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    Características clínicas e evolutivas da sífilis em 24 indivíduos HIV+ no Rio de Janeiro, Brasil

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    Foram tratados 24 indivíduos com sífilis e infecção pelo HIV, de Março de 1997 a Janeiro de 2003, no ambulatório de Dermatologia Infecciosa do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Foram 20 homens (83,3%) e quatro mulheres (16,7%) com idade média de 38,04 anos e contagem média de linfócitos T CD4 de 389,5 céls/mm³. A sífilis foi classificada como secundária em 16 pacientes (62,5%), latente tardia em oito (33,3%) e terciária em uma paciente (4,2%). As manifestações de sífilis secundária foram de lesões cutâneas eritematopapulosas em regiões palmar e plantar em nove (37,5%), exantema papuloso em quatro (16,7%), alopecia em clareira em três (12,5%) e osteocondrite em um paciente (4,2%). A sífilis terciária apresentou-se como lesão verrucosa. Cinco pacientes (20,8%) apresentavam neurossífilis, sendo a cefaléia a única manifestação presente em dois pacientes. As drogas utilizadas foram penicilina benzatina, ceftriaxone, eritromicina e penicilina. A cura ocorreu em 18 pacientes (75%). Seis pacientes (25%) foram retratados, sendo que três apresentavam história de re-exposição. Este estudo confirmou a importância de se estabelecer o diagnóstico de neurossífilis em pacientes com infecção pelo HIV, assim como de se realizar seguimento clínico e laboratorial após o tratamento da sífilis.A total of 24 patients with syphilis and HIV infection were treated from January 1997 to March 2003 at the Infectious Dermatology Outpatient Clinic of the Evandro Chagas Clinical Research Institute, Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro, Brazil. The caseload consisted of 20 males (83.3%) and four females (16.7%), with a mean age of 38.04 years and mean T CD4+ count of 389.5 cells/mL. Syphilis was diagnosed as secondary in 16 (62.5%) patients, late latent in eight (33.3%), and tertiary in one (4.2%). Manifestations of secondary syphilis were palmar and plantar erythematopapulous cutaneous lesions in nine (37.5%), papulous exanthema in four (16.7%), patchy alopecia in 3 (12.5%) and osteochondritis in one patient (4.2%). Tertiary syphilis was characterized by verrucous lesions. Neurosyphilis was diagnosed in four patients (16.7%), with headache as the only manifestation in two patients. Drugs used in treatment included benzathine penicillin, ceftriaxone, erythromycin, and crystalline penicillin. Cure was achieved in 18 patients (75%). Five patients (20.8%) were retreated, three of whom presented a history of re-exposure. This study confirms the importance of establishing the diagnosis of neurosyphilis in patients with HIV infection, in addition to performing follow-up on treatment for syphilis

    Resolução de leishmaniose cutânea após eczema agudo devido a antimoniato de meglumina intralesional

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    Relatamos caso de paciente de 42 anos atendida em centro de referência em leishmanioses no Rio de Janeiro, Brasil, apresentando lesão de leishmaniose cutânea no antebraço direito. Iniciado tratamento com baixa dose de antimoniato de meglumina (AM) intramuscular (5 mg Sb5+/kg/dia), houve melhora após 28 dias, porém com desenvolvimento de eczema generalizado. Após 87 dias, notou-se piora da lesão. A paciente recusou o tratamento com anfotericina B. Infiltrou-se AM na lesão em duas sessões, resultando em eczema local com bolhas. Entretanto, 20 dias depois, tanto a úlcera quanto o eczema regrediram. A administração intralesional do AM deve ser utilizada com cautela em pacientes com hipersensibilidade cutânea a este fármaco.We report a case of a 42 year-old female, who came to a leishmaniasis reference center in Rio de Janeiro, Brazil, presenting a cutaneous leishmaniasis lesion in the right forearm. Treatment with low-dose intramuscular meglumine antimoniate (MA) (5 mg Sb5+/kg/day) was initiated, with improvement after 28 days, although with the development of generalized eczema. After 87 days, the lesion worsened. Patient refused treatment with amphotericin B. MA was then infiltrated in the lesion, in two sessions, resulting in local eczema, with bullae formation; however, twenty days after, both the ulcer and eczema receded. Intralesional administration of MA should be used carefully when previous cutaneous hypersensitivity is detected

    Gestão Orientada para Resultados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz: A Contribuição do Modelo PAA-IGs

