89 research outputs found

    A construção da sociabilidade no Crossfit: corpos coletivamente individualizadosS

    Get PDF
    The aim of the study was to analyze the construction of sociabilities in CrossFit, as a means of capturing the values ​​and practices inherent to the body investment in this modality. Therefore, based on the socio-anthropological approach, in order to observe bodily practices in the field and analyze the representations given by the subjects to the practice, participant observation from a CrossFit box in the city of Rio de Janeiro and interviews with CrossFitters from oficial boxes in Rio de Janeiro was used. As main results, it was noted that sociability in CrossFit is permeated by values ​​of overcoming, solidarity, comparison and competition between subjects and with themselves. It is concluded that despite the practice being collective/in a group, the objectives and responsibilities within the field are individualized, so that the subjects are instigated to constantly overcome themselves.El objetivo de este artículo es analizar la construcción de las sociabilidades en el CrossFit, como medio de captar los valores y prácticas inherentes a la inversión corporal en esa modalidad. Para ello, con base en el enfoque socioantropológico, se observaron las prácticas corporales en campo y se analizaron las representaciones dadas por los sujetos a las mismas, a través de la observación participante de un box oficial en la ciudad de Rio de Janeiro y de entrevistas con practicantes de CrossFit de boxes oficiales de Rio de Janeiro. Como principales resultados, se observó que la sociabilidad en el CrossFit está permeada de valores de superación, solidaridad, comparación y competencia entre los sujetos y con sí mismo. Se concluye que a pesar de que la práctica es colectiva/en grupo, los objetivos y responsabilidades dentro del campo son individualizados, por lo que los sujetos son instigados a superarse y a mejorar constantemente.O objetivo deste artigo é analisar a construção das sociabilidades no CrossFit, como um meio de captar os valores e práticas inerentes ao investimento corporal nessa modalidade. Para tanto, com base na abordagem socioantropológica, observaram-se as práticas corporais em campo e analisaram-se as representações dadas a elas pelos sujeitos, por meio da observação participante de um box oficial na cidade do Rio de Janeiro e de entrevistas com praticantes de CrossFit de boxes oficiais do Rio de Janeiro. Como principais resultados, notou-se que a sociabilidade no CrossFit é permeada por valores de superação, solidariedade, comparação e competição entre os sujeitos e consigo mesmo. Conclui-se que apesar desta prática corporal ser coletiva/em grupo, os objetivos e as responsabilidades dentro do campo são individualizados, de modo que os sujeitos sejam instigados a se aprimorarem e se superarem constantemente

    Tênues direitos: sexualidade, contracepção e gênero no Brasil

    Get PDF
    Apresento uma síntese de algumas inquietações teóricas e sociopolíticas que permeiam minhas últimas pesquisas, as quais abordam o tema mais amplo da contracepção no contexto brasileiro. A gravidez imprevista é um fenômeno que atravessa a vida de muitas mulheres, de diferentes idades, classes sociais, raças/etnias, agravado pela impossibilidade de realização do aborto em condições seguras, interdito no país. Assim, apoiada em material empírico decorrente de três investigações que contemplam, respectivamente, a contracepção de emergência, os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração e um dispositivo para esterilização tubária, busco demonstrar as imensas dificuldades que cercam a garantia de um direito assegurado na Constituição, o planejamento reprodutivo. Tendo em vista a regulação dos corpos e da sexualidade feminina pelos saberes biomédicos, instituições estatais, religiosas, há sempre uma desqualificação moral daquelas mulheres que “falham” no controle de sua capacidade reprodutiva, consideradas como “sem vergonha” ou “negligentes”. Tampouco se confere importância às hierarquias e constrangimentos de gênero ou à violência que modelam práticas sexuais e contraceptivas. Muito além do repertório de métodos contraceptivos, a contracepção é uma prática cultural, relacional, mediada pelo aprendizado da sexualidade e do gênero, da autodeterminação que precisa ser apoiada pelos serviços públicos de saúde.I here introduce a synthesis of some theoretical and sociopolitical concerns approached in my recent research concerning the wider topic of contraception in the Brazilian context. The unexpected pregnancy is a phenomenon that crosses many women’s lives, regardless the age, social class and race/ethnicity. It is worsened by the impossibility of having a safe abortion, as it is interdict in the country. This research is based on empirical material from three investigations comprising, respectively, emergency contraception, long-term reversible contraceptive methods, and a fallopian tube contraceptive device. Thus, I aim to demonstrate the huge difficulties regarding the warranty of a right provided in the Constitution, i.e., family planning. In view of the regulation of female bodies and sexuality by biomedical knowledge, state and religious institutions, there is always a moral disqualification of those women who “fail” in the control of their reproductive capacity; they are considered “shameless” or “negligent”. Neither gender hierarchies and constraints nor violence that shape sexual and contraceptive practices are assigned importance. Way beyond the choices of contraceptive methods, contraception is a cultural, relational practice, mediated by the learning of sexuality and gender and the self-determination that needs to be supported by public health services

