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    Relação Custo Benefício na Produção de Silagem com Milho Bt

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    Eficiência e escala de produção são imprescindíveis para obtenção de retornos financeiros compensatórios na atividade pecuária. O aumento da produtividade demanda maior produção de energia digestível por área, a fim de suprir plenamente as exigências nutricionais dos animais ao longo do ano de forma menos dispendiosa. O custo com alimentação dos animais se eleva no período seco do ano devido à redução no crescimento das plantas forrageiras. Segundo Magalhães et al. (2004) as despesas com alimentação atingem 64,9% da receita obtida com a venda do leite e no período seco a silagem e os grãos de milho (Zea mays), compõem a maior parte da ração animal. O milho representa a principal cultura armazenada em forma de silagem para utilização ao longo do período de estiagem, devido à possibilidade de boas produções com alto valor nutritivo. O armazenamento de forragem na forma de silagem para alimentação dos animais no período da seca é um processo de custo elevado, cujo benefício relaciona-se diretamente com o volume e qualidade da massa produzida. As silagens de milho no Brasil possuem média qualidade e rendimento abaixo do potencial da planta no que diz respeito à produção de energia digestível por área. O alto custo da produção de silagem, muitas vezes decorre da baixa produtividade das culturas. Fatores como adubação e correção da acidez do solo, controle de invasoras e pragas, escolha da época certa para o corte, tamanho adequado de partículas, tempo de fechamento do silo, densidade alcançada com a compactação e vedação, tipo de silo e lona utilizada na vedação, controle de contaminação e manejo após abertura quando não executados corretamente, podem acarretar sérias perdas econômicas na produção de bovinos. A utilização de cultivares modernos, mais produtivos, adaptados às condições locais e resistentes a pragas pode representar ganhos efetivos em produtividade desde que não ocorram fatores limitantes a manifestação do potencial produtivo dessas culturas. A lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas do milho no Brasil, distribui-se em todas as regiões de cultivo e pode reduzir a produção em até 38,7% (Williams & Davis 1990). O controle é convencionalmente realizado por produtos químicos e biológicos e sua necessidade condiciona-se ao nível de infestação. No ano de 2007 a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança liberou a comercialização de híbridos geneticamente modificados resistentes a pragas. A tecnologia desenvolvida em híbridos de milho contendo o gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que expressa a proteína Cry1Ab, tornou os híbridos resistentes ao ataque da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e broca do colmo (Diatraea saccharalis) (Avisar et al., 2009), reduzindo o controle químico e os custos com a aplicação de defensivos. Vários trabalhos comparando híbridos de milho transgênicos com suas contrapartes convencionais, demonstraram equivalência da composição química da silagem e produção e composição do leite (Faust & Miller, 1997; Folmer et al., 2002; Donkin et al., 2003; Calsamiglia et al., 2007; Faust et al., 2007). De acordo com Wiedemann et al. (2006) é improvável que uma proteína Cry1Ab inteira e funcional seja encontrada no rúmen após 8 horas de incubação. Segundo Singhal et al. (2006) não foi possível detectar a proteína codificada pelos genes cry1Ac e cry2Ab no sangue ou no leite dos animais alimentados. Dessa forma, os alimentos derivados de animais recebendo forrageiras modificadas geneticamente são considerados tão seguros quanto àqueles derivados de animais alimentados com forragem convencional, (Flachowsky et al., 2005; Phipps et al., 2006). O foco deste trabalho foi avaliar os benefícios econômicos do cultivo de híbridos de milho transgênicos destinados à confecção de silagem para alimentação animal utilizando como parâmetros a produção e qualidade da forragem. Para tanto foram observadas a produção agronômica, características morfológicas, perdas fermentativas, perdas aeróbias, composição química, digestibilidade in vivo, desempenho animal e os custos, das sementes e com aplicação de inseticidas. A decisão de qual hibrido ensilar é de grande importância no planejamento da atividade pecuária bovina e demanda avaliação técnica e econômica. O texto que segue tem como base os resultados de uma série de ensaios comparando a utilização dos híbridos de milho DKB 390 da Dekalb e AG 8088 da Agroceres contendo o gene cry1Ab com suas respectivas contrapartes convencionais sem o gene Bt (isogênicos próximos). As pesquisas foram conduzidas no Pólo Centro Leste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - APTA/SAA e tiveram auxílio financeiro da FAPESP e CNPq

    Monocultivo de eucalipto e consórcio com sesbânia: crescimento inicial em cavas de extração de argila Eucalyptus monocropping and intercropped with sesbania: initial growth in clay mining diggings

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    O consórcio de eucalipto com sesbânia na reabilitação de cavas de extração de argila pode representar uma forma de uso com benefícios ecológicos e econômicos, tendo em vista a sub-utilização a que essas cavas estão sendo submetidas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a sobrevivência, o crescimento inicial e características fisiológicas de Eucalyptus camaldulensis, E. tereticornis, E. robusta e E. pellita, em monocultivos e plantios consorciados com Sesbania virgata. Foram instalados dois experimentos (monocultivo e plantio consorciado), numa cava de extração de argila, segundo o delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Os plantios consorciados favoreceram a sobrevivência das espécies. Os eucaliptos no monocultivo apresentaram maior crescimento inicial em diâmetro do colo e em área de copa. As espécies de eucalipto responderam aos efeitos do consórcio e das podas ao longo do tempo, exceto E. tereticornis.<br>Intercropping of Eucalyptus and sesbania for the recovery of clay mining diggings can represent ecological and economic benefits. This work aimed to evaluate survival, initial growth and physiological characteristics of Eucalyptus camaldulensis, E. tereticornis, E. robusta and E. pellita, monocropped and intercropped with Sesbania virgata. Two experiments (monocropping and intercropped) were set up in a clay mining digging, arranged in a randomized block design with 4 replicates. Intercropping favored the survival of the species. Eucalyptus monocropping presented a greater initial growth in soil level diameter and canopy area. The eucalyptus species responded to the effects of intercropping and pruning, along time, except for E. tereticornis
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