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    Coesão urbana: o papel das redes de espaço público

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    [por] Vários desafios se colocam atualmente aos territórios urbanos, nomeadamente resultantes dos fortes processos de transformação e crescimento, característicos das últimas décadas do Séc. XX. Estas transformações estão na origem do aparecimento de novos contextos urbanos, muitas vezes associados a problemas de falta de coesão, não apenas relacionados com a fragmentação morfológica das estruturas urbanas, mas também com fragilidades ao nível das dinâmicas sociais e económicas. No sentido de melhor compreender estes problemas, estudamos o conceito de coesão. Partimos da definição de coesão feita pelas Diretivas Europeias, procurando sistematizar a sua transposição para a escala urbana. Propomos uma sistematização do conceito de coesão urbana suportada numa dupla dimensão – uma que envolve a forma física da cidade e outra as suas dinâmicas socioeconómicas e socioculturais. Assim, no presente trabalho pretendemos discutir o conceito de coesão urbana vinculado ao papel desempenhado pelo espaço público na sua promoção. Procuramos clarificar a forma como se podem orientar as intervenções urbanas promovendo a coesão, nomeadamente, explorando as potencialidades das redes de espaço público (suas dimensões e características). Partimos da premissa de que o espaço público é o elemento estruturador da malha e vida urbana; organizando-se de forma sistémica; numa perspetiva de integração multi-escala; formando uma "rede de redes". Com a intenção de contribuir para o reforço da coesão urbana, propomos uma metodologia de análise da coesão de uma rede de espaços públicos. Desenvolvemos esta metodologia centrando-nos na escala do bairro, mas também nas suas ligações às redes envolventes. Suportamos o processo de trabalho na análise de dois territórios; dois bairros na cidade de Barcelona – a Barceloneta e o Baró de Viver – privilegiando-se o contacto direto com o território. A análise destes dois territórios vai acompanhando a sistematização de conceitos e serve também de teste e validação da metodologia e critérios propostos.[eng] Several challenges was currently introduced in urban areas, particularly resulting from strong growth and transformation processes, characteristic of the last decades of the XX century. These transformations gave rise to the emergence of new urban contexts, often associated with lack of cohesion problems, not only related to morphological fragmentation of urban structures, but also with weaknesses in its social and economic dynamics. In order to better understanding these issues, we study the concept of cohesion. We start from the definition of cohesion introduced by the European Directives, aiming to systematize its application into the urban scale. We propose a systematization of urban cohesion concept supported in a dual dimension - one that involves the physical form of the city and other their socio-economic and socio-cultural dynamics. Therefore, with this investigation we intend to discuss the concept of urban cohesion linked to the role that public space plays in its promotion. We seek to clarify how it is possible to guide urban interventions promoting cohesion, particularly by exploring the potential of public space networks (its dimensions and characteristics). We start from the premise that public spaces are the structuring elements of urban fabric and urban life, organizing themselves in a systemic way; in a multi-scale integration perspective; forming a "network of networks". Intending to contribute to the enhancement of urban cohesion, we propose a methodology, able to analyze cohesion of a public space network. We developed this methodology focusing on the neighborhood scale, but also in its connections to the surrounding networks. We support the work process in the analysis of two territories; two neighborhoods in the city of Barcelona – Barceloneta and Baró de Viver – privileging direct contact with the territory. The analysis of these two territories integrates the concepts’ systematization and it is also used to test and validate the methodology and criteria proposed.[spa] Varios retos se plantean actualmente a los territorios urbanos, sobre todo como resultado de los fuertes procesos de transformación y crecimiento, característicos de las últimas décadas del siglo. XX. Estos cambios dieron lugar a la aparición de nuevos contextos urbanos, a menudo asociados con problemas de falta de cohesión, no sólo relacionados con la fragmentación morfológica de las estructuras urbanas, pero también con debilidades al nivel de sus dinámicas sociales y económicas. Con el objetivo de mejor comprender estos temas, estudiamos el concepto de cohesión. Partimos de la configuración de cohesión hecha por las Directivas Europeas, buscando sistematizar su transposición a la escala urbana. Proponemos una sistematización del concepto de cohesión urbana, apoyado en una doble dimensión – una que implica la forma física de la ciudad y otra sus dinámicas socio-económicas y socio-culturales. Así, en el presente trabajo nos proponemos discutir el concepto de cohesión urbana vinculada a la función del espacio público en su promoción. Buscamos aclarar cómo se pueden guiar las intervenciones urbanas promoviendo la cohesión, en particular tirando partido del potencial de las redes de espacio público (sus dimensiones y características). Partimos de la premisa de que el espacio público es el elemento estructurador de la malla y la vida urbana; organizándose de manera sistémica; con la perspectiva de la integración multi-escala; formando una "red de redes". Buscando contribuir para la mejora de la cohesión urbana, proponemos una metodología de análisis de la cohesión de una red de espacios públicos. Hemos desarrollado esta metodología centrándonos en la escala del barrio, pero también en sus conexiones con las redes de los alrededores. Apoyamos el proceso de trabajo en el análisis de dos territorios; dos barrios de la ciudad de Barcelona – Barceloneta y Baró de Viver – favoreciendo el contacto directo con el territorio. El análisis de estos dos territorios acompaña la sistematización de conceptos y sirve también como prueba y validación de la metodología y criterios propuestos