    Contracepção reversível de longa duração para mulheres "em situação de vulnerabilidade": racismo institucional no Sistema Único de Saúde (SUS)

    Get PDF
    The article focuses on a recent empirical fact, the public consultation and subsequent approval of the etonogestrel subdermal implant inclusion in the prevention of unintended pregnancy for women in childbearing age in the scope of Brazilian Unified Health System (SUS), in April 2021 by the National Commission for the Incorporation of Technologies in the SUS (CONITEC), linked to the Ministry of Health. However, paradoxically, such inclusion did not happen universally, to all SUS family planning users who so wished, respecting a premise dear to our public health system. It was implemented by conditioning this offer to specific programs aimed at women “in a vulnerable situation”, that is, people homeless, with HIV/AIDS, deprived of liberty, sex workers, undergoing treatment for tuberculosis, in short, the admittedly poor, black women, socially deprived of regular access to public health, education and social development policies. It is argued that the social effects resulting from the selective incorporation of these long-acting reversible contraceptive technologies can intensify the institutional racism implicit in such health practices. The temporary suppression of the reproductive capacity of “undesirable” women violates principles of citizenship and violates constitutional prerogatives.O artigo debruça-se sobre um fato empírico recente, a consulta pública e posterior aprovação em abril de 2021 pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), vinculada ao Ministério da Saúde, da inclusão do implante subdérmico de etonogestrel na prevenção da gravidez não planejada para mulheres em idade fértil no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, paradoxalmente, tal inclusão não se deu de modo universal, a todas as usuárias do planejamento reprodutivo do SUS que assim o desejarem, respeitando-se uma premissa cara ao nosso sistema público de saúde. Ela foi implementada condicionando-se tal oferta a programas específicos voltados a mulheres “em situação de vulnerabilidade”, ou seja, em situação de rua, com HIV/AIDS, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo, em tratamento de tuberculose, enfim, a mulheres reconhecidamente pobres, negras, socialmente privadas do acesso regular às políticas públicas de saúde, de educação, de desenvolvimento social. Argumenta-se que os efeitos sociais decorrentes da incorporação destas tecnologias contraceptivas reversíveis de longa duração de modo seletivo pode acirrar o racismo institucional implícito em tais práticas de saúde. A supressão temporária da capacidade reprodutiva de mulheres “indesejáveis” viola princípios de cidadania e infringe prerrogativa constitucional

