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    A constituição dos sujeitos políticos por meio da experiência de tratamento de adictos em recuperação em comunidades terapêuticas

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    O artigo apresenta a construção dos sujeitos políticos relacionados aos “adictos em recuperação” que passaram por tratamento em comunidades terapêuticas e têm se mobilizado politicamente para incluir esse modelo nas políticas públicas. A partir da pesquisa de doutorado, foi realizada a etnografia, entre 2017 e 2019, junto às federações estaduais de CTs, atores governamentais e conselheiros de políticas sobre drogas no contexto do Rio Grande do Sul. Desde o acolhimento nas instituições, os “adictos em recuperação” assumem diferentes papéis sociais, percorrendo uma “carreira moral” ascendente, afastando-se da identidade do usuário de drogas e constituindo uma nova identidade, vinculada à vida em “sobriedade”. Entre eles forma-se uma “comunidade política” que pode ser acionada para defender a causa das CTs frente ao Estado

    Comunidades terapêuticas como política de estado : uma análise sobre a inclusão deste modelo de cuidado nas políticas sobre drogas no Rio Grande do Sul

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    Esta tese apresenta a mobilização política dos atores sociais vinculados às comunidades terapêuticas (CTs) do Rio Grande do Sul para inserção dessa modalidade de tratamento nas políticas sobre drogas. Para analisar essa questão, a pesquisa tem como objetivo mapear os atores sociais envolvidos, conhecer os espaços políticos relevantes e compreender as articulações e estratégias entre os entes no campo político que permitem direcionamentos voltados para o modelo da abstinência. Através da etnografia junto aos Conselhos de Políticas sobre Drogas, as Federações de CTs e Secretaria Estadual de Saúde, foi possível vivenciar os caminhos pelos quais percorrem os atores vinculados às CTs para mobilização política. Com isso, compreendeu-se que o próprio modelo de CTs pode favorecer a propulsão de líderes políticos que apresentam suas demandas aos órgãos públicos. Ao mesmo tempo, esses líderes organizam-se em federações, disponibilizando capacitações para que os trabalhadores de CTs se qualifiquem e busquem adequar-se à legislação vigente. Diante dos editais para contratualização de vagas, os atores vinculados às CTs aproximam-se dos atores governamentais, estabelecendo acordos significativos para essa parceria público-privada no tratamento dos usuários de drogas. Portanto, as estratégias e articulações dos atores vinculados às CTs permitem que este modelo ganhe espaço em meio às ações de políticas de saúde para o tratamento de drogas, fazendo com que elas se estabeleçam como política de Estado.This thesis presents the political mobilization of social actors linked to therapeutic communities (TCs) of Rio Grande do Sul to insertion of that treatment modality on drug policy. To analyze this question, the research aimed to map the involved social actors, to know the relevant politic spaces and to understand the articulations and strategies among the subjects on the political field that allows oriented direction to the abstinence model. Through the ethnography together with Political Councils About Drugs, TCs Federations and Health State Secretary, it was possible to experience the paths for political mobilization through which the actors linked to TCs take. Thereby, it was understood that the TCs model can favor the propulsion of political leaders who presents their demands to public organizations. At the same time, those leaders organize themselves in federations, providing training for workers to better qualify themselves and to adapt to current laws. In view of official announcements for jobs, the actors linked to TCs become closer to governmental actors, establishing significant agreements to that publicprivate partnership on drug user treatment. Therefore, the strategies and articulation of actors linked to TCs allows this model to gain more space among health political actions on drug treatment, making these actions to be establish as state policy.Cette thèse s’intéresse à la mobilisation politique des acteurs sociaux des communautés thérapeutiques (CTs) de l’état de Rio Grande Sul – Brésil pour l’insertion de cette modalité de traitement dans les politiques des drogues. L’objectif de cette recherche était de cartographier les acteurs sociaux, identifier les arènes politiques pertinentes et comprendre les articulations et stratégies qui permettent aux acteurs de diriger les politiques publiques de drogues vers le modèle d’abstinence. À travers une enquête ethnographique sur les conseils de politiques de drogues, les fédérations de CTs et le secretariat de santé de l’état de Rio Grande do Sul, il est possible de connaitre le parcours des acteurs liés aux CTs et leur mobilisation politique. Par là, nous avons identifié que le modèle même des CTs peut favoriser l’émergence des leaders politiques qui présentent leurs demandes aux institutions publiques. En parallèle, les leaders politiques s’organisent en fédérations, tout en déployant des formations professionnelles aux personnels des CTs avec pour objectif leur qualification professionnelle et l’adaptation des CTs aux législations en vigueur. En ce qui concerne les appels d’offre pour les contrats de places pour les patients, les acteurs des CTs nourrissent des relations avec les acteurs politiques et établissent des accords significatifs pour le partenariat public-privé pour le traitement des usagers de drogues. Ainsi, les stratégies et les articulations politiques des acteurs représentants des CTs permettent que ce modèle thérapeutique gagne de la place dans les actions politiques de santé dirigées au traitement des usagers de drogues et devienne une politique d’état