    Maternal emotion regulation, reactions to childrens’ negative emotions and youth’s adjustment

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    Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia da Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2016Parents that are able to adequately self-regulate emotions will be more capacitated to help their children regulate their emotions. These processes influence the socialization of child’s emotions and have an undeniable influence on the child’s emotional and social development. Parental emotion regulation also involves the ability to tolerate the child’s negative emotions. When parents are unable to tolerate and be exposed to emotionally charged situations, they might try and change their form and frequency to avoid or reduce exposure. Parental Experiential Avoidance (parental EA) represents this inability. The purpose of this study was to study the relationships between maternal emotion regulation, maternal reactions to child’s negative emotions, and child’s adjustment. Additionally, we intended to analyze gender and age group differences in regard to Mothers’ Emotion Regulation and Mothers’ Coping with Children’s Negative Emotions. The sample was composed by 247 portuguese mothers that filled out on-line two scales to evaluate their emotion regulation (EREP) and reactions to child’s emotions (CCNES) and a questionnaire pertaining to their child’s (3 to 15 years old) adjustment (SDQ). Results, overall, supported the hypothesis. Maternal negative reactions/negative emotion regulation was positively statistically significant correlated to child’s adjustment problems; and the maternal constructive reactions/positive emotion regulation was positively statistically significant correlated to child’s positive adjustment. Negative and positive maternal emotion regulation dimensions were positively statistically significant correlated to, respectively, negative and constructive maternal reactions to child’s negative emotions. The results also showed significant differences between girls and boys regarding Emotion-Focused Reactions, wherein mothers used it more on girls than on boys. Mothers used less Distress Reactions with pre-school children but more Emotion-Focused Reactions compared with elementary school children, pre-adolescents and adolescents. Mother’s used Minimization Reactions significantly less with pre-school children in comparison with other age groups. For Emotional Inaction, mothers presented significantly higher levels for adolescents than for pre-school children.A autorregulação parental integra processos cognitivos, comportamentais e afetivos diferentes que, em conjunto, proporcionam aos pais a capacidade de planear e antecipar, de regular emoções, de cooperar com outros, de avaliar resultados e remodelar ações. Mais concretamente, a capacidade de regulação emocional dos pais é muito importante para gerir as situações quotidianas de interação com os filhos, mas também para ajudar as crianças a regular as suas próprias emoções. Um pai que é capaz de se autorregular será capaz de adequadamente pôr em prática capacidades que se traduzam na resolução de problemas, estabelecimento de objetivos, implementação de mudanças comportamentais e agir, com o objetivo final de proporcionar um desenvolvimento positivo para os filhos. A operacionalização adotada pelo presente estudo da regulação emocional parental inclui não só a capacidade dos pais regularem e expressarem as próprias emoções adequadamente, mas também a capacidade dos pais de serem atentos, reconhecerem e compreenderem as emoções da criança; e de aceitarem e tolerarem as emoções negativas reconhecendo o papel das emoções positivas e negativas na vida da criança e na parentalidade. Esta última dimensão é particularmente relevante, tendo em conta que capacidade de tolerar emoções é importante para uma adequada regulação emocional parental como o revelam os estudos mais recentes sobre o Evitamento Experiencial parental (EE parental). As reações parentais à emocionalidade negativa das crianças são uma componente importante do processo de socialização das emoções da criança, que dependem da capacidade dos pais se regularem emocionalmente. Os resultados de estudos anteriores revelam que o ajustamento da criança é influenciado pelas reações parentais às suas emoções que podem ser tanto apoiantes como não-apoiantes, e que ditam o clima emocional familiar, causando impacto na forma como a criança encara a experiência emocional. De forma geral, as diversas reações parentais às emoções dos filhos podem