2 research outputs found

    IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS PARA INSERÇÃO E MANUTENÇÃO DE CATETERISMO VESICAL DE DEMORA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PRIVADO TERCIÁRIO DE SÃO PAULO

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    Introdução: A utilização de Cateterismo Vesical de Demora (CVD) é um procedimento comum e diretamente relacionado a internações hospitalares. Porém, a utilização inadequada do dispositivo pode levar a eventos adversos, como por exemplo Infecção do Trato Urinário Associada à Cateter vesical (ITU-AC). A ITU-AC é uma infeção de grande potencial preventivo e sua incidência impacta negativamente na melhora clínica do paciente. Objetivo: Avaliar a redução de ITU-AC a partir da implementação de medidas preventivas com a equipe assistencial na UTI adulto de um hospital terciário de São Paulo. Metodologia: Estudo quase-experimental realizado em UTI de um hospital privado terciário de São Paulo durante 30 meses (jan. 2021 a jun. 2023). A intervenção deu início em junho de 2022. Anteriormente (período pré-intervenção), a passagem do cateter vesical de demora dos pacientes da UTI era realizada pela equipe de enfermagem sem rotina técnica específica e sem auditoria focada na manutenção do dispositivo. A partir da intervenção foi elaborado Procedimento Operacional Padrão (POP) para passagem de cateterismo vesical de demora e iniciadas medidas de vigilância para manutenção do dispositivo. Resultados: Foram levantadas possíveis falhas durante a passagem e manipulação do CVD e elaborado POP específico para padronização da técnica de passagem. Foi realizado orientação sobre a utilização da clorexidina degermante para higiene íntima e fixação adequada do dispositivo. Durante as auditorias beira leito, foram reforçadas com a equipe assistencial as recomendações de prevenção e de retirada do dispositivo quando não indicado. O número de ITUs nos 18 meses pré-intervenção foi de 8 comparado com 1 dos 12 meses pós-intervenção. A densidade de incidência de ITU nos períodos foi de 1,82 (pré-intervenção) versus 0,61 (pós-intervenção), tendo redução de 33%, mas não houve diferença estatística significativa (p>0,05). A taxa de uso de cateter vesical de demora dos períodos foi 29,2% vs. 15,6%. Discussão/Conclusão: Houve redução na incidência de ITU-AC, com a implementação das medidas preventivas, porém sem diferença estatística significativa. Estudos adicionais com amostras maiores são necessários

    IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADOS ESPECIALIZADOS EM SAÚDE BUCAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PRIVADO TERCIÁRIO DE SÃO PAULO

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    Introdução: A Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAV-VM) é um desafio para os controladores de infecção. Medidas de prevenção como a higiene oral são implementadas para redução nas taxas de infecção. Protocolos desenvolvidos por especialistas em saúde bucal e acompanhamento especializados são alternativas para melhorar as práticas de higiene oral em pacientes críticos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Objetivo: Avaliar o impacto PAV-VM a partir da implementação de um serviço de saúde bucal por profissional especializado em odontologia na UTI adulto de um hospital de São Paulo. Método: Estudo quase-experimental realizado em UTI de um hospital privado de São Paulo durante 42 meses (jan/2020 a jun/2023). A intervenção se deu em julho de 2021 por meio da implementação de atendimento odontológico. Anteriormente (pré-intervenção – 18 m), a higiene oral dos pacientes da UTI era realizada pela equipe de enfermagem sem rotina técnica específica. A partir da intervenção (pós-intervenção – 24 m), um profissional especializado em odontologia foi contratado para realização de visitas mínimas de 3 × /semana. O desfecho avaliado foi a incidência de PAV-VM. Resultados: Foram levantadas as possíveis falhas em procedimento e elaborado Protocolo Operacional Padrão (POP) específico para higiene oral. Foi realizado treinamento de higiene oral presencial total de 91 (90%) dos 101 colaboradores (técnicos de enfermagem e enfermeiros). Além da higiene oral, foram avaliadas: presença de lesões (lesões por pressão relacionadas a Intubação Orotraqueal “IOT”, candidíase, herpes, outras), bruxismo com risco de perfuração de tubo e fratura dentária. Quando necessário foram realizados procedimentos de laserterapia e instaladas placas pré-fabricadas. O número de PAVs nos 18 meses pré-intervenção foi de 30, comparado com 11 nos 24 meses pós-intervenção. A densidade de incidência de PAV dos períodos foi de 7,42 (pré-intervenção) vs. 5,64 (pós-intervenção), tendo redução de 24%, porém sem resultado com significância estatística (p>0.05). A taxa de uso de ventilação mecânica dos períodos foi 27,96% vs. 9,33% (p<0.05). Discussão/Conclusão: Houve redução na incidência de PAV, apesar de não estatisticamente significativa. A redução na taxa de VM dificultou a a comparação entre os grupos. Estudos adicionais com amostras maiores são necessários. Qualitativamente, houve melhora das práticas de higiene oral e e cuidados de saúde bucal com o paciente após início do acompanhamento
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