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Extensão da distribuição geográfica de Plecturocebus baptista (Pitheciidae, Primates) e uma possível zona híbrida com Plecturocebus hoffmannsi: implicações evolutivas e de conservação
Titi monkeys (family Pitheciidae) are Neotropical primates highly diversified in morphology, ecology and genetics, with a wide geographic distribution, including the Amazon, Atlantic Forest, Cerrado, Pantanal and Caatinga. This diversity, together with knowledge gaps, generates uncertainties in titi monkey taxonomy and distribution. An example is Plecturocebus baptista, with only 14 occurrence records and an ill-defined distribution based on untested geographical barriers. Here, we report the occurrence of this species at a new locality outside its known range, across the Paraná-Urariá River, which was considered a distributional limit for the species. The new record implies an overlap of P. baptista with the range of P. hoffmannsi. We document the sighting of an apparent hybrid animal. Our observations suggest that i) the distribution of P. baptista needs to be reviewed, and ii) the evolutionary relationships between P. baptista and P. hoffmannsi may be more complex than previously assumed. Since both species share contiguous areas of potential hybridization, we question whether the two species arose via allopatric speciation.Macacos zogue-zogue (família Pitheciidae) são primatas neotropicais altamente diversificados em morfologia, ecologia e genética, com distribuição geográfica abrangente, incluindo a Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e a Caatinga. Essa diversificação, juntamente com lacunas de conhecimento, gera incertezas na taxonomia e distribuição das espécies. Um exemplo é Plecturocebus baptista, com apenas 14 registros de ocorrência e distribuição indefinida, baseada em barreiras geográficas não testadas. Aqui nós relatamos a ocorrência da espécie em uma nova localidade, fora de sua área conhecida de distribuição, que transpõe uma suposta barreira geográfica, o Rio Paraná-Urariá. O novo registro de P. baptista se sobrepõe à distribuição de P. hoffmannsi e, neste contexto, observamos um indivíduo aparentemente híbrido entre as duas espécies. Nossas observações sugerem que i) a distribuição de P. baptista necessita ser revisada, e ii) a relação evolutiva entre P. baptista e P. hoffmannsi pode ser mais complexa do que se pensava. Como ambas espécies compartilham áreas contínuas de potencial hibridização, questionamos se as duas espécies resultaram de especiação alopátrica