em diferentes graus desenvolver uma sensação de segurança emocional, sentimentos positivos face às relações sociais e uma regulação emocional adequada que se traduzem num ajustamento positivo geral. O presente estudo teve como objetivo geral a compreensão da relação entre regulação emocional maternal, reações maternais às emoções negativas da criança, e o ajustamento da criança. Os objetivos mais específicos foram: 1) explorar a relação entre a regulação emocional maternal e as reações maternas às emoções negativas da criança, 2) analisar a relação entre estas duas dimensões parentais e o ajustamento da criança, 3) e analisar as diferenças entre géneros e grupos etários relativamente às dimensões parentais. A amostra de estudo foi constituída por 247 mães portuguesas (idades entre 22 e 58) que preencheram on-line duas escalas relativas às suas reações à emocionalidade negativa das suas crianças (Reações Parentais às Emoções Negativas dos Filhos - CCNES) e à sua regulação emocional (Escala de Regulação Emocional Parental - EREP), e um questionário relativo à adaptação das suas crianças (Questionário de Capacidades e Dificuldades - SDQ). As crianças deste estudo tinham idades entre os 3 e 15 anos. Os dados deste estudo foram recolhidos no contexto de um projeto de investigação mais alargado “Projeto-P” desenvolvido por Barros, Pereira e Marques (2016) Apesar do estudo mais alargado prever a participação de pais e de mães, o estudo foi realizado apenas com mães, uma vez que os pais tiveram uma baixa adesão (n=25). Os resultados do estudo apoiaram, maioritariamente, as hipóteses formuladas. As correlações positivas entre as escalas que refletem dificuldades na regulação emocional da mãe (EREP) e as reações negativas das mães às emoções da criança (CCNES) apoiam a ideia de que uma regulação parental positiva é importante para que os pais possam reagir de forma mais construtiva às emoções das crianças. Em relação às associações entre as duas dimensões parentais e o ajustamento das crianças, reações negativas da mãe às emoções negativas das crianças e regulação emocional negativa da mãe revelaram uma correlação positiva e estatisticamente significativa com os indicadores de problemas de ajustamento da criança e uma correlação negativa com os indicadores de ajustamento positivo da criança. Estes resultados, embora correlacionais corroboram a ideia geral de que a regulação emocional dos pais e as reações parentais às emoções dos filhos têm um impacto no desenvolvimento emocional e social da criança. Em relação às diferenças de sexo da criança, apenas se encontrou uma diferença estatisticamente significativa entre mães de crianças do sexo feminino e mães do sexo masculino para as Reações Focadas nas Emoções, corroborando uma ideia de que, o sexo da criança instiga formas diferentes do socialização da emoções dos pais. Quanto às diferenças entre grupos etários, as mães utilizaram menos Reações de Perturbação Emocional (Distress) com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) do que com crianças de idade escolar (6-9 anos) e pré-adolescentes (10-13 anos), e utilizaram mais Reações Focadas na Emoções com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) do que com pré-adolescentes (10-13 anos) e adolescentes (14-15 anos). Adicionalmente, as mães utilizaram mais Reações de Minimização à medida que a idade da criança avançava, sendo que usaram significativamente menos com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) em comparação com os outros três grupos etários. Finalmente, para Inação Emocional, as mães apresentaram significativamente valores mais elevados para adolescentes (14-15 anos) do que para crianças em idade pré-escolar (3-5 anos). No geral, os pais de crianças mais velhas apresentam menos Reações Focadas nas Emoções e mais Reações de Minimização por comparação aos pais de crianças mais novas, sendo isto consistente com a ideia que as capacidades das crianças de se autorregularem emocionalmente melhoram ao longo do tempo fazendo com que os pais não tenham de intervir tanto. As diferenças para Inação Emocional mostraram-se consistentes com a ideia de que, em idades mais precoces (3-5 anos), os pais sabem reagir e intervir nas reações emocionais dos seus filhos. Esta capacidade varia ao longo do tempo sendo que na adolescência pode diminuir graças a questões de conflito muito comuns nesta fase que facilitam reações parentais inadequadas às situações de emocionalidade negativa dos adolescentes As limitações dos estudo são identificadas e exploradas, e são apresentadas orientações para estudos futuros