    O sentimento de insegurança e a armadilha da segurança privada: reflexões antropológicas a partir de um caso no Rio Grande do Sul

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    O presente trabalho reflete sobre os acionamentos da defesa de uma empresa de segurança privada, investigada pelo Ministério Público do Estado por supostas irregularidades e atuação de poder abusivo por parte dos envolvidos. Esses acionamentos são ponderados com base em relatos de moradores de um município do Rio Grande do Sul, feitos nas redes sociais, que, a partir da evidência do sentimento de insegurança, apostam na permanência dessa empresa como uma possibilidade para segurança. Com isso, analisam-se os argumentos de “falta” de segurança pública nas cidades e o temor da violência urbana, compartilhados pelos moradores, como justificativas de possibilidade de contratação da empresa. Entretanto, após sua “queda”, a disputa entre esses argumentos revela o pano de fundo para a reflexão sobre segurança pública. Violência urbana, medo e aval dos órgãos públicos são atributos que possibilitam a instalação – ou não – da segurança privada

    Estado, políticas e agenciamentos sociais em saúde

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    Resenha da obra - Maluf, S. W., e E. Quinaglia Silva (Org.). 2018. Estado, políticas e agenciamentos sociais em saúde. Florianópolis: Editora da UFSC

    Redes de solidariedade entre vendedores ambulantes da Rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre/RS

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    Este artigo apresenta as redes de solidariedade dos vendedores ambulantes da Rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre/RS, e propõe algumas reflexões acerca dessa técnica de pesquisa como artifício metodológico para compreendê-los enquanto tribos urbanas (Maffesoli, 1998), que sustentam suas práticas de trabalho em meio vigilância da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (SMIC) e a Brigada Militar (BM). Através da etnografia de rua (Eckert; Rocha, 1994) e etnografia sonora (Rocha; Vedana, 2007), foi possível construir graficamente as redes de solidariedade dos vendedores ambulantes e, a partir da descrição de seus laços sociais, pode-se refletir sobre as dinâmicas sociais envolvidas no trabalho e no comércio informal no espaço público. Com essa análise, compreendem-se os diversos laços entremeados como redes de solidariedade que tornam possível certa estabilidade desses vendedores ambulantes na rua ao longo do tempo. Palavras chave: Redes de solidariedade. Vendedores ambulantes. Etnografia de rua. Trabalho.   Solidarity networks of vendors of Rua Voluntários da Pátria, in Porto Alegre/ RS   Abstract   This article presents the solidarity networks of vendors of Rua Voluntários da Pátria, in Porto Alegre / RS, and proposes some reflections about this research technique as a methodological device to understand them as urban tribes (Maffesoli, 1998), that support their social practices through monitoring of the Municipal Production, Industry and trade (SMIC) and Military Police (BM). Through ethnography of street (Eckert; Rocha, 1994) and ethnography sound (Rocha; Vedana, 2007), it was possible to construct graphically the solidarity networks of vendors, and from the description of its social links, we can reflect on the social practices involved in informal trade in the public space. With this analysis, the various links interspersed as solidarity networks can be understood, which will make possible certain stability of these vendors on the street over time. Keywords: Networks of solidarity. Street vendors. Street ethnography. Work

