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    Instrução e mal radical em Eric Weil

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    O mal radical em Eric Weil compreende a suspeita a respeito das paixões: encontra-se nelas o motivo da ação? As paixões, entretanto,  podem ser domesticadas. É nessa perspectiva que o mal radical se relaciona com a instrução. Para abordar essa relação, nosso estudo desenvolve um tratamento do mal, desafio para a filosofia, que em Weil tem como resposta o conceito de violência. Após situarmos o desafio do mal como violência, é possível entender no que Weil se difencia de Kant ao apresentar o conceito de mal radical. Apresentarmos brevemente a leitura de Weil do mal radical kantiano, para em seguida comparar as semelhanças e diferenças entre ambos. Encerramos apresentando o modo como a instrução pode educar as paixões

    A literatura como marca da expressão filosófica brasileira: O caso de Machado de Assis

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    Our purpose is to use the figure of the literate-philosopher proposed by Margutti to understand the specifics of Brazilian philosophy, whose case-example taken by us in this paper is Machado de Assis. Therefore, the work will be divided into three sections. In the first, we will present other forms of philosophical expression than the traditional form of system, thus establishing a first relationship between philosophy and literature. The second consists of a general characterization of Brazilian philosophy based on the presentation contained in the initial moment. We highlight three elements that will be presented to characterize Brazilian philosophy: the reverse path procedure, the dependence on the cultural characteristics of the Iberian peoples, and the use of parallels. From these elements it will be possible to introduce into the discussion the figure of the literate-philosopher. We end then with the discussion of whether or not there is a philosophy in Machado de Assis, in accordance with what was exposed in the previous stages. Therefore, we synthesize two readings of Machado as an author in which there is not a properly philosophical density, that of Benedito Nunes and Miguel Reale, and then we contrast two opposite readings, in which Machado de Assis' philosophy is considered evident: those of Maia Neto and Margutti.Nosso propósito é utilizar a figura do literato-filósofo cunhada por Margutti para a compreensão do específico da filosofia brasileira, cujo caso-exemplo tomado por nós no presente artigo é Machado de Assis. Para tanto, o trabalho será dividido em três momentos. No primeiro faremos a apresentação de outras formas de expressão filosófica que não a forma tradicional de sistema, estabelecendo assim uma primeira relação entre filosofia e literatura. O segundo consiste na caracterização geral da filosofia brasileira tendo por premissa a apresentação contida no momento inicial. Destacamos três elementos que serão apresentados para caracterizar a filosofia brasileira: o procedimento do caminho inverso, a dependência das características culturais dos povos ibéricos e o uso do paralelo. A partir desses elementos será possível introduzir na discussão a figura do literato-filósofo. Finalizamos então com a discussão se existe ou não uma filosofia em Machado de Assis, consoante com o exposto nas etapas anteriores. Para tanto, sintetizamos duas leituras de Machado como um autor em que não há uma densidade propriamente filosófica, a de Benedito Nunes e a de Miguel Reale, para em seguida contrapormos duas leituras opostas, em que o veio filosófico do Bruxo do Cosme Velho corre mais vigoroso: as de Maia Neto e Margutti

    Apontamentos sobre o papel social do professor de filosofia

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    Starting with the treatment of the question about the social function of the philosopher, theoretical contributions are constructed to direct some notes to a similar theme: the social function of the philosophy teacher. Four social functions will be proposed for the philosopher as contributions to the discussion regarding the social role of the philosophy teacher. It is to arrive at these contributions that the investigation is divided into two moments. In the first moment of the paper, the social function of the philosopher is discussed with the support of the reflections of Franklin Leopoldo e Silva. Four social functions of the philosopher will be extracted. In the second part of the paper, the relationship between philosophy and education is discussed. The four social functions of the philosopher will be applied in the context of the philosophy teacher's activity. The paper ends with Final ConsiderationsPartindo do tratamento da questão sobre a função social do filósofo, constroem-se os aportes teóricos para direcionar alguns apontamentos para uma temática semelhante: a função social do professor de filosofia. Serão propostas quatro funções sociais para o filósofo como aportes para a discussão a respeito do papel social do professor de filosofia. É para chegar a esses aportes que a investigação é dividida em dois momentos. No primeiro a função social do filósofo é discutida com amparo das reflexões de Franklin Leopoldo e Silva. Serão extraídas quatro funções sociais do filósofo. No segundo momento é discutida a relação entre filosofia e educação. As quatro funções sociais do filósofo serão aplicadas no contexto da atividade do professor de filosofia. O artigo se encerra com as Considerações Finais

    Ciências cognitivas: histórico, dificuldades e sucessos

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    As Ciências Cognitivas são um campo de reflexões contemporâneas que se interroga sobre o funcionamento do pensamento. Examina-se a natureza do conhecimento, seus componentes, seu desenvolvimento e sua utilização. A área das Ciências Cognitivas inclui diversas disciplinas, principalmente a Psicologia Cognitiva, a Inteligência Artificial e a Lingüística ainda não existindo concenso sobre métodos comuns. Adota-se a perspectiva de que o pensamento é uma manipulção das representações internas do mundo externo enfatizando-se principalmente as representações internas denominadas de modelos mentais, o que distingue esta abordagem claramente da abordagem behaviorista. Tendem a privilegiar os processos racionais e os estudos interdisciplinares. Sendo assim, apresentaremos neste trabalho uma perspectiva histórica de sua criação e desenvolvimento assim como também caracterizaremos as disciplinas integrantes deste domínio de estudos apresentado as principais críticas que tem sido feitas ao seu escopo e perspectivas atuais