    A actorness securitária da União Europeia: A abordagem holística comprometida pela diferenciação política

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    The purpose of the article is to analyse the implications of policy differentiation for EU’s comprehensive approach in security matters. The change in the post-Cold War security environment (opportunity) favoured the explicitness of the (pillarised) security actorness of the European Union. Following the 9/11 attacks, the EU adopted an ambitious security approach that confirmed four interconnected dynamics: expansion of the security agenda, externalisation of internal security cooperation, internalisation of Common Security Defence Policy, and cross-pillarisation. It was an upgrade for the assertion of the European Union as a comprehensive and multi-functional security actor, endowed with autonomy, capability and presence. Since then, the EU narrative and practices on Comprehensive Approach have been applied to several security problems such as crises and conflicts, organised crime, piracy, cybersecurity, failed states, trafficking in human beings, radicalisation, hybrid threats. The comprehensive approach combined with a global (reach) ambition impose unique requirements on EU. A major challenge to EU’s security actorness is policy differentiation in the security domain. With the entry into force of the Lisbon Treaty, the EU acquired legal personality, enabling it to conclude treaties and to assume external representation. This also means that, for the first time, external and internal security policies evolve in the framework of an International Organisation. The Treaty also overcame pillarisation, transferred the cooperation on internal security to the TFEU, introduced amendments in the continued search for the Union’s external coherence and demonstrated the dynamism of the policies of the former second and third pillars. However, the adjustments that were introduced denote a constructive ambiguity, patent in the existence of provisions enabling a comprehensive action, on the one hand, and of a hidden pillarisation, on the other hand, aggravated by the absence of an explicit concern with the coherence between the external and internal dimensions of security (‘the missing link’).O artigo tem por objetivo analisar as implicações da policy differentiation para a comprehensive approach (CA) da União Europeia no domínio da segurança. O ambiente do pós-Guerra Fria (oportunidade) favoreceu a explicitação da actorness de segurança da UE. Após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, a União adotou uma abordagem ambiciosa demonstrativa de quatro dinâmicas interconectadas: expansão da agenda de segurança; externalização da cooperação no domínio da segurança interna; internalização da Política Comum de Segurança e Defesa; transpilarização. Tal representou um avanço em benefício da afirmação da UE como ator de segurança holístico e multifuncional, dotado de autonomia, capacidade e presença. Desde então, a narrativa e as práticas europeias generalizam-se a diversos problemas de segurança tais como crises e conflitos, crime organizado, pirataria, cibersegurança, Estados Falhados, tráfico de seres humanos, radicalização, ameaças híbridas. Esta abordagem associada a uma ambição de actorness global impõem exigências únicas à UE. Um dos principais desafios decorre da policy differentiation na área da segurança. Com a entrada em vigor das alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa, a UE passou a estar dotada de personalidade jurídica, o que lhe permite celebrar tratados internacionais e ter representação externa. Tal significa que, pela primeira vez na história da construção europeia, a cooperação no domínio da segurança (interna e externa) desenvolve-se no âmbito de uma Organização Internacional. O Tratado de Lisboa também superou a estrutura em pilares, introduziu alterações com vista a reforçar a coerência da atuação externa do ator europeu e comprovou o dinamismo cooperativo no âmbito das políticas dos antigos segundo e terceiros pilares. No entanto, os ajustamentos consagrados pelo Tratado Reformador evidenciam uma ambiguidade construtiva patente nas disposições que favorecem uma ação holística, por um lado, e na pilarização encoberta, por outro, agravada pela ausência de uma preocupação explícita com a coerência entre as dimensões interna e externa da segurança (the missing link)