    Relação da taxa de escolaridade com os indicadores de emprego e desemprego

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    Neste trabalho se pretende analisar a relação entre a taxa de escolaridade e os indicadores de emprego e desemprego, uma vez que acontecem modificações na demanda do mercado de trabalho ao longo dos anos. Baseado em dados de 1993 até 2008 do PED-RMPA(Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre) da FEE (Fundação de Economia e Estatísticas), nota-se uma exigência maior de escolaridade dos indivíduos para “entrar” no mercado de trabalho comparado com décadas atrás, entretanto a maior faixa de empregados são aqueles que tem o ensino médio completo, e não o ensino superior

    O processo de regionalização do Sistema Único de Saúde no Estado do Rio Grande do Sul : visão a partir de três macrorregiões de saúde

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    Este estudo visou caracterizar o processo de regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS), no estado do Rio Grande do Sul, a partir de três macrorregiões de saúde: Metropolitana, Serra e Missioneira. A pesquisa foi realizada em 2021, por meio de levantamento documental e de metodologia qualitativa, com entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas com gestores do nível regional da gestão estadual. Os resultados revelam que há uma relação entre os determinantes e condicionantes de saúde e o processo de regionalização do SUS no RS. A Macrorregião Serra tem melhores indicadores e apresentou maior facilidade para implementar as ações relativas ao processo de regionalização, já a Macrorregião Missioneira tem piores indicadores e demonstrou mais dificuldade neste processo. A Macrorregião Metropolitana tem indicadores intermediários, concentra serviços de saúde de maiores complexidade, tem maior população para ser atendida e revela maior complexidade na implementação do processo de regionalização.This study aimed to characterize the process of regionalization of the Unified Health System (SUS), in the state of Rio Grande do Sul, from three health macro-regions: Metropolitana, Serra and Missioneira. The research was carried out in 2021, through a documentary survey and qualitative methodology, with semi-structured interviews. The interviews were carried out with managers at the regional level of state management. The results reveal that there is a relationship between health determinants and conditions and the process of regionalization of the SUS in RS. The Macroregion Serra has better indicators and showed greater ease to implement actions related to the regionalization process, while the Macroregion of Mission h-as worse indicators and showed more difficulty in this process. The Metropolitan Macroregion has intermediate indicators, concentrates health services of greater complexity, has a larger population to be served and reveals greater complexity in the implementation of the regionalization process

    As relações poliafetivas como corolário do pluralismo familiar

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    O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise acerca do pluralismo familiar como realidade social por meio das relações poliafetivas. Em 2018 o Conselho Nacional de Justiça – CNJ proibiu em definitivo a formalização das relações estáveis poliafetivas e a impossibilidade de equipará-las como família. A monogamia é posta como referencial de estrutura familiar exemplar idealizada no moralismo de uma sociedade patriarcal. No entanto, as dinâmicas sociais e a própria história sustentam a existência do pluralismo familiar, onde a falta de tutela sob esses arranjos reforça a marginalização ao reconhecer apenas as relações monogâmicas como válidas juridicamente, além de caracterizar como família apenas as relações regidas pela monogamia. A partir do método de revisão bibliográfica discute-se, pela ótica histórico-social outros arranjos familiares para além da monogamia que estão inseridos na dinâmica social. Estes novos arranjos têm avançado nas suas demandas por reconhecimento social e jurídico, buscando legitimar a ampliação do conceito de família
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