    Tênues direitos: sexualidade, contracepção e gênero no Brasil

    Get PDF
    Apresento uma síntese de algumas inquietações teóricas e sociopolíticas que permeiam minhas últimas pesquisas, as quais abordam o tema mais amplo da contracepção no contexto brasileiro. A gravidez imprevista é um fenômeno que atravessa a vida de muitas mulheres, de diferentes idades, classes sociais, raças/etnias, agravado pela impossibilidade de realização do aborto em condições seguras, interdito no país. Assim, apoiada em material empírico decorrente de três investigações que contemplam, respectivamente, a contracepção de emergência, os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração e um dispositivo para esterilização tubária, busco demonstrar as imensas dificuldades que cercam a garantia de um direito assegurado na Constituição, o planejamento reprodutivo. Tendo em vista a regulação dos corpos e da sexualidade feminina pelos saberes biomédicos, instituições estatais, religiosas, há sempre uma desqualificação moral daquelas mulheres que “falham” no controle de sua capacidade reprodutiva, consideradas como “sem vergonha” ou “negligentes”. Tampouco se confere importância às hierarquias e constrangimentos de gênero ou à violência que modelam práticas sexuais e contraceptivas. Muito além do repertório de métodos contraceptivos, a contracepção é uma prática cultural, relacional, mediada pelo aprendizado da sexualidade e do gênero, da autodeterminação que precisa ser apoiada pelos serviços públicos de saúde

    Saberes que se cruzam: gênero, ciência e expertise leiga

    Get PDF

    Tênues direitos

    Get PDF
    Apresento uma síntese de algumas inquietações teóricas e sociopolíticas que permeiam minhas últimas pesquisas, as quais abordam o tema mais amplo da contracepção no contexto brasileiro. A gravidez imprevista é um fenômeno que atravessa a vida de muitas mulheres, de diferentes idades, classes sociais, raças/etnias, agravado pela impossibilidade de realização do aborto em condições seguras, interdito no país. Assim, apoiada em material empírico decorrente de três investigações que contemplam, respectivamente, a contracepção de emergência, os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração e um dispositivo para esterilização tubária, busco demonstrar as imensas dificuldades que cercam a garantia de um direito assegurado na Constituição, o planejamento reprodutivo. Tendo em vista a regulação dos corpos e da sexualidade feminina pelos saberes biomédicos, instituições estatais, religiosas, há sempre uma desqualificação moral daquelas mulheres que “falham” no controle de sua capacidade reprodutiva, consideradas como “sem vergonha” ou “negligentes”. Tampouco se confere importância às hierarquias e constrangimentos de gênero ou à violência que modelam práticas sexuais e contraceptivas. Muito além do repertório de métodos contraceptivos, a contracepção é uma prática cultural, relacional, mediada pelo aprendizado da sexualidade e do gênero, da autodeterminação que precisa ser apoiada pelos serviços públicos de saúde

    Pharmaceutical care for emergency contraception users

    Get PDF
    O artigo aborda alguns resultados da pesquisa Uma investigação socioantropológica no âmbito das farmácias: posição de farmacêuticos e balconistas sobre a contracepção de emergência, uma pesquisa mais ampla, realizada entre 2012 e 2014, com o objetivo de conhecer as concepções e práticas dos farmacêuticos e balconistas sobre a comercialização da contracepção de emergência no país. A coleta de dados entre os farmacêuticos se deu por meio de um questionário on-line, anônimo e autoaplicado, disponível na Plataforma DataSUS/FormSUS, e a divulgação do estudo contou com apoio de órgãos de classe da categoria profissional em foco. Obteve-se a participação voluntária de 383 farmacêuticos, 74,5% pertencentes ao sexo feminino e 25,5%, ao masculino, e a maioria (78,1%) afirmou que os consumidores costumam apresentar dúvidas sobre a contracepção de emergência e seu uso, e procuram os profissionais para saná-las. A maior parte dos entrevistados (88,4%) já buscou informações a respeito da contracepção de emergência, e uma parcela significativa deles (49,9%) desconhece sua distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento farmacêutico às consumidoras é problematizado, tendo em vista a importância de incluir esse profissional no debate público nacional sobre o tema e de valorizar sua atuação clínica em farmácias e drogarias. São discutidas, por fim, a questão do uso racional de medicamentos e as possíveis contribuições das ciências sociais ao tema.The article addresses results from a broader survey entitled “A socio-anthropological investigation about drugstores: position of pharmacists and clerks on emergency contraception”, carried out from 2012 to 2014. The purpose of this study is to understand pharmacists and clerks’ conceptions and practices about the commercialization of emergency contraception in Brazil. The data was collected through an anonymous, self-administered on-line questionnaire available on the DataSUS/FormSUS Platform, and the disclosure of the study had the Brazilian pharmaceutical societies support. 383 pharmacists participated voluntarily (n=383), from which 74.5% were female and 25.5% were male. Most interviewees (78.1%) said that consumers usually have questions about emergency contraception and its use, and they often seek the professionals to clarify them. Most of them (88.4%) have already sought information about the emergency contraception, and a significant proportion of pharmacists (49.9%) do not know about their distribution in the Brazilian National Health System (SUS). The pharmaceutical service to emergency contraception users is problematized, considering the importance of including these professionals in the Brazilian public debate on the subject and valuing their clinical performance in pharmacies and drugstores. Furthermore, we discuss the rational use of medicines and the contributions of social sciences to the subject