    Fibrosing Alopecia in a Pattern Distribution: Pathogenesis, Diagnosis and Treatment

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    Fibrosing alopecia in a pattern distribution is a recently recognized type of scarring alopecia, with hair loss in androgens- dependent area. Loss of follicular openings, perifollicular erythema, perifollicular hyperkeratosis and anisotriquia are the trichoscopic clues and follicular lichenoid inflammatory infiltrate the important finding in histopathology. It shares features of androgenetic alopecia and lichen planopilaris. Dermatologists should be familiarized with this entity in order to optimize the diagnosis and provide early treatment to prevent irreversible follicular damage.Alopecia fibrosante em padrão de distribuição androgenética é uma forma clínica de alopecia cicatricial recentemente reconhecida, manifestando-se por rarefacção de cabelo na área dependente de androgénios. Ausência de orifícios foliculares, eritema e hiperqueratose peri-pilar, e anisotriquia são as pistas em tricoscopia e o infiltrado inflamatório liquenóide folicular achado importante em histopatologia. Partilha características de alopecia androgenética e líquen plano pilar. Os dermatologistas devem estar familiarizados com esta entidade, a fim de otimizar o diagnóstico e tratar precocemente, evitando dano folicular irreversível

    Frente Ribeirinha de Lisboa. Regeneração Urbana – Nova Maneira de Pensar e Fazer Cidade

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    O conceito de regeneração urbana é indissociável das mutações ocorridas nos espaços portuários, concretizando, a atividade portuária passou por profundas transformações no último século devido às exigências da globalização, à evolução do transporte marítimo e à maior complexidade das cadeias logísticas globais. Consequentemente, ocorreram mudanças significativas nos portos com impactes importantes na relação porto-cidade. A modernização das infraestruturas portuárias e o processo de desindustrialização, após o fim da II Guerra Mundial, levou ao declínio da indústria de base, à desativação/adaptação de instalações e à deslocalização de infraestruturas portuárias para áreas periféricas das cidades. Vão assim surgir, nas frentes de água das cidades portuárias, áreas abandonadas e degradadas. As operações de regeneração urbana surgem como a solução encontrada para a revitalização sustentável das áreas desprezadas e devolutas com o objetivo de mudar a imagem da cidade. A relação entre o porto e a cidade de Lisboa é notoriamente complexa passando por inúmeras fases: se inicialmente o porto exercia um papel fulcral na organização da cidade e suas funções, recentemente esta relação quebrou-se verificando-se um crescimento autónomo da cidade em relação ao porto e suas atividades. A zona ribeirinha oriental da cidade de Lisboa foi a que mais sofreu com esta “separação”. É nesta zona que se podem encontrar áreas portuárias e espaços urbanos abandonados e obsoletos que perderam importância face às recentes exigências de organização portuária. Neste contexto, a dissertação analisa as vantagens inerentes ao processo de regeneração urbana na área ribeirinha oriental de Lisboa de modo a garantir a sua sustentabilidade urbana

    Playing the market card: The commission's strategy to shape EU cybersecurity policy

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    As EU security is an intergovernmental policy area, it has been assumed that the only relevant policy-shapers are member states. However, more recent analyses show that supranational actors, like the Commission, have developed strategies to enhance their role in this traditionally interstate realm. This article endorses this reasoning and intends to cast some light on these strategies. Building on Kingdon’s concept of the policy entrepreneur and using EU’s cybersecurity policy as an empirical case, we analyse the Commission’s initiatives to draft a European response to cybercrime, in order to answer one central research question: how has the Commission managed to secure a prominent role in a highly salient security issue? The findings suggest that the Commission, acting as a policy entrepreneur, purposefully explored a market–security nexus in order to influence an otherwise intergovernmental security domain. Ultimately, the Commission was a much more relevant player than expected.This study was conducted at Research Center in Political Science (No. UIDB/CPO/00758/2020), University of Minho and University of Evora and was supported by the Portuguese Foundation for Science and Technology and the Portuguese Ministry of Education and Science through national funds