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    Desde 2006 o monitoramento de despesas e custos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (IPEC/FIOCRUZ) recorre às estimativas geradas pelo Projeto de Avaliação e Acompanhamento – Indicadores Gerenciais (PAA-IGs). O objetivo do artigo é evidenciar a contribuição do modelo PAA-IGs para aperfeiçoar a gestão orientada para resultados adotada na FIOCRUZ e no IPEC a partir dos anos 90. O método de pesquisa é um estudo de caso comparativo que trata da tomada de decisão a respeito da atividade de assistência tal como é obtida com apoio na sinalização resultante de três classes de evidência, quais sejam, os valores: do orçamento executado do IPEC; a previsão orçamentária do Plano Anual do IPEC e as estimativas de despesas e custos geradas pelo Projeto PAA-IGs. O resultado é que a despesa apurada pelo modelo PAA-IGs contribui para a aferição do resultado do cálculo dos direcionadores dos custos do IPEC. A conclusão do artigo é que, como contribuição ao conhecimento, o artigo aponta exigências para a gestão orientada para resultados em termos da apuração das despesas em uma organização pública multipropósito de saúde e, como contribuição gerencial, confirma a utilidade do modelo PAA-IGs para aperfeiçoar a estimativa da despesa de assistência do IPEC

    Reactivation of cutaneous and mucocutaneous tegumentary leishmaniasis in rheumatoid arthritis patients: an emerging problem?

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    Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic condition that is frequent in patients living in tropical areas exposed to leishmaniasis. RA therapy involves immunosuppressant drugs such as methotrexate (MTX), monoclonal antibodies (mAbs) and prednisone. We report an unusual presentation of cutaneous (CL) or mucocutaneous leishmaniasis (ML) in RA patients from an endemic area of leishmaniasis. A 51-year-old woman noted a cutaneous ulcer on her left ankle during MTX and prednisone RA therapy. Initially diagnosed as a venous stasis ulcer, the aspirate of the injury revealed the presence of Leishmania DNA. A 73-year-old woman presenting non-ulcerated, infiltrated and painful erythematous nodules inside her nostrils while receiving MTX, anti-TNF mAb, and prednisone for RA, had also the aspirate of injuries showing the presence of Leishmania DNA. Both patients healed after the therapy with liposomal amphotericin. The RA therapy has changed to low-dose prednisone, without further reactivation episodes. Both cases suggest that CL or ML can reactivate after administration of an immunosuppressant for RA treatment. Therefore, immunosuppressive treatments for RA should be carefully prescribed in patients from endemic areas or with a history of CL and ML

    A utilização do ELISA empregando antígenos homólogos e heterólogos para a detecção de IgG e subclasses (IgG1 e IgG2) no diagnóstico de Leishmaniose visceral canina

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    Indirect immunofluorescence is the method recommended for the diagnosis of visceral leishmanisis in dogs, however, the accuracy of this technique is low and its use on a large scale is limited. Since ELISA does not present these limitations, this technique might be an option for the detection of IgG or specific IgG1 and IgG2 subclasses. Canine ehrlichiosis is an important differential diagnosis of American Visceral Leishmaniasis (AVL). The present study compared ELISA using Leishmania chagasi and Leishmania braziliensis antigen for the detection of anti-Leishmania IgG and subclasses in serum samples from 37 dogs naturally infected with L. chagasi (AVL) and in samples from four dogs co-infected with L. braziliensis and L. chagasi (CI). The occurrence of cross-reactivity was investigated in control serum samples of 17 healthy dogs (HC) and 35 infected with Ehrlichia canis (EC). The mean optical density obtained for the detection of IgG was significantly higher when L. chagasi antigen was used, and was also higher in subgroup VLs (symptomatic) compared to subgroup Vla (asymptomatic). The correlation between IgG and IgG1 was low. The present results suggest that IgG ELISA using homologous antigen yields the best results, permitting the diagnosis of asymptomatic L. chagasi infection and the discrimination between cases of AVL and ehrlichiosis in dogs.A imunofluorescência indireta é o método recomendado para o diagnóstico de leishmaniose visceral em cães, entretanto, a acurácia dessa técnica é baixa e seu uso em grande escala é limitado. Uma vez que o ELISA não apresenta essas limitações, essa técnica poderia ser uma opção para a detecção de IgG ou subclasses IgG1 e IgG2 específicas. A ehrlichiose canina é um importante diagnóstico diferencial de Leishmaniose Visceral Americana (LVA). O presente estudo comparou o ELISA usando antígenos de Leishmania chagasi e Leishmania braziliensis para a detecção de IgG e subclasses anti-Leishmania em amostras de soro de 37 cães naturalmente infectados com L. chagasi (LVA) e em amostras de quatro cães co-infectados (CI). A ocorrência de reatividade cruzada foi investigada em amostras de soro controle de 17 animais saudáveis (HC) e 35 de infectados por Ehrlichia canis (EC). A média de densidade óptica obtida para a detecção de IgG foi significantemente maior quando o antígeno de L. chagasi foi usado e também mais elevada no subgrupo LVs (sintomático) quando comparado ao subgrupo LVa (assintomático). A correlação entre IgG e IgG1 foi baixa. O presente resultado sugere que ELISA IgG empregando antígeno homólogo, produz os melhores resultados, permitindo o diagnóstico de infecção assintomática por L. chagasi e a discriminação entre casos de LVA e ehrlichiose em cães