    The importance of teaching gender theory in undergraduate Public Health education: a necessary intersection

    Get PDF
    O objetivo deste trabalho é refletir, a partir de nossa experiência como docentes do curso de graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sobre o ensino dos conteúdos relativos à problemática/às questões de gênero para estudantes em formação profissional na área da saúde. Acatando o desafio proposto neste dossiê, buscamos analisar como esse bacharelado – per se, interdisciplinar – tem sido atravessado cotidiana e praticamente pelas ciências sociais, em particular pelas teorias que abordam o gênero como categoria analítica e importante ferramenta conceitual para uma compreensão crítica e política da realidade social. Acreditamos que tal aprendizado se torna imprescindível para uma atuação mais engajada com as desigualdades sociais em sentido lato (classe, raça/etnia, gênero), como a de futuros sanitaristas ou pesquisadores em saúde, tendo em vista o despertar do interesse e da sensibilidade discentes para o tema. A partir da conexão de suas próprias experiências e vivencias cotidianas como jovens, mulheres e homens, com pertencimentos étnico-raciais distintos, filiação de classe e inserção religiosa, temos assistido um processo de amadurecimento pessoal e profissional em nossos(as) estudantes que nos comprovam a fecundidade do ensino nessa direção.The objective of this study is to reflect, based on our experience as teachers of the undergraduate course in Public Health of the Federal University of Rio de Janeiro, on the teaching of gender issues for students under professional training in the health field. By accepting the challenge proposed in this dossier, we sought to analyze how this bachelor’s degree—interdisciplinary by nature— has been explored daily and in a practical manner by social sciences, particularly by theories that approach the genre as an analytical category and an important conceptual tool for a critical and political understanding of social reality. We believe that such learning is essential for a more engaged action with social inequalities (class, race/ethnicity, gender) as future sanitarians or health researchers, in order to awaken students’ interest and sensibility to the subject. Based on the connection between their own daily experiences as young people, women and men, with distinct ethnic and racial backgrounds, class affiliation and religious inclusion, we have witnessed a process of personal and professional maturity in our students, which proves us the fecundity of teaching in this manner

    Commercialization of emergency contraception in a drugstore in the city of Rio de Janeiro: ethical and methodological aspects of an ethnographic research