    Guilt and responsibility: a dialogue between Karl Jasper & Eric Weil

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    O presente artigo tem como objetivo traçar um diálogo entre Karl Jaspers e Eric Weil por meio dos conceitos de culpa e responsabilidade política. Nossa proposta consiste em analisar o tipo de violência que Weil descreve como a obra do nazismo e que pode ser cotejada com o contexto da culpa política apresentada por Jaspers. Após trabalhar o conceito de violência pura, conforme definido por Weil, o passo posterior é discutir os quatro conceitos de culpa de Karl Jaspers e relacionar a culpa política com a responsabilidade política descrita por Eric Weil. Finalmente, procura-se esboçar algumas considerações sobre os perigos da violência pura. Para tanto, nos servimos, sobretudo do pensamento de Karl Jaspers e Eric Weil, entretanto, recorrendo eventualmente a outros autores que se mostrem adequados aos propósitos do artigo. Como a violência pura sempre permanece uma possibilidade, a democracia deve ser fortalecida para evitá-la. Palavras-chave: Responsabilidade, culpa, política, violência.This article aims to draw a dialogue between Karl Jaspers and Eric Weil through the concepts of political guilt and political responsibility. Our proposal is to analyze the type of violence that Weil describes as the work of Nazism and that can be compared with the context of political guilt presented by Jaspers. After working on the concept of pure violence, as defined by Weil, the next step is to discuss Karl Jaspers’ four concepts of guilt and relate political guilt to the political responsibility described by Eric Weil. Finally, an attempt is made to outline some considerations about the dangers of pure violence. For that, we use, mainly the thought of Karl Jaspers and Eric Weil, however, eventually resorting to other philosophers that are suitable for the purposes of the article. Since pure violence always remains a possibility, democracy must be strengthened to avoid it. Keywords: Responsibility, guilt, politics, violence

    A DISCUSSÃO SOBRE A DEMOCRACIA A PARTIR DE ERIC WEIL

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    O tema da democracia resultou em considerações e propostas realistas, de democracia como método ou desenvolvimento. Para Weil, a democracia moderna é dotada de características que a diferenciam da sua concepção clássica. Conforme se passa de uma concepção democrática para outra, o que se espera do cidadão muda, bem como o modo como essa cidadania é encarada. Apresentando as características da democracia enquanto regime político moderno, busca-se nessa proposta de trabalho discutir brevemente algumas considerações weilianas a respeito do tema democrático. Nosso trabalho divide-se em três momentos. No primeiro, é discutido qual sistema de governo é compatível com a democracia. Em seguida, apresentamos alguns traços da democracia contemporânea. É discutida também a diferença entre a democracia antiga e moderna para Weil. Finalmente, levantamos algumas limitações e obstáculos para a democracia conforme nos apresenta Weil

    O mal em Eric Weil

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    Evil is a problem for philosophy since antiquity. Passing through the weights of the Stoics and St. Augustine, addressed in the context of theodicy by Leibniz, evil comes as a concern for morality in Kant. Known by its definition as a post-Hegelian Kantian, is with Kant, but going beyond that Weil treats the evil, thinking it as forms of violence. Considered the other of the sense and the reason, violence manifests itself in various ways. Our aim is to determine the concept of evil in Eric Weil as a form of violence. For this, we propose to situate in the conceptual scheme of violence the two forms of evil handled by Weil in his texts: radical evil and diabolical evil.O mal ocupa a condição de problema para a filosofia desde a Antiguidade. Passando pelas ponderações dos estóicos e de Santo Agostinho, tratado no contexto da teodiceia por Leibniz, o mal aporta como objeto de preocupação para a moral em Kant. Muito conhecido por sua definição como um kantiano pós-hegeliano, é com Kant, mas indo além dele que Weil trata do mal, pensando-o como formas de violência. Considerada como o outro do sentido e da razão, a violência se manifesta de maneiras variadas. Nosso intuito é determinar o conceito de mal em Eric Weil enquanto forma de violência. Para isso, nos propomos a situar no esquema conceitual da violência duas formas de mal discutidas por Weil nos seus textos: o mal radical e o mal diabólico

    Relações internacionais em Eric Weil

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    Autor de influência kantiana e hegeliana, o tratamento do tema das relações entre os Estados no pensamento de Eric Weil pede que se recorra aos dois grandes filósofos alemães. Partindo de uma analogia com o modo como se dão as relações entre os indivíduos chega-se, em Hegel ao problema do estado de natureza em que se mantêm as relações entre as soberanias nacionais. Kant por sua vez também assinala o problema da tensão belicosa e da ameaça constante em que os Estados se mantêm uns em relação aos outros, propondo, como alternativa uma federação das nações onde possa prosperar um direito cosmopolita aceito por todos seus integrantes. Atento ao conflito entre a moral histórica de um determinado povo e a sociedade do “bem estar social” orientada pela técnica, Weil constata que a guerra não se apresenta como uma solução das divergências entre as nações que proporcione algum ganho histórico efetivo. A guerra, hoje, tornou-se dispendiosa e de resultados contraproducentes para os envolvidos, de modo que, em um cenário onde emergem organismos como a ONU, torna-se premente a pergunta sobre a possibilidade de uma moralidade universalmente válida no quadro conturbado das relações internacionais
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