    Intensidade da intradermorreação de Montenegro e tempo de evolução da lesão como preditores de falha na resposta terapêutica da leishmaniose cutânea

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    A case-control study was conducted to examine the association among the Montenegro skin test (MST), age of skin lesion and therapeutic response in patients with cutaneous leishmaniasis (CL) treated at Evandro Chagas National Institute of Infectious Diseases (INI), Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Rio de Janeiro, Brazil. For each treatment failure (case), two controls showing skin lesion healing following treatment, paired by sex and age, were randomly selected. All patients were treated with 5 mg Sb5+/kg/day of intramuscular meglumine antimoniate (Sb5+) for 30 successive days. Patients with CL were approximately five times more likely to fail when lesions were less than two months old at the first appointment. Patients with treatment failure showed less intense MST reactions than patients progressing to clinical cure. For each 10 mm of increase in MST response, there was a 26% reduction in the chance of treatment failure. An early treatment - defined as a treatment applied for skin lesions, which starts when they are less than two months old at the first appointment -, as well as a poor cellular immune response, reflected by lower reactivity in MST, were associated with treatment failure in cutaneous leishmaniasis.Conduzimos estudo caso-controle que verificou a associação entre a intradermorreação de Montenegro (IDRM), o tempo de evolução da lesão e a resposta terapêutica em pacientes com leishmaniose cutânea (LC) atendidos no Instituto de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, Brasil. Para cada caso com má resposta à terapêutica foram selecionados aleatoriamente dois controles que evoluíram com cicatrização das lesões após o tratamento, pareados por sexo e idade. Todos os pacientes realizaram tratamento com antimoniato de meglumina (Sb5+) IM, na dose de 5 mg Sb5+/kg/dia, continuamente, por 30 dias. Pacientes com LC apresentaram aproximadamente cinco vezes mais chance de falhar quando as lesões apresentavam menos de dois meses de evolução no primeiro dia de atendimento. Pacientes com falha terapêutica apresentaram reações de IDRM menos intensas que pacientes que evoluíram para a cura clínica. A cada 10 milímetros de aumento na resposta à IDRM, houve uma redução de 26% na chance de ocorrência de falha. O tratamento precoce, traduzido pelo tempo de evolução da lesão menor que dois meses no primeiro dia de atendimento, e resposta de imunidade celular deficiente, traduzida por IDRM menos intensa, demonstraram contribuir para a ocorrência de falha terapêutica na leishmaniose cutânea

    Primeiro relato de ototoxicidade pelo antimoniato de meglumina

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    Introdução: Antimoniais pentavalentes são os fármacos de primeira escolha no tratamento da leishmaniose tegumentar. Dados de ototoxicidade relacionados a tais fármacos são escassos na literatura, o que nos levou a desenvolver um estudo de funções cócleo-vestibulares. Relato de caso: Relatamos caso de paciente masculino de 78 anos com leishmaniose tegumentar, que apresentou aumento significativo dos limiares auditivos com zumbido e tontura rotatória grave durante o tratamento com antimoniato de meglumina. Os sintomas pioraram até duas semanas após a interrupção do tratamento. Conclusão: Tontura e zumbido já tinham sido associados ao antimoniato de meglumina. Entretanto, este é o primeiro caso bem documentado de toxicidade cócleo-vestibular relacionado ao antimoniato de meglumina.Introduction: Pentavalent antimonials are the first drug of choice in the treatment of tegumentary leishmaniasis. Data on ototoxicity related with such drugs is scarcely available in literature, leading us to develop a study on cochleovestibular functions. Case Report: A case of a tegumentary leishmaniasis patient, a 78-year-old man who presented a substantial increase in auditory threshold with tinnitus and severe rotatory dizziness during the treatment with meglumine antimoniate, is reported. These symptoms worsened in two weeks after treatment was interrupted. Conclusion: Dizziness and tinnitus had already been related to meglumine antimoniate. However, this is the first well documented case of cochlear-vestibular toxicity related to meglumine antimoniate
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