    Get PDF
    This article discusses ethical and methodological aspects related to the ethnographic research conducted in a drugstore in the city of Rio de Janeiro, Brazil, in 2011 and 2012. The aim was analyzing the dynamics of emergency contraception commercialization by this drugstore, as well as the social interaction between the seller and/or pharmacist and the customer at the time the latter purchases the pill. The investigation is permeated by challenges related to the commercial nature of drugstores in the country, even though these commercial establishments are legally considered as having a “health-related interest”. First, we introduce a discussion on the background of the fieldwork: the quest for research approval, both by the research ethics committee concerned and by drugstore owners. Then, the process of getting into the field is discussed from the perspective of the relations and positions taken by the female researcher and the subjects under analysis. The choice for ethnography in the private context of drugstores, aiming to identify the commercialization of emergency contraception, was crucial to apprehend the complex processes related to the subtle games of sexuality and reproduction control in this space. The interaction between the female researcher and the research subjects during fieldwork constitutes a socially constructed process, according to the specific circumstances that delimit the collection of data/the research, thus, the research method and the ethical attitude must be properly defined and clear for the researcher. They are interconnected, depending on a creative exercise and a critical evaluation of the researcher on her/his relations within the field.O artigo discute aspectos éticos e metodológicos relativos à pesquisa etnográfica em drogaria da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, no período 2011-2012. Buscou-se conhecer a dinâmica de provisão da contracepção de emergência pela drogaria, bem como a interação social entre o/a vendedor/a e/ou farmacêutico/a e o/a consumidor/a no ato da compra da pílula. A investigação está permeada por desafios relacionados ao caráter comercial das drogarias no país, embora estes estabelecimentos sejam considerados legalmente “de interesse para a saúde”. No primeiro momento, apresenta-se a discussão sobre os antecedentes do trabalho de campo: a busca pela aprovação da pesquisa tanto pelo Comitê de Ética em Pesquisa quanto por proprietários de drogarias. Em seguida, o processo de entrada em campo é problematizado pela perspectiva das relações e posições assumidas pela pesquisadora e sujeitos pesquisados. A opção pela etnografia no contexto privado das drogarias, visando conhecer a comercialização da contracepção de emergência, foi fundamental para a compreensão de processos complexos relacionados aos jogos sutis de controle da sexualidade e reprodução nesse espaço. A interação entre pesquisadora e sujeitos da pesquisa em campo é um processo socialmente construído, conforme as circunstâncias específicas que demarcam a coleta de dados/pesquisa, por isso o método da pesquisa e a postura ética precisam estar bem definidos e claros para o pesquisador. Ambos estão interligados, dependem do exercício criativo e da avaliação crítica do pesquisador sobre suas relações em campo

    O aconselhamento e a testagem anti-HIV como estratégia preventiva: uma revisão da literatura internacional, 1999-2011

    Get PDF
    Com base em revisão bibliográfica discute-se a literatura produzida nos anos de 1999 a 2011, no campo da saúde coletiva, sobre uma importante estratégia de prevenção da transmissão do HIV: o aconselhamento e testagem anti-HIV. O artigo realiza um balanço da literatura internacional, analisando criticamente os aspectos mais assinalados pela comunidade científica, apontando divergências e convergências entre os estudos e identificando lacunas que possam estimular o desenvolvimento de novas pesquisas neste campo temático. Como resultado, evidenciou-se que os processos de decisão de realizar um teste e a experiência da testagem são discutidos na literatura com abordagens fragmentadas, sejam de ordem individual ou institucional. Para compreender diversas dimensões implicadas na adoção de uma prática preventiva como o teste HIV, é preciso contemplar indicadores sociais tais como gênero, religião, identidade sexual, raça/cor, e relacioná-los às políticas públicas e à operacionalização dos serviços de saúde. O uso expressivo do conceito de risco (aliado às categorias de grupo, comportamento, percepção) e de escalas quantitativas para aferir a percepção individual do risco como uma barreira para a realização do teste ilustra o foco excessivo sobre uma dimensão individual e parcial do problema.Based in a bibliographical review, this paper discusses the literature produced between 1999 and 2011 in the field of Public Health over an important strategy of prevention of the transmission of HIV virus: the counseling and testing for HIV. The article critically analyzes the aspects highlighted by the literature, indicating divergences and convergences among the studies and identifying possible gaps that can stimulate new researches in this thematic field. The results of this work indicate a tendency of the literature in treating the processes of decision and the experience of taking a test under fragmented approaches at an individual or institutional level. To understand the many dimensions implied in the adoption of a preventive practice such as the HIV test, it's imperative contemplate social determinants such as gender, religion, sexual identity, race/ethnicity, and the intersection of these with individual factors or with those related to the public politics and operation of health services. The expressive use of the risk concept (group, behavior, perception) and of quantitative scales to measure the individual risk perception as a barrier for the test illustrates the focus on an individual and partial dimension of the problem
    corecore