and average DBH were 18.83 ± 0.23m and 11.35 ± 0.23cm. in Itupeva and 15.78 ± 0.23m. and 8.80 ± 0,23cm. in Mogi Guaçu. 3) The average wood basic density at DBH level was not influenced by the spacings in both sites. In Itupeva, the average wood basic density was 0.546 ± 0.004 g/cm3 for 3.0 x 1.5m. spacing and 0.450 ± 0.004 g/cm3. for 3.0 x 2.0m. spacing. In Mogi Guaçu it was found 0.618 ± 0.004 g/cm3. for 3.0 x 1.5m. spacing and 0.630 ± 0.004 g/cm3 for 3.0 x 2.0m. spacing. 4) It was found a relationship between wood basic density and sites. The trees from Itupeva showed a superior growth rate and lower basic density. ln Itupeva the average basic density was 0.544 ± 0.004g/cm3. and in Mogi Guaçu it was 0,624 + 0.004. g/cm3. 5) There was no correlation between total heights and wood basic density at DBH level in Itupeva and Mogi Guaçu. 6) The wood basic density suffered a quadratic effect in relation to the commercial height classes studied in both sites. The basic density was heavy at the central part of the base and top of the tree in either site. 7) The heavy wood at midstream could be attributed to the formation of reaction wood. The author attempts to show, by mathematical proofs, that the tensions at this point, as a result from the wind strength, were maximum. 8) There was no correlation between the DBH and wood basic density averages in both sites. The genotypic variation inside the same site was so great that they masked the effect of growth rate. 9) There is a definite relationship between average basic density at DBH level (X) and the tree basic density (Y) (average for merchantable volume), which is expressed by the following equations in the two sites: Y = 0.0914 + O.8470 X (Itupeva) Y = 0.0731 + 0.8903 X (Mogi Guaçu). 10) The results showed that an appraisal of productivity of a stand with comparative purposes cannot be done based only on volume growth but also considering the weight of dried material produced. 11) There is a large variation of basic density between trees from a same site and trees from different sites, what suggest that each site should be considered for establishing a forest genetic program
VARIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA DE PROGÊNIES DE Eucalyptus urophylla EM DOIS LOCAIS
Estudou-se neste trabalho a variação da densidade básica da madeira entre procedências e progênies de eucalipto plantados em duas localidades. As progênies de Eucalyptus urophylla originárias da ilha de Timor na Indonésia foram plantadas em Belo Oriente (MG) e Linhares (ES) no delineamento de blocos compactos em famílias (compact family blocks) com 3 repetições no espaçamento de 3,0 x 2,0m. Após 4 anos as árvores foram amostradas ao nível do DAP com a sonda Pressler e sua densidade básica determinada pelo método do máximo teor de umidade. Os resultados mostraram que as progênies tiveram comportamento similar nos dois locais. A maior variação entre progênies ocorreu naquelas provenientes da região Oebaha II. Os valores médios de densidade básica* das progênies não foram diferentes das procedências brasileiras utilizadas como testemunhas no experimento
Variação da densidade básica da madeira de progênies de Eucalyptus urophylla em dois locais.
The appropriate knowledge about genetic resources potential is essential for the forest patrimony conservation and protection. It is important to emphasize the studies on variation in wood basic density conducted in trials of progenies and provenances. Progenies of Eucalyptus urophylla from Timor Island - Indonesia were planted in Belo Oriente (Minas Gerais State) and Linhares (Espírito Santo State) in the southern region of Brazil. The experimented design in three replications was a compact family block with an unequal sub class number at 3.0 x 2.0m spacings. Four years latter the trees were sampled with increment borer for wood basic density determination at dbh by maximum moisture content method. The results showed that the progenies had a similar behavior at two planting sites. The greater variation among the progenies occurresd in Oebaha II region. The progenies density mean values were not different from Brazilian provenances used as control in the experiment.Estudou-se neste trabalho a variação da densidade básica da madeira entre procedências e progênies de eucalipto plantados em duas localidades. As progênies de Eucalyptus urophylla originárias da ilha de Timor na Indonésia foram plantadas em Belo Oriente (MG) e Linhares (ES) no delineamento de blocos compactos em famílias (compact family blocks) com 3 repetições no espaçamento de 3,0 x 2,0m. Após 4 anos as árvores foram amostradas ao nível do DAP com a sonda Pressler e sua densidade básica determinada pelo método do máximo teor de umidade. Os resultados mostraram que as progênies tiveram comportamento similar nos dois locais. A maior variação entre progênies ocorreu naquelas provenientes da região Oebaha II. Os valores médios de densidade básica* das progênies não foram diferentes das procedências brasileiras utilizadas como testemunhas no experimento
Variação da densidade básica da madeira de progênies de <i>Eucalyptus urophylla</i> em dois locais.
Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 Estudou-se neste trabalho a variação da densidade básica da madeira entre procedências e progênies de eucalipto plantados em duas localidades. As progênies de Eucalyptus urophylla originárias da ilha de Timor na Indonésia foram plantadas em Belo Oriente (MG) e Linhares (ES) no delineamento de blocos compactos em famílias (compact family blocks) com 3 repetições no espaçamento de 3,0 x 2,0m. Após 4 anos as árvores foram amostradas ao nível do DAP com a sonda Pressler e sua densidade básica determinada pelo método do máximo teor de umidade. Os resultados mostraram que as progênies tiveram comportamento similar nos dois locais. A maior variação entre progênies ocorreu naquelas provenientes da região Oebaha II. Os valores médios de densidade básica* das progênies não foram diferentes das procedências brasileiras utilizadas como testemunhas no experimento.</p