Aversão à desigualdade e preferências por redistribuição: A percepção de mobilidade econômica as afeta no Brasil?

Resumo A noção de que a redistribuição é dos ricos para os pobres permitiria concluir a priori que os pobres são os principais partidários de medidas redistributivas, ao serem os potenciais beneficiários. Não obstante, estudos realizados principalmente para países desenvolvidos sugerem que a aversão à desigualdade e as preferências por redistribuição são moldadas por fatores que vão além do pecuniário. Neste trabalho, analisa-se o efeito da mobilidade econômica subjetiva na aversão à desigualdade e na demanda por redistribuição dos brasileiros, usando-se uma base de dados única, representativa do país, coletada em 2012. Os resultados sugerem que, em contradição com previsões teóricas e com evidências de países desenvolvidos, mesmo pessoas que aspiram ascender socialmente no futuro incomodam-se com a desigualdade e são favoráveis a políticas redistributivas. Brasileiros que perceberam uma piora na sua situação econômica também mostram-se favoráveis à redistribuição, resultado mais convencional. Ambos os conjuntos de resultados são confirmados por estimações feitas em subamostras definidas por renda familiar. Levantam-se hipóteses para se tentar explicar os resultados inesperados

The Changing Meaning of Development: SID's first decades

Michele Alacevich presents a brief history of the development through the perspective of the Society for International Development (SID). He highlights some of the key ideas promoted by leading development thinkers and practitioners who contributed to SID and its journal in the first decades. Development (2007) 50, 59–65. doi:10.1057/palgrave.development.1100386

Migration and Social Protection: Exposing problems of access

The need to manage risk and secure livelihoods can be the main driver of migration decisions; however, at the same time, a derived demand for various forms of social protection, state and non-state, may arise from the migration process. Rachel Sabates-Wheeler and Ian MacAuslan argue that it is in the interests of migrants and both host and source country governments to investigate and fully understand the implications of legal, physical and political access structures to social protection. Development (2007) 50, 26–32. doi:10.1057/palgrave.development.1100429

Belief in a Just World and Redistributive Politics

International surveys reveal wide differences between the views held in different countries concerning the causes of wealth or poverty and the extent to which people are responsible for their own fate. At the same time, social ethnographies and experiments by psychologists demonstrate individuals' recurrent struggle with cognitive dissonance as they seek to maintain, and pass on to their children, a view of the world where effort ultimately pays off and everyone gets their just desserts. This paper offers a model that helps explain i) why most people feel such a need to believe in a "just world"; ii) why this need, and therefore the prevalence of the belief, varies considerably across countries; iii) the implications of this phenomenon for international differences in political ideology, levels of redistribution, labor supply, aggregate income, and popular perceptions of the poor. More generally, the paper develops a theory of collective beliefs and motivated cognitions, including those concerning "money" (consumption) and happiness, as well as religion. Copyright (c) 2006 by the President and Fellows of Harvard College and the Massachusetts Institute of Technology..