    preparação da criança, adolescente e família com enfoque na gestão emocional

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    O presente relatório pretende espelhar o processo de aprendizagem realizado no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, que se traduziu na aquisição e desenvolvimento de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem (EEESCJ). Partindo da temática da humanização de cuidados de enfermagem em cirurgia pediátrica e tendo consciência do problema a ela inerente, pois a hospitalização e a cirurgia constituem um evento crítico na vida da criança/adolescente e família, que potenciam emoções de ansiedade e medo, e que podem consequentemente, resultar numa experiência traumática para a criança/adolescente, com efeitos psicológicos duradouros, identificou-se como objeto de estudo a preparação da criança, adolescente e família com enfoque na gestão emocional. A metodologia adotada neste relatório assentou na prática reflexiva enquadrada na aprendizagem experiencial e baseada na evidência, sustentada pela Teoria do Cuidado Humano de Jean Watson e pela Filosofia dos Cuidados Centrados na Família, para o desenvolvimento das competências supracitadas. Na sociedade atual a tecnologia assume um papel preponderante, contudo, os processos de cuidar envolvem situações emocionalmente intensas, e para que a enfermagem assuma o verdadeiro sentido de cuidar é essencial não descurar a componente relacional entre enfermeiro e cliente. Se a estes aspetos associarmos a dimensão emocional caminhamos no sentido de um cuidado humanizado, direcionado para as necessidades da pessoa na sua singularidade, tal como preconizado por Jean Watson. A preparação da criança, adolescente e família com enfoque na gestão emocional materializou-se em ações/interações inseridas no processo de cuidar com o objetivo de minimizar a experiência emocional de tonalidade negativa da criança e família em diferentes etapas do seu processo de saúde-doença

    O impacto das expressões artísticas na regulação do comportamento em idade pré-escolar

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    A arte é essencial na vida do Ser Humano, estando presente em todos os povos e em todas as culturas. A arte possibilita a aquisição de diversas competências, como o conhecimento de si mesmo, do outro e do que nos rodeia. Também potencia o desenvolvimento da confiança, criatividade e pensamento divergente entre outras aptidões, como a mediação da comunicação interpares na resolução de situações problemáticas. Foi nesse sentido que as linguagens artísticas foram utilizadas neste estudo, envolvendo um grupo de crianças de um Jardim de Infância do concelho de Leiria, com idades entre os 3 e os 4 anos de idade. Foi adotado um paradigma misto de investigação pela necessidade de combinar métodos e procedimentos de recolha de dados, os quais, a cada fase do estudo necessitavam de uma complementaridade de paradigmas qualitativo-quantitativo. Através dos processos associados à metodologia de Investigação-Ação (IA) procurou compreender-se em profundidade o modo como as linguagens artísticas influenciam a (auto) regulação de comportamentos considerados desajustados. Durante as vinte e três sessões realizadas em contexto presencial de sala de Jardim de Infância , (interrompidas pelo confinamento entre março e junho), os resultados obtidos indicaram que, através de atividades que combinaram as diversas linguagens artísticas de forma estruturada e integradora, contribuíram para a diminuição de alguns comportamentos considerados desajustados e a melhoria de comportamentos ajustados. Esta aferição da evolução comportamental, apesar de ter ficado comprometida no número de sessões previstas, conseguiu ainda assim, com foco em crianças descritas como “problemáticas”, revelar resultados e mudanças positivas, as quais ficam documentadas neste projeto. São também notórias as aquisições que, concomitantemente ao desenvolver do projeto, as crianças demonstraram em áreas como: conhecimento e expansão do vocabulário relacionado com as artes visuais, o domínio das técnicas expressivas nas diversas atividades e as capacidades de análise, descrição e interpretação de narrativas visuais, bem como da capacidade de um “olhar mais sensível e crítico” no que concerne ao contacto com a obra de arte, relacionando-as com as suas próprias vivências e idiossincrasias

    Irap no Tratamento da Osteoartrite Equina

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    Trénard Louis. Hervé Hasquin, Charbonnages des Pays-Bas espagnols et sidérurgie du Hainaut français aux confins des XVIIe et XVIIIe siècles ; La vie wallonne, 1970, p. 514-519. In: Revue du Nord, tome 53, n°211, Octobre-décembre 1971. p